XXXIV. 𝑻𝒓𝒆𝒂𝒄𝒉𝒆𝒓𝒐𝒖𝒔 𝒗𝒊𝒑𝒆𝒓
AEGON II AGORA detinha Porto Real e o Trono de Ferro, Rhaenyra estava morta e seus únicos filhos vivos (supostamente) eram Aegon, o Jovem e Lucerys Velaryon, cativos dos Verdes. Contudo, mesmo assim os Negros continuaram lutando, alguns em nome de Rhaenyra e outros porque sabiam que Aegon II nunca os perdoaria.
Nesse ponto, os exércitos Verdes das Terras Ocidentais e das Terras da Coroa estavam esgotados, e os da Campina em situação parecida (o exército Hightower que restava recuara para uma posição defensiva). Os nascidos do ferro arrasavam as regiões costeiras das Terras Ocidentais e da Campina impunemente, apesar de sua fidelidade ser apenas consigo mesmos. Para os Negros, as forças nortenhas que puderam ser reunidas num curto prazo - os Lobos de Inverno - estavam destruídas, e ainda demoraria para Cregan Stark reunir uma força secundária e marchar para o sul. Os exércitos Negros nas Terras Fluviais estavam completamente destruídos com exceção de uma pequena força central que sobrevivera à Segunda Batalha de Tumbleton. Assim como as Terras da Tempestade haviam enviado novos exércitos para repôr os esgotados Verdes, o Vale de Arryn também enviou reforços aos Negros. Devido às neves de inverno nas montanhas, o Vale enviara apenas um pequeno número de soldados para Rhaenyra por mar, portanto ainda tinha reservas para recorrer.
Aegon II perdera sua mulher, e seu filho, sua única descendente direta viva era a simplória e jovem Jaehaera, que fora mantida em segurança em Ponta Tempestade. Aegon, o Jovem, era seu prisioneiro, assim como Rhaena, (que se recuperou de seus ferimentos), Lucerys e Nymeria. Viserys, o filho caçula de Rhaenyra e Daemon, estava supostamente morto.
Aegon II estava agora numa posição desconfortável, já que sua única herdeira legítima era uma filha, enquanto que os filhos de Rhaenyra ainda viviam - e toda a sua pretensão ao Trono sobre a de Rhaenyra derivara do argumento de que um herdeiro masculino tinha preferência.
Ao saber da captura de Rhaena, Aemond parou os ataques as terras fluviais e partiu com Vaghar, de volta a capital. Daeron, havia recuperado Vilavelha, matando Daário Qhoren, que morreu lutando pela causa de Nymeria. O pirata havia dado trabalho ao príncipe Targaryen, matando sua dragão azul com a ajuda dos besteiros de Sothoryos.
[...]
— Sem dúvidas majestade, o senhor não possui um herdeiro homem, enquanto a princesa Rhaenyra deixou dois. – Larys Strong disse, se apoiando em sua bengala. — Sem uma esposa...
Aegon inclinou a cabeça, o conselho verde havia sido restaurado e o rei queria acabar de uma vez por todas, com as especulações sobre herdeiros.
— Mas se me permite dizer, meu rei, as garotas de Daemon, são Targaryen, como a falecida rainha Helaena, darão herdeiros com sangue de Dragão, sem contar, que essa união colocaria uma coleira em Daemon e em Lady Jayne Arryn. – o pé-torto disse, ganhando o apoio de alguns outros lordes.
— Nymeria não será uma boa esposa. – Lorde Roderick Lannister, parente de Tyland Lannister, que havia padecido em batalha. disse, chamando a atenção para si.
— O povo a ama, tanto quanto amava Helaena. – o grande meistre Orwyle lembrou.
— Ela é tão traiçoeira como uma víbora, ela é a cópia do pai, na primeira oportunidade que tiver, estará com uma adaga no pescoço de vossa graça. – o Lannister voltou a dizer. — Sem contar com o óbvio, ela é uma vadia! primeiro foi noiva do bastardo Strong, depois de seu irmão, vossa graça.
— Rhaena então. – Larys disse.
— Não! – a voz autoritária soou na entrada da sala do conselho, os lordes e Aegon olharam para a porta, encontrando o príncipe Aemond Targaryen parado.
Aemond cruzou os braços atrás das costas e assumiu a posição altiva que era acostumado a usar.
— O que acha de fazermos uma troca justa, querido irmão. – Aemond disse. — Minha noiva pela sua. Nymeria se casa com você e Rhaena comigo.
[...]
Nymeria sentiu peixinho passar a cabeça por suas pernas, em busca de carinho, a garota alisou o pelo laranja do gato. Ela não sabia como estavam Rhaena, Aegon ou Lucerys e isso estava a deixando angustiada. Aegon poderia fazer o que quisesse com a cidade, com o reino, ou com ela, contanto que deixasse seus irmãos e o príncipe Velaryon sem nenhum arranhão.
— Pelo menos você está bem.
O gato miou. Nymeria viu os pelos laranjas do gato se arrepiarem e ele correr para debaixo da cama, assim que a porta foi aberta. Dois guardas entraram no quarto, a puxando pelos braços, Nymeria os empurrou, ganhando um tapa com a pesada mão coberta pela armadura do guarda. Ela sentiu o gosto de sangue em seus lábios.
— Fique quieta, ou levaremos você arrastada pelos cabelos até o rei. – um deles disse.
— Você irá pagar por isso. – ela olhou para o homem, que riu, a empurrando para a saída do quarto.
A Targaryen foi jogada diante da base do trono de ferro, onde Aegon estava sentado, com Larys Strong ao seu lado.
— Olha só, dois aleijados, que bonitinhos. – ela se levantou, sorrindo para a careta de raiva que Aegon tinha no rosto.
Pelo que ela soube, Rhaena havia domado um dos dragões selvagens da ilha de Pedra do dragão e feriu Sunfyre e Aegon, enquanto defendia a fortaleza. Aegon havia quebrado as duas pernas com a queda. Ela estava orgulhosa da irmã. Nymeria devia perdão a Rhaena.
— Você irá se casar comigo. – Aegon disse.
Seu primeiro impulso foi rir, ela levou a mão a barriga, que chegou a doer com a gargalhada. Isso enfureceu Larys e Aegon.
— Está me pedindo em casamento, que fofo. — ela disse entre o riso. — Não!
— Você não tem escolha. – Aegon disse irritado. — Ou se casa comigo, ou...
A porta foi aberta, dando a visão dos guardas trazendo Rhaena, Aegon e por último, Lucerys, os três estavam amarrados, o príncipe tinha o lábio cortado e um dos olhos em tom arroxeado. Assim que o príncipe a viu ele tentou ir até ela, ganhando um soco do guarda que o prendia, Nymeria encarou o homem com raiva. Quando olhou para a irmã, as palavras gritaram em sua mente. Rhaena era tão parecida com Baela que doia olhar a imagem da irmã. Ela engoliu o nó que se formou em sua garganta.
— Ou ele morre! – Aegon continuou, o guarda empurrou Lucerys para frente.
— Como traidor da coroa e a cabeça dele será exposta nas muralhas.
— Não. – ela susurrou.
— A decisão é sua, ou se casa comigo, ou Lucerys será morto e farei questão de que assista com seus próprios olhos.
— Não! – Lucerys gritou. — Não vou deixar que faça isso. – Lucerys tentou novamente se soltar. — Nyn, não!
— Desculpe peixinho, eu sou muito egoísta para ver você partir antes de mim. – ela disse na direção do príncipe, que tentava se soltar. — Me prometa que Lucerys, Aegon e Rhaena ficarão bem e farei o que quiser. – Nymeria se virou para Aegon, contendo as lágrimas.
Tudo estava perdido de qualquer forma.
— Nymeria! – a voz de Rhaena tentou a chamar. Os gritos de Lucerys fizeram seu coração doer.
— Não se preocupe, Rhaena estará em boas mãos. – Aemond disse, entrando no salão. — As minhas.
——🐉 Peço perdão desde já por qualquer erro ortográfico, eu tento ao máximo revisar, mas sempre escapa um ou outro, caso achem, me avisem para que eu possa arrumar. Não se esqueçam de deixarem suas opiniões sobre o capítulo. Eu amo ler os comentários. Beijos da Thay.
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