XXX. 𝑴𝒂𝒅𝒆 𝒕𝒐 𝒄𝒐𝒍𝒍𝒂𝒑𝒔𝒆
BAELA OLHOU PARA O LADO, a tempo de ver Jacaerys com Vermax, ela estava montada em Moondancer, jovem ainda, mas forte o suficiente para aguentar seu peso. Rhaenyra havia mandado as crianças menores para Pentos, mas o navio fora abordado e atacado pela triarquia. Jacaerys foi mandado para retalhar o ataque, junto de Vermax. Baela, que não deixaria o príncipe ir sozinho montou sua dragão e partiu atras de Jace.
A goela havia sido fechada com a ajuda da frota de seu avô, Corlys Velaryon, algumas luas antes. O serpente marinha comandava os navios ao lado do neto, Lucerys. Arrax sobrevoava as embarcações sob o comando do príncipe Velaryon. A batalha parecia ganha, Baela estava feliz por ajudar, quando em um mero segundo, ela viu Jacaerys voar perto demais da água, Vermax era inexperiente em batalha, assim como Moondancer e Arrax, o dragão esverdeado enrolou as asas em uma das velas dos navios naufragados e semi afundados. Em um rompente de água, Vermax foi engolido pelas águas da baía, Baela sufocou o grito em sua garganta.
Jacaerys emergiu na superfície, se segurando em uma das tábuas dos naufrágios. O tempo parou, o sangue gelou em suas veias. Quando a primeira flecha atingiu Jace, Baela sentiu em si própria, a dor do príncipe, depois veio a segunda a terceira, a quarta, de repente, uma chuva de flechas cobriu sua visão.
As asas de Moondancer cortaram o vento, a dragão se chocou contra o navio, quebrando a madeira, rasgando as velas e incendiando os homens. Baela sentiu o peito doer, em busca de ar, sua visão ficou escura, o gosto de sangue invadiu sua boca. Ela se agarrou a Jacaerys, que ainda estava deitado sobre a tábua de madeira.
— Baela. – a voz do príncipe saiu como um susurro doloroso.
Baela sentiu as lágrimas descerem por seu rosto, se misturando a água salgada do mar e ao sangue, tanto dela, quanto de Jace.
— Jacaerys.
— Eu falei para ficar no castelo, minha princesa. – o príncipe tossiu sangue, para o despero de sua noiva.
Jacaerys levou a mão ao rosto de Baela, os sons sumiram, tudo ao redor ficou desfocado. O príncipe fez um leve carinho no rosto da sua garota, Baela abraçou o corpo do príncipe com todas as suas forças restantes.
— Eu te amo! – Jacaerys susurrou no exato momento que a flecha atirada por um dos navios remanescentes da triarquia acertou o corpo de Baela.
[...]
Por muito tempo, Lucerys esperou pela guerra, mas sem dúvidas, as baixas que sofreram não era um do itens de sua lista, ele nunca esperou que fosse ver Jace e Baela partirem antes dele, para piorar, com raiva das ações idiotas que ele havia tomado.
O príncipe Velaryon gritou de ódio e no céu, somente com Arrax como companhia, ele chorou a dor que estava sentindo. Movido pela raiva cega e pela sede de vingança, Lucerys assumiu o comando dos exércitos de Rhaenyra, que anteriormente pertenciam a Jacaerys. Rhaenyra se sentaria no trono de ferro, nem que fosse a última coisa que ele fosse fazer em toda a sua vida.
O próximo passo já estava planejado, a tomada de Porto real. Daemon, havia feito uma armadilha, atraindo Aemond e Criston para as terras fluviais, para que a fortaleza ficasse desprotegida e os exércitos dos verdes espalhados. Lucerys iu a mãe, mesmo abalada pela perda, colocar a armadura de batalha e montar Syrax, ele vestiu a sua própria armadura, montando em Arrax. Eles encontrariam Daemon e Caraxes no meio do caminho.
O caminho para a capital estava praticamente livre mas as defesas da fortaleza vermelha iriam dar algum trabalho, Sunfyre e Aegon ainda estavam muito feridos, mas os verdes ainda possuíam Dreamfyre de Helaena –embora Lucerys achasse que a tia não fosse lutar– Tessarion de Daeron e Nemesis de Nymeria. Três dragões verdes contra três dragões negros, a luta seria sangrenta.
Quando o povo viu os dragões no céu, começaram a correr e rezar aos sete. Alicent, mandou que fechasse os portões, Daeron, havia sumindo no castelo logo depois de avisar Nymeria da morte da irmã e a alertado de que ela, seria a próxima.
Helaena, puxou a outra Targaryen com ela, a levando para seus aposentos, onde ela a abraçou, Nymeria chorou nos ombros da princesa. Baela, sua irmãzinha, estava morta, Nymeria sempre achou que ela seria a primeira das três a morrer. Nas visões, ela sempre era a primeira.
Alicent saiu gritando as ordens pelo castelo, em vão, em poucos minutos, Daemon, Rhaenyra e Lucerys entraram no salão do trono, vestidos em armadura de batalha, sem encontrarem empecilhos pelo caminho. Depois de prender Alicent, Helaena e Nymeria em seu aposentos, Rhaenyra se sentou no trono de ferro, como rainha e julgou cada lorde e lady da corte.
[...]
Lucerys empurrou a porta do quarto de Nymeria, encontrando a garota de frente para a janela, olhando para baixo, onde as estacas do fosso estavam.
— Veio me levar para ser julgada? – a voz saiu calma, Nymeria nem mesmo se virou para ver quem era.
Lucerys caminhou até ela, a virando para ele. O príncipe viu os olhos violetas inchados pelo choro.
— Sei o que está sentindo. – o príncipe susurrou.
— Não, não sabe!
— Você perdeu uma irmã, irmã essa que você havia brigado e traido. Eu sei Nymeria, é a mesma coisa que eu estou sentindo. Perdi meu irmão, o meu maior herói e a última coisa que eu fiz, foi mostrar para ele o quão ruim eu posso ser.
Os olhos de Nymeria brilharam com as lágrimas, ela havia deixado as irmãs para trás, ela havia mostrado para elas, o quão ruim ela poderia ser.
— A gente se merece. – a garota desdenhou. — Dois idiotas, que fizeram coisas idiotas e acabaram perdendo alguém importante como consequência dessas ações idiotas.
Lucerys se apoiou na janela, olhando o fosso abaixo.
— É, a gente se merece. – o príncipe se virou para a garota. — Somos dois castelos de cartas.
Nymeria inclinou a cabeça, não entendendo a analogia que o príncipe estava fazendo naquele momento.
— Fomos feitos para ruir. – ele disse calmo. — E não importa quem estiver dentro, levaremos tudo e todos ao nosso redor para a perdição conosco.
——🐉 Peço perdão desde já por qualquer erro ortográfico, eu tento ao máximo revisar, mas sempre escapa um ou outro, caso achem, me avisem para que eu possa arrumar. Não se esqueçam de deixarem suas opiniões sobre o capítulo. Eu amo ler os comentários. Beijos da Thay.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro