XXIII. 𝑶𝒏𝒄𝒆 𝒇𝒐𝒓 𝒎𝒐𝒏𝒆𝒚
NYMERIA SENTIU O ESTÔMAGO embrulhar com a fala de Criston Cole, durante o conselho verde. O homem queria mandar o irmão juramentado, Sor Arryk, irmão gêmeo de Erryk, o manto branco que havia jurado lealdade a Rhaenyra em Pedra do dragão, até a fortaleza ancestral dos Targaryen, para assassinar o maior número de pessoas que o homem conseguisse. O plano foi montado, com algumas ressalvas de Aegon, por mais incrível que poderia parecer, o Targaryen não estava feliz em de fato, dar o primeiro passo para uma carnificina e um banho de sangue. Alicent, Otto e Criston, pareciam contentes com o plano arquitetado. Com o fim da reunião, Nymeria saiu da sala, respirando fundo.
— Não faça o que estou pensando que vai fazer. – a voz de Aegon chegou até ela.
— O que farei exatamente, majestade? – Nymeria se virou para o de cabelos platinados, notando o sorriso incrédulo dele.
— Não quero ter que a executar por traição, meus filhos gostam de você. – Aegon continuou seu caminho, olhando uma última vez para os olhos violetas da garota. Nymeria apertou as unhas na palma da mão, sentindo o ardor famíliar.
As armadilhas que o futuro espalha, são uma coisa que ninguém consegue escapar, nem mesmo aqueles com o dom de as notar na linha tênue do presente, passado e futuro. Assim como a ilusão de que os Targaryen controlava os dragões, a ilusão de que Nymeria mudava o futuro, era somente isso, uma ilusão, e isso estava a corroendo de tal forma que era quase loucura.
[...]
No céu, Nymeria sentiu a tensão e o nervosismo desaparecerem completamente, a lua estava alta e brilhava, o vento soprou em seu rosto, Nemesis bateu as poderosas asas de couro douradas, a fazendo sorrir para a fera. A sua dragão, era o seu maior orgulho, as duas eram inseparáveis, Nemesis nasceu para ela, Nymeria e Nemesis eram quase uma coisa só.
Nemesis viu a frota de mais de quinze navios primeiro, a fera dourada rugiu, voando em disparada até os navios. Nymeria só teve tempo de se segurar com mais força na cela, a dragão sentiu o perigo antes de sua montadora, e sem seu comando incendiou um dos navios. Os homens no deck de madeira, pularam nas águas escuras, gritando em pânico.
— Daor Nemesis, Daor! – Nymeria gritou, se segurando mais a cela.
Nemesis não quis obedecer seus comandos, ela continuou disparando as chamas nos navios remanescentes. O pânico e o desespero se apossaram de Nymeria quando ela viu em um dos navios, um enorme lançador de dardos. Em cada deck, vários e vários homens se armaram com bestas é arcos longos, o homem que controlava o dardo apontou a arma diretamente para a barriga exposta de Nemesis. Nymeria reconheceu a bandeira da triarquia, mas por qual motivo eles estvam tão longe dos degraus? Ela sentiu a ardência e a dor em seu abdômen, sangue escorreu e manchou o vestido azul que ela usava. Como havia ido somente voar por alguns minutos com Nemesis, ela não sentiu a necessidade de colocar o couro fervido de montaria. A Targaryen levou a mão ao ferimento, gemendo devido a dor, sangue quente manchou seus dedos.
— Dracarys! – ela gritou.
Nemesis girou no alto, incendiando mais quatro navios da triarquia, outra chuva de flechas foi disparada. Os gritos dos homens se tornaram música para ela, mais flechas voaram, servindo para enfurecerem a dragão dourada, que fez a maioria da frota arder em chamas. O dardo longo foi solto, acertando a cartilagem próxima a asa dourada de Nemesis, a dragão rugiu de dor.
— NÃO! – o grito de sua montadora foi cortado pelo som de mais flechas e setas sendo disparadas contra ela.
Outra delas a acertou na coxa e outra em seu ombro esquerdo. A queimação e a dor fizeram sua visão escurecer, seus sentindos a abandonando. Sua mão escorregou da cela, Nemesis, também ferida, não viu outra alternativa senão fugir dos navios.
[...]
Aemond foi até o quarto de Helaena em busca da lady de Pedrarruna. Nymeria sempre passava as manhãs com a sua irmã e o gêmeos. Helaena atendeu a porta.
— Bom dia Hela! chame Nymeria para mim.
— Ela não está aqui. – Helaena respondeu.
— O que?
[...]
"𝙴́ 𝚌𝚘𝚖 𝚙𝚎𝚜𝚊𝚛, 𝚚𝚞𝚎 𝚎𝚜𝚝𝚎𝚗𝚍𝚘 𝚞𝚖𝚊 𝚋𝚊𝚗𝚍𝚎𝚒𝚛𝚊 𝚋𝚛𝚊𝚗𝚌𝚊, 𝚗𝚎𝚜𝚜𝚎 𝚖𝚘𝚖𝚎𝚗𝚝𝚘 𝚍𝚎 𝚕𝚞𝚝𝚘, 𝚙𝚊𝚛𝚊 𝚒𝚗𝚏𝚘𝚛𝚖𝚊𝚛, 𝚚𝚞𝚎 𝚗𝚘𝚜𝚜𝚊 𝚚𝚞𝚎𝚛𝚒𝚍𝚊 𝙽𝚢𝚖𝚎𝚛𝚒𝚊 𝚍𝚊 𝚌𝚊𝚜𝚊 𝚝𝚊𝚛𝚐𝚊𝚛𝚢𝚎𝚗, 𝚗𝚘𝚒𝚟𝚊 𝚍𝚘 𝚎𝚜𝚝𝚒𝚖𝚊𝚍𝚘 𝚙𝚛𝚒́𝚗𝚌𝚒𝚙𝚎 𝙰𝚎𝚖𝚘𝚗𝚍 𝚃𝚊𝚛𝚐𝚊𝚛𝚢𝚎𝚗, 𝚏𝚊𝚕𝚎𝚌𝚎𝚞 𝚍𝚞𝚛𝚊𝚗𝚝𝚎 𝚎𝚜𝚜𝚊 𝚖𝚊𝚍𝚛𝚞𝚐𝚊𝚍𝚊. 𝙴𝚕𝚊 𝚏𝚘𝚒 𝚊𝚋𝚊𝚝𝚒𝚍𝚊, 𝚓𝚞𝚗𝚝𝚘 𝚊 𝚜𝚞𝚊 𝙳𝚛𝚊𝚐𝚊̃𝚘, 𝚌𝚘𝚖𝚘 𝚛𝚎𝚝𝚊𝚕𝚒𝚊𝚌̧𝚊̃𝚘 𝚊𝚘𝚜 𝚌𝚛𝚒𝚖𝚎𝚜 𝚌𝚘𝚖𝚎𝚝𝚒𝚍𝚘𝚜 𝚙𝚎𝚕𝚘 𝚙𝚊𝚒, 𝚘 𝚝𝚛𝚊𝚒𝚍𝚘𝚛 𝚍𝚊 𝚌𝚘𝚛𝚘𝚊, 𝙳𝚊𝚎𝚖𝚘𝚗 𝚃𝚊𝚛𝚐𝚊𝚛𝚢𝚎𝚗."
— Oᴛᴛᴏ Hɪɢʜᴛᴏᴡᴇʀ. Mᴀ̃ᴏ ᴅᴏ ʀᴇɪ.
Eram o que diziam os anúncios espalhados de boca em boca entre o povo da capital, não foi difícil da notícia chegar em cada canto dos sete reinos. Nymeria Targaryen havia sido morta pela triarquia, como vingança ao rei do mar estreito, Daemon.
O povo estourou em uma revolta, amaldiçoando Daemon e a corja dos pretos, tudo estava saindo como Otto Hightower e Alicent haviam planejado.
Em pedra do dragão, quando soube da notícia, Lucerys entrou em choque, era mentira, tinha que ser, Nyn não podia ter morrido, a sua garota não podia ter partido achando que ele não sentia nada por ela, achando que ele era um maldito filho da puta sem coração.
[...]
O sol machucou seus olhos, Nymeria gemeu sentindo a dor tomar conta de todo o seu corpo, ela sentiu areia entre as suas mãos feridas, quando abriu os olhos, ela viu árvores de folhas verdes e a costa de uma praia. Onde ele estava? A lady se levantou com dificuldade, as flechas alojadas em seu abdômen, em sua coxa e seu ombro, tornavam a ação quase impossível de se realizar. Ela viu Nemesis na areia, o dardo longo ainda alojado em suas asas, a garota correu como conseguia, até a dragão, a vendo abrir os olhos verdes.
— Nemesis – ela se apoiou na fera, que fechou os olhos com o toque de sua montadora. — Calma garota, vou tirar isso de você.
Nymeria deu um passo para frente só para cair de joelhos na areia.
— Olha o que temos aqui, está perdida princesa? – uma voz grossa a fez se virar rapidamente para trás, Nymeria levantou se colocando em posição de defesa na frente de Nemesis.
— Dê um passo e terá um curto destino até o estômago da minha dragão. – Nymeria ameaçou.
O homem vestido em roupas de couro cruzou os braços e sorriu.
——🐉 Peço perdão desde já por qualquer erro ortográfico, eu tento ao máximo revisar, mas sempre escapa um ou outro, caso achem, me avisem para que eu possa arrumar. Não se esqueçam de deixarem suas opiniões sobre o capítulo. Eu amo ler os comentários. Beijos da Thay.
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