XVIII. 𝑺𝒕𝒐𝒓𝒎'𝒔 𝑬𝒏𝒅
LUCERYS DESLIZOU AS mãos por cima da mesa, onde Derivamarca estava marcada na pedra. Daemon, ao seu lado, respirou fundo.
— Ela foi embora. – Baela entrou na sala da mesa pintada, com a irmã gêmea ao lado dela. — Ela foi embora e a culpa é de vocês dois.
A voz de Baela era chorosa, Rhaena suspirou.
— Não fizemos nada. – Daemon retruca.
Baela olhou para o pai incrédula, saindo da sala logo em seguida, em passos furiosos, com Rhaena logo atrás dela. Rhaenyra entrou na sala, o olhar decepcionado da mulher fez Lucerys abaixar os ombros. De algum modo, Nymeria havia descoberto os planos de Daemon e foi embora de Pedra do dragão e provavelmente já havia voltado para Pedrarruna, sem dar chances do príncipe se explicar.
— Bom dia, princesa. – um dos guardas entrou na sala da mesa pintada.
Rhaenyra não sabia ao certo o que havia acontecido, nem mesmo as gêmeas, mas de uma coisa todos sabiam, Lucerys e Daemon haviam sido os responsáveis por aquilo. Foi fácil da fofoca e dos boatos de que uma briga entre os três aconteceu na calada da noite se espalhar por todo o castelo, embora os motivos da senhora do vale ter ido embora permanecessem em segredo.
— Bom dia, Sor Lorent. – Rhaenyra se virou para o homem.
— A princesa Rhaenys, acabou de chegar em um dragão. Ela solicita uma reunião com a senhora.
Rhaenys foi escoltada até eles, deixando Lucerys apreensivo no lugar, a princesa vestia armadura de batalha. Daemon encarou a prima.
— A princesa Rhaenys Targaryen. – um dos guardas a anunciou.
— Obrigada, Sor Lorent. – Rhaenyra agradeceu. — Peincesa Rhaenys, trouxe boas notícias sobre a recuperação de seus marido, lorde Corlys?
— Viserys está morto. – Rhaenys disse de uma vez. Lucerys voltou o olhar para a mãe e o padastro. — Estou de luto com você, por essa perda, Rhaenyra. Meu primo... O seu pai... Tinha um bom coração.
Rhaenys caminhou para mais próximo deles.
— Tem mais. Aegon foi coroado como seu sucessor. – Rhaenyra virou o olhar visivelmente abalado para a princesa. — E Nymeria. – Lucerys e Daemon viraram ao mesmo tempo. — Está com eles, ela estava na coração de Aegon, vestida como um deles, declarando o seu apoio.
O peso do colar em seu bolso fez o príncipe Velaryon apertar as mãos em formato de punho, a fúria e a culpa brigavam dentro dele.
— Eles o coroaram. – Rhaenyra susurrou.
— Como Viserys morreu? – Daemon perguntou.
— Eu não sei dizer. – Rhaenys respondeu.
— Há quanto tempo? – Rhaenyra perguntou, sua voz era de choro.
— Há dois dias, talvez três. Fui aprisionada em meus aposentos, enquanto a rainha organizava tudo.
— Viserys foi assasinado e, Nymeria está os apoiando. – disse Daemon.
— A Alicent, exigiu que você apoiasse o Aegon?
— Exigiu. Eu a rejeitei!
— E você ainda está viva.
— O alto septão corou Aegon no fosso dos dragões...
Rhaenyra gemeu de dor, levando a mão a barriga. Lucerys se colocou ao lado da mãe, preoucupado.
— Eu mesma testemunhei tal ato, antes de fugir com a Meleys.
— Eles o coroaram, diante do povo...
— Para o povo o ver como seu legítimo rei.
— Aquela rainha vadia matou meu irmão, fez a cabeça de minha filha contra nós e roubou o trono de ferro e você poderia ter queimado todos eles.
— Uma guerra deve ser travada, devido essas traições, mas não sou eu que deve começar essa guerra. Eu só me apressei para vir avisá-los, por lealdade ao meu marido e a minha casa. Os verdes virão atrás de você Rhaenyra, e de seus filhos. Deve sair de Pedra do dragão de uma vez.
Rhaenyra gemeu novamente, mais alto dessa vez, ela levou a mão até o vestido, a retirando de dentro do tecido molhada de sangue.
— O bebê está chegando.
[...]
— Aemond será enviado para Ponta tempestade, oferecemos a Borros Baratheon, uma aliança de noivado. – Otto Hightower disse na mesa do conselho. — Daeron já está ciente da união.
Aemond virou o olhar para o avô.
— Achei que eu fosse me casar com uma das filhas de Borros. – o príncipe disse.
— Você se casará com a lady do vale. – Alicent respondeu.
— Jeyne Arryn? – ele questionou.
— Nymeria Targaryen. – Otto respondeu.
Nymeria, que estava sentada ao lado do príncipe sorriu, virando os olhos violetas para o Targaryen. A ideia de casamento partiu dela. Otto queria uma prova de que ela estava do lado deles e Daemon odiaria saber que seu precioso sangue seria ligado aos Hightower de alguma forma. Embora ela não estivesse do lado de ninguém, ela estava por contra própria, mas o lorde mão não precisava saber disso ainda. Rhaena era outra questão que ela resolveu ignorar por agora, a sua irmã saberia lidar com aquilo, de qualquer maneira.
O príncipe Targaryen apenas acenou com a cabeça, quando a reunião acabou, ficou decidido que Nymeria e Aemond iriam até Ponta tempestade. Nymeria sentiu a mão de Aemond a puxar pela cintura, até uma das pilastras da fortaleza. O príncipe apoiou uma das mãos na parede, ficando cara a cara com a garota.
— Que idéia foi essa? – ele perguntou.
— Não quer se casar comigo, príncipe? – Ela se aproximou mais, olhando para cima, Aemond sorriu ladino.
— Não vou servir de distração para você esquecer o bastardo.
— Que pena, você daria uma ótima distração. – Aemond apertou mais a pele de sua cintura, o príncipe colou seu corpo contra o de Nymeria, ainda a encarando. Seus lábios estavam a milímetros de se tocarem.
— Eu gosto da sua irmã. – Aemond a soltou. Voltando a caminhar de volta ao pátio de treinamento, deixando a lady de Pedrarruna desnorteada para trás.
[...]
Arrax viu Nemesis primeiro. O dragão branco ficou agitado para pousar logo no castelo de Ponta tempestade. Quando Vhagar também subiu o pescoço, Lucerys travou no lugar por um segundo. Aemond e Nymeria estavam ali também.
— O principe Lucerys Velaryon, filho da princesa Rhaenyra. – o guarda anunciou sua entrada.
Ele viu primeiro Aemond, o príncipe vestia couro, uma espada estava embainhada em sua cintura, o habitual tapa olho estava lá. Nymeria estava ao lado do príncipe. Ela vestia capa de viagem em tom escuro de verde, seu cabelo estava preso em um penteado elaborado em sua cabeça e assim que percebeu que o príncipe Velaryon a encarava, ela o encarnou de volta, desafio brilhou em seus olhos violetas, Aemond passou a mão por sua cintura, a puxando para ele. Em claro indicativo de que estavam juntos.
Lucerys engoliu em seco, algo primitivo dentro dele queria tirar Aemond de perto dela. Ele reprimiu o sentimento de fúria, ele não tinha nada a ver com aquilo, não mais.
— Lorde Borros, eu trago uma mensagem de minha mãe, a rainha.
— Ainda hoje mais cedo, recebi dois emissários do rei. Qual dos dois será? Rei ou Rainha? A casa do dragão parece não ter decretado isso. – Borros riu. — Qual a mensagem de sua mãe?
Lucerys entregou o pergaminho para um dos guardas, ele voltou a olhar para o lado, onde Aemond e Nymeria estavam. Nymeria susurou algo no ouvido do príncipe, que sorriu ladino, as mãos dele ainda descansavam de modo possessivo em volta da cintura dela. Lucerys apertou o cabo da espada com força, as mãos dele, que deveriam estar alí.
O meistre leu a mensagem para o lorde Baratheon.
— Lembrar a mim, do juramento de meu pai... O rei Aegon pelo menos tinha uma proposta! minhas espadas e vassalos por um pacto de casamento com o príncipe Daeron.
— Se eu aceitar a proposta de sua mãe, com qual de minhas filhas se casará, garoto?
— Meu lorde, eu não estou livre para me casar, já estou compromissado, com minha prima, Rhaena.
Aemond e Nymeria olharam para o principe ao mesmo tempo, raiva era visível nos dois Targaryen.
— Então veio de mãos vazias. Vá para casa, garoto. E diga para sua mãe, que o lorde de Ponta tempestade, não é um cachorro, para quem ela pode assoviar para lutar contra seus inimigos.
— Eu levarei a sua mensagem á rainha, meu lorde.
— Um momento, meu lorde Strong. – Aemond chamou a atenção de Lucerys, que voltava para a saída do castelo. Lucerys se virou para o principe. — Como é dormir com a garota que já implorou por mim?
Borros e alguns guardas ofegaram com a fala ofensiva do príncipe. Lucerys empurrou a língua contra a bochecha.
—Eu faço a mesma pergunta, príncipe, como é estar com a garota que dormia todas as noites comigo?
——🐉 Peço perdão desde já por qualquer erro ortográfico, eu tento ao máximo revisar, mas sempre escapa um ou outro, caso achem, me avisem para que eu possa arrumar. Não se esqueçam de deixarem suas opiniões sobre o capítulo. Eu amo ler os comentários. Beijos da Thay.
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