XVII. 𝑹𝒖𝒃𝒚 𝒄𝒓𝒐𝒘𝒏
O TECIDO VERDE CAIU perfeitamente em Nymeria. O decote do vestido era ricamente decorado com pedras de jade, uma corrente delicada de cor dourada enfeitava sua cintura, em seu pescoço, um colar com as três cabeças do dragão, na cor dourada repousava em sua pele e brilhava com seus movimentos contra a luz do sol que entrava através da janela. Seus cabelos estavam soltos e caiam em perfeitos cachos até sua cintura, uma tiara de jade adornava os fios.
As roupas foram dadas pela própria rainha Alicent, que queria todos bem vestidos para a coroação de Aegon, que aconteceria daqui alguns minutos. O som de batidas na porta a fez dispensar as aias que temrinavam de a arrumar. Aemond estava parado na entrada, com as habituais roupas de couro e o o tapa olho. O príncipe ofereceu o braço para que Nymeria pudesse pegar. Por um momento, a imagem de Rhaena brilhou em sua mente. Empurrando as memórias das irmãs para o esquecimento, ela sorriu para o príncipe, não era hora para aquilo.
— Está encantadora, Lady Nymeria.
— Agradeço, meu príncipe.
— A princesa Rhaenys saiu de seus aposentos. – Aemond contou.
— Ela não deve ter ido tão longe, Meleys está no fosso, não está?
Aemond acenou com a cabeça, em confirmação. O Príncipe a levou até a litreira, onde Alicent e Aegon estavam. O futuro rei dos sete reinos estava com a cabeça encostada na janela da carruagem e parecia descontente com tudo ao seu redor.
— Tenha a decência de mostrar gratidão. – a rainha bradou com o filho, depois de alguns minutos de viagem até a fosso. — Imagina o que foi preciso para lhe dar este dia? em uma hora, você será rei.
— Mau pai jamais desejou isso. – Aegon se virou para a mãe.
Nymeria voltou o olhar para o príncipe Aemond ao seu lado, que continuava quieto, prestando atenção na conversa da mãe e do irmão. Otto Hightower acreditava que ela fosse uma espiã enviada por Daemon, Aegon e Aemond interviram em sua ajuda, dizendo que acreditavam em sua fúria e ressentimento contra Daemon e Lucerys, o que era uma novidade para a senhora de Pedrarruna, mas seu ódio era tanto que seus olhos estavam cegos para tudo ao seu redor.
— Isso não é verdade. – Alicent retrucou.
— Ele teve vinte anos para me nomear seu herdeio e nunca o fez. Ele apoiou a reenvidicação de Rhaenyra.
— Ele mudou de idéia.
— Não. – Aegon riu. — Ele poderia, mas nunca mudou, porque não gostava de mim.
Nymeria sorriu com malícia, o sorriso refletiu em Aemond. Os irmãos Targaryen eram péssimos pais, bom, para certos filhos.
— E, ainda sim, em seus últimos suspiros, ele me disse que você, deveria assumir seu lugar no trono.
Aemond e Nymeria cruzaram os olhares, a presença deles estava quase esquecida entre o príncipe e a rainha. Aegon deu risada com a fala da mãe. Alicent colocou uma caixa de madeira no banco entre ela e o filho, Aegon olhou para o objeto bonito de modo curioso.
— Não brinque comigo, mamãe.
— Eu falo a verdade.
Aegon tirou a adaga de aço valiriano da caixa de madeira, era a mesma que o rei Viserys usava diariamente em vida.
— Me escute, Aegon. O seu avô, a mão, tentará manipular você, dizendo que Rhaenyra deverá ser morta.
Alicent passou o olhar por Nymeria, que continuou parada em seu lugar. O brilho de desafio nos olhos violetas da garota chamou a atenção de Aemond.
— Você deve rejeitar esse conselho. - a rainha se voltou para o filho. — Não devemos governar com crueldade e indiferença. Com todas as falhas dela, é sua irmã, filha de seu pai...
— Você me ama?
Nymeria sentiu a mão de Aemond a apertar em sua coxa, em sinal de aviso. O príncipe percebeu que ela estava prestes a rir, Nymeria encarou o Targaryen, que tinha o esboço de um sorriso no rosto. O dois voltaram a olhar para as janelas, para evitarem rir do futuro rei.
— Seu imbecil. – disse a rainha.
A gargalhada ficou presa na garganta de Nymeria. Quando chegaram ao fosso, os quatro saíram da litreira, vendo a princesa Helaena descer de outra carruagem, acompanhada de Otto e Criston Cole. Aemond deu novamente os braços para que Nymeria segurasse. Todos subiram no palanque, Aemond ficou ao lado de Nymeria e da princesa Helaena. Alicent ficou mais a frente deles, assim como Otto e Sor Criston.
Assim que Rhaenys que estava no fosso viu que Nymeria estava ao lado deles, ela soube que a garota de Daemon era uma traidora de Rhaenyra.
— Nosso amado rei, Viserys, O pacífico, está morto. – Otto Hightower começou. As pessoas no fosso começaram a murmurar, reagindo a notícia. — Mas também é um dia de alegria, no momento em que seu espírito nos deixava, ele susurrou seu último pedido. Que seu primeiro filho homem, Aegon, fosse seu sucessor.
— Coroa de rubi em chamas. – Nymeria susurou tão baixo, que só Aemond e Helaena, os mais próximos dela, escutaram. O príncipe arqueou a sombrancelha.
— Existe uma fera a baixo das tábuas. –Helaena susurrou ao lado de Nymeria.
Aegon foi escoltado pelo guardas, o povo de Porto real batiam palmas, alvoroçado com a entrada do príncipe. Nymeria escutou mais de um "vida longa a rainha dragão" Aemond ao seu lado olhou para a multidão em busca de quem havia dito aquilo.
— É uma grande sorte, um grande privilégio, estar aqui para testemunhar isso: um novo dia para a nossa cidade, um novo dia para o nosso reino. Um novo rei para nos governar.
Alicent recebeu o filho, beijando sua testa. Aegon se ajoelhou, O septão foi até ele.
— Que o guerreiro lhe dê coragem. Que o ferreiro, confira força para sua espada e seu escudo. Que o pai o defenda, conforme as suas necessidades. Que a velha erga a sua lamparina brilhante e ilumine seu caminho para a sabedoria. – O septão recitou, pegando a coroa que um dia foi de Aegon, O conquistador e a dando para Criston Cole, que caminhou até Aegon.
— A coroa do conquistador, passada de geração em geração.
Helaena virou o olhar, Aemond assim como Nymeria, fixaram os olhares na coroa, cada um com seus próprios planos para ela.
— Com os sete como testemunha, Aegon Targaryen é o verdadeiro herdeiro do trono de ferro. – a multidão voltou a murmurar com a fala de Criston.
Aegon se levantou, recebendo reverências do septão, Otto, Criston, Alicent, quando olhou para Aemond, Helaena e Nymeria. Helaena abaixou a cabeça assim como Aemond, Nymeria sorriu ladino, ganhando um sorriso semelhante de Aegon, ela abaixou minimamente a cabeça.
— Saúdem vossa majestade, Aegon o segundo de seu nome, rei dos ândalos, dos roinares e dos primeiros homens, lorde dos sete reinos e protetor do reino. Aegon, o rei!
Aegon virou para as pessoas, ganhando o alvoroço do povo, ele brandiu a espada, Blackfyre, os incitando mais. O som de uma explosão foi escutado por todo o fosso, a fumaça cobriu a maioria das pessoas, um dragão surgiu em meio o chão do fosso. Helaena pegou o braço de Aemond, que se colocou na frente dela e de Nymeria.
Meleys se aproximou com Rhaenys em seu dorso. A mais velha encarou Aegon e Alicent, que tremia, na frente do filho. A rainha vermelha abriu a boca, rugindo alto, fazendo Alicent e Aegon fecharem os olhos. Nymeria sentiu o aperto em sua cintura e braço, Aemond e Helaena a apertavam. Meleys e Rhaenys alçaram voo, saindo do fosso, deixando uma confusão para trás. A princesa Rhaenys voou diretamente para pedra do dragão.
——🐉 Peço perdão desde já por qualquer erro ortográfico, eu tento ao máximo revisar, mas sempre escapa um ou outro, caso achem, me avisem para que eu possa arrumar. Não se esqueçam de deixarem suas opiniões sobre o capítulo. Eu amo ler os comentários. Beijos da Thay.
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