XI. 𝑺𝒆𝒂𝒘𝒆𝒆𝒅 𝒉𝒆𝒂𝒅
BAELA CAMINHOU APRESSADA até a irmã, arrastando Jacaerys com ela. Nymeria se soltou de Lucerys, alisando a saia do vestido.
— Estou bem! não foi nada. – ela respondeu para a irmã.
— Claro, Lucerys está sangrando por nada, tem sangue no chão, por nada, você estava chorando, por nada. – Baela cruzou os braços.
Jacaerys olhou para o chão depois para as mãos do irmão, que estavam machadas de sangue e mesmo meio alterado, ele correu para o caçula, verificando se Lucerys não estava machucado.
— Não estou ferido. – Lucerys se afastou do irmão. — Esse sangue não é meu e você está bêbado, Mamãe irá o matar, valonqar. (irmãzinho)
— Tenho quase certeza que isso foi um xingamento. – o príncipe mais velho fez careta.
— Vai fala! ou eu conto para o papai. – disse uma Baela bastante raivosa.
— Você não teria coragem, Baela. – Nymeria respondeu a mais nova.
— Teste minha paciência, Nymeria.
A Targaryen cruzou os braços, encarando a irmã em desafio. Jacaerys trocou olhares com o irmão, os dois tinham caretas confusas nos rostos.
— Nymeria foi atacada. – Lucerys respondeu, levando uma encarada da Lady de Pedrarruna.
— O que? – Baela desfez a expressão desafiadora.
— Estávamos em alguma taverna, Nymeria saiu para tomar ar e quando fui atrás dela, vi um homem a cercando, provavelmente para a roubar. – Lucerys respondeu.
— Você chamou os guardas? – Jacaerys perguntou.
— Não eu o tirei de perto dela, mas alguns mantos dourados apareceram para apartar. levaram o homem para a fortaleza.
— Eu mesmo mato ele. – Baela diz de forma rápida, correndo até a irmã. Nymeria resmungou quando a mais nova a apertou em busca de ferimentos.
— Não é querendo acabar com a nossa festa, mas isso provavelmente já chegou no ouvido do Daemon. – Jacaerys comentou..
— E o que ele fará? Irá nos castigar por sair do castelo? – Nymeria respondeu o príncipe. — Não sei se sabem, mas todos nós já somos adultos perante a lei de Westeros.
— Provavelmente ele fará isso. – Baela respondeu.
Nymeria riu irônica.
— Foda-se o Daemon.
Lucerys disfarçou a risada com a fala da garota, vendo o irmão e Baela arregalarem os olhos em sincronia.
— Viram a Rhaena com o príncipe caolho? – Nymeria perguntou.
— Não o chame assim! – Lucerys suspirou.
— Mas é o que ele é. – Nymeria respondeu óbvia. — Não tenha medo do príncipe caolho Luke, você já arrancou um dos olhos dele, e você tinha o que? 10 dias do nome? imagina agora, com 17, você arranca o outro facilmente.
— Cale a boca! – Lucerys a repreendeu indgnado.
— Venha calar, cabeça de alga.
— Ora, sua...
Os dois começaram uma discussão aos berros, no meio do corredor da cidade. Jacaerys se encostou na parede, puxando Baela para ele.
— Eles irão se matar! – Baela suspirou. — Jacaerys!
— O que? eles tem toda essa tensão. Aposto que se não se beijaram ainda, daqui a pouco vão.
— Deixe meu pai escutar isso.
— Seu pai é um homem velho, que tem três filhas. O que ele aprontou com a minha mãe e o meu avô, ele pagará em triplo. – o príncipe sorriu.
Depois de um tempo, com Lucerys e Nymeria ainda aos gritos e xingamentos, Baela e Jacaerys resolveram apartarem a briga e voltarem para a fortaleza. Se eles iriam levar sermão ao amanhecer, Baela queria pelos menos descansar por algumas horas.
Rhaena e Aemond ainda estavam desaparecidos na cidade. Nymeria insistiu em ir atrás dos dois, ela não deixaria sua irmã com o príncipe inimigo. Lucerys a apoiou, mas Baela disse que sua gêmea sabia se virar e resolveu deixar Rhaena e Aemond aproveitarem um pouco mais a noite.
Com os protestos de Nymeria e Lucerys, os quatro entraram na fortaleza e assim que saíram das passagens escuras, Baela puxou Jacaerys, se afastando da irmã e do príncipe Velaryon, que não calavam a boca por um segundo.
— Onde vai? – Lucerys perguntou quando a Targaryen se virou para o corredor que a levaria para seu quarto.
— Virou meu cão de guarda?
— Não vai me agradecer por ter te salvado? – Lucerys perguntou com um sorriso sacana no rosto.
— Eu já disse obrigada.
— Mas e o meu beijo?
Nymeria inclinou a cabeça, surpresa pelo atrevimento do príncipe.
— Está querendo demais, garoto. – ela engoliu em seco.
— Eu estou brincando. – Lucerys sorriu. — Você está bem mesmo? posso acordar um dos meistres.
— Eu estou bem. Nada mudou desde a última vez que você me perguntou a mesma coisa, há três minutos atrás.
— A imagem daquele homem perto de você me vem a mente toda vez que eu fecho os olhos.
Lucerys travou o maxilar, apertando as mãos em formato de punho. Nymeria sorriu mínino, virando o corredor.
— Boa noite, Lucerys.
— Boa noite Nyn.
Nymeria mudou a posição na cama. E por mais que tentasse, toda vez que fechava os olhos a imagem do homem na cidade vinha a sua memória. Seu toque ainda era um arrepio fantasma e gélido em sua pele. Ela esfregou o local tantas vezes que a pele havia ficado vermelha. Ela não tinha o visto, nem aquele momento nas visões. Os susurros do futuro ficavam quietos perto de Lucerys, era um alívio, mas se revelou ser muito perigoso.
O gato que ela havia adotado estava deitado ao seu lado, em cima das almofadas, em uma bola. Ele mal parecia ser um gato de rua. Nymeria se levantou, calçando os sapatos. Ela pegou o gato no colo, que miou em protesto. A Targaryen caminhou pelos corredores escuros da fortaleza, desviando dos gaurdas que faziam ronda, ou trocavam de turno, e parou em frente a porta, amaldiçoando sua mente por a fazer desejar aquilo. Ela se arrependeria disso amanhã, ela tinha certeza.
Quando Lucerys abriu a porta, somente com a calça de dormir branca, ela conteu a vontade de olhar para o corpo do príncipe.
— Nymeria, precisa de ajuda? – ele perguntou surpreso e meio sonolento.
— Não consigo dormir. – Ela disse em um sussurro.
— Quer que eu busque alguma coisa para você?
— Posso dormir aqui, com você? – ela perguntou ainda mais baixo.
Lucerys arregalou levemente os olhos, abrindo mais a porta, dando espaço para que ela entrasse. Nymeria colocou o gato no chão, que se espreguiçou, já procurando algum lugar para deitar. Lucerys tinha as bochechas vermelhas, ele levou os braços para a nunca, mordendo o lábio em sinal de nervosismo.
— Se contar para alguém... – Nymeria começou.
— Eu sei, você me mata. – ele sorriu.
Lucerys foi o primeiro a se deitar, puxando as cobertas para que Nymeria pudesse fazer o mesmo, a garota suspirou, se deitando ao lado do príncipe.
— Aquele homem me assustou. – Nymeria contou, sem olhar para o príncipe. — Normalmente eu não tenho medo de homens.
— Está tudo bem, ele pagará pelo que fez a você. – Lucerys a puxou gentilmente e Nymeria fechou os olhos, aproveitando a sensação dos braços do príncipe ao seu redor.
Aquilo estava indo muito rápido, ela estava perdendo o controle das coisas, mas ela pensaria melhor nisso amanhã. Lucerys enrolou os cabelos castanhos avermelhados da garota nos dedos, em uma espécie de carícia, vendo a respiração dela ficar mais lenta, indicando que ela havia dormido. O príncipe apertou os braços em volta do corpo de Nymeria, fechando os olhos e aproveitando a sensação dela em seus braços.
——🐉 Peço perdão desde já por qualquer erro ortográfico, eu tento ao máximo revisar, mas sempre escapa um ou outro, caso achem, me avisem para que eu possa arrumar. Não se esqueçam de deixarem suas opiniões sobre o capítulo. Eu amo ler os comentários. Beijos da Thay.
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