
III. 𝑨 𝒈𝒐𝒐𝒅 𝒎𝒐𝒗𝒆
NYMERIA ESTAVA AO lado de Rhaena e um garoto que descobriu se tratar de Jacaerys Velaryon, filho mais velho da princesa Rhaenyra. O seu salvador, o príncipe Lucerys Velaryon, estava ao lado da mãe e Daemon estava ao lado de sua esposa.
Nymeria havia entendido o motivo de Daemon a querer ali. A legetimidade da reenvidicação de Lucerys Velaryon, sobre Derivamarca estava sendo ameaçada e Daemon, achou que a Lady do Vale estar presente na petição de Rhaenyra em nome de Lucerys era uma boa jogada.
Nymeria era a senhora de Pedrarruna, ela controlava os homens do Vale, os portões da lua e o Ninho da águia, que passaria de Jeyne para ela. Já que a senhora Arryn não possuía herdeiros e não estava tentada a ter-los.
Por mais que já soubesse que a fala de família era uma mentira descarada, ela se sentiu usada pelo pai.
Baela estava ao lado de sua avó por parte de mãe, a princesa Rhaenys. A rainha consorte Alicent, estava do outro lado do salão, ao lado dos três filhos, Aegon, Aemond e Helaena.
Otto Hightower, a mão do rei estava no trono de ferro e escutava a petição de Vaemond Velaryon, irmão de lorde Corlys Velaryon o serpente marinha. Pelo que ela soube, o homem estava ferido devido a guerra nos Degraus, mas não estava morto. A pressa para o enterrar era engraçada na concepção de Nymeria.
Os filhos da rainha estavam no clássico verde dos Hightower. Rhaenyra, seus filhos e Daemon estavam com preto e vermelho dos Targaryen, a divisão entre eles era clara, qualquer um podia enxergar.
Já Nymeria, estava nas cores dos Royce, o bronze, preto e cinza. Se Daemon achava que ela escolheria um lado dessa disputa, ele estava completamente enganado, depois dessa baboseira toda, ela voltaria para Pedrarruna com Nemesis e queimaria qualquer um que a importunasse novamente.
Ela bufou, chamando a atenção de Jacaerys ao seu lado.
— Você está bem? – O príncipe perguntou. — Não nos apresentamos corretamente, sou Jacaerys Velaryon.
— Estou bem! – ela respondeu brevemente. — Sou Nymeria.
Jacaerys não falou mais nada e Nymeria voltou a prestar atenção no outro lado da sala do trono, onde olhos violetas a olharam de volta.
O príncipe Aegon a encarava. Nymeria fechou os olhos rapidamente devido a dor de cabeça repentina. Em meio a escuridão, ela viu uma coroa de rubis arder em chamas.
Quando abriu os olhos novamente Baela a olhava do outro lado do salão com uma expressão preoucupada no rosto. Rhaena procurou sua mão, a apertando quando achou.
— A história de nossas nobres casas vem além dos sete reinos até os dias da antiga valíria. Pelo tempo que a casa Targaryen governa os céus, a casa Velaryon governa o mar. Quando a perdição recaiu sobre valíria, nossas casas se tornaram as últimas de suas classes. Nossos antepassados vieram para essa nova terra, sabendo que se falhassem, seria o fim de nossa linhagem e de nosso nome. Por toda a minha vida eu estive em Derivamarca, protegendo o trono de meu irmão.
Vaemond começou seu discurso.
— Sou o parente mais próximo de lorde Corlys, sangue de seu sangue. O verdadeiro sangue Velaryon corre em minhas veias.
— Como correm nas veias de meus filhos, descendentes de Laenor Velaryon. – A princesa Rhaenyra disse. — Se o senhor se importasse tanto com o sangue de sua casa, Sor Vaemond, não seria petulante, ao ponto de passear por seu devido herdeiro. Você fala por você mesmo e sua ambições.
– Lucerys olhou para a mãe.
— Terá a chance de fazer sua petição, princesa Rhaenyra. faça cortesia a Sor Vaemond, e permita que ele seja ouvido. – disse a rainha.
— O que você sabe sobre sangue Velaryon, princesa? – Vaemond se virou para Rhaenyra. — Eu posso cortar uma de minhas veias e mostrar para você.
Nymeria achou aquilo tudo uma baboseira sem tamanho. Se estavam questionando a legetimidade de um dos descendentes da coroa, estavam questionando a própria coroa. A casa do dragão era a mais poderosa de Westeros, todos sabiam, mas estavam destinados a ruirem por brigas internas, somente um dragão poderia matar um dragão.
— Minha rainha, meu lorde mão. essa é uma questão de sangue, não de ambição. é uma questão de continuidade a minha casa. Assim me coloco como sucessor de meu irmão, como lorde de Derivamarca e Senhor das marés.
— Obrigado, Sor Vaemond.
— Princesa Rhaenyra, pode falar agora por seu filho Lucerys Velaryon.
Rhaenyra foi para frente e quando iria começar a falar, as portas se abriram. O rei apareceu, fazendo todos o olharem.
— O rei Viserys Targaryen, primeiro de seu nome, rei dos ândalos, dos roinares e dos primeiros homens, lorde dos sete reinos e protetor do reino.
Viserys foi anunciado e caminhou com dificuldade até o trono.
— Sentarei no meu trono hoje, Otto.
Nymeria fez uma reverência para o rei, como todos ao seu redor. Viserys era uma boa pessoa, um rei pacífico demais para seu gosto, mas possuía um bom coração, ela sentiu pena do tio. Viserys olhou em direção aos filhos mais novos, depois para Rhaenyra.
— Majestade!
Viserys usou a bengala para se apoiar e subir os degraus do trono de ferro. Sua coroa caiu, mas foi pega por Daemon, que ajudou o irmão a se sentar, colocando a coroa em sua cabeça.
— Eu devo confessar minha confusão, não entendo porquê petições estão sendo ouvidas. Sobre uma sucessão estabelecida. A única presente que pode nos falar sobre os desejos de lorde Corlys, é a princesa Rhaenys.
— De fato vossa graça! – Rhaenys caminhou até a frente do trono. — Sempre foi da vontade de meu marido, que Derivamarca, passasse de Sor Laenor, para seu filho legítimo, Lucerys Velaryon. Sua mente jamais mudou. Bem como meu apoio a ele. Para falar a verdade, a princesa Rhaenyra, acabou de me informar de seu desejo de casar seu filho Jacaerys, com minha neta, Baela. Uma proposta que tem meu total entusiasmo.
Nymeria olhou para a irmã do outro lado do salão.
— Bom, o acordo foi estabelecido. Novamente. Eu nomeio o príncipe Lucerys, da casa Velaryon, como herdeiro de Derivamarca do trono de madeira e próximo senhor das marés.
Aegon riu. A rainha encarou Otto. Nymeria olhou para a frente, onde notou que Lucerys sorria orgulhoso para a mãe.
— O senhor quebra regras e séculos de tradições, para estabelecer sua filha como herdeira. E ousa me dizer... quem merece herdar o nome Velaryon. Não!
eu não permitirei tal fato.
— Não permitirá? não se esqueça quem você é Vaemond.
— Ele não é um legítimo Velaryon! e certamente não é meu sobrinho.
— Volte para seus aposentos, você já falou demais. – disse Rhaenyra.
— Lucerys é meu neto legítimo. E você não é mais o segundo filho de Derivamarca.
— Você pode governar a sua casa como melhor lhe a prover, mas você não decidirá o futuro da minha! Não verei o fim de minha casa por esta...
— Diga! – Daemon bradou.
— Os filhos dela são bastardos! e ela é... uma vadia! – Vaemond gitou.
Jacaerys travou o maxilar. Vaemond estava muito cego pela raiva, sem dúvidas. Dizer aquilo na presença do rei que era conhecido pelo favoritismo com a filha mais velha era suicídio.
— Cortarei sua língua por isso. – disse o rei, se levantando do trono.
Nymeria viu quando Rhaenyra fez um aceno positivo na direção de Daemon quando ele olhou para ela. Daemon tirou a espada da bainha e cortou a cabeça de Vaemond. Nymeria olhou a cabeça do homem cair no chão do salão em um baque surdo, o seu sangue manchando todo o piso do salão. Rhaena apertou sua mão, virando o olhar. Alicent se colocou na frente da filha, que levou as mãos aos ouvidos, Aemond deu um passo para trás e Aegon olhou a cena, com uma careta formada no rosto.
Lucerys olhou para trás, notando quando Nymeria acompanhou Daemon limpar a espada. Sem uma única expressão de choque no rosto, ela já tinha visto coisas muito piores que aquilo.
— Ele pode ficar com a língua. – disse Daemon, limpando a espada Darksister com o tecido de sua capa.
A guarda real se colocou na frente da rainha e os filhos, cercando Daemon.
Aemond olhou o tio de cima a baixo.
O rei caiu sentado no trono, a rainha gritou pelos meistres e a princesa Rhaenyra chamou pelo pai.
[...]
Depois do longo dia, Nymeria estava pronta para se deitar e só se levantar para voltar para Pedrarruna, quando foi informada de que teriam um jantar com o rei, e sua presença era necessária. Ela resmungou e novamente amaldiçoou Jeyne por seus infortúnios.
Ela optou por um vestido azul com detalhes em bronze. A lady arrumou os cabelos em um penteado simples e saiu em busca da sala onde ocorreria o jantar, ou esperava que fosee. A fortaleza era um labirinto de corredores e ela certamente estava perdida. Virando em um dos corredores ela viu o príncipe Jacaerys pelo caminho. O garoto sorriu a comprimentando e Nymeria retribuiu.
— Precisa de ajuda, minha senhora? – o príncipe perguntou educado..
— Aceito sua ajuda, meu príncipe. – ela respondeu.
Jacaerys caminhou até ela, oferecendo seus braços para que a lady pudesse o segurar.
— Pode me chamar de Jace. – O Velaryon sorriu e Nymeria sentiu as bochechas corarem. Por qual razão ele tinha que ser um garoto bonito?
Os dois caminharam sem mais palavras e quando chegaram a sala que ocorreria o jantar, Daemon levantou as sobrancelhas ao ver os dois.
Jacaerys levou Nymeria até seu lugar, entre Rhaena e Lucerys, puxando a cadeira para ela se sentar, depois foi para seu próprio lugar ao lado de Baela.
Nymeria achou uma pena Jacaerys já estar comprometido. Ele era um bom partido, como diria Jeyne. A garota balançou a cabeça, voltando para sua expressão séria como o de costume. Jacaerys era prometido de sua irmã, ela precisava se lembrar disso.
Ela sentiu Lucerys a olhar de seu lugar.
O que o garoto achou tão interessante nela? Ninguém falava nada, enquanto a comida era posta na mesa. Era até um pouco desconfortável e Nymeria mais uma vez se sentiu um peixe fora d'água.
Todos se levantaram quando Viserys foi trazido pelos guardas em uma cadeira. O rei foi colocado no espaço entre Alicent e Rhaenyra.
— Como é bom, ver todos vocês essa noite, juntos.
— Uma oração antes de começarmos meu amor? – a rainha perguntou, recebendo um aceno positivo do rei.
A rainha terminou a oração, com a risada de Daemon se sobressaindo no silêncio, quando Vaemond foi citado.
— Este é um momento de celebração, me parece. Meu neto Jace irá se casar com a prima Baela.
— Meu rei, queria levar a proposta de casamento de meu filho Lucerys, com minha enteada, Lady Nymeria Targaryen, senhora de Pedrarruna, a união tem o total apoio de Daemon e o meu.
Nymeria que estava muito entretida em contar quantas uvas tinham em seu prato arregalou os olhos para o pai e a madastra.
Só podia ser brincadeira.
——🐉Peço perdão desde já por qualquer erro ortográfico, eu tento ao máximo revisar, mas sempre escapa um ou outro, caso achem, me avisem para que eu possa arrumar. Não se esqueçam de deixarem suas opiniões sobre o capítulo. Eu amo ler os comentários. Beijos da Thay.
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