QUANDO DESMONTARAM no fosso dos dragões, na capital dos sete reinos. Algumas horas depois. Nymeria deixou avisado aos cuidadores de dragões, que Nemesis não gostava de correntes e era muito arisca com pessoas e aparentemente, com dragões novos.
— Rhaenyra e as crianças já chegaram a fortaleza. – Daemon avisou ao lado da garota.
Os dois caminhavam lado a lado pelas ruas até a entrada do castelo. Nymeria não estava contente em deixar sua dragão no fosso. Ela temia o que Nemesis poderia fazer se encontrasse com outro dragão lá dentro. Ela não era acostumada com os outros de sua espécie. Durante a viagem, ela ficou o mais longe possível de Caraxes e Daemon – o que Nymeria agradeceu.
A garota nem notou o momento em que chegaram no interior da fortaleza vermelha. Daemon a mostrou o caminho até a sala do trono. Então era aquela cadeira desconfortável, que causaria uma disputa tão grande, que seria capaz de destruir tantos?
Uma mulher de cabelos prateados estava no salão. Uma criança estava em seu colo e ela estava visivelmente grávida. Essa deveria ser Rhaenyra, a princesa herdeira do reino e atual mulher de seu pai. Daemon teria outro filho, isso não deveria incomodar tanto Nymeria.
— Nymeria, não é? Sou Rhaenyra, é um prazer conhecer-la finalmente.
A garota acenou com a cabeça, fazendo uma reverência para a princesa.
— O prazer é meu, princesa.
— Sem formalidades, você é da família.
O estômago de Nymeria embrulhou, mas o sorriso falso enfeitava seus lábios. Família...
— Esse é Aegon. O pequeno Viserys está dormindo no momento. – A princesa disse, um sorriso enfeitava seus lábios.
A criança a olhou, estendendo os pequenos braços gorduchos de bebê e Nymeria olhou para a princesa, pedindo permissão. Rhaenyra fez um aceno positivo e a garota estendeu os braços para o bebê, que se agarrou a ela, lavando as mão até seu cabelo castanho avermelhado.
— É um bom nome. – Nymeria sorriu para a criança em seu colo. Seu irmão.
Daemon que havia ficado encostado no batente da porta encarou a cena.
Rhaenyra levou a garota até o bosque sagrado. Onde estavam as duas filhas gêmeas de Daemon, Baela e Rhaena.
Nymeria devolveu Aegon para a mãe, sobre os protestos do bebê, que balbuciava palavras desconexas para a irmã mais velha. As gêmeas caminharam até a Rhaenyra e Nymeria. As duas eram um ano e alguns meses mais novas que a primeira filha de Daemon.
— Sou Baela, é um prazer conhecer você, Nymeria.
— Eu sou Rhaena, faço das palavras de Baela as minhas.
— É um prazer conhecer vocês. – Nymeria abaixou a cabeça, em uma reverência contida.
Sem realmente saber como agir com elas. Baela e Rhaena se entre olharam. Baela puxou a mais velha para um abraço. Rhaena acompanhou a gêmea, deixando uma Nymeria atordoada no meio das duas.
— É bom finalmente conhecer você. – Rhaena falou ao seu lado.
As gêmeas soltaram a irmã mais velha. Nymeria se recompôs, arrumando a postura. Rhaenyra tinha um sorrisinho de lado no rosto, o bebê Aegon estava agarrado a mãe.
— Ainda tem muita gente que quer conhecer você, Nymeria. iremos até os aposentos de meu pai, depois até os meninos, meus filhos. eles ainda estão no pátio de treinamento? – Rhaenyra perguntou na direção de Baela e Rhaena e Baela fez um aceno positivo.
Nymeria segurou a vontade se sair correndo da fortaleza. Sua garganta estava seca e sua cabeça doia. Ela não era boa com pessoas e estava se sentindo sofocada com todas as apresentações, mas ela não faria desfeita na frente da família real. Não agora, pelo menos.
Ela sabia que Daemon a queria ali por algum motivo, mas ainda não sabia qual era. Afinal, ele teve dezessete anos para alevar para a fortaleza, dezessete anos para a aproximar do restante de seus filhos, e ele não fez, não até aquele momento, e por qual motivo?
Rhaenyra a levou até os aposentos do rei Viserys. Ele estava em sua cama, metade de seu rosto estava enfaixado. O rei parecia muito doente e Nymeria sentiu pena do homem.
— Alicent? – O rei chamou entre a respiração pesada.
— Não meu pai. Sou eu, Rhaenyra novamente e essa é Nymeria, a primeira filha de Daemon.
— Finalmente a conheci, Nymeria. – o rei disse com dificuldade.
— Majestade, queria o agradecer pelo ovo de dragão. Nemesis é meu maior orgulho.
Viserys procurou por sua mão, o rei a apertou quando achou.
— Sinto muito por não ter feito mais por você.
Nymeria sorriu para o rei. Viserys parecia meio dopado pela quantidade de leite de papoula. Rhaenyra deu um sorriso triste para o pai. A notícia de que o rei estava doente não havia chegado ao vale. Em nenhum outro lugar na verdade, deviam estar escondendo seu estado de saúde deplorável das pessoas.
Mas se Viserys não estava no trono, quem estava? Se os estandartes da estrela de sete pontas eram um indicativo, os Hightower comandavam Westeros.
Quando sairam dos aposentos do rei, Rhaenyra a avisou que teria que resolver um assunto com a rainha consorte. Ela mostrou a direção do pátio de treinamento onde suas irmãs estavam e seus aposentos. Nymeria se despediu da princesa herdeira e foi diretamente para seu quarto.
Nymeria olhou em volta, respirando aliviada. Ela viu que suas coisas foram trazidas para os aposentos. Ela trocou a capa de viagem por um vestido preto com detalhes em bronze e soltou o cabelo deixando que os cachos caíssem livres por seus ombros até a sua cintura.
— Eu ainda mato Jeyne. – ela resmugou, abrindo as pesadas portas de madeira e saindo do quarto.
Os corredores estavam silenciosos. Ela seguiu até uma das saídas, vendo o pátio de treinamento logo abaixo.
Dois homens lutavam no centro de uma roda de pessoas. Um dos homens possuia cabelos pretos e o outro possuia cabelos prateados, devia ser um dos Targaryen. Nymeria buscou por Baela ou Rhaena, não as achando.
Ela caminhou sem prestar muita atenção em volta, Nymeria estava prestes a se virar e voltar para seus aposentos quando bateu em alguém com força. Se a pessoa não tivesse a segurado ela teria caído no chão de pedra, no meio de todos.
A garota subiu o olhar, vendo seu salvador a encarar de volta. Ele ainda a segurava pela cintura.
O garoto, não aparentava ser muito mais velho do que ela. A roupa verde água chamou sua atenção. O símbolo de prata dos Velaryon repousava no tecido, chamando a atenção para si. Ele era um dos príncipes Velaryon?
— Olhe por onde anda. – Ela se soltou, arrumando o vestido.
O garoto riu, cruzando os braços na frente do corpo.
— Você que esbarrou em mim. Você deveria olhar para onde anda. Minha Lady. – ele a olhou de cima a baixo.
Nymeria revirou os olhos.
— Não me chame assim. – ela ralhou irritada.
— Como quiser. Minha lady, posso saber seu nome? – ele perguntou.
— Nymeria. – Uma voz a chamou e quando olhou para o alto das escadas, ela avistou Baela.
Nymeria acenou com a cabeça na direção do garoto e saiu sem o dar uma reposta, indo até a irmã mais nova.
— Essa é a filha do Daemon? – O príncipe Jacaerys perguntou ao lado do irmão mais novo.
Lucerys acompanhou com o olhar a garota entrar no castelo ao lado de Baela.
— Bom, podemos ver que é tão espirituosa quanto ele. – o príncipe brincou e seu irmão mais velho bangunçou seus cabelos, rindo.
——🐉Peço perdão desde já por qualquer erro ortográfico, eu tento ao máximo revisar, mas sempre escapa um ou outro, caso achem, me avisem para que eu possa arrumar. Não se esqueçam de deixarem suas opiniões sobre o capítulo. Eu amo ler os comentários. Beijos da Thay.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro