Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

𖤍𖡼↷ 𝐓𝐖𝐄𝐍𝐓𝐘 𝐓𝐖𝐎

CONVERSA SINCERA

Faziam dois dias que eu estava fingindo que não existia. Estava deprimida demais pra escrever e não tinha vontade de sair de casa, então apenas fiquei enfiada embaixo dos cobertores quentinhos assistindo filmes de zumbis, que era a única coisa capaz de me animar minimamente. Mesmo assim, toda vez que meu celular apitava com uma mensagem nova e eu constatava que não era de Katsuki, me sentia péssima. Sabia muito bem que não devia esperar que ele viesse atrás de mim, porque isso jamais iria acontecer, ele era orgulhoso demais, não importava o quanto gostasse de mim. Se eu achasse que o procurar daria em algo, talvez eu tivesse o feito. Por mais orgulhosa que eu fosse, era capaz de engolir isso e conversar, simplesmente porque quero estar ao lado dele. E estar em um relacionamento também é saber ceder às vezes. Mas eu nem mesmo sabia se estávamos juntos, pois ele tinha basicamente dito que eu não significava nada. E mesmo sabendo que tinha sido na hora da raiva... Bem, tinha magoado. Pra caralho.

Eu tentava não pensar muito nisso. E nem lembrar do como Katsuki tinha se tornado tão importante pra mim que sua ausência incomodava muito, bem mais do que eu queria, bem mais do que deveria. Maldito tinha sido o momento que resolvi me apaixonar! Se eu tivesse mantido meu pensamento de apenas deixar minha vida seguir sem ninguém, estaria tudo bem! Mas será que estaria mesmo? Todos os dias eu sentia falta de Liz, e não digo que não sinto mais falta dela, pois Liz era minha melhor amiga, mas a verdade é que Katsuki de fato tinha colocado os pedacinhos de volta no lugar e me feito perceber que eu não estava cometendo nenhum crime ao me apaixonar por outra pessoa. Que estava tudo bem em fazer isso.

E agora, eu me sentia uma idiota. Era como se eu tivesse a tendência estúpida de estragar tudo o que era minimamente bom pra mim, quase como se eu tivesse aversão a felicidade. Me sentia uma maldita imbecil, quase como se eu não fosse capaz de fazer nada de bom. Não conseguia parar de pensar nos meus pais e em suas palavras, no como meu pai disse que eu jamais conseguiria ser feliz ou fazer alguém feliz, porque era uma maldita. A desgraça da família! O maior desgosto já existente, e talvez ele tivesse razão. Talvez de fato eu fosse tudo isso e um pouco mais, mas também não conseguia evitar. Anos de terapia não foram capazes de fazer eu encontrar um caminho para mudar minha personalidade terrível. E acho que cheguei a um estado que não consigo deixar de ser quem eu sou. Mas nunca me odiei tanto quanto me odeio agora, porque sei que magoei Katsuki e que falei mais do que deveria. Mesmo que ele tenha me magoado também, sinto como se a maior culpa fosse minha. Não consigo parar de pensar no como tenho a incrível capacidade de estragar tudo. Não consigo parar de pensar no como deveria ter conseguido pular daquela ponte. Talvez tenha sido melhor acabar assim, talvez assim eu não cague e machuque mais ainda as pessoas.

Aki ridículo| 15h45
por que não almoçou???
O entregador falou que você
se recusou a aceitar o almoço
Olha, Azami, beleza que você
ta chateada
Mas ficar sem comer não dá
Já conversamos sobre isso
Se não resolver essa porra até
o jantar, juro que vou derrubar
a porta da sua casa e te enfiar
comida goela abaixo

Não respondi as mensagens de Mit, nem mesmo as visualizei. Se eu quisesse almoçar, iria almoçar! Ele também precisava parar de ser um escroto e respeitar minhas vontades e, naquele momento, eu só queria ficar em paz. Pelo menos eu tava comendo pipoca, isso já não vale de algo? Porque acho que sim!

Estava me preparando psicologicamente para responder as mensagens de Mit quando outras chegaram, fazendo meu coração parar de bater dentro do peito e eu ter vontade de simplesmente desaparecer.

Deusa suprema | 15h47
Tô te esperando na
cafeteira
Você sabe qual
Não aceito "não" como
resposta :)

Meu.

Deus.

Porque eu tinha tanta certeza de que estava fodida? Não sabia se queria exatamente sair de casa e escutar sobre o quão horrível eu sou ou sei lá, o quanto tinha sido decepcionante. Mas ainda assim, também sabia que não dava pra fugir, porque as chances de ela apenas surgir na minha casa e bater em mim caso eu a deixasse plantada eram muito grandes.

Soltei um suspiro derrotado; nem dava pra fingir demência, ao menos, não com ela. Minha vontade era de me afundar na cama e desaparecer para sempre, mas eu ainda tinha obrigações e uma vida para seguir. Contas demais para pagar e muita merda para resolver. Precisava colocar em prática o que minha terapeuta vivia me dizendo: não é porque você tá na merda que o dia seguinte vai ser uma merda igual. Tá, ela nunca disse com essas exatas palavras, mas deu pra pegar a essência do negócio, né?

Me arrastei para fora da cama, deslizando aos poucos e querendo só sumir. Precisava tomar um banho primeiro, pois estava parecendo uma morta viva, e por mais que eu amasse zumbis, não queria sair de casa parecendo um. Afinal, eu tinha de fato uma reputação a zelar, e eu era uma escritora famosa o suficiente para ser parada na rua pelo menos uma vez toda vez que eu saia. Não podia me apresentar de qualquer jeito.

Enrolei o máximo possível pra me arrumar, justamente porque não queria sair. Não queria ter a conversa que acabaria tendo de qualquer forma. Não dava pra evitar e menos ainda pra fugir. Com um suspiro pesado, saí de casa, praticamente me arrastando pelas ruas até chegar na minha cafeteira favorita. Tive que respirer fundo três vezes até criar coragem o suficiente para entrar. Não saberia explicar o motivo de tanto medo e receio caso me perguntassem; provavelmente era porque não queria ser uma decepção. E eu vinha sentindo nos últimos dois dias como se eu fosse exatamente isso.

Como sempre, Atsuko estava incrivelmente bonita para uma mulher que ganhava a vida se enfiando em brigar e situações de vida ou morte. Como ela conseguia parecer tão pacífica enquanto tomava café, era o que eu me perguntava. E aquele cabelo maravilhoso! Como ela sequer conseguia tempo para cuidar e hidratar aquele cabelo? Como ela sequer conseguia manter a própria vida em ordem?

Quem disse que minha vida é em ordem? Fiz uma careta ao escutar a voz da heroína na minha mente, vendo um sorriso crescer nos lábios dela enquanto seus olhos rosa escuro se fixavam nos meus. E você está tentando fugir dos seus sentimentos, não é?

Odiava telepatas e pessoas empáticas. Não dava pra esconder meus sentimentos e menos ainda meus pensamentos autodepreciativos, Atsuko conseguiria ver isso há quilômetros de distância, simplesmente por ser a telepata mais forte do mundo todo. Claro que isso vinha de anos de treinamento e...

Azami. Sem momento de nerd. Vem logo aqui, porque pedi chocolate quente pra você e vai ficar gelado.

Fiz uma careta por causa da repreensão e caminhei até ela. Nesse tempo todo desde que a conheci pessoalmente, Atsuko passou de ser apenas minha ídola e se tornou uma amiga. Apesar de eu não saber se ela estava ali como melhor amiga do Katsuki ou como amiga da Azami.

-Amiga da Azami. - ela disse com um meio sorriso e eu soltei o ar que nem tinha notado que estava segurando, o que a fez rir. Meu medo de tomar bronca da pessoa que mais admirava no mundo inteiro estava quase esmagando meu peito, mas ela tinha acabado de me liberar de um peso adicional dentro de mim mesma. -Sabia que você não tava legal. Mit é bem fofoqueiro, mas não imaginei que você estivesse péssima.

-Uau, valeu, Atsuko. - falei com sarcasmo enquanto me sentava na frente da heroína profissional. Ela apenas ergueu as mãos em sinal de rendição e riu, como se não conseguisse evitar.

-Desculpa. - ela disse, mas não havia nenhum arrependimento em seu tom de voz. Eu apenas revirei os olhos, pegando a xícara de chocolate quente que ela tinha pedido e tomando um gole. Soltei um suspiro quando o líquido quente desceu pela minha garganta, me sentindo subitamente melhor. Atsuko apenas me observou por um tempo, brindando com a colher de café ao lado da sua xícara, como se tivesse me analisando por completo, e eu sabia que ela estava. -Como você tá?

-Nem sei porque você tá me perguntando, sabe muito bem que eu tô um lixo. - resmunguei e Atsuko deu um sorriso culpado.

-Tudo bem, então podemos pular a parte onde eu finjo não saber de nada e você me conta tudo e depois falo o que penso? Vamos direto aos finalmentes?- ela perguntou e eu ri.

-Por favor!

-Certo. - Atsuko disse, se inclinando e agarrando minhas mãos nas suas. O que, sim, me pegou um pouco de surpresa. Porque não achei que ela fosse ter aquele tipo de carinho comigo, pelo menos não depois do que tinha rolado entre eu e Katsuki. -É, sei o que aconteceu. Não tô aqui pra defender ninguém e nem dizer o que deveria ou não fazer. Ambos fizeram merda.

Eu suspirei, usando uma das minhas mãos para a afundar no meu cabelo. Sabia que aquela conversa era inevitável, mas não significava que fosse ser fácil. Lembrar do que tinha acontecido não era nada legal. E nem fácil, não quando fazia eu me sentir tão, tão pra baixo. Queria só poder esquecer tudo. 

-Azami. Tô aqui como sua amiga, porque tô preocupada com você. Brigas são normais e você precisa entender isso. - Atsuko disse em um tom de repreensão que me fez torcer o nariz.

-Eu sei! Mas sei lá, Atsuko. Acho que caguei com tudo. - murmurei infeliz e ela apenas sorriu para mim.

-Não cagou não. Brigas por motivos fúteis são mais comuns do que imagina, ainda mais quando ambos estão sobrecarregados. Quer dizer, eu briguei hoje de manhã com o Shoto por causa de um papel higiênico que ele deixou de colocar no banheiro. Papel higiênico, Azami! E ele até disse que queria o divórcio. - ela falou e eu não consegui conter minha risada, de tão ridículo que isso soava. -É ridículo mesmo, mas não é o fim do mundo. Quer dizer, brigo mais agora com Shoto do que quando éramos adolescentes idiotas. É normal. Não é o fim do mundo.

Suspirei. Sabia que ela estava certa, mas, ainda assim... Não sentia como se não fosse o fim do mundo.

-E se quer saber, Katsuki tá se sentindo do mesmo jeito que você, mesmo que seja idiota demais pra admitir. Ele não sabe lidar com sentimentos, Azami. Te disse isso, não foi?

-Mas eu também não sei! - protestei e Atsuko riu.

-Azami, você tem muito mais maturidade que ele. - ela falou arqueando a sobrancelha pra mim. -Não tô te falando o que fazer. Meu papel aqui é te fazer perceber que você não é essa pessoa horrível que tá achando que é.

Não sei porque mas escutar isso de Atsuko me fez ter vontade de chorar. Caramba, tive que me segurar muito pra não desabar ali mesmo na frente dela, pois estava me sentindo péssima nos últimos dois dias. De fato como se eu fosse a pior pessoa da Terra, e escutar isso de Atsuko...

-Tá tudo bem, Azami. Seus pais estão profundamente errados a seu respeito. E você merece sim ser feliz. - Atsuko sussurrou, segurando minha mão com força e abrindo um sorriso extremamente sincero pra mim. -Katsuki pode até estar agindo que nem uma criança idiota agora, mas ele te ama. De um jeito que eu sei que nunca amou ninguém. - escutar aquilo me fez travar. Abri a boca para dizer algo, mas nada saiu, e Atsuko riu. -Não, nem mesmo a mim ele amou dessa forma. Sei o que está pensando. E ele não acha que você foi um erro. Não de verdade. Então não venha achar que é uma pessoa péssima. Porque você tá bem, bem longe de der isso.

E aquilo era tudo o que eu precisava escutar.

Mais um capítulo só pra retratar o como a Azami tá se sentindo e desenvolver a amizade dela com a Atsuko. Sim, apesar de não parecer, Azami é um poço de insegurança. E trauma! Muito trauma, risos.

Estava pensando em fazer uma maratona, aproveitar que tô de recesso... O que acham? Vão votar e comentar muito? 👀

Votem e comentem, isso ajuda demais e me deixa mais inspirada a continuar!

Espero que gostem <3
~Ana

Data: 26/12/22

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro