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𖤍𖡼↷ 𝐓𝐖𝐄𝐍𝐓𝐘 𝐎𝐍𝐄

IRRITAÇÃO

Depois do ano novo, os dias passaram de forma rápida e caótica. Estava tão sobrecarregada de coisas pra fazer que estava me sentindo cansada frequentemente. Claro, menos nos momentos em que Katsuki estava comigo, porque ele parecia trazer um tipo de conforto diferente. Se tornou normal ele passar a noite na minha casa quando conseguia ou eu ir até o apartamento dele em seus dias de folga, mesmo que isso fosse uma raridade. De uma forma estranha e torta, fomos construindo aquela coisa nova entre nós dois, mesmo que não existisse exatamente um rótulo para o que tínhamos. E, sendo honesta, eu não me importava com isso. Não precisávamos definir nada, porque o que sentíamos um pelo outro já dizia muita coisa.

-Vocês são simplesmente horríveis jogando isso. - falei torcendo o nariz e vendo Kirishima se afundar de forma dramática no sofá depois de perder mais uma partida. -Como você consegue bater nos outros na vida real e não conseguir fazer isso direito no vídeo game? Sério, Kiri. É triste de ver.

-Você fala de um jeito que faz eu parecer um vilão, e não um herói profissional. - ele disse torcendo o nariz enquanto Mit dava tapinhas em sua mão como quem queria dizer que eu não tinha salvação. Eu apenas ri e dei de ombros, porque não me importava com nada daquilo, não de verdade. -Eu preciso ir, já tá dando meu horário.

Eram cinco e meia da tarde, e Mit fez um biquinho quando Kirishima de levantou do sofá para pegar suas coisas e ir trabalhar. Eu teria achado bem patético da parte do meu melhor amigo se eu não tivesse feito o mesmo quando Katsuki saiu de madrugada. Pois é. Eu me tornei aquela pessoa, né? Que raiva, tudo culpa desse babaca explosivo do caralho que não saia dos meus pensamentos um segundo sequer! Maldito!

-Eu vou ir também. Meus pais voltam hoje, vou buscar eles no aeroporto. Quer ir junto? - Mit perguntou e eu abri a boca para dizer que, sim, eu queria muito ver os pais dele, pois estava morrendo de saudades, mas a porta da frente abriu e Katsuki entrou no próprio apartamento (que a gente tinha dominado completamente) com a maior carranca. Mit apenas arqueou a sobrancelha pra mim e deu um sorrisinho, já sabendo exatamente qual seria minha resposta. -Passa lá na casa deles amanhã, vão querer te ver. Estão com saudades.

-Pode deixar. - falei e era uma promessa. Mit saiu correndo antes que Katsuki o desse um soco ou um xingo por praticamente estar morando ali, e tudo o que meu melhor amigo menos queria naquele momento era chorar de desespero.

Só levantei quando escutei a porta fechar atrás de Mit e fui até Katsuki, que estava visivelmente irritado. Fiquei um pouco receosa, não nego. Pessoas estressadas tem a tendência de descontar tudo nos outros, e o que eu menos queria naquele momento era acabar entrando em uma briga com Katsuki. Mas ao mesmo tempo, também não dava pra ignorar o quão puto da vida ele estava naquele momento e, quer dizer, a gente tinha alguma coisa, não é? Então minha função era pelo menos tentar entender o que estava acontecendo, certo? Não dava só pra ignorar.

Me aproximei de Katsuki e toquei seu ombro. Ele deu um pulo antes de se virar e me encarar, e claramente ele não tinha percebido minha presença, vi isso pela surpresa em seus olhos. Arqueei a sobrancelha, incapaz de conter o sorrisinho que cresceu nos meus lábios, pois realmente não imaginei que fosse conseguir pegar logo Katsuki Bakugo de surpresa. Mas acho que até mesmo Dynamight é capaz de se assustar.

-Não sabia que você tava aqui. - ele murmurou. Claro que não sabia, tinha entrado tão estressado que nem olhou para sala direito. Mas tudo bem.

-O que aconteceu? - perguntei sem mais delongas, porque não tinham motivos para fugir do assunto. Katsuki apenas bufou e levou as mãos até minha cintura, me puxando para perto de si e fazendo qualquer receio de entrarmos em uma briga ir embora. Eu deveria saber que ele não faria isso comigo.

-Aquele idiota do Izuku. - ele murmurou, me fazendo arquear uma sobrancelha. Sabia de quem ele estava falando, Izuku Midoriya, o herói conhecido como Deku, que era tão altruísta que me deixava enjoada. Na minha cabeça, não fazia sentido alguém ser tão bondoso assim, mas ok. -Imprudente do caralho! Podia ter morrido hoje por descuido. Isso me deixa puto.

Sempre soube que o trabalho de Katsuki não era algo fácil e que claramente colocava a vida em risco. Ainda que eu tivesse plena consciência disso, não é como se eu conseguisse evitar todo o medo e preocupação que tomaram conta de mim naquele instante.

-Você tava junto? - perguntei baixinho e Katsuki parou de bagunçar o próprio cabelo de forma irritada para me olhar. Ele me fitou e, então, abriu um sorrisinho debochado.

-Por que, tá preocupada comigo? - ele zombou. O dei um beliscão forte, o olhando com raiva enquanto ele chiava.

-É claro que sim, seu merda do caralho! - eu queria gritar, mas isso só ia me fazer parecer uma louca, então me contive. E ele riu. Katsuki teve a cara de pau, a coragem, de dar risasa! Como se eu tivesse exagerando, como pode uma porra dessas! -Katsuki, não tem graça nenhuma! Eu já perdi gente demais que me importo, caramba. Minha noiva morreu no dia do nosso casamento, você realmente acha que não vou me preocupar com você se colocando em situações de vida ou morte? Olha, sinceramente.

Não sabia exatamente porque estava irritada. Talvez fosse pelo mesmo motivo que Katsuki estava puto por Deku ter se colocado em risco. Quando você gosta de verdade de alguém, não quer que essa pessoa se machuque, seja algo grave ou ridiculamente idiota. Só de pensar na possibilidade de Katsuki acabar morrendo pra algum vilão já fazia meu estômago embrulhar, e eu odiava esse sentimento. Porque sabia que se algo de ruim acontecesse, mais uma vez eu ficaria impotente, sem poder fazer absolutamente nada. Era um sentimento que eu não desejava sentir de novo nunca mais.

Sim, eu entendo que talvez minha reação tivesse sim sido exagerada. Mas acho que eu tinha o direito de me preocupar com ele, e se Katsuki achava isso ridículo, o problema era dele. Foda se que ele era a porra de um herói profissional! Se eu estava com ele e gostava tanto dele quanto eu gostava, ele podia ser a porra do ser humano mais poderoso da face da Terra, eu ainda assim ia me preocupar com ele! Não era algo que eu podia controlar!

-Desculpa. - Katsuki disse, segurando minha mão de novo já que eu tinha me afastado dele. Apesar de saber que ele estava sendo sincero, não conseguia parar de sentir raiva. Na verdade, não era bem raiva, era mais uma chateação crescendo mais e mais dentro de mim por ele nem se dar conta o como tinha me deixado chateada com aquilo. -Eu agi que nem babaca.

-Você é babaca, Katsuki, e tudo bem. Eu sabia disso quando resolvi me relacionar com você. Mas precisa respeitar o que eu sinto, porra. - falei, baixinho, incapaz de olhar pra ele. -Você ficou puto da vida porque Deku colocou a vida dele em risco e fica rindo como se eu tivesse louca em me preocupar com você? Sinceramente, vai se fuder.

-Não tô acostumado com isso, caralho! - ele disse e eu o encarei sem entender mais nada. Ele bufou e afundou os dedos nos cabelos, os bagunçando de leve e se afastando de mim.

-Com isso o que, Katsuki? Com o que? - falei, me aproximando dele mais uma vez. Ao inferno que ia deixar ele fugir de mim! -Fala comigo direito, caralho!

-Com gente se preocupando comigo! Não tô acostumado com isso. Nem quero isso! - ele disse e suspirou de forma dramática. Eu bufei com irritação, provavelmente bem mais mahoa que irritação, pois suas palavras machucavam.

-Porque você não quer! Sua mãe se preocupa com você!

-De um jeito totalmente torto, né, Azami?

-E dai? Ela se preocupa, você não dá valor. Atsuko se preocupa, o Shoto se preocupa, o Kiri se preocupa. Você só tá sempre ocupado demais agindo como se a preocupação dos outros fosse um fardo e um saco. Você nem parece que se importa com os outros. - falei e me arrependi de dizer isso na hora que as palavras saíram da minha boca.

Eu sabia que demonstrar o que sentia, pra Katsuki, não era uma tarefa nada fácil. Ele tinha um jeito tão torto quanto o meu de demonstrar afeto e preocupação, e também sabia que na maior parte das vezes, Katsuki não sabia lidar com os próprios sentimentos. Segundo Atsuko, apesar de Katsuki ter mudado muito desde a época em que eles eram adolescentes, esse bloqueio é algo que existe desde o dia que ela o conheceu. Eu também sabia que as coisas com ele jamais seriam fáceis, porque nós dois temos personalidades muito difíceis de lidar. Mas eu também era a porra de um ser humano, e eu tinha sentimentos, frustrações e todo o combo; tinham coisas que não davam para serem evitadas, como aquela discussão besta e totalete desnecessária.

Eu sabia que tinha o magoado, mesmo que sem querer, e mesmo que Katsuki tentasse não demonstrar o que estava sentindo naquele momento, dava pra ver. O sorriso debochado que ele me deu não condizia com o que seus olhos estavam dizendo.

-É isso ai, Azami. - ele disse e eu também sabia que o que viria a seguir iria me machucar quase tanto ou mais do que eu havia o machucado. -Eu realmente tô cagando pra todo mundo, por que eu deveria me importar, não é mesmo? São todos insignificantes, só um bando de extras na minha vida. Que nem você.

Eu sabia que tinha pedido por essa, mas não significava que não tinha machucado. Provavelmente eu deveria ser a pessoa mais madura e só pedir desculpas e tentar resolver as coisas. Mas a verdade é que minha personalidade tão ruim quanto a dele não me permitia. Essa era a verdade: quando eu ficava puta e chateada, tudo o que eu conseguia ver, era minha raiva. Exatamente igual a Katsuki. O que sobrava era a vontade de passar por cima de tudo que eu via no meio do meu caminho.

Abri um sorriso tão maldoso quando o dele enquanto erguia o dedo do meio para Katsuki.

-Isso claramente foi um erro. - falei, mesmo que eu realmente não acreditasse nisso.

-Foi mesmo, a porra de um erro do caralho.

Pisquei os olhos, me recusando a chorar na frente de Katsuki.

-Tchau, Bakugo. Boa sorte aí com sua vida de super herói de merda.

Mesmo que soubesse que não deveria ir embora daquele jeito, que deveríamos conversar que nem dois adultos, tanto eu quanto ele agimos como dois adolescentes. Katsuki porque deu de ombros como se não fosse porra nenhuma e como se simplesmente estivesse cagando para o que eu fazia ou deixava de fazer; e eu porque simplesmente peguei minhas coisas e fui embora.

No segundo que saí do apartamento, tomei uma surra de arrependimento tão grande que me fez começar a chorar ali mesmo. Me sentia uma idiota e, pior, me sentia muito infantil por ter brigado com ele por causa disso. Eu só queria que Katsuki tivesse entendido o motivo para eu me preocupar tanto com ele porque, querendo ou não, por mais imbecil e babaca que ele fosse, eu amava quem ele era. E não queria, de jeito nenhum, perder mais uma pessoa que significava o mundo pra mim.

Mas naquele dia, descobri (ou melhor, relembrei) que existe mais de uma forma de perder seu mundo, e não necessariamente está ligada a morte. Porque eu sentia, naquele momento enquanto caminhava pelas ruas sentindo o vento gelado bater no meu rosto, que tinha acabado de perder algo muito, muito importante pra mim. E isso doía de uma forma que jamais imaginei que fosse doer.

Acho que no final das contas, meus pais sempre estiveram certos sobre mim! Eu tenho o dom de estragar tudo o que é bom. E de fazer a vida dos outros realmente e verdadeiramente e completamente miserável.

Boa tarde povo bonito! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Antes que me xinguem: tava tudo feliz de mais, precisava de pelo menos uma briguinha! Nenhum casal é perfeito, tá ok?

E antes que joguem hate na Azami: gente, casais brigam. Às vezes por motivos completamente fúteis, como o desse capítulo. Nenhum dos dois realmente conversou sobre o que sente de verdade, e tá ai o erro.
Como uma pessoa que tá a três anos em um relacionamento, posso dizer com toda certeza do mundo que coisas assim acontecem e que a gente acaba sim falando coisas que não acredita só pra magoar, porque na hora da raiva ninguém mede as palavras. Mas tudo se resolve, povo! Tenham calma, as vezes brigas são importantes pro amadurecimento do relacionamento. Sem hate!

Votem e comentem, isso ajuda demais e me deixa mais inspirada a continuar!

Espero que gostem <3
~Ana

Data: 26/12/22

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