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𖤍𖡼↷ 𝐓𝐄𝐍

SONHO RUIM

Eu tive um pesadelo. Não lembrava exatamente os detalhes com o que eu havia sonhado, mas sabia que tinha sido aterrorizante o suficiente para fazer eu acordar com o grito que escapou da minha garganta. Meu coração batia com tanta intensidade que parecia estar martelando minha caixa torácica, e todo meu corpo tremia de pavor e de um medo tão profundo que eu nem mesmo era capaz de descrever. Minha respiração estava entre cortada, o ar faltava dentro dos meus pulmões e o medo me paralisava por completo, me arrastando de volta para aqueles dias presa e sofrendo, sabendo que hora ou outra eu morreria.

Tentei me lembrar de que estava livre, que estava fora daquele lugar, que estava tudo bem. Mas era impossível, pois eu sabia que, por mais que estivesse fora, não estava livre e também não estava tudo bem. Eu ainda era uma prisioneira das lembranças cruéis que me atormentavam, do que tinha acontecido comigo e também era uma fugitiva que não podia viver a própria vida, pois ainda não estava completamente livre daquele homem maldito que jamais descansaria enquanto não colocasse um fim na minha vida. Pensar nisso fez meu estômago embrulhar e o pânico atingir em cheio meu peito.

Tomei um susto ainda maior quando a porta do meu quarto abriu com força, e logo pensei no pior. Demorou alguns segundos para eu perceber que a pessoa parada ali não era alguém que tinha ido para me fazer algum tipo de mal, mas sim Katsuki Bakugo, com a expressão séria e parecendo um tanto alarmado. Não tinha me dado conta que meu grito havia sido tão alto assim até o ver parado na porta, me observando em busca de descobrir o que estava errado, o que tinha acontecido comigo e porque eu parecia tão angustiada.

Foi quando levei a mão ao rosto que percebi que minhas bochechas estavam molhadas pelas lágrimas de desespero. Apesar de eu me sentir patética por deixar Bakugo me ver naquele estado deplorável, não era como se eu conseguisse evitar; por mais que eu tentasse parecer forte e tentasse a todo custo fazer pouco caso do que tinha acontecido comigo, eu estava sim a beira de um colapso mental, apenas evitando o inevitável. Continuar a negar a aceitar o fato de que eu estava me partindo aos poucos apenas tornaria a situação ainda pior, e talvez Bakugo soubesse disso pela forma como ele me olhava.

Mas o herói apenas me fitou com seus olhos vermelhos, parecendo conseguir ver através da minha alma. E Bakugo não disse absolutamente nada, sequer se moveu e nem mesmo parecia estar respirando. Eu o fitei de volta, sem saber exatamente o que dizer ou se deveria dizer algo. Eu sabia que não precisava explicar o porque do meu grito, pois ele certamente sabia que havia sido um pesadelo e provavelmente tivesse se dado conta do que se tratava no instante que colocou os olhos em mim, já que apesar de tudo, Bakugo era uma pessoa extremamente sagaz e inteligente, incapaz de deixar algo passar batido.

Me pegando totalmente desprevenida, Bakugo apenas virou as costas e foi embora. Demorei alguns segundos para entender o que tinha acontecido e depois fiquei indignada! Eu era tão irrelevante assim que ele nem mesmo tinha perguntado se estava tudo bem, apenas tinha olhado pra minha cara em um momento de crise e ido embora?! Tudo bem, talvez ele tivesse achado que algo tinha acontecido e ao se dar conta que havia sido apenas um pesadelo, decidiu ir embora, mas mesmo assim, caralho! E por que diabos eu estava me importando tanto com algo do tipo? Quer dizer, não era como se eu precisasse de Bakugo, de qualquer forma.

Me afundei mais na cama, desejando poder desaparecer. Fixei os olhos no teto e passei um bom, bom tempo apenas o encarando, tentando não pensar em mais nada. Mas a verdade é que eu não conseguia esquecer daquele sonho e tampouco da forma como Bakugo me olhou e foi embora sem dizer uma palavra. Eu certamente não deveria me importar com isso; não era como se Bakugo tivesse algum tipo de responsabilidade emocional comigo, ele estava trabalhando e recebendo dinheiro para me manter viva, o restante não era problema dele. Então era totalmente compreensível ele não querer entrar naquele mar de problemas que eu era.

Mais uma vez nas últimas semanas, desejei que minha vida voltasse ao normal, apesar de eu saber que jamais as coisas voltariam a ser como eram antes. Desejei ter feito tudo da maneira diferente, desejei poder apagar da existência tudo o que havia acontecido comigo. Mas, como minha psicóloga bem avisou, não dava para fazer isso, e as marcas permaneceriam para sempre. O que me restava fazer, era arranjar formas de tornar aquilo mais suportável, de ultrapassar os problemas e seguir em frente. A verdade é que eu não sabia se podia fazer isso.

Passei a mão com força pelo meu rosto para tentar tirar as lágrimas que escorriam pelas minhas bochechas, me sentindo uma idiota por estar chorando dessa forma. Mas não era algo que eu conseguia evitar; estive guardando o peso do que tinha acontecido comigo durante todo esse tempo, mas a verdade é que é muito pior tentar esconder e mentir para si mesmo do que apenas aceitar o que de fato tinha acontecido. E eu tinha que aceitar a verdade, por mais pesada que fosse e por mais que machucasse.

Tudo estava uma merda do caralho! Eu tinha basicamente perdido minha liberdade, mas não era isso o que mais me incomodava. Era o medo que tinha ficado dentro de mim, era a lembrança dos dias que passei presa naquele quarto gelado, da dor que senti a cada momento que aquele homem aparecia para me machucar. Era a angústia que senti pela minha garganta seca e pelo meu estômago vazio, e a desesperança de conseguir sair daquele lugar com vida. Eu podia fingir o quanto quisesse, mas estava com medo, e estava sofrendo com memórias que não podia apagar.

-Toma. - tomei um puta de um susto quando escutei a voz de Bakugo do meu lado, pois nem mesmo escutei ele voltando até ele estar ali. Levei a mão até meu peito, o coração batendo acelerado ali, e disse para mim mesma que estava tudo bem em uma tentativa de fazer a frequência cardíaca diminuir. Os olhos vermelhos do herói estavam fixos em mim, e fiquei surpresa por ele ter voltado, pois achei que tinha ido de volta para o quarto fingindo que nada tinha acontecido. Mas percebi que, mais uma vez, eu tinha o julgado muito mal; Bakugo estava com uma xícara na mão, estendendo na minha direção.

Se eu tivesse forças o suficiente, faria vários questionamentos sobre o que era aquilo, sobre o quanto ele era confiável, e definitivamente teria enchido o saco. Mas eu estava cansada; não, estava verdadeiramente exausta, então apenas estendi minhas mãos e segurei a xícara com um líquido quente dentro dela. O cheiro que eu conhecia muito bem não deixava dúvidas de que era chocolate quente.

-É pra você se acalmar. - ele murmurou. Eu simplesmente amava chocolate quente, então não questionei as escolhas dele antes de beber silenciosamente o líquido, ciente dos olhos de Bakugo fixos em mim.

-Obrigada. - falei baixinho depois, colocando a xícara no móvel ao lado da cama. Ele apenas deu de ombros e cruzou os braços na frente do peito nu, como se não fosse nada demais, apesar de significar muita coisa. Pelo menos para mim.

-Se precisar de alguma coisa, avisa. - ele murmurou, se virando para sair e me deixar sozinha.

Não sei exatamente o porque fiz o que fiz, talvez tenha sido no automático ou só o medo de ficar sozinha de novo. Mas antes que Bakugo pudesse se afastar, eu estiquei a mão e segurei o braço dele, o que o pegou totalmente de surpresa, fazendo o herói se virar para me olhar e franzir as sobrancelhas.

Depois dele ter me escutado gritar e me visto no estado deplorável que eu me encontrava, acho que eu já nem tinha mais orgulho ou dignidade. Por isso, não foi exatamente tão difícil falar o que falei, mesmo que eu jamais vá admitir isso e definitivamente vou fingir que não aconteceu na manhã seguinte.

-Você pode ficar aqui? Por favor? Eu não quero ficar sozinha de novo. - falei o olhando seriamente para que soubesse que eu estava sendo sincera. Bakugo só me encarou por um longo, longo tempo, quase como se não acreditasse no que estava ouvindo.

Esperei pelo comentário sarcástico ou maldoso dele, mas isso nunca veio. Pelo contrário, Bakugo apenas fez sinal para que eu fosse para o outro lado e se deitou, me encarando por um tempo.

Podia até ser estranho, mas o que não era estranho em relação a mim e ele? Ficamos daquela forma, deitados um de frente para o outro, apenas nos olhando. E por mais absurdo que pudesse parecer, não foi algo desconfortável de forma alguma; na verdade, fez eu me sentir bem mais segura e bem mais calma.

-O que aconteceu com você? - ele disse baixo, mas não o suficiente para me impedir de escutar. Eu apenas fechei os olhos por um instante, tentando bloquear as memórias ruins que ameaçavam me consumir às vezes.

-Nunca achei que fosse ficar assim. Com medo até mesmo de dormir. - murmurei e Bakugo apenas me encarou. -Acho que você provavelmente entende o que quero dizer. Você esteve na guerra, não é?

A expressão no rosto de Bakugo se tornou sombria e eu me arrependi de ter tocado no assunto, quando claramente era algo delicado demais. Quer dizer, quantos heróis não tinham morrido por causa dessa droga? Quantas pessoas que ele conhecia não haviam se ferido ou ido embora para sempre? Nosso mundo era injusto;

-É. Eu entendo. - ele murmurou, a expressão dele me dizendo sobre o quanto todo seu passado ainda o afetava. Será que ele ainda tinha pesadelos com aquela época ou tinha aprendido a superar? Será que realmente conseguimos superar traumas tão grandes assim, afinal?

Definitivamente devia ter algo naquele chocolate quente, pois sem nem mesmo pensar nas consequências das minhas ações, estiquei a mão e toquei na bochecha dele, percorrendo os dedos pela cicatriz em seu rosto, uma eterna memória do que ele tinha sofrido naquela guerra. Eu sabia que ele quase tinha morrido; eu sabia bem mais coisas do que deixava transparecer.

Senti vergonha por ter feito aquilo, ainda mais quando ele segurou a minha mão. Mas para a minha imensa surpresa, ele não segurou minha mão para a tirar de perto dele, mas sim para manter ela ali, e Bakugo fechou os olhos por um instante.

-Sei o que tá pensando. - ele resmungou e eu franzi as sobrancelhas. Agora o infeliz sabia ler mentes, caralho?! -É difícil, Azami, mas não é algo que você não consiga superar com o passar do tempo.

-Não sei se tenho essa capacidade. - murmurei e dei um longo e pesado suspiro, fechando os olhos com força por um instante. -Quer dizer, eu sou totalmente amargurada. Toda vez que algo ruim acontece, não acho que eu consigo superar completamente. Meus pais me cortaram da família quando fiquei noiva, e até hoje não superei isso. Minha noiva morreu tem dois anos e até hoje não superei isso. E como eu vou superar a pior coisa que já me aconteceu? Sou fraca demais. Devia ter morrido.

Senti uma dor latejando no meu braço e abri os olhos para fitar Bakugo com indignação ao me dar conta que ele tinha me dado um beliscão. Nunca o tinha visto tão sério quanto estava naquele momento, parecendo bem perto de tentar me sufocar com um travesseiro.

-Você passou por situações de merda. E daí? Sofrer não faz de você uma pessoa fraca, sua imbecil. Te faz ser humana. - ele disse e eu apenas o encarei, sem saber exatamente o que dizer. Ele levou a mão até meu rosto e, involuntariamente, fechei meus olhos. -E podem te chamar de qualquer coisa, muito provavelmente vão ter razão. Mas você não é fraca, Azami. Então não diga algo tão imbecil assim.

Boa tarde povo bonito! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Dor, trégua e até que um momento fofinho, esse é o capítulo do dia! Não vou dizer mais nada sobre pra não ser spoilers rsrs

Votem e comentem, isso ajuda demais e me deixa mais inspirada a continuar!

Espero que gostem <3
~Ana

Data: 10/12/22

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