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𖤍𖡼↷ 𝐒𝐈𝐗𝐓𝐄𝐄𝐍

DISCURSO SINCERO

duas semanas depois

Eu até que gostava da neve, apesar de não ser muito fã daquela época do ano. Gostava do como ela sempre parecia fofinha, apesar de congelar meus ossos toda vez que caia sobre mim enquanto eu andava pelas ruas. Adorava poder usar casacos grandes, grossos e chiques, mesmo que quase morresse de tanto calor toda vez que entrava em algum estabelecimento, e quase congelasse quando voltava para rua. Gostava dessa época, apesar de me lembrar ao natal e natal me lembrar de que eu não tinha exatamente família para passar essa data comigo. Desde que perdi Liz, o natal passou a ser um tópico sensível, já que era difícil passar essa data sozinha, sem nem mesmo a companhia dela.

E, apesar de estarmos próximo do natal, eu não estava pensando nisso, pela primeira vez em muito tempo. Acho que com tudo o que tinha acontecido na minha vida nos últimos meses, eu nem mesmo conseguia focar em ficar remoendo o passado, e acho que isso era algo que Liz iria gostar. Quer dizer, pela primeira vez em anos, mantive minha mente tão ocupada que não passei uma noite em claro pensando no que poderíamos ter sido se ela não tivesse morrido. No como estaríamos hoje em dia.

Na verdade, eu estava com a mente totalmente focada em outras coisas. Como o evento que Mit e eu participariamos de noite, a premiação de escritores mais famosa do Japão. Ou em como eu precisava urgentemente comprar um celular já que não tinha o feito desde que perdi o meu há praticamente três meses. E principalmente, eu não conseguia parar de pensar em Bakugo, mesmo que me negasse a todo custo admitir isso e que muito provavelmente jamais diria algo do tipo em voz alta. Não, ninguém precisava saber disso, nem eu mesma!

Quer dizer, Katsuki tinha salvo minha vida. Passamos um bom tempo juntos, e mesmo que eu sempre tenha tido em mente que não passava de um serviço e que quando acabasse cada um seguiria seu rumo, não significava que eu não achasse estranho não o ter todos os dias comigo. Sua ausência muitas vezes chegava a ser dolorosa, o que me enfurecia muito, já que sempre soube que assim que parassem de o pagar, Bakugo seguiria seu rumo e eu o meu. Duas semanas tinham se passado sem sequer saber o que andava acontecendo na vida dele, mas, ainda assim, eu meio que sentia falta das explosões matinais dele sobre o quão desorganizada eu era, ou sua implicância por eu não saber cozinhar, e até mesmo a irritação por eu demorar demais no banho. Eram coisas que pareciam tão idiotas e banais, mas estar sozinha num apartamento silencioso parecia muito solitário. Como em algum momento eu tinha gostado daquele tipo de solidão? Parecia tão vazio, sem graça; andava me incomodando muito com isso, o que era uma merda, e definitivamente culpa de Katsuki.

Mas a pior parte nem era sentir saudades de um idiota maldito como Katsuki. Acho que o que mais andava me incomodando, era a falta de um sinal de vida. Por que ele não tinha me procurado depois que recebi alta e sai do hospital? Por que ele não tinha, sei lá, aparecido na porta do meu apartamento pra saber se eu estava bem? Por que ele tinha desaparecido completamente? Nem mesmo perguntou para Mit como eu estava, nada de nada. E eu sabia muito bem que ele tinha visto Mit nas últimas semanas já que meu melhor amigo é um maldito linguarudo. Então, por que esse descaso? Quer dizer, apesar de saber que Katsuki estava trabalhando nesse tempo todo que ficamos juntos, achei que o tempo que passamos tivesse significado algo. No mínimo que ele se importasse o suficiente para saber se eu estava bem. Mas nem isso? Sim, eu estava chateada, apesar de me odiar por isso. Sentia falta de Katsuki e queria me manter próxima a ele, mesmo que não fosse dizer jamais isso para esse arrogante convencido.

Porra! Lá vem eu aqui pensando de novo em coisas que não deveria pensar. Balançando a cabeça, mandei todos esses pensamentos para longe e pisei duro na neve enquanto caminhava pelas ruas tranquilamente. Poder ter essa liberdade de volta era uma espécie de benção para mim, um verdadeiro sonho realizado. Tudo isso graças a Bakugo e...

Porra! Por que era tão difícil assim não pensar nele? Caramba, parece que não existia Azami Nakamura antes de Katsuki Bakugo e isso era só ridículo e irritante. Quer dizer, eu tinha sim uma vida sem ele! Ok, eu não estava gostando de toda aquela solidão, mas não significava que eu não podia me virar muito bem sem alguém do meu lado me perturbando vinte e quatro horas por dia! Eu já estava de saco cheio da cara de Bakugo, de qualquer forma.

Me livrei das cinquenta camadas de roupa que eu estava vestindo assim que cheguei no meu apartamento, dando um suspiro aliviado e agradecendo aos deuses pela pessoa que criou o aquecedor. Fui tomar meu banho tranquilamente, apesar de Mit estar ligando no telefone fixo por conta de seu desespero com medo de chegarmos atrasados no evento. De qualquer forma, eu não estava preocupada com coisas tão superficiais assim; eu tinha passado pelo verdadeiro inferno. O resto podia esperar, eu tinha todo o tempo do mundo agora que tinha finalmente me livrado do meu stalker, que estava apodrecendo na prisão e permaneceria lá até o fim de seus dias medíocres e miseráveis.

Meu banho não foi tão demorado assim e nem enrolei tanto pra arrumar o cabelo e fazer maquiagem, mas no momento que terminei de colocar o vestido vermelho que usaria, começaram a socar a porta. Revirei os olhos, pois a única pessoa que subiria sem ser anunciado era Mit. Esse idiota impaciente do cacete. Irritada, eu marchei até a porta e a abri, me deparando com os olhos do meu melhor amigo cheios de irritação.

-Azami! Estamos atrasados! - ele praticamente gritou, agarrando meus braços e me balançando de leve. Suas mãos estavam geladas em contato com meus braços nus e eu dei um tapa nele para que me largasse de uma vez.

-Mit, pelo amor de Deus, né! Eu não tô nem aí para o horário. Eles podem esperar! - reclamei, puxando ele para dentro e caminhando até meu quarto para buscar minha bolsa e o salto que eu usaria.

-Você é mesmo uma sem noção! - escutei Mit gritar da sala, mas não era como se eu me importasse com isso. Tinham coisas bem mais importantes do que ficar nervosa por causa de um evento, sinceramente. -Azami, vamos logo!

Decidi não entrar em uma discussão e fazer o que meu amigo queria. Quer dizer, estávamos no final do ano, perto do Natal, eu podia fingir ser uma boa pessoa pelo menos uma vez na minha vida.

Não demoramos tanto assim para chegar no evento e eu fiquei verdadeiramente deslumbrada com o como tudo era extremamente chique. Mit estava muito animado do meu lado; era a primeira vez que tínhamos sido chamados para eventos como aquele e eu me permiti sorrir vendo tudo o que tínhamos conquistado. Sempre coloquei muita fé no nosso trabalho, mas ver os resultados disso me deixava tão feliz que eu nem mesmo era capaz de descrever.

E eu estava feliz sim. De ver que meus livros tiveram esse nível de reconhecimento, que meus livros com Mit tiveram esse tipo de reconhecimento. Quando começamos a escrever, nunca imaginamos chegar até aqui, apesar de desejarmos muito. Ver que estávamos, juntos, realizando um sonho estúpido de criança era muito gratificante e fazia meu coração se encher de um tipo de sentimento que nunca imaginei sentir.

O salão tinha diversas mesas distribuídas diante de um palco onde logo o evento começaria. Mit e eu procuramos nossos nomes e demos graças a Deus ao perceber que sentariamos na mesma mesa. Ele porque estava nervoso demais e eu simplesmente por ser péssima em socializar com outras pessoas.

-Agora que está mais calmo, pode me dizer por que está tão surtado hoje? Sei que não é só pelo evento. - falei para meu amigo, levando a taça de champanhe até a boca e dando um pequeno gole, fitando Mit por um instante.

E ele ficou nervoso. Por Deus, Mit começou a ficar vermelho! E eu nunca tinha visto isso acontecer antes já que ele sempre foi confiante em tudo o que dizia, fosse algo muito inteligente ou incrivelmente estúpido. Ele começou a brincar com a barra de seu paletó entre os dedos, parecendo ponderar suas palavras. Óbvio que ver ele assim só serviu para aumentar ainda mais minha curiosidade. O que tinha sido tão impactante ao ponto de deixar Aki Mitsuya tão nervoso assim? Realmente deveria ser algo muito sério.

Vi meu amigo suspirar enquanto agarrava a taça na sua frente e virava tudo de uma vez. Aquilo me fez dar uma risada, ainda mais quando alguns outros escritores na nossa mesa torceram o nariz para a cena e Mit só ficou ainda mais envergonhado.

-Fui na casa do Eijirou e do Bakugo hoje. - ele comentou e eu apenas arqueei uma sobrancelha. Quer dizer, ele apenas citar o nome de Bakugo já fazia eu ficar inquieta, mas tentei fingir que não enquanto prestava atenção em Mit. Afinal, aquilo era sobre Kirishima e não sobre Katsuki.

-Isso não é novidade, você parece que tá basicamente morando lá agora. - alfinetei e Mit apenas torceu o nariz para mim. Mas era verdade! Kirishima e Mit eram um casal grudente e insuportável, mesmo que até fossem bonitinhos juntos. A forma como eles se tratavam com carinho e respeito era bem bonita de ver. E qualquer um podia perceber o quão imensamente eles se gostavam.

-Me deixa falar! - ele reclamou e eu apenas fiz uma careta. Mit suspirou. -Eijirou não vai passar o Natal aqui. Ele não vai trabalhar na véspera, então vai viajar pra ver a família dele.

-E você tá nervoso por isso? Só por que vão passar o Natal longe? Meu Deus, Aki, eu realmente esperava mais de você viu. - zombei e meu amigo pareceu bem perto de me fazer engolir o salgado no meu prato todinho de uma vez.

-Não é isso, sua babaca. - ele resmungou. -Eijirou me convidou pra ir junto! Conhecer a família toda dele! E ele disse isso numa grande naturalidade, como se fôssemos namorados!

Eu apenas franzi o cenho.

-E vocês não são? - falei, verdadeiramente confusa.

-Não! Quer dizer, eu não sei! Nunca conversamos sobre isso. E agora ele quer me apresentar pra família dele? Mas vai ser como amigo ou namorado? Eu vou gostar ou ficar me sentindo péssimo? Eu tô confuso, Zaza. - ele disse e eu apenas suspirei. Estendi minha mão e segurei a de Mit com força na minha.

-Kirishima gosta de você, Aki. Isso é gritantemente óbvio. E ele é uma pessoa muito, muito boa. Não vai fazer nada pra te magoar. Então, se eu fosse você, eu iria sim. Você merece ser feliz também, sabia? - falei com um meio sorriso e ele apertou minha mão com carinho.

-Ai, às vezes você até que tem razão. Mas enquanto a você? Vai passar o Natal como? - ele perguntou, ficando um tanto alarmado.

Depois que perdi minha família e que Liz morreu, eu passava todos os Natais com Mit e a família dele que havia me adotado como filha. Agora que os pais dele tinham viajado para passar um tempo na França com os avós de Mit, eu passaria o Natal sem ninguém.

Mas, pela primeira vez, isso não me incomodou nem um pouco.

-Relaxa. Vou ficar bem. Você deveria ir com o Kiri. De verdade! - falei e Mit apenas riu.

Quando começou a premiação, passamos a noite internada zombando dos que tinham ganhado e seus discursos péssimos. Nem eu e nem Mit esperávamos ganhar algo, então estávamos super tranquilos em relação a isso. Nem mesmo tínhamos preparado discursos! Quer dizer, era nossa primeira vez ali, não era como se fôssemos de fato acabar ganhando algo.

Foi por isso que quando escutei meu nome ser chamado eu travei. Mit começou a rir da minha cara ao meu lado e eu simplesmente travei.

Prêmio de melhor escritora de fantasia do ano; eu definitivamente não esperava por isso. Existiam escritores exatamente talentosos ali, e eu tinha ganhado?! Parecia surreal demais pra ser verdade.

Mit teve que me empurrar para que eu me mexesse e eu nem mesmo sei como cheguei no palco e recebi aquele belo prêmio de ouro. Minhas mãos tremiam de choque e ansiedade quando peguei o microfone pra fazer um discurso, muito ciente que aquilo apareceria na televisão.

-Eu definitivamente não estava esperando por essa. - foi a primeira coisa que consegui dizer, arrancando risadas de todos os presentes ali já que estava nítido no meu rosto que eu estava verdadeiramente chocada. -Esse prêmio é uma conquista muito grande pra mim, e tenho que agradecer a Aki Mitsuya por ser meu revisor, meu editor, meu tudo. Você é um amigo incrível e esse prêmio é tão seu quanto meu. Em segundo lugar, agradeço a todos os meus leitores, porque sem vocês nada disso seria possível! Então, muito obrigada.

Recebi uma salva de palmas e assobios, mas ainda sentia que meu discurso não estava completo. Quando o silêncio se fez mais uma vez no salão, voltei a falar. Sem um discuro já feito previamente, eu apenas abri meu coração. E fui sincera em cada palavra.

-Como muitos de vocês sabem, os últimos meses foram bem difíceis pra mim. Fui sequestrada e minha vida foi colocada em um risco muito grande nos meses que vieram depois. Estar viva aqui hoje discursando pra vocês é realmente um milagre e isso só foi possível por causa de Katsuki Bakugo. Só Deus sabe o quanto eu critiquei ele, né? - risadas mais uma vez, porque não era novidade nenhuma que Azami Nakamura tinha odiado Dynamight com todo o coração. Mas isso foi antes, bem, bem antes. -Bom, eu estivesse profundamente enganada sobre tudo o que escrevi. Peço desculpas por isso. Podem esquecer tudo que já disse sobre Dynamight, porque descobri que nada é verdade. Ele é um ótimo profissional, apesar de tudo, e salvou minha vida de muitas formas diferentes. Serei eternamente grata a isso. E não só do jeito tradicional de salvar, ele realmente me salvou. Esse prêmio também é dele. E deixo aqui os meus mais sinceros "obrigada".

Boa noite povo bonito! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Discursinho da Azami todo fofinho, nem parece ela, credo! O que a saudade não faz com uma pessoa né, risos

Vou aproveitar que tenho semana que vem de recesso e tentarei escrever o máximo de capítulos possíveis! Eu ia terminar logo a fic, mas estou inspirada e pensei em mais plot pra continuar ela <3 espero que gostem!

Votem e comentem, isso ajuda demais e me deixa mais inspirada a continuar!

Espero que gostem <3
~Ana

Data: 23/12/22

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