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𖤍𖡼↷ 𝐍𝐈𝐍𝐄

O tempo estava passando muito rápido. Quatro meses depois que decidi dar uma chance de descobrir quem Katsuki era, e eu ainda não tinha recuperado nenhuma memória sobre ele ou sobre nosso filho. Era absurdamente frustrante e tinham dias em que eu acordava irritada, sem querer nem mesmo usar os aparelhos auditivos, pois minha vontade de escutar algo era nula. Atsuko vivia me dizendo que eu deveria ter calma, que com o tempo tudo voltaria ao normal, mas eu não acreditava nele. Afinal, se nem mesmo a telepata mais forte do mundo tinha conseguido dar um jeito na minha mente fodida, quem iria conseguir? 

E tinham dias em que eu acordava com o cheiro de café da manhã feito por Katsuki. Esses particularmente eram meus favoritos, primeiro porque eu não sabia nem fritar um ovo e morrer de fome seria apenas triste. Segundo, porque a comida dele era realmente bem gostosa, mesmo que sempre deixasse minha língua pegando fogo. E por último, porque significava que ele estava em casa. Mesmo que eu não fosse admitir, eu gostava da companhia dele e gostava de conversar com ele. Da forma como a gente se estressava e sempre acabava rindo da cara um do outro no final. Fazia eu me perguntar se nós dois éramos assim antes de eu perder a minha memória. Ao julgar pelo olhar de Katsuki, a saudades ali dentro, sim, nós éramos exatamente assim. Ver o quanto ele me amava, mesmo que eu sequer lembrasse do que sentia por ele, me deixava apenas triste. Queria poder fazer mais por ele. Queria poder lembrar dele, mas meu cérebro fodido não colaborava comigo.

Aquele era um dos dias felizes. Eu acordei sentindo o cheiro da comida de Katsuki e eu fiz uma careta ao notar que tinha dormido até a hora do almoço. Bom, acho que é isso que acontece quando você passa a madrugada acordada escrevendo. Mais do que nunca antes, escrever tinha sido meu porto seguro naquele momento caótico na minha vida. Eu já tinha terminado dois livros. Não tinha a intenção de publicar, mas deixei Katsuki ler cada um deles. E para minha grande surpresa, descobri que ele tinha lido todos os milhares de livros que escrevi ao longo da vida.

Eu saí do quarto onde dormia sem fazer nenhum barulho sequer. Eu sabia muito bem o que encontraria na cozinha e não queria que Katsuki perdesse seu foco para me osbervar. E, sim, definitivamente era uma ótima visão ver ele cozinhando sem camiseta, deixando amostra aqueles músculos e cicatrizes em seu corpo.

Nem sei quanto tempo fiquei ali, quieta, apenas o analisando. Ele era tão terrivelmente bonito! Tá, eu realmente tinha sido inteligente de ter ficado com um homem daqueles e ter tido um filho com ele. Quer dizer, Katsuki Bakugo não era o tipo de cara que você joga fora, né? Porra! Eu poderia facilmente ficar o olhando ali para o resto da vida. Mais do que nunca, desejei ter todas as minhas lembranças sobre Katsuki. Em especial dos momentos mais quentes, sendo bem honesta.

-Você vai ficar me secando com o olhar por muito tempo? - Katsuki disse, sem nem mesmo olhar na minha direção, fazendo eu me engasgar com a própria saliva. Maldito! Ele deu uma risada debochada para mim, erguendo os olhos até encontrar os meus. Ergui o dedo do meio para ele enquanto finalmente entrava na cozinha, me sentando no banco em frente a ilha e o olhando feio. Ele era um desgraçado do caralho! Odiava o quanto ele tinha essa confiança toda sobre si mesmo. Se achava demais! Bom, ele era de fato tudo isso, mas mesmo assim!

-Eu não estava fazendo nada disso. - resmunguei, infeliz, mas isso apenas serviu para o fazer rir.

-Vou deixar você se iludir, Zaza. - ele cantarolou e eu revirei os olhos.

-Vai se foder. Por que tá de bom humor? - retruquei, irritada. Katsuki apenas deu de ombros, terminando de fazer a comida.

-Eu tenho uma coisa pra te perguntar. - ele disse em resposta, se sentando ao meu lado e colocando um prato na minha frente. Eu nem mesmo pensei duas vezes antes de começar a comer, dando um suspiro feliz. Porra, ele cozinhava muito bem. Acho que jamais comi uma comida que fosse tão boa quanto a de Katsuki era.

-Tá, pode falar. Aproveita que tô me sentindo bem generosa hoje, talvez eu pense em te responder. - zombei, fazendo ele revirar os olhos.

-Tinha esquecido do quão insuportável você era nos vinte anos. Chata pra caralho. - ele zombou e eu mostrei o dedo do meio para ele. Katsuki agarrou minha mão com força, me fazendo dar um gritinho assustado. Arregalei os olhos, o fitando. Katsuki estava me olhando seriamente. -Saí comigo.

Não era uma pergunta. Não tinha tom de pergunta. Parecia mais uma ordem, o que me fez arquear uma sobrancelha pra ele e dar uma risada incrédula.

-É uma ordem ou uma pergunta? - falei com divertimento. Katsuki revirou os olhos.

-Você entendeu o que eu quis dizer, sua babaca. - ele falou. Eu sorri para Katsuki, e eu não conseguia explicar o motivo para meu coração estar batendo em um ritmo diferente dentro do peito. Coração estúpido e maldito!

-Depende, você vai me levar em um restaurante decente ou pra comer cachorro quente no meio da rua? - perguntei em tom de divertimento. Os dedos de Katsuki entrelaçaram nos meus, fazendo meu estômago revirar. Meu Deus, eu me sentia como uma adolescente idiota! Mas que porra!

-Onde você quiser, Zaza. Eu só quero estar com você. - ele disse, baixinho. Tão baixo que quase não escutei já que, bem, eu era surda! Mas eu entendi perfeitamente o que ele quis dizer.

-A resposta é sim, Katsuki. - falei, baixinho. Sempre vai ser sim, eu queria dizer. Mas não tive coragem o suficiente para isso.

Nunca achei que comer cachorro quente com Katsuki Bakugo fosse ser tão divertido. Mas claro que toda vez que ele se irritava com algo totalmente idiota, tipo as crianças que jogaram uma bola bem na testa dele sem querer, tornava tudo mil vezes mais cômico.

Eu até mesmo me engasguei de tanta risada que eu dei. Tinha uma marca vermelha no rosto de Katsuki pela bolada e ele estava parecendo bem perto de explodir tudo no caminho enquanto resmungava do meu lado. Nós caminhamos juntos pela calçada e eu não conseguia parar de rir da cara dele.

-Você é uma filha da puta! - Katsuki chiou, me empurrando para o lado de leve. Isso só serviu para me divertir ainda mais e eu olhei para seus olhos vermelhos, dando um sorriso largo para ele.

-Sim, eu sou. Igualzinha a você. - zombei, fazendo ele revirar os olhos. -A gente combina, Katsuki! - falei alto, abrindo os braços e sorrindo para ele. Só quando ele parou de andar que me dei conta do que tinha falado com tanta sinceridade.

-É. - ele disse, baixinho, se aproximando de mim e deixando sua mão deslizar pela minha bochecha. Meu coração bateu forte dentro do peito com aquela aproximação. Katsuki estava tão perto de mim que eu era capaz de sentir seu hálito quente contra meu rosto. -Sua chatice completa a minha.

Eu ri, segurando a mão livre dele na minha e a apertando com força.

-Acho que isso explica muita coisa. - zombei. Katsuki apenas me olhou e me olhou.

-Posso perguntar uma coisa? - ele disse e eu dei um sorrisinho para ele.

-Acabou de perguntar. - cantarolei. Katsuki revirou os olhos para mim, me fazendo rir. -Vai, fala.

-Por que você ainda usa nossa aliança de casamento?

Não tinha nenhum ressentimento em sua voz, pela primeira vez. Era apenas curiosidade mesmo. Eu pisquei, surpresa, erguendo minha mão esquerda para fitar a fina aliança de ouro do meu dedo anelar. Eu nem mesmo tinha pensando em a tirar, pra começo de conversa. Mesmo não me lembrando de Katsuki, não tinha visto motivos para fazer isso.

-Acho que uma parte de mim sempre esperou lembrar de você. - admiti, baixinho. Katsuki suspirou, encostando a testa na minha e fechando os olhos.

-Eu realmente queria beijar você agora. - ele resmungou, me fazendo rir baixinho.

-E quem tá te impedindo, Dynamight? - provoquei.

Acho que a essa altura, eu já devia ter aprendido que provocar Katsuki Bakugo não era a melhor das escolhas. No segundo seguinte, seus lábios se chocaram contra os meus, me fazendo soltar um suspiro baixinho enquanto minhas mãos afundavam nos cabelos loiros de Katsuki.

E caralho. Acho que jamais alguém tinha me beijado desse jeito. Meu coração bateu tão forte dentro do peito que pensei que talvez ele fosse saltar pra fora, principalmente quando a língua de Katsuki invadiu minha boca, envolvendo a minha de forma quase que voraz. Como se ele tivesse doido para fazer isso há muito, muito tempo.

-A gente deveria voltar pra casa. - falei, segurando a jaqueta dele com força entre meus dedos. Katsuki me deu um sorrisinho que quase me fez desmaiar. É. Definitivamente ia ser uma noite muito, muito interessante. Disso eu tinha bastante certeza. E ela havia acabado de começar.

-Não sei se é uma boa ideia. - comentei enquanto me olhava no espelho. Vi Miwa revirar os olhos para mim, apenas para tomar um empurrão de Mika.

-Claro que é boa ideia, Shin! - a de cabelos verdes disse de forma animada, dando um imenso sorriso para mim. -Você tá lindo!

-Sinto que isso é errado. - reclamei, sentindo vontade de só me jogar de volta na cama e ficar ouvindo música até dormir. Miwa estalou a língua no céu da boca, arqueando uma sobrancelha para mim e depois voltando a fitar Mika, que estava mais empolgada do que eu. Na verdade, ela parecia a única pessoa animada ali.

-Se você tá assim, nem vai, Shin. - Miwa encorajou, apenas para tomar um tapa de Mika.

-Cala a boca, sua megera. - Mika grunhiu, os olhos verdes cheios de irritação. -A gente já conversou sobre.

-Pode parar de falar em códigos, tá beleza? Miwa, sei que você é contra porque Fuyuki era seu melhor amigo. - falei, olhando seriamente para ela. Ela deu de ombros, como se não entendesse onde eu queria chegar. -Mas Lily é só minha amiga. E Fuyuki morreu, entendeu? Dói em mim pra caralho, mas é verdade, você quer que eu faça o que, chore pro resto da vida? Ah, por favor!

-Isso, finalmente você reagiu. - Mika suspirou feliz. Miwa bufou.

-É só estranho pra mim, tá? Nunca pensei que pudesse existir Shin sem Fuyuki, porra! Me desculpa por não conseguir aceitar muito bem que você tá tentando. Porque eu não tô. - ela disse, afundando o rosto nas mãos. Mika suspirou, afagando as costas dela com calma.

-A gente já conversou sobre isso, foguinho. - Mika disse calmamente, o que me fez torcer o nariz. Tudo o que menos precisava era ver elas serem amorosas uma com a outra na minha frente, eu ia ficar traumatizado.

-Desculpa. Não fui muito justa. Lily é legal. Sei que são só amigos, mas, sei lá, se Fuyuki não tá aqui pra ser o chato irritante, essa função passa pra mim. - Miwa resmungou e eu acabei dando risada.

-Por isso vocês eram melhores amigos. Dois chatos do cacete. - retruquei com um meio sorriso, fazendo Miwa rir. -Eu vou ir, tá? Agora é tarde demais pra arranjar desculpa.

-Nunca é tarde demais! - Miwa retrucou enquanto eu abria a porta para sair do quarto de Mika.

-Cala a boca, porra! - Mika gritou e eu sabia que logo aquela briga idiota terminaria de outra forma. E eu não queria estar ali para presenciar isso, por isso apenas saí daquele lugar, fechando a porta atrás de mim e dando risada.

Não demorei muito para ir até o restaurante que tinha combinado com Lily. Durante os quatro meses que se passaram desde que conheci ela, Lily tinha se tornado uma amiga muito importante para mim. Porque mais do que qualquer outra pessoa, ela entendia o que eu estava sentindo, o que estava passando. Durante vários momentos difíceis de serem passados sozinho, Lily esteve do meu lado para me dizer que tudo ficaria bem. E por mais incrível que pudesse parecer, aquilo havia servido para me deixar mais tranquilo. Porque as palavras de Lily tinham força. Se por ela já ter passado pelo mesmo ou pela convicção com o qual ela falava, eu não sabia dizer, mas também não me importava.

-Uau, você tá muito bonito! - Lily disse com um sorriso animado quando me encontrei com ela. Eu dei uma risada sem graça enquanto a abraçava, sentindo meu rosto inteiro queimar. Eu realmente não sabia lidar muito bem com elogios.

-Nada comparado com você. - falei apontando para ela. -Quer dizer, nossa, você tá linda, Lily. - e era verdade. Parecia que ela tinha passado horas se dedicando para aquele momento, fazendo até eu me sentir meio esculachado, diga-se de passagem. Ela apenas riu e deu de ombros.

Era confortável estar com Lily, de uma forma que fazia muito tempo que eu não sentia. Ela me fazia rir de suas histórias absurdas e conseguia fazer eu me abrir com ela pra valer, uma proeza que poucas pessoas conseguiam. Durante as horas que se seguiram eu me diverti tanto que elas passaram tão rápidas quanto segundos.

Depois que saímos do restaurante, fomos dar uma volta pelas ruas. Lily gostava de caminhar e eu gostava da companhia dela. Era como se ela fizesse de fato jus ao significado de seu nome, uma verdadeira salvação na minha vida.

-Eu gosto muito de você, Shin. - Lily disse, do nada, enquanto olhava para as flores da vitrine de uma floricultura fechada. Eu apenas pisquei os olhos, totalmente surpreso com aquela revelação repentina, sem saber o que falar. Fiquei totalmente estático, o que fez Lily rir. -Ah, Shin, relaxa. Eu não preciso que você retribuia, só tô te dizendo o que eu sinto. Por favor, não fuja de mim.

-Eu não... - comecei a gaguejar, mas Lily apenas olhou para mim e arqueou a sobrancelha. -Tá. Eu só... Você me pegou de surpresa!

-Por que? Você é bonito, carismático, inteligente e gentil. É bem difícil não gostar de você, Shin Bakugo. - ela brincou, me empurrando de leve. Eu sorri para ela, coçando a nuca. -Eu sei que você ainda tá no seu processo, Shin. Mas se um dia você decidir tentar me dar uma chance, eu ia ficar muito feliz.

Eu fiquei totalmente sem saber o que falar. Ou o que fazer.

-Eu nunca vou conseguir amar alguém do jeito que amei o Fuyuki. - eu disse com sinceridade, porque era injusto não o dizer. Lily apenas sorriu.

-Eu sei. Jamais vou amar alguém como amei o Yoshino. Eu entendo o sentimento. É sem pressão nenhuma, Shin. - ela disse e eu assenti, esticando a mão e segurando timidamente a de Lily. Os olhos dela brilharam e um sorriso cresceu em seus lábios.

-Sem pressão nenhuma, então. - falei dando um sorriso sincero para Lily. -Eu também gosto muito de você, Lily.

-Credo, a gente parece dois adolescentes. - ela disse rindo e eu dei risada.

Eu sabia que jamais iria esquecer Fuyuki. Mas também estava na hora de começar a fazer o que ele tinha me pedido. Seguir em frente, sem olhar para trás. E era exatamente o que eu iria fazer.

A mão que bate, também faz carinho. Aqui um refresco pra vocês pararem de me odiar, viu? Eohein!
Zaza ama o Kats até sem se lembrar dele e é sobre isso!
~Ana

Data: 20/02/23

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