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𖤍𖡼↷ 𝐅𝐎𝐔𝐑

Tinha sangue para todos os lados. Meu coração batia forte dentro do peito, mas eu não podia me dar ao luxo de entrar em estado de choque naquele momento. Ter o sangue da minha própria mãe em minhas palmas e manchando minha camiseta branca não estavam contribuindo para me manter no meu estado calmo e conseguir manter as mãos firmes, mas eu não podia desviar meu foco. Precisava estancar aquele sangramento e rezar para que alguém chegasse logo. Eu não conseguia olhar muito, pois caso o fizesse, eu entraria em choque e me tornaria inútil. Naquele momento, eu precisava ser profissional e usar o que sabia para impedir que minha mãe sangrasse mais ainda em meus braços.

Mas aquele ferimento na cabeça dela e em seu tórax... A cabeça dela. Eu não sabia ainda o como minha mãe estava respirando; o corte profundo em seu peito estava me deixando agoniado tanto quanto sua cabeça rachada. Eu era veterinário, mas sabia que aqueles ferimentos colocavam a vida dela entre uma linha tênue entre a vida e a morte.

Tudo isso porque ela escolheu me proteger ao invés de se proteger. A pancada havia sido forte demais; o jeito como seu corpo se chocou contra uma pilastra de concreto ou o como aquele pé de cabra acertou sua nuca, o corte em seu tórax...

Eu não queria sequer lembrar dessa cena, saber que aquele ataque havia sido algo totalmente pessoal e arquitetado para nos matar. Não naquele momento. Porque eu não podia me permitir ao luxo de surtar e entrar em choque. Não ali; não enquanto não a tirasse daquele lugar.

Tudo aconteceu muito rápido depois da primeira explosão que serviu para fazer dezenas de pessoas se desesperarem e começarem a gritar enquanto tentavam fugir e acabavam se chocando uma nas outras e se pisoteando. Acredito que aquela primeira bomba tenha sido ativada apenas para deixar Fuyuki desconcertado, e deu certo, pois o desespero que invadiu os olhos heterocromaticos de meu namorado enquanto percebia que minha mãe e eu não íamos conseguir fugir como ele queria foi nítido. E não só eu mas como aquela terrorista também sabia que aquilo iria tirar Fuyu de seu foco naquela luta.

E essa foi uma das coisas horríveis que aconteceram naqueles poucos minutos desde que a primeira bomba explodiu e dispersou o caos entre todos.

Eu não sabia o que tinha acontecido com ele. Eu não sabia onde Fuyuki estava, se estava bem, se estava vivo. Eu preferia acreditar que estava tudo bem; que ele tinha dado um jeito. Caso contrário, eu iria surtar mais ainda.

A última vez que o vi, ele estava quebrando o pescoço de um vilão que estava prestes a matar uma criança. Essa era outra cena que eu queria tirar da minha mente.

Eu não conseguia me acalmar de jeito nenhum. Sentia as lágrimas surgindo nos meus olhos e o desespero tomando cada vez mais conta do meu peito. Precisava de ajuda, urgente; se ninguém aparecesse, minha mãe ia morrer. Isso era um fato. E algo que eu não podia aceitar.

Não sei quanto tempo passou. Tudo ficou um pouco nublado quando o socorro chegou. Acho que, quando finalmente começaram a cuidar da minha mãe, eu realmente comecei a entrar em choque. Ficava revendo o momento em que ela se machucava, que seu sangue espirrava para todos os lados. Ficava revendo a confusão e o caos, e pessoas morrendo na minha frente sem poder fazer nada. Senti meu estômago embrulhar e uma imensa vontade de vomitar me atingir. Um paramédico tentava, em vão, falar comigo, mas eu sequer conseguia escutar o som da sua voz.

Eu queria desesperadamente acordar daquele pesadelo. Mas, para minha imensa infelicidade, aquilo não era um sonho. E nem dava para fugir da realidade.

Quando chegamos ao lado de fora e eles levavam minha mãe para uma das milhares de ambulâncias que estavam ali, vi cabelos vermelhos com mechas brancas. Meu coração parou de bater dentro do peito ao ver Yumi com as mãos cheias de sangue. Principalmente quando seus olhos rosa escuro se fixaram nos meus e eu me dei conta que todo aquele sangue não era dela. E seu olhar desesperado e agoniado já me dizia o suficiente de quem era.

Eu fui tropeçando até Yumi. Não percebi estar caindo até que ela pressionasse uma mão no meu peito e a outra nas minhas costas, tentando me manter no lugar, tentando me acalmar. Mas eu não conseguia fazer isso. Porque conhecia bem demais Yumi e sabia o que aquele olhar dela significava. E também sabia que, o que quer que tivesse acontecido com Fuyuki, era grave.

Consegui forças o suficiente para empurrar Yumi para o lado e vomitar. Foi inevitável cair de joelhos no asfalto, minhas mãos tremendo enquanto tentava me erguer. Meus olhos estavam queimando, meu peito doía como o inferno e meu coração parecia prestes a pular para fora. Tudo estava desmoronando, e por que eu tinha sido o único a permanecer intacto?

-Shin, você precisa se acalmar. - Yumi disse, a mão nas minhas costas tentando me trazer calma. Mas isso era impossível. Como a voz dela estava tão pacífica quando seu irmão mais velho estava claramente entre a vida e a morte? -Shin, eles vão ficar bem. Precisa acreditar nisso.

-O que aconteceu com ele? - eu perguntei, minha voz rasgando a garganta quando o disse. Yumi hesitou; eu sabia que ela não queria falar. Não queria entrar em detalhes. Não queria me deixar ainda pior do que eu já claramente estava. -Yumi, minha mãe estava morrendo nos meus braços, e eu vi tudo acontecer sem conseguir fazer nada. Por favor, eu preciso saber o que aconteceu com meu namorado e o quão grave é a situação dele. O mínimo que você pode fazer por mim nesse momento, é não me deixar no completo escuro. Eu já estou preocupado o suficiente, não deixe eu ter que pensar no pior. Eu preciso da verdade! E não que tente me proteger.

-Você também precisa ir até o hospital, está com ferimentos. - ela tentou desconversar, segurando meu braço e me puxando em direção a uma das ambulâncias. Eu consegui forças o suficiente para me soltar dela, a encarando seriamente. Yumi suspirou; seus olhos encheram de lágrimas enquanto ela passava a mão com irritação pelos cabelos. Eu a conhecia o suficiente para saber que se algo tinha conseguido a desestabilizar, tinha sido algo grave.

-Yumi... - falei em um sussurro, segurando as mãos dela com força nas minhas. -Ele vai sobreviver?

Yumi soluçou baixinho.

-Eu não sei.

Quando você é um super herói profissional, aceita o fato de que, em algum momento, pode acabar enfrentando alguém bem mais forte que você. Nós aceitamos o fato de que, em um determinado momento, poderemos acabar sendo a pessoa a ir parar sete palmos abaixo da terra. E aceitamos isso de bom grado, pois nossa motivação é trazer a paz e a justiça. Todas às vezes que eu entrava dentro de uma batalha árdua, a última coisa em que pensava era em sair de lá com vida. Mas agora, enquanto corria com o coração acelerado para dentro do hospital, me perguntava se não deveria ter ensinado ao meu próprio filho de que nem sempre a melhor opção é darmos nossa própria vida em troca de vencer uma batalha.

A voz de Shoto me pedindo para desacelerar não estava surtindo efeito algum. Eu simplesmente não conseguia. Por mais que ele tentasse me manter calma, era em vão, e ele sabia. Como eu me manteria calma sabendo que minha melhor amiga e meu filho estavam na merda do hospital? Como ficaria calma sem saber qual era a gravidade de seus ferimentos? Eu não conseguia parar de ser puxada de volta para quando tinha quinze anos, para o dia em que vi meus amigos se ferindo, meus professores morrendo na minha frente, sentindo a morte de Katsuki, perdendo todo o controle da minha individualidade...

Não. Eu não podia relembrar aquele momento. A Liga dos Vilões estava morta, Toya não existia mais na minha vida e eu tinha matado Ichiro. Aquela guerra tinha acabado. Mas por que eu não conseguia deixar de pensar no pior com aquele atentado terrorista que claramente tinha como único objetivo destruir toda minha família?

Naomi Tanaka era uma terrorista que sempre atacava heróis profissionais e suas famílias. Quase como Stain, mas com uma motivação maldosa e mesquinha. A maior diversão dela era matar os familiares de heróis na frente deles, os impedindo de suceder em salvar suas vidas. Não tenho dúvidas de que seu maior desejo com aquele ataque havia sido matar Shin na frente de Fuyuki. Mas ela tinha subestimado meu filho, e esse era o motivo para agora ela estar bem morta lá no inferno.

Saber que Fuyuki tinha acabado com ela não fazia eu me sentir melhor. Vendo as notícias na internet, nenhuma delas contava o que de fato tinha acontecido com ele. A única coisa que dizia era que milhares de pessoas saíram feridas e tiveram algumas mortes. Que o herói profissional Fuyuki tinha sido levado as pressas ao hospital, assim como Azami Bakugo em estado crítico. E era isso.

Eu simplesmente odiava essas matérias sensacionalistas. Nunca tinham de fato informações que prestavam, apenas informações que serviam para deixar nós todos totalmente desesperados. E era assim que eu me sentia enquanto tentava ir o mais rápido que conseguia em busca de uma luz, de alguém para me dizer que estava tudo bem, que ficaria tudo bem, que a internet estava mentindo.

-Mãe! - tomei um susto quando Yumi apareceu na minha frente, meu coração indo parar na garganta. Arregalei os olhos vendo todo aquele sangue em sua roupa, segurando o rosto da minha filha que era tão parecido com o de Shoto em minhas mãos. -Calma. Você precisa ficar calma.

-O seu irmão. - foi tudo o que consegui dizer, minha voz falhando. O olhar de Yumi já dizia muita coisa, mesmo com ela me impedindo de entrar em sua mente. Eu sabia que Yumi tinha sido uma das primeiras pessoas a cuidar de Fuyuki quando chegou ao local onde tudo tinha acontecido; sabia também que se ela não queria me deixar ver o como o irmão dela estava, era porque tinha sido algo grave.

-Atsuko. - a voz de Shoto era suave enquanto ele segurava meus braços. Claro que ele tinha entendido a situação e claro que era por isso que ambos estavam tentando me acalmar. Fosse o que fosse que tivesse acontecido com meu filho, era grave. Muito grave.

-E Azami? - gaguejei. Não tinha sinal de Shin ou de Katsuki por ali, o que eu não sabia se era bom ou ruim. Talvez Katsuki não estar ali agora fosse bom, porque só Deus sabe o que ele faria para ter qualquer informação que fosse sobre Azami. Talvez ele explodisse o hospital inteiro em busca dela. E se algo acontecesse com ela... Não podia pensar nisso. Não queria pensar nisso.

Yumi balançou a cabeça.

-É grave, mãe. - ela disse, baixinho. -Os dois estão em cirurgia. Os médicos não sabem se...

Yumi parou de falar, mas eu entendi perfeitamente. Os médicos não sabiam se conseguiriam salvar Azami. E não sabiam se iam conseguir salvar meu filho.

Eu afundei meus dedos nos cabelos, sentindo minhas mãos tremerem. O aperto de Shoto era a única coisa que me impedia de cair de joelhos no chão. Eu não podia aceitar aquilo; não podia mesmo.

Fuyuki sempre foi um ponto fora da curva. Era inteligente, bonito e talentoso. Facilmente se tornaria o herói número um em algum momento de sua vida. Quer dizer, ele tinha vinte e dois anos e já estava no top cinco. Saber que meu filho, alguém com um futuro tão promissor, poderia morrer naquele dia, apenas servia para me fazer perceber o quão injusta era a vida.

Eu jamais aceitaria isso.

Jamais.

Eu preferia que tivesse sido eu.

-Amor, você está perdendo o controle. - Shoto disse calmamente e era verdade. Tudo ao meu redor estava tremendo e começando a levitar. Eu respirei fundo, fechando os olhos. -Esse é o melhor hospital do país, Atsuko. Eles vão cuidar bem do nosso filho e da Azami.

Eu sabia disso.

Mas eu também sabia exatamente o que estava acontecendo naquela sala de cirurgia, porque era capaz de escutar os pensamentos dos médicos.

E foi por isso que, quando tudo se tornou sombrio, eu fui a primeira a sentir. Era como se meu coração tivesse parado de bater dentro do meu peito quando eu soube. As lágrimas ficaram presas nos meus olhos e um grito estagnado na garganta enquanto eu tentava respirar mas não conseguia.

-Mãe? Mãe! Fala comigo. - Yumi disse, segurando meu rosto com força em suas mãos. -O que você escutou?

Eu balancei a cabeça e chorei. Nem mesmo sei como tive forças para responder aquela pergunta. Porque minha vida tinha acabado de se tornar mais vazia do que nunca.

-Ele morreu. E a Azami é a próxima.

E a única coisa que eu sabia era que se Deus existia, não estava nem um pouco ao meu favor.

Boa tarde povo bonito! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Vocês acharam que eu ia voltar com a fanfic pra escrever coisas bonitinhas? Até parece KKKK não me matem por favor tá, amo vocês

Votem e comentem, isso ajuda demais e me deixa mais inspirada a continuar!

Espero que gostem <3
~Ana

Data: 18/02/23

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