𖤍𖡼↷ 𝐅𝐎𝐔𝐑
CANSADA? ACHO
QUE NÃO
A gente tinha combinado que íamos sair depois de deixar Fuyuki nos cuidados de Izuku. Fui a primeira a me arrumar, pois fazia um bom tempo que não faziamos algo só eu e Katsuki já que cuidar de Fuyuki tomava boa parte de nosso tempo. Sem contar que Katsuki andava trabalhando demais, então raramente tinha dias de folga para ficarmos juntos e quando ficávamos, ele me ajudava a cuidar de Fuyuki para que eu pudesse descansar um pouco. Quer dizer, não era fácil cuidar de uma criança! Ainda assim, também era muito bom. Era até estranho ver a casa tão silenciosa sem o choro de Fuyuki.
Eu apenas me sentei pra esperar Katsuki terminar de se arrumar e, quando me dei conta, tinha caído no maior sono ferrado. Acordei assustada, pegando o celular e vendo que já eram nove horas da noite, o que me fez torcer o nariz ao me dar conta que tinha arruinado nosso encontro porque acabei dormindo. Porra. Eu tinha me tornado uma mãe sem nem mesmo ser mãe! Fiquei me sentindo meio mal, e franzi as sobrancelhas de forma confusa ao perceber que Katsuki não estava no quarto. Suspirei e tirei o cobertor que ele certamente tinha colocado sobre mim e me levantei para colocar uma roupa mais confortável que se resumia a uma camiseta que batia na minha coxa e fui o procurar.
Katsuki estava na cozinha cozinhando quando eu o encontrei. Por um tempo, apenas fiquei apoiada na parede o observando, ciente que ele não tinha notado minha aproximação já que estava bem empenhado no que estava fazendo. Vi ele batendo com tanta força na parte de trás do vidro do pote de pimenta que me surpreendia não ter quebrado. Depois de seis anos namorando com ele, minha língua já nem sentia mais o gosto da pimenta de tão anestesiada que ela ficou. Não que eu me importasse já que a comida de Katsuki era realmente muito bom e, bem, eu não sabia nem fazer miojo. As tentativas dele de me ensinar só comprovaram que eu sou uma inútil e isenta de talentos culinários.
Me aproximei dele o suficiente para envolver envolver os braços ao redor de sua cintura e o abraçar, depositando um beijo em suas costas nuas. Katsuki usou uma mão para segurar a minha de leve, ainda concentrado em não deixar a comida queimar e eu suspirei. Tudo bem, eu bem que estava preferindo ficar em casa e comer a comida dele mesmo. Nem tinha me dado conta do quão cansada eu estava até não ter que me preocupar em cuidar de Fuyuki.
-Por que não me acordou? - falei, me inclinando na ponta dos pés para alcançar sua bochecha, onde eu dei uma mordida que o fez chiar. Katsuki se afastou de mim para me olhar com seus olhos vermelhos, e ele apenas deu de ombros.
-Você estava cansada, era melhor você aproveitar pra dormir tudo o que não dormiu nos últimos dias. - ele falou e eu me inclinei para sentar na pedra da bancada, o que fez Katsuki me olhar feio. Eu não podia me importar menos, afinal, quando era ele a pessoa a me colocar ali não tinha problema, né?
-Obrigada. - falei com um suspiro e ele apenas deu de ombros, como se não fosse nada demais. Apesar de ser sim. -Não tinha me dado conta do quanto estava exausta.
-Eu sei, Zaza. - ele disse, me olhando por um instante. -Você realmente abraçou o papel de cuidar do Fuyuki, hein? - eu apenas suspirei. Fuyuki não era só filho da minha heroína favorita e melhor amiga, ele era meu afilhado. Claro que eu tinha um carinho e amor gigante por ele, mas eu também gostaria que, caso eu estivesse no lugar da Atsuko, alguém cuidasse do meu filho dessa mesma forma e eu sabia que ela faria o mesmo por mim. E Katsuki não podia falar nada já que ele amava tanto Fuyuki quanto eu!
-Cala boca. - murmurei, esticando o pé para o chutar quando Katsuki desligou o fogo. Ele apenas arqueou a sobrancelha pra mim e agarrou meu tornozelo, me puxando e quase me fazendo cair. Soltei um gritinho e meus olhos de arregalaram. Aquilo fez Katsuki rir com deboche enquanto se aproximava.
Katsuki colocou as mãos nas minhas coxas, abrindo de leve para se posicionar melhor, levando as mãos até minha cintura e me puxando para seu colo. Envolvi sua cintura com minhas pernas e abracei seu pescoço, o dando um puxão leve no cabelo quando Katsuki apertou minha bunda e deu um sorrisinho malicioso.
-Você tá com fome?- ele perguntou me olhando de um jeito que fez minha pele formigar. Apenas neguei e ele deu um sorrisinho pra mim, como se quisesse ouvir exatamente isso. Por que caralho ele tinha feito janta então?
De qualquer jeito, não me importei com isso quando Katsuki me levou de volta para o quarto, sua boca deslizando de forma lenta pelo meu pescoço e me fazendo suspirar.
O calor já estava me matando quando Katsuki me jogou na cama. Odiava quando ele fazia isso como se eu fosse um saco de batatas, por isso estiquei a perna para o dar um chute no saco. Mas ele foi mais rápido em me agarrar e me puxar, sentando sobre meu quadril e me prendendo contra o colchão. A essa altura meu coração já estava batendo na garganta, porque não importava quantos anos passassem, esse maldito babaca do caralho sempre ia ter o mesmo efeito sobre mim.
Katsuki me deu um sorriso perigoso que me fez engolir em seco. Lentamente ele se abaixou e aproximou o rosto do meu até que eu pudesse sentir sua respiração quente contra meu rosto, me fazendo suspirar baixinho.
-Você tá muito sem educação, né, Zaza. - ele disse baixinho e de forma arrastada que fez todos os pelos do meu corpo se arrepiarem. -Agindo que nem uma idiota babaca.
-Você me xingar não vai me fazer ter um orgasmo. No máximo vai me deixar puta. - falei e ele apenas riu, deslizando os dedos pelo meu pescoço e descendo até a barra da camiseta, onde ele ficou brincando com o tecido e me olhando, me fazendo bufar. Desgraçado, se ele queria escutar algo vindo de mim, não ia.
Me livrei do peso de Katsuki e o empurrei para o lado, me sentando em seu colo e o fazendo rir pela minha impaciência. Apenas arqueei uma sobrancelha pra ele, deixando meus dedos deslizarem pelo seu torso, tocando de leve suas cicatrizes, que não eram poucas. E eu sabia a história de cada uma daquelas cicatrizes que o marcavam, algumas dessas que eu odiava só de lembrar que Katsuki tinha passado por tanta coisa.
Levei minhas mãos até o rosto de Katsuki e segurei antes de me aproximar e o beijar. Parecia que fazia muito tempo que não fazíamos isso por causa da falta de tempo e de todo o combo que a vida adulta trazia. Katsuki apertou minha cintura, me trazendo para mais perto de si enquanto sua língua deslizava lentamente pela minha, me fazendo suspirar. Eu realmente gostava do jeito que ele me beijava como se fosse a melhor coisa do mundo. Eu até esquecia de todas as outras preocupações quando Katsuki fazia isso.
A boca de Katsuki desceu até meu pescoço e ele sabia exatamente o efeito que isso causava em mim. Agarrei o cabelo dele com força em meus dedos, fechando os olhos e soltando um suspiro baixinho enquanto ele beijava e chupava minha pele, suas mãos deslizando pelas minhas coxas e subindo por debaixo da minha camiseta.
Os toques de Katsuki eram firmes e nada delicados, fazendo eu puxar seu cabelo de leve e soltar suspiros. Ele me conhecia bem demais, sabia exatamente onde me tocar e o que fazer para arranacr alguma reação de mim.
Ele foi rápido em se livrar da camiseta que eu estava vestindo e me empurrar para o lado, ficando por cima e me prendendo contra o colchão. Katsuki me deu um sorrisinho malicioso antes de beijar meu pescoço, minha clavícula, meu peito, me fazendo fechar os olhos com força. Ele sabia como ser um verdadeiro desgraçado quando queria, mas eu jamais iria reclamar, não quando eu realmente gostava quando ele era um desgraçado.
-Você tá muito tensa. - ele zombou, me fazendo revirar os olhos e levar as mãos até o cos da calça dele, puxando para baixo. Katsuki agarrou minhas mãos, me impedindo de fazer o que eu queria e as prendendo contra o colchão. O olhei com irritação, mas isso só serviu para o divertir. -Vou te fazer relaxar, Zaza.
Era uma merda admitir que seu tom de voz me fez estremecer, mas o que eu podia fazer? Era completamente apaixonada por ele. Já tinha aceitado esse fato e já tinha me rendido completamente. Amava Katsuki pra caralho, até mesmo quando ele não merecia. Não conseguia mais imaginar como seria minha vida sem ele, e apenas desejava nunca ter que viver sem ele. Mas sabia que isso não ia acontecer.
Antes que Katsuki pudesse fazer algo, segurei seu rosto em minhas mãos e o beijei com carinho, deslizando minhas mãos até suas costas e o puxando para que ficasse mais perto de mim. Katsuki murmurou algo incompreensível quando envolvi minhas pernas ao redor da sua cintura, agarrando minhas coxas com força e me fazendo gemer. Pelo sorrisinho que Katsuki me deu ao escutar isso, já sabia exatamente o como ia terminar aquela noite.
Quando finalmente fomos jantar, tive vontade de esganar Katsuki. A comida estava tão apimentada que minha língua ficou dormente pelo restante da noite, o que o fez rir da minha cara o tempo inteiro.
Ficamos horas deitados no sofá assistindo série. Já era de madrugada e provavelmente deveríamos ir dormir, mas Katsuki não se mexeu e eu estava deitada muito confortável com a cabeça em seu colo, sentindo os dedos dele acariciando meu couro cabeludo. Adorava quando ele fazia isso.
-Azami? - ele chamou e eu apenas respondi com um "hm?", sem tirar os olhos da televisão. A protagonista daquela série era uma burra. Desistir dos próprio sonhos por causa de homem, tinha que ser muito otária pra fazer uma cagada dessas, né.
O silêncio de Katsuki me fez franzir o cenho e me virar para conseguir encontrar seus olhos vermelhos que já estavam fixos em mim. Eu arqueei uma sobrancelha, esperando ele continuar a falar. Mas ele apenas ficou me olhando por um tempo, levando a mão até minha bochecha e fazendo carinho.
-O que foi? - perguntei franzindo as sobrancelhas. Ele apenas deu de ombros, enrolando uma mecha do meu cabelo nos dedos.
-Você já pensou em ter filhos?
Aquilo me pegou tão de surpresa que fez eu me levantar e me sentar em suas pernas. Katsuki torceu o nariz, como se ele não tivesse tido a intenção de falar isso em voz alta, mas agora era tarde demais. Nunca tínhamos conversado sobre isso antes. Mas agora, até que fiquei um pouco feliz dele ter puxado esse assunto.
-Já. Eu acho que seria uma péssima mãe, mas sim, eu sempre quis ter filhos - falei, dando de ombros como se não fosse nada demais, apesar de eu saber o peso que isso tinha. Katsuki apenas me observou e assentiu. -Mas por que você tá perguntando isso? Você não quer filhos, né?
-Nunca quis. - ele falou e, mesmo que aquilo tivesse atingido uma parte de mim, não me pegou exatamente de surpresa. Katsuki sempre deu indícios de que não queria esse tipo de família, mas eu sempre o amei demais pra me importar com isso. E eu estava disposta a abrir mão disso pra ficar com ele, porque eu realmente o amava (sim, julguei a protagonista da série, mas fiz o mesmo e foda se). Mas Katsuki vir tocar nesse assunto agora... Sei lá.
Eu assenti, voltando a deslizar até o sofá e deitando em seu colo de novo. Não queria que ele visse minha cara de decepção porque não era exatamente justo, eu conhecia Katsuki e sabia exatamente quem ele era.
-Mas você seria uma boa mãe sim. Qualquer um consegue ver isso pelo jeito que você cuida do Fuyuki. - ele insistiu no assunto e eu bufei, me virando para o encarar.
-Por que a gente tá falando disso, Kats? - falei um pouco estressada. -Não importa de eu seria uma boa mãe ou não se você não quer ter filhos.
-Você quer dizer que não vai me deixar por causa disso? - ele disse com um sorrisinho presunçoso que me fez revirar os olhos.
-Quando a gente ama mesmo uma pessoa, seu babaca, deixamos de lado algumas coisas porque queremos ficar com ela. É, eu queria ter filhos, mas eu te amo e não tem nada que vá mudar isso. Então, tanto faz. - resmunguei, voltando a prestar atenção na televisão. Não gostei de ter aquela conversa, apesar de ser uma comprovação de algo que eu já sabia que nunca ia acontecer. Talvez a gente nem nunca casasse! Katsuki nunca tinha demonstrado interesse nisso. Mas, bem, esse último não importa tanto. Eu meio que fiquei traumatizada com essa história toda de casamento.
-É, você tem razão. - ele disse, afundando os dedos no meu cabelo mais uma vez. -Eu nunca quis ter filhos porque eu sempre soube que ia ser um pai péssimo, e eu não sei lidar com crianças. Nem achei que fosse arranjar alguém que fosse me fazer querer tentar mudar isso.
-Nossa, valeu, Kats. Por, sabe, dizer que eu não fui o suficiente pra te fazer mudar de ideia. - zombei cheia de deboche. Ele nem precisava ter falado isso! Era só ter ficado quieto! De repente nem queria mais ficar na sala, só queria ir dormir.
-Espera, sua idiota! Me deixa terminar de falar, caralho! - ele reclamou, agarrando meu pulso quando me levantei e me puxando de volta para o sofá. Bufei irritada. -Azami, você sabe que sou péssimo com palavras e sentimentos! Cacete.
-É, mas tá se superando. Por que a gente precisa falar sobre filhos se nunca vamos ter um? - falei irritada, cruzando os braços. Katsuki suspirou de forma dramática.
-Porque eu quero ter filhos com você, idiota. Não agora, mas um dia. É isso que tô tentando te dizer, sua burra. Ver a forma como você cuidou do Fuyuki fez eu me perguntar como seria ter um filho nosso. - ele falou dando de ombros e eu fiquei estática, sem nem saber o que responder. Katsuki franziu as sobrancelhas pra mim. -Diz alguma coisa, caralho.
Suspirei e afundei meu rosto nas mãos. E então, dei risada.
-Meu Deus, eu te odeio. Você é péssimo nesse negócio. Podia ter sido algo fofo se não fosse tão torto. - falei, mas estava sorrindo que nem uma idiota. Katsuki revirou os olhos, me puxando para seu colo e beijando meu pescoço de leve. Envolvi os braços ao redor do pescoço dele e o beijei. -Eu também já pensei nisso, Katsuki. Mesmo não querendo admitir.
Katsuki riu e me beijou de novo e de novo até que de repente as coisas tivessem ficado um pouco mais intensas e mais quentes entre nós.
Eu sabia que tinha muito, muito chão até a gente decidir tentar ter um filho pra valer. Mas só de saber que ele pensava em construir esse tipo de família comigo já foi o suficiente pra causar algo em mim que eu jamais tinha sentido antes. E pela primeira vez senti que estava exatamente onde eu queria estar.
Boa tarde povo bonito! Tudo bem com vocês? Espero que sim!
Esse capítulo foi pra aquecer o coração de vocês! Só porque é ano novo, tá, não se acostumem KKKK
Vou aproveitar pra panfletar outra fanfic minha de bnha, que é com o Kirishima, juro que a fic é um xuxuzinho e eu ficaria muito feliz de ter vocês lá como leitores também 🥺❤
Votem e comentem, isso ajuda demais e me deixa mais inspirada a continuar!
Espero que gostem <3
~Ana
Data: 01/01/23
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