𖤍𖡼↷ 𝐓𝐇𝐑𝐄𝐄
Uma das mãos de Shin estava segurando com força a cabeceira da cama para impedir em vão que se choca-se contra a parede. Não que fosse fazer muita diferença quando só tínhamos nós dois na minha casa e meus gemidos estavam sendo bem auditiveis enquanto sentia ele dentro de mim. Meu coração batia acelerado dentro do peito e aquela sensação de êxtase se espalhava por todo o meu corpo, principalmente quando Shin era tão bom naquilo que deveria ser considerado um crime contra a humanidade. Era como se ele tivesse a incrível capacidade de me levar do inferno ao céu em segundos, suas mãos firmes contra minha pele me produzindo sensações que ninguém mais seria capaz de fazer.
Agarrei a mão de Shin na minha, o forçando a largar a madeira. Não era como se Miwa fosse chegar a qualquer momento no apartamento que dividiamos e mesmo se o fizesse, bem, seria um problema todo dela. Tudo o que eu queria era ambas as mãos de Shin em mim, não tentando fazer menos barulho. Não era como se fôssemos adolescentes tentando esconder as coisas, de qualquer forma. Íamos casar! Estávamos noivos! Lembrar disso sempre me fazia sorrir que nem um idiota, porque às vezes era até mesmo difícil de acreditar na imensa sorte que eu tinha por o ter na minha vida.
Shin deslizou a boca pelo meu pescoço suavemente, suas mãos na minha cintura me puxando mais para si e me fazendo soltar um gemido baixo e um suspiro trêmulo o sentindo se mover contra mim. As mordidas que ele deixava me fazia afundar cada vez mais os dedos em seu cabelo, o puxando de leve. Shin conhecia cada maldito ponto fraco meu e não hesitava em usar isso ao seu favor. Era como se me torturar fosse a maior satisfação da vida dele. Ele podia até ter uma cara de bonzinho e de santo, mas ali, entre quatro paredes, quem sofria e ficava a mercê das vontades dele era eu. Não que eu fosse reclamar disso, aliás; não quando Shin realmente era bom pra caralho naquilo.
Nós dois ofegamos e suspiramos uma última vez antes de Shin deixar seu corpo cair contra o meu, afundando o rosto na curva do meu pescoço e murmurando algo totalmente incompreensível. Eu apenas ri, deslizando meus dedos pelas suas costas enquanto o puxava para mais perto de mim. Meu coração ainda batia forte dentro do peito, mas a respiração já estava voltando ao normal.
-Senti falta disso. - murmurei, fazendo Shin se afastar apenas o suficiente para me olhar com seus olhos vermelhos cheios de confusão. Apenas dei um sorrisinho malicioso para ele enquanto meus dedos percorriam sua bochecha macia e lisinha. -Do jeito como você acaba completamente comigo. Sabe, amanhã eu vou ter que trabalhar de noite. Como vou fazer isso se não conseguir andar?
As bochechas de Shin ficaram completamente vermelhas, o que eu realmente achava engraçado. Não faziam nem cinco minutos que ele estava me mostrando quem realmente mandava naquela relação, e agora ele ficava vermelho? Shin era adorável às vezes.
-Para com isso. - ele reclamou, afundando a mão no meu rosto para me impedir de o fitar. -Não exagera tanto assim.
-Exagerar?! Você já viu o tamanho do seu...- comecei, mas ele me deu um tapa na testa, me fazendo chiar. Shin me olhou feio, suas bochechas parecendo prestes a explodir, o que quase me fez dar risada. -Não estou reclamando nem nada, me sinto particularmente sortudo por isso tudo aqui ser meu. - disse dando de ombros enquanto deixava minha mão pousar na bunda dele. Shin revirou os olhos para mim, apoiando o queixo contra meu peito e me fitando.
-Você é um completo idiota. - ele suspirou, passando uma mão pelo cabelo preto completamente bagunçado. Obra minha, definitivamente. -Mas é sortudo mesmo por ter um trouxa que nem eu pra te aguentar. Se eu não o fizesse, você acabaria morrendo solteiro e esse é um final muito triste, Fuyu. Eu faço esse sacrifício.
-Ah, mas que coisa linda, hein, Shin. - zombei, dando um peteleco no nariz dele. -Linda amizade de infância. Engraçado, você não parece fazer nada disso por caridade toda vez que se derrete quando tô gemendo seu nome.
-Ai, cala boca. - ele reclamou, afundando a mão contra meu rosto mais uma vez, me fazendo dar uma risada.
-Amo tanto você. - falei baixinho, acariciando a bochecha de Shin de leve. Ele abriu o mais bonito e mais sincero sorriso para mim, e não importava quantas vezes eu o visse, sempre amaria aquele sorriso de Shin. Faria de tudo para que ele sempre estivesse ali presente e que todo aquele brilho jamais sumisse de dentrl de Shin. Eu facilmente daria minha própria vida se isso significasse fazer Shin feliz. Eu era egoísta em relação há muitas coisas, mas jamais em relação a ele.
-Não se esqueça que eu te amo mais, amor. - ele disse, deixando um beijo suave nos meus lábios. Eu apenas dei risada.
-Ah, definitivamente não. Eu passei a vida todinha apaixonado por você, desde que éramos crianças. - retruquei, o empurrando um pouco para o lado e me sentando sobre o colo de Shin. As mãos dele grudaram de forma firme na minha cintura e eu soltei um suspiro baixinho o sentindo contra minha bunda.
-Você fala como se eu nunca tivesse sentido o mesmo. - ele reclamou, seus dedos deslizando sutilmente pelas minhas costas e fazendo eu estremecer de leve. -Eu só nunca achei que você fosse sentir o mesmo. Quer dizer, você tinha milhares de garotas atrás de você!
-E daí?! De que importa, nunca fiquei com nenhuma delas! - reclamei de volta, me mexendo um pouco e fazendo Shin suspirar, me segurando com um pouco mais de força e me fazendo sorrir. -Sempre quis só você.
-E nunca fez nada a respeito. - ele resmungou e eu fiz uma careta, me lembrando de quem de fato tinha tomado uma atitude para nos levar onde estávamos agora, havia sido ele. Eu apenas dei um sorrisinho culpado para Shin que o fez rir. -Posso te perdoar por sua burrice. Eu já acostumei com ela, de qualquer forma.
-Ai, que maldoso. - sussurrei, me inclinando o suficiente para que minha boca grudasse contra a de Shin.
Não era um beijo calmo e eu particularmente gostava desses. Da forma como Shin afundava os dedos no meu cabelo com força ou como sua língua envolvia a minha de forma quase que voraz. O jeito como ele me fazia gemer baixinho toda vez que mordia de leve meu lábio e o como suas mãos apertavam cada parte da minha pele nos exatos lugares onde ele sabia que causaria uma reação em mim.
Shin se afastou de mim o suficiente para rir baixinho, seus olhos vermelhos que eu amava tanto brilhando em puro divertimento enquanto ele descia a mão lentamente pelo meu abdômen.
-A gente acabou de transar e você já tá duro de novo? - ele zombou, me fazendo revirar os olhos e murmurar irritado.
Não era exatamente culpa minha! Shin tinha um efeito absurdo em mim, desde seus olhos que me hipinotizavam pra cacete, seu sorriso simplesmente perfeito até a forma como ele parecia me levar a completa insanidade com apenas alguns toques. Não que eu fosse reclamar quando amava cada momento que tinha ao lado dele. Era impossível não reagir daquele jeito na presença de uma pessoa tão perfeita em absolutamente tudo como Shin era. O maldito amor da minha vida!
-Isso é meio que culpa sua. - comecei, mas Shin não me deixou continuar, me fazendo prender a respiração quando sua mão me envolveu e começou a descer e subir lentamente em uma provocação. A expressão em seu rosto era serena, como se ele não tivesse fazendo absolutamente nada demais, mas a malícia em seus olhos escarlate já dizia o suficiente. Eu nem mesmo conseguia formular uma frase, apenas murmurar enquanto sentia meu corpo todo ir se derretendo um pouco mais graças a Shin e seu toque firme. -Shin. - reclamei com um arfar, mas ele apenas arqueou uma sobrancelha.
-Hm? O que? - ele disse, ainda devagar demais. Eu tinha vontade de o matar às vezes por me fazer implorar.
-Mais rápido. - murmurei baixinho. -Por favor.
-Hã? Não deu pra te ouvir. - ele provocou, me fazendo querer o esganar.
-Shin. - falei, o fazendo dar uma risada. Soltei um gemido baixo quando ele fez o que eu queria, sentindo meu corpo todo tremer com os toques de Shin.
Soltei um suspiro e tombei na cama ao lado de Shin, respirando de forma ofegante. Meu namorado idiota riu da minha cara, afundando os dedos no meu cabelo e puxando de leve, me fazendo murmurar e fechar os olhos enquanto eu me aproximava mais e mais dele. E não demorou muito para que eu acabasse dormindo, do meu jeito preferido: dentro dos braços de Shin.
Eu não sabia que um dia veria Shin levantar um pouco mais a voz até aquele momento. E deveria dizer que estava me divertindo muito vendo ele e sua mãe discutirem por ela estar puta da vida comigo e com ele. Quer dizer, daqui exatos seis meses, Shin e eu nos casariamos. E segundo Azami, minha amada madrinha, nós dois éramos irresponsáveis que não tinham planejado nada. A verdade é que nenhum de nós tinha exatamente tempo para isso, e não era como se quiséssemos uma festa exagerada! Mas lá estava minha madrinha dizendo que estávamos sendo dois idiotas, e lá estava meu namorado ficando tão vermelho de irritação quanto seus olhos, tentando dizer para a própria mãe que ela quem estava exagerando demais.
-Que almoço mais formidável. - zombei, apenas para receber um olhar de morte dos dois. E claro que isso só me fez rir.
-Esse é o problema de vocês, heróis profissionais. - minha madrinha resmungou, cruzando os braços e me olhando feio, de um jeito que costumava fazer eu me arrepiar todo quando era criança. -Nunca conseguem ver mais nada na vida que não seja esse trabalho maldito!
-Ai, que exagero. - falei com um sorriso, apoiando o rosto contra minha palma e o cotovelo na mesa. Minha madrinha revirou os olhos. -Seu filho é minha maior prioridade, pode ter certeza absoluta disso. E deixa meu padrinho escutar você dizer isso que ele surta.
Ela revirou os olhos para mim.
-Mãe, está tudo sobre controle. Não precisa ficar mais nervosa do que nós em relação ao casamento, sabia? - Shin falou arqueando uma sobrancelha e Azami apenas suspirou.
-Casamentos pra mim são complicados, você sabe disso. - ela disse e Shin apenas a olhou com compreensão. Quer dizer, a noiva dela tinha morrido no dia que elas deveriam se casar. Acho que até eu ficaria um pouco traumatizado com isso. -E eu quero que o de vocês seja bom, caramba! O que tem demais nisso? Eu sou mãe, vendo meu filho casar! E ainda com meu afilhado favorito! Se Atsuko estivesse aqui, ela diria o mesmo.
Eu dei risada, porque era verdade. Minha mãe era a pessoa mais emocionada de todas com aquele casamento. Se ela não estivesse trabalhando, provavelmente estaria ali enchendo o saco. Mas Yumi cumpriria aquele papel por ela quando chegasse para almoçarmos juntos, já que ela tinha vindo nos visitar e encher meu saco e o de Shin.
-Aí, mãe, você é terrível. - Shin disse, mas estava sorrindo. -Isso explica muito do motivo pra você aguentar o meu pai.
Ela engasgou com uma risada, e a forma como seus olhos vermelhos como os de Shin brilharam diziam o suficiente do quanto ela ainda era apaixonada, mesmo que anos tivessem se passado desde quando começaram a ter algo.
Eu abri a boca para dizer que Shin não era tão diferente assim dos pais quanto imaginava, mas fui interrompido por uma voz desconhecida bem ao nosso lado.
-Fuyuki! Eu sou muito sua fã! Tira uma foto comigo?
Não dava para dizer que não estava acostumado com coisas do tipo. No final das contas, eu era uma figura pública, um herói famoso e eu nem mesmo usava máscara. Meu nome de herói era meu próprio nome; o mundo inteiro sabia quem eu era, então já estava acostumado a ser parado na rua mesmo quando não estava agindo como super herói. Eu nunca tinha exatamente me incomodado com aquilo.
Mas isso foi até eu me virar e fitar os olhos azuis da garota parada na frente da nossa mesa. Era um tom que beirava ao azul gelo, deixando uma aparência quase que doentia em seu olhar. O sorriso que a mulher parada ali estava dando para nós não fazia com que a situação ficasse melhor, pois ela parecia ter acabado de encontrar um pote de ouro e estivesse prestes a usar para fazer coisas não muito boas.
E eu sabia quem ela era. Nos últimos seis meses, o rosto dela era tudo o que víamos nos relatórios mandados pelo polícia e pela nova comissão de heróis. Procurada internacionalmente pelos seus crimes, parada bem ali me olhando com o mais cruel divertimento, estava a maior terrorista dos últimos tempos. Ninguém conseguiu a prender, e muitos que tentaram acabaram morrendo no processo.
Então seria uma grande mentira se eu dissesse que não fiquei alarmado. Todos os músculos do meu corpo ficaram tensos enquanto eu abria um sorriso totalmente teatral para ela, entrando em qual fosse o seu jogo. Eu não estava sozinho ali; não podia arriscar minha vida como se não tivesse duas das pessoas mais importantes para mim parados logo na minha frente.
-Claro. - respondi de forma sutil enquanto me levantava. Eu precisava a distrair para que Shin e minha madrinha fossem embora daquele lugar. Porque eu sabia que aquilo jamais seria uma coincidência; aquela mulher era ardilosa demais para isso, e sua maior diversão era fazer os heróis profissionais jogarem seus jogos doentios.
Eu usei a língua de sinais vendo a expressão confusa no rosto de Shin. Ele me conhecia muito bem para deixar algo passar despercebido.
Um simples gesto que já dizia o suficiente: fuja.
Eu vi quando discretamente os dois se levantaram e começaram a recuar. Mas para a minha grande infelicidade, eu não fui o único a perceber isso.
-Ah, não, não! Eu também quero fotos com a família Bakugo! - ela riu, e eu deixei minha individualidade flutuar entre nós, pronto para atacar no mais simples movimento que ela fizesse. -É uma pena Dynamight não estar aqui pra ver o que fiz usando o mesmo princípio que a individualidade dele! Mas acho que vou me contentar só em perturbar você, Fuyuki.
Foi mais ou menos nesse momentos que as explosões começaram. E que minha vida virou completamente de cabeça para baixo.
Boa noite povo bonito! Tudo bem com vocês? Espero que sim!
Eu não vou comentar nada sobre esse capítulo, vou deixar as coisas ai no ar e vocês surtando pra descobrir o que vai rolar rs
Tentarei aproveitar o carnaval sem trabalho e sem faculdade pra atualizar a fanfic já que não consigo fazer isso em dias normais por falta de tempo :')
Prometo tentar ser ativa aqui com essa terceira parte, mas minha vida é muito corrida. Não desistam de mim!
Votem e comentem, isso ajuda demais e me deixa mais inspirada a continuar!
Espero que gostem <3
~Ana
Data: 17/02/23
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