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𖤍𖡼↷ 𝐅𝐈𝐕𝐄

CAOS

Eu não aguentava mais responder as perguntas dos policiais, ainda mais depois que recebi mais uma ameaça, apesar de ainda estar no hospital, uma mensagem clara que aquele desgraçado não iria me deixar em paz enquanto eu estivesse viva. O que, sendo sincera, me deixava bem apreensiva e me fazia desconfiar até mesmo da minha própria sombra. Mit não me deixou em paz um único segundo sequer, com mais medo do que eu mesma estava sentindo. Ele parecia realmente achar que ficar grudado em mim o tempo todo evitaria mais desgraças de acontecerem, mas a verdade é que era mais provável eu e ele acabarmos mortos do que de fato Mit servir para me salvar. Sem querer ser maldosa, apenas sou realista!

O que me deixava um tanto puta era o fato que virei notícia em todo o país, e agora tinham milhares de abutres querendo fazer entrevistas comigo. Claro, isso fez meu trabalho ter mais visibilidade, mas, honestamente, com o trauma gerado eu não sabia dizer se isso era algo bom ou algo ruim. Sendo bem sincera, tudo o que eu menos estava pensando no momento, era no meu próprio trabalho. Eu só conseguia pensar nas cicatrizes que tinham ficado no meu corpo e muito mais que isso, na minha alma. Mesmo estando no hospital, com Mit do meu lado e policiais na porta, eu não conseguia dormir. Não quando tinha constantemente pesadelos e qualquer barulho me assustava o suficiente ao ponto de eu ter um ataque de pânico no processo, com medo de voltar para aquele lugar.

Eu passei muito tempo da minha vida tentando não ter medo depois da guerra que aconteceu na nossa sociedade cheia de vilões e heróis quando eu tinha quinze anos. O fato de que eu quase morri nessa guerra não ajudava nada. Mas agora parecia que as coisas estavam ainda piores, e medo era tudo o que eu mais conseguia sentir naquele momento.

E eu odiava sentir medo, porque me sentia patética com isso, apesar de ser um sentimento normal, aceitável, e que todos já tinham sentido pelo menos uma vez na vida. Mas eu jamais abaixaria a cabeça para o que tinha acontecido, e meus dedos estavam coçando para fazer uma publicação cruel que certamente só me prejudicaria ainda mais. Claro que o delegado tinha sugerido que eu desse um tempo no blog, pelo menos até o babaca que fez o que fez comigo ser pego pela polícia, dizendo que era melhor não colocar minha vida em risco dessa forma mais uma vez.

-Você precisa comer alguma coisa, Azami. - Mit disse pelo que pareceu a vigésima vez, empurrando a bandeja com o almoço na minha direção, mas eu apenas torci o nariz. E não por ser comida de hospital, mas sim porque eu não tinha vontade nenhuma de comer algo. Tudo que eu colocava na boca tinha gosto de terra. A psicóloga dizia que era normal, que os sentimento que eu estava tendo eram uma consequência do trauma. Bem, eu apenas não queria que ela ficasse vindo no meu quarto falar comigo, mas não é como se eu tivesse muita escolha. -É sério, Azami.

-Se tá tão incomodando, come você, inferno! - falei irritada, querendo dar um socão em Mit. Sim, eu entendo que ele só estava preocupado comigo, mas essa preocupação toda me incomodava, porque me fazia perceber o quanto eu estava na merda. Me fazia cair na realidade de tudo o que tinha acontecido comigo, o que só servia para me deixar péssima. E acho que Mit se deu conta disso, pois não insistiu em mais nada e permaneceu em silêncio por um tempo, apenas me olhando como se não soubesse exatamente o que fazer.

Bem, eu não podia o julgar. Na situação dele, eu também não saberia o que fazer. Se meu melhor amigo tivesse sido sequestrado, machucado e passado tanto tempo desaparecido, eu ficaria definitivamente perdida. E seria ainda pior encontrar ele na situação que eu estava agora, então eu entendia o desespero de Mit e a culpa que ele certamente estava sentindo por ter se atrasado naquele dia. Era claro como a luz do dia que ele não parava de pensar que nada disso teria acontecido se ele não tivesse se atrasado, mas aquilo não era culpa de Mit. Era culpa daquele infeliz, que deveria pagar caro por tudo o que tinha me feito.

Batidas na porta desviaram meus pensamentos completamente, e mesmo sabendo que deveria ser apenas um médico ou enfermeira, ainda assim meu coração acelerou e fiquei nervosa. Não era algo que eu conseguia evitar; sabia que ali ninguém me faria nenhum mal, mas, ainda assim... Bem, era um tanto desesperador do mesmo jeito. Eu não conseguia esquecer tudo o que tinha acontecido e, provavelmente, ainda demoraria muito, muito tempo para conseguir deixar de lado aquela história.

Mas quem entrou foi o delegado e, ao lado dele, parecendo totalmente infeliz e miserável, estava Dynamight. Eu não fiz questão de esconder minha carranca e torci o nariz para o herói profissional que parou na frente da minha cama, sem seu uniforme de super herói, mas com a mesma cara de cú que sempre estava. Mit até mesmo se ajeitou melhor na cadeira só porque tinha um super herói idiota ali, e eu quis atirar uma almofada na cara dele e o mandar parar de ser tão imbecil. Sim, eu sei que quem salvou minha vida e agiu rápido o suficiente para me tirar de vida daquele lugar onde eu estava foi ele, mas isso não fazia eu magicamente passar a gostar de Katsuki Bakugo. Pra mim ele sempre seria aquele herói babaca e impulsivo que definitivamente não merecia nem meu respeito e menos ainda minha atenção. Ele não tinha feito mais que a obrigação e trabalho dele em me salvar, então, não, eu não precisava ser eternamente grata a ele por isso ao ponto de mudar minha opinião já formada há muito tempo por ele. Por isso, apenas cruzei os braços, deixando ainda mais claro que aquela visita não me deixava nem um pouco feliz.

-Boa tarde, senhorita Nakamura. - o delegado disse e eu apenas o encarei, pois sabia que se ele estava ali, alguma merda tinha acontecido.

-O que aconteceu dessa vez? -falei com um suspiro, já muito cansada daquela história toda. Dynamight deu um sorriso puramente sarcástico para mim.

-Tinha um presente bem desagradável no seu apartamento esperando você chegar em casa. Sua sorte é que seus vizinhos acharam estranho e chamaram a polícia, caso contrário, você teria sido explodida junto com sua casa. - sim, esse filha da puta soltou essa informação desse jeito totalmente deselegante e fazendo eu sentir como se tivesse tomado um soco no estômago. Claro que eu sabia que a perseguição demoraria a acabar, mas achei que estaria segura em algum lugar, o que claramente eu não estava se o desgraçado sabia até onde eu morava!

O delegado lançou um olhar mortal para o herói profissional que fingiu não perceber ou só não ligou. Claramente não era assim que pessoas deviam ser tratadas, mas Dynamight lá sabia como tratar os outros? Claramente não! E agora, Mit estava a beira de um colapso, não que eu esteja muito diferente, mas tanto faz.

-A situação é pior do que imaginávamos. - disse o delegado, tentando contornar a situação. Eu apertei os lençóis da cama com tanta força que os nós dos meus dedos ficaram doendo.

-Está me dizendo que são incompetentes demais pra prender um bostinha do caralho desses, sério? E que agora eu vou ficar a mercê desse cara, sem poder sequer sair na rua sem medo de morrer? Uau, eu sempre soube que heróis não serviam pra nada, agora eu tenho certeza absoluta. - falei com tanta irritação que Mit só pareceu ter ainda mais vontade de desaparecer, parecendo prestes a pular pela janela do hospital.

-Escuta aqui, sua extra maldita...- Dynamight começou, mas o delegado empurrou o herói profissional para o lado, tentando amenizar a situação que claramente estava caótica já que tanto eu quanto Katsuki Bakugo estávamos espulmando de ódio naquele exato momento. Se era ódio pela situação ou um pelo outro, não sabia dizer.

-Entendo como a senhorita está se sentindo, mas garanto que nossa melhor equipe está trabalhando no caso e estamos fazendo de tudo para o pegar o mais rápido possível. - o delegado disso e eu apenas dei risada.

-Isso deveria fazer eu me sentir melhor, sério? O que eu devo fazer, sentar e esperar ele me achar e me matar? Isso parece incrível! - falei cheia de sarcasmo. Dynamight abriu um sorriso maldoso para mim, parecendo bem perto de voar na minha garganta, mas ele que vá se foder!

-Se você deixar ele explicar, sua imbecil, vai saber quais atitudes vamos tomar a respeito, porra. - Dynamight disse. Isso só serviu para me deixar ainda mais puta.

-Sabe, é exatamente por isso que sua taxa de aprovação da sociedade é extremamente baixa. Você é um merdinha completo. - falei dando risada apenas para o irritar, o que definitivamente deu certo, pois ele respirou fundo para não me explodir.

-Nós decidimos que você vai ter um acompanhante vinte e quatro horas por dia, e vai morar temporariamente em um local seguro. - o delegado disse antes que eu ou Dynamight pudéssemos continuar com aquela discussão que certamente jamais iria acabar.

Por um instante, apenas fiquei quieta e franzi o cenho, tentando processar a informação. Dizer acompanhante era uma forma amena de dizer que eu teria que ter alguém me vigiando durante todo esse período e, puta que pariu, só pode ser zoeira com minha cara! O babaca além de acabar com meu psicológico e deixar marcas eternas na minha vida ainda me deixa em uma situação como essas, onde sequer tenho direito a minha própria liberdade.

Só pode ser brincadeira.

-Designamos um super herói para ficar com você durante esse período até que tenhamos prendido o suspeito. - o delegado concluiu, parecendo aliviado por ter conseguido terminar. Mas eu apenas cruzei os braços, o fitando seriamente.

-E quem vai ser esse herói?

Dynamight riu com deboche, e pela cara de cú que ele estava naquele momento...

-Não. - falei assim que entendi exatamente do que aquilo se tratava e porque ele estava ali. -Nem fodendo.

-Acredite, eu estou tão empolgado quanto você! - ele disse com um sorriso sarcástico para mim. -Sua mal agradecida do caralho!

-Eu não vou ficar com esse imbecil. Sinto muito, mas eu já nem gosto de heróis, e você me coloca logo com ele?

Sim, eu estava indignadissima.

-Ele é um dos cinco melhores heróis do país. Não tem pessoa melhor para cuidar da sua segurança, senhorita Nakamura, e Dynamight aceitou o trabalho. - o delegado disse de forma delicada, como se temesse que eu surtasse. Bem, eu já estava surtando.

-Eu já me arrependi de ter aceitado. - Dynamight, o maldito desgraçado, retrucou, me encarando. Ergui o dedo do meio para ele, o lançando meu melhor sorriso debochado. Não que o tenha afetado.

-O dinheiro deve ter sido bom! Vocês só trabalham pelo dinheiro. - alfinetei. Ele apenas me devolveu o dedo do meio.

-Isso foi um erro. - o delegado murmurou para si mesmo, mas, claro, com minha individualidade, não foi difícil escutar.

-Sim, um grande erro.- retruquei.

E percebi que minha vida tinha acabado de ficar mil vezes pior.

Mais um cap pra compensar o tempo sumida! Não tive tempo de revisar, se verem algum erro, me avisem please :)

Azami e Bakugo brigando e se odiando sem nem se conhecerem
é minha religião

Espero que gostem!
~Ana

Data: 06/12/22

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