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O Jantar


    O convite chegou através do correio, a princípio não reparei nele, Anthony que pegou as correspondências e jogou na mesinha de centro da sala, minha rotina seria o que chamamos de “extremamente corrida”, pelo menos Anthony se referia a ela desta forma, sarcasticamente é claro, meu dia começava às 8hrs da manhã, fazia meus alongamentos, umas 10 flexões, 10 abdominais, e 30 agachamentos, mantinha a ilusão de que isso me deixava saudável, porém quando não tinha tempo de almoçar atacava um Big Mac sem dó.  Após esse início eu acordava o dorminhoco do quarto ao lado, os despertadores não funcionavam com ele. Todos acordados, eu preparava o café da manhã, um expresso me ajudava a encarar o dia, seguido por torradas e as vezes ovos com bacon, descia para a garagem e pegava meu carro, um lindíssimo Ford Crown Victoria 98 segunda geração, os famosos carros da polícia de Nova Iorque, Anthony tirava sarro de mim por causa desse modelo, achava antiquado, por outro lado ele possuía um Camaro 69, dava meu braço a torcer, é um belo carro também. Meu horário de chegar ao Banco é  às 10hrs da manhã, meu trabalho é simples, tomo conta de tudo no que se refere aos problemas dos clientes, e dos próprios funcionários, com o tempo qualquer um pega o jeito, eu passava 7 horas lá dentro, e dando o meu horário de saída geralmente meu rumo era para alguma esquina aonde encontrava certas beldades me esperando para sair e tornar minha noite mais alegre, tudo graças ao meu charme e ao telefone celular que se popularizou muito nesses últimos anos, sempre que tinha uma folguinha no trabalho acabava ligando para elas.
    22hrs era dado como toque de recolher, precisava voltar para casa e descansar para o outro dia, sempre ao chegar em casa me deparava com Anthony jogado no sofá assistindo àqueles programas de Quiz, não sei de onde vinha tanto interesse naquilo, pelo menos ele preparava o jantar então não me sentia no direito de opinar sobre seus gostos. Jantei, tomei banho e dormi. No dia seguinte, o que eu acredito ter sido ontem, acordei e fiz minha rotina como de praxe, logo Anthony me chamou a atenção para o convite que teria chegado na manhã anterior, parei tudo e fui ler, de cara vi que era de extremo requinte e provavelmente exclusivo, Anthony olhou por cima de meus ombros e sem perder tempo já começou a fazer o que fazia de melhor, falar!
    – Caramba!! Que convite chique hem! – Logo nesse primeiro “caramba” eu já me assustei, ele tinha que ter falado tão alto perto do meu ouvido? Moleque sem jeito.
    – Pra você ver, e olha, é daquele restaurante novo que inaugurou mês passado.
    – Aquele que os pratos custam o olho da cara?
    – Ele mesmo!
    – Que sortudo você, é de alguma namoradinha, hum?
    – Parece minha tia falando! Não, não é de nenhuma das minhas “namoradinhas”, aqui não diz quem me convidou, só diz que estou convidado.
    – Será que não é daquele velho bilionário que você salvou no cruzeiro??
    – Para de ser louco Anthony, aquele velho morreu a uns 2 anos.
    – Então nem faço ideia de quem possa ser.
    – Muito menos eu, estranho...
    – Você vai?
    – Tudo isso me soa muito estranho, entretanto, essa talvez seja a minha única oportunidade de comer lá, por isso eu vou!
    – Ótimo, vê se traz uma marmita pra mim com a comida de lá. – Ele falou dando risada, mas parecia ser sério.
    – Ahhh sério, acha mesmo que vou passar esse vexame só para trazer comida pra você? Acho que lá eles nem tem um recipiente de colocar comida para a viagem.
    – Mesquinho, não custa nada perguntar. – Ele já dava de ombros, não gostou da minha resposta.
    – Será amanhã às 20hrs, preciso desmarcar meu encontro com a Rebecca!!
    – Rebecca? Nome feio. Hahaha!
    – Se eu fosse você nem dava risada, qual foi a última vez que saiu com uma mulher?
    – Nem vem Steve, você tem tempo, eu trabalho igual um cavalo naquele escritório de arquitetura e espero por uma promoção que parece nunca chegar, é de casa para o trabalho e do trabalho para casa.
    – Desculpas, é só isso que você tem? – Me divirto caçoando dele e ele de mim.
    – Vai trabalhar Steve, deixa de papo furado!
    – Se for bonzinho até amanhã eu penso em pedir a marmita.
    – Cai fora daqui Steve, vá dirigindo aquela viatura ultrapassada até o Banco.
    – Já não vou mais pegar a marmita hem.
    – Um ótimo dia para você senhor Steve. Agora vaza!

    Fui trabalhar, na verdade nem estava pensando muito neste jantar, tinha muito trabalho a fazer. Assim que coloquei meu crachá uma onda de clientes excêntricos e irritantes surgiu no Banco, todos nós funcionários ficamos espantados, mas apesar de tudo não seria novidade, como é final de ano os clientes brotam nos Bancos em busca de empréstimos ou querendo realizar grandes retiradas em dinheiro da conta, começam a se preparar para o Dia de Ação de Graças, o Natal e Ano Novo, muitos se programam antes pois sabem que nessas datas os Bancos fecham, quanto mais próximo dos feriados mais cheio fica.
    Saí de lá muito cansado e com uma enorme dor de cabeça, essa época não é fácil, o cansaço era tão grande que fui direto para casa, esquecendo até mesmo de avisar uma moça que iria me esperar no lugar de sempre, acabei confundindo com o dia seguinte, dia do jantar. Mais tarde naquela noite, muito provavelmente ontem, ela ligou me xingando por tê-la deixada plantada igual uma idiota, nem tentei me defender, a culpa foi minha, me deitei e fui descansar para o dia seguinte, mais uma enxurrada de clientes iria aparecer e aconteceria tudo outra vez. Por fim nem jantei a comida que Anthony preparou.
    Na manhã seguinte, acordei no pulo e morrendo de fome, fui até a cozinha e encontrei um bilhete na porta da geladeira, Anthony havia deixado para mim.

    “ Fiz um prato para você, sei que vai preferir comer a comida de ontem. Saí mais cedo por causa daquela reunião na empresa sobre o planejamento da reforma na ala norte do Central Park. Não se esqueça de pegar minha marmita no restaurante.
    PS: Deseje-me sorte! “

    O moleque tem talento, só precisa de uma oportunidade, é muito atencioso e responsável.
    Esquentei o prato de comida no micro-ondas, comi as pressas e fui trabalhar. O dia foi tão desastroso quanto pensei, já desconfiava que sairia um pouco mais tarde, então por precaução levei uma troca de roupa para usar no restaurante, minha melhor roupa.
    Fui até o lugar, nunca tinha passado nem perto antes, uma construção linda que lembrava um coliseu, a empolgação tomou conta, na entrada apresentei o convite e um educado garçom me guiou para a mesa, uma mesa meio afastada do centro, achei ótimo, privacidade. O garçom me trouxe o Menu, me fez algumas recomendações do que comer e beber, finalizei o pedido, quando ele já ia partindo, o interrompi e perguntei:
    – Garçom, por favor!
    – Pois não senhor!? Deseja acrescentar algo mais ao pedido?
    – Não, obrigado! Eu gostaria de saber porque estou sentado à mesa sozinho, e de onde veio o convite?
    – Sinto lhe informar senhor, mas não tenho essa informação!
    – Certo, obrigado!
    Comecei a murmurar sozinho, os questionamentos não paravam de vir a minha cabeça, bem lá no fundo uma voz me dizia que algo sórdido poderia acontecer, infelizmente a voz não me alcançou, e mesmo sendo muito suspeito, comi e bebi como se não houvesse um amanhã, e o amanhã seria sábado, então sem problemas. Leigo engano. No fim da janta olhei para mesa e quase nada tinha sobrado, juntei coragem e pedi ao garçom que fizesse uma marmita para que eu levasse, minhas orelhas queimavam de vergonha, mas Anthony merecia. O garçom rapidamente providenciou, pedi que mandasse meus cumprimentos ao Chef e a quem quer que fosse a pessoa que me convidou.
    Peguei minha marmita e saí do restaurante, a última coisa da qual me lembro, sou eu entrando no carro, e de repente, acordei aqui.
    Triste, agora que já revisei esses momentos da minha vida só posso espera a morte? Na verdade, eu posso voltar mais longe nessa retrospectiva, relembrar minha infância, assim acalmo essa angustia no peito. Farei assim então...Por onde começo?

    – SOCORROO!! Que isso, alguém me desamarre, o que está acontecendo!?
   
    Merda, que susto! O que é isso? Uma mulher gritando? E está do meu lado, mas não consigo falar por causa da mordaça, e agora, o que eu faço?

    – SOCORROO!!

    Preciso me mover logo. Espere, meus pés não estão amarrados, tenho que levantar. O problema é que ainda estou sem forças e sem ver nada, enxergar ajudaria bastante agora! E se eu colocasse meu rosto entre os joelhos e tentasse puxar o saco da minha cabeça? Preciso tentar.

    – SOCORROO!! Alguém me tira daqui!!

    Quase lá, só mais um pouco e...consegui....!! Droga, o que é isso? Quem são essas pessoas no chão?

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