11. Fuga da realidade
Desculpem-me pela demora. Tomei uma queda que me fez beijar bem gostoso o asfalto e perder até meu óculos. Além disso, fiquei gripada. Mas estou melhor ;)
Seus sentidos estavam aguçados o máximo possível. Observava, escutava e analisava tudo à sua volta. Seguiu o conselho de Jeon e ficou mais esperta em relação ao Johnny. Dois dias se passaram depois daquela noite, e o loiro ainda demonstrava aborrecimento em relação à permissão da brasileira em conversar com o moreno acusado de expor fotos íntimas da mesma.
Tracy estava em sua companhia no recreio e ambas jogaram conversa fora e isso resultou numa insegurança para a S/N, enquanto analisava os fatos da sua vida em relação a Jungkook. Percebeu que ele sempre fez de tudo para protegê-la, mesmo nas vezes que arriscou sua vida, e ela ainda não retribuiu. Sente que tem essa grande dívida com o moreno.
Viu de longe o rapaz com aquela que ainda não lhe descia bem, o ciúmes era grande que tinha que contar de um até cem ou duzentos para se acalmar. Tudo ficava mais difícil quando Moly percebia as encaradas e passava a mão nos braços do outro, tentando ser a mais inocente possível. Se perguntou por um segundo se JK estava gostando daquele toque, entretanto recordou das palavras carregadas de desejo e sinceridade daquela noite.
— Ela só quer te provocar. — Sua amiga cutucou o ombro da jovem, a fazendo desviar o olhar. — Olha, de todos os paqueras que você já teve, o Jungkook é o que mais se demonstrou ser fiel e apaixonado.
— Eu sei.
Ela estava realmente ciente disso e por isso ainda achava que não tinha feito o suficiente para ele. Jungkook merecia o mundo. Merecia suas palavras mais carinhosas e a proteção total.
Passando pela arquibancada, Namjoon devorava um sanduíche, indo em direção a JK. S/N o avistou e logo se despediu de sua amiga e foi rumo ao platinado antes dele chegar em seu amigo. O grito do rapaz foi alto quando a garota o puxou para qualquer canto.
— Meu Deus, não faz isso, S/N. Que susto. — Colocou a mão no peito, respirando profundamente.
— Preciso de uns conselhos e ideias.
— Deixa eu adivinhar. Isso envolve o Jungkook. — Um sorriso de orelha a orelha foi a confirmação. — Ok, tenho muitas coisas em mente. Mas, umas podem ser…perigosas e românticas demais.
— Estou escutando.
Os lábios se esticaram num sorriso travesso e o platinado estava pronto para colocar seus fetiches e fantasias na mesa para deixar seus amigos terem a oportunidade de, talvez, vivenciar.
[✿]
O moreno era puxado pela brasileira que estava com os nervos à flor da pele e as mãos suava com a ansiedade. A adrenalina era inevitável e em quase todas as ideias do Namjoon envolvia isso. O rapaz tinha uma personalidade de outro mundo. Seu foco era viver o máximo que podia a cada dia, deixando as consequências para depois.
Lanchas, aparentemente, bem caras estavam estacionadas no mar ao lado da ponte de madeira que era o caminho para algumas residências luxuosas. Jeon estava com as sobrancelhas franzidas, tentando distinguir o que eles iriam fazer ali.
Mais a frente, Nam conversava com um homem com idade avançada.
— O que ele tá fazendo aqui? O que tá acontecendo? — Questionamentos que não poderiam ser respondidos no momento.
S/N o guiou para trás de uma das maravilhas aquáticas próxima a seu amigo, se abaixando e ficando o mais quietos possível.
— Claro, acha que não dou conta? — O platinado mexeu sensualmente nos fios sedosos. — Qual é, Max, seu filho não iria ficar tristinho.
— Eu não vou deixar isso na mão de qualquer ficante de meu filho. — Respondeu o mais velho com seu timbre rouco.
— "Qualquer ficante"? Assim você me ofende. Posso te mostrar que esse "qualquer ficante" não brinca em serviço. — Tal fala deixou o casal boquiaberto enquanto ainda se mantinham escondidos. — Olha, você me dá a chave para essa belezura e daqui a duas ou três horas eu te devolvo.
— Sinto muito, mas…
— Senhor Max, acho que você está precisando relaxar, sabe? Vem cá. — Entrelaçou os braços e juntou os corpos. — E se a gente for beber um capuccino? Bem legal, né? — Ambos começaram a caminhar, com o mais velho ainda desconfiado e hesitante.
Em silêncio, Max não percebeu a presença do casal que se escondia. Namjoon começou a tagarelar e, com isso, resultou na distração do dono da lancha, logo sorrateiramente o platinado pegou a chave do bolso traseiro da calça folgada do homem e continuou a andar.
— Não me diga que…
Jungkook não conseguiu completar sua frase, pois conseguiu sua resposta assim que seu melhor amigo olhou de relance para trás e indicou um canto para S/N.
— Meu Deus, isso é um gafanhoto? — Se agachou rapidamente, colocando o objeto no chão e o escondeu por baixo da sola de seu sapato. — Acho que não. — Sorriu forçadamente para o mais velho. — Max, quer saber por quê seu filho e eu não demos certo? Ele é um babaca mimado. Como pôde mimar o garoto tanto assim?
— Isso admito que falhei, mas ser pai único é complicado.
— Por isso que nos tornamos bons amigos, hum? Gosto de homens responsáveis. — Passou o braço pelo ombro do rapaz, arrancando uma risada sem graça do mesmo.
— Namjoon, eu não sou gay.
— Já experimentou?
— Por Deus. Você precisa de juízo, isso sim.
O Kim guiou o de fios grisalhos para fora do caminho da ponte de madeira, acelerando o passo o mais rápido possível para que ele não percebesse quando a brasileira tropeçou no próprio cadarço ao sair do esconderijo e faz um barulho com seu tombo.
— Vai chover. Olha o céu como está. Uma piscina na chuva seria ótimo. E se a gente for na sua casa? Quero admirar aquela vista do mar de novo. — Foi rápido em tomar novamente a atenção de Max.
O que estava fora do plano, ainda escondido, observou e escutou tudo com a mão tampando sua boca, surpreso. S/N retornou com os lábios prensados um no outro e suspirou fundo ao se sentar novamente no esconderijo.
— Surpresa.
— Como assim?
— Tá afim de dar um passeio de lancha?
Ele não estava acreditando, mas ela entrou nos planos malucos de Namjoon por ele. Aquele sorriso bobo tomou seu rosto e a garota o puxou gargalhando até o barco, onde ambos adentraram cambaleando e admiraram por alguns segundos.
— Você sabe dirigir.
— Claro, é igual brincar de carrinho bate-bate, mas sem bater, de acordo com o Nam.
— Você ainda confia nas maluquices que ele diz. — Esfregou as têmporas, negando com a cabeça. — Princesa, vamos para outro lugar. Isso é perigoso. Estamos, literalmente, roubando.
— Estamos pegando emprestado. Não vou jogar o sacrifício de meu amigo no lixo. Vem cá, pode confiar em mim. Vai ser um bom passeio.
Com dificuldade, ela encaixou a chave no lugar correto, a girando e o motor fez o típico barulho. E, depois de analisar a marcha e o volante, fez a lancha deslizar pela água.
— Vai com calma. — O moreno se aproximou por trás da mesma na cabine de comando.
— É fácil.
A virada que a lancha fez foi a resposta contrária de sua fala, o que resultou num sorrisinho tímido.
— Deixa comigo.
Jungkook tomou a frente.
Não foi surpresa ver que o mesmo conseguiu pilotar como se já tivesse feito isso antes.
[✿]
Todo caos parecia ter dado um tempo ao casal. O mar estava tranquilo, as ondas dançavam suavemente. O sol aos poucos sumia para dar lugar às nuvens pesadas e cinzas. Eles finalmente tiveram paz, fugiram um pouco da realidade.
Dois degraus para baixo dava para uma mini cabine, com apenas uma cama e um pequeno banheiro e era ali que os dois estavam, fazendo carícias um no outro. Jungkook tentava colocar sua mente no momento romântico que estavam, mas estava com tanta saudade que se controlava para não arrancar toda aquela roupa desnecessária. Além de que, o receio tomava conta pelo que a garota passara ao ter seu corpo exposto.
— Nesses últimos dias, fiquei atento em relação a Moly. Ela me disse que o Johnny é seu melhor amigo e percebi suas segundas intenções em relação a mim. — Afundou os dedos na lateral da cabeça da garota, o que a fez arrepiar instantaneamente. — Talvez ambos estejam envolvidos.
— Hum. O outro não demonstrou suspeitas, mas acredito nessa teoria também. — Fez movimentos abstratos com seu indicador pelo braço coberto pela camisa preta de mangas compridas e gola alta do rapaz.
— Namjoon criou várias situações na cabeça sobre o que poderia ter acontecido. Número um: nos embebedamos a ponto de não se lembrar de nada, fizemos aquilo no quarto da Moly e alguém tirou aquelas fotos para me acusar e causar nossa separação. Número dois: nos embebedamos, batemos a cabeça um no outro na hora do ato e alguém tirou as fotos. — Ambos gargalharam antes do rapaz continuar: — Número três: o Johnny pode ter mandado a Moly me deixar tão fora de mim e arrumar a situação para me acusar. Número quatro: os dois colocaram algo na nossa bebida e quando estávamos inconscientes, tiraram aquelas fotos. Número cinco: um fanático e psicopata queria fazer parte da nossa relação, assim nos juntou e tirou nossas fotos para se fantasiar depois.
— O Namjoon é doido. — Mesmo sorrindo, sentiu um calafrio pelo conjunto de opiniões sintetizadas. — Mas algumas fazem sentido.
— A número quatro é a que mais se encaixa. Como não pensei nisso antes? — Seu corpo foi todo para um lado, ficando frente a frente da S/N. — Poderíamos procurar saber também de alguns que estavam na festa.
— Sim. — Acenou com a cabeça, analisando os traços marcantes da face do maior, principalmente o desenho de sua boca. Parecia que tinha passado uma eternidade desde a última vez que o admirou naquela forma.
— Mais tarde.
— Mais tarde. — O polegar passou pela maçã do rosto, levemente áspero por conta da barba feita. — Mais tarde. — Repetiu num sussurro, engolindo em seco quando se aproximou e deixou uma distância de centímetros dos lábios um do outro.
Jungkook lutou pela tentação, mesmo quando ela demonstrou que queria aquilo com o olhar e os toques maliciosos e suaves pelo seu braço e abdômen. O olhar intenso e cauteloso, a respiração lutando para se manter estável, contudo aquele desejo o deixou sedento num nível que nem pensava em se era o local apropriado ou se tinha um preservativo no momento.
— Tô com saudades, JK. — Foi o cúmulo.
Jeon agarrou a nuca da garota e prensou suas bocas sem delicadeza, tomado pela vontade insaciável de tê-la só para si. S/N retribuiu na mesma intensidade, passando uma de suas pernas por cima da cintura do maior que foi apertada por uma das mãos enormes do moreno. Ela gemeu com o toque. Aquele som. Mal sabia o que isso causava no garoto.
O tesão o deixou indelicado e a brasileira não reclamou. Era satisfatório e excitante ver o quanto ele estava sedento por cada parte de seu corpo.
Mordiscou, deixando marcas em seguida no busto exposto após as peças de cima serem retiradas. Arqueou as costas, sentindo aqueles lábios agir da maneira que quisesse em seus seios.
— São lindos, meu amor. — Murmurou, chupando com mais força cada um dos mamilos sensíveis.
Não se demorou na sensação que era ter aquela pele macia em sua boca, tinha mais regiões para marcar. Retirou o short e a calcinha de uma vez, deixando a garota sem ar ao ver seu olhar faminto. Sem desviar os olhos dos dela, Jeon retirou a camisa que já se encontrava levemente úmida por conta do suor que molhava sua pele quente.
As gotas de chuva caíram forte na lancha, batendo contra o teto de vidro que cobria aquele pequeno quarto improvisado. O vento gélido que adentrou fez os corpos se arrepiarem e ambos suspiraram ao se analisarem maliciosamente.
Com os dentes se arrastando contra o lábio inferior, S/N fez menção de se aproximar, mas Jeon foi mais rápido e a puxou pelas pernas, as deixando em seus ombros e abocanhou sua intimidade molhada pela excitação. Como ele sentiu saudade do gosto dela. Passeava a língua por toda a vulva num ritmo intenso e lento, sugando os lábios vaginais e o clitóris inchado e sensível. Um grito carregado de tesão saiu bem do fundo da garganta da menina que se contorcia a cada sucção e apertos em sua pele causados pelas mãos ásperas do moreno.
Dois dedos se afundam completamente para dentro da S/N. Os olhos se reviraram em extremo prazer e o lençol foi puxado com força, desforrando parte da cama. Jeon subiu para atacar sua boca num beijo feroz e lento, sem cessar os movimentos com os dedos que passaram a se movimentar com mais intensidade. Assistir a mulher que ama chegar ao limite de seu prazer com apenas aqueles toques o deixou tão satisfeito. Sorriu de lado e mordeu o lábio inferior com tanta força que sentiu levemente o gosto metálico do sangue.
Não esperou que a mesma se recuperasse, adiantou em retirar suas peças finais e a virou de bruços, admirando a pele macia, lisa e enfeitada com algumas estrias de sua bunda. Adorava cada traço que circundava suas nádegas, eram lindas demais.
— Você racha de tão gostosa, garota. — Disse num tom rouco e arrastado, desferindo um tapa na pele da outra que empinou em reação. — Você me deixa louco. — Aquele sorriso safado surgiu na face da estrangeira.
A cintura foi agarrada e puxada, deixando as pernas para fora do colchão e a bunda ficou bastante empinada, dando a visão completa de sua região íntima para o moreno. A mão do braço tatuado mergulhou nos fios de cabelo da nuca, virando de leve sua cabeça e roçou os lábios finos pela orelha alheia, arrepiando toda extensão de seu corpo.
A penetrou com cuidado, sentindo como ela o apertava e estava quente por sua volta, logo revirou os olhos e imaginou que poderia chorar de tanto prazer que sentia. Aquela delicadeza não durou muito, pois começou a movimentar o quadril de maneira ágil e com força, fazendo a cama ranger. Não podemos culpá-lo. S/N nem pensava nisso. Estava sendo uma das melhores transas que eles estavam tendo. A forma como ambos se entregam por inteiro é inexplicável.
A tarde chuvosa passou quente entre os dois. O suor se misturava, as peles deslizavam uma na outra e os lençóis estavam um caos pelo chão.
— Você é minha. — Arfou com o rosto na curvatura do pescoço da mais nova. — E eu sou seu.
S/N acenou freneticamente com a cabeça, extasiada com a sensação. Não sentia suas pernas. Sua barriga se encontrava melada pela porra do seu garoto e as respirações ofegantes. Jeon deitou ao seu lado, com as mãos entrelaçadas e ficaram assim por um momento, encarando um ao outro.
— Vou agradecer de joelhos ao Nam mais tarde. — Minutos depois ela conseguiu dizer. — Esse "pegar emprestado" valeu a pena. — Fez aspas com os dedos, rindo de orelha a orelha.
— Senti sua falta.
— Eu também te amo, JK.
[✿]
Depois daquela, totalmente, conciliação, ambos utilizaram o banheiro pequeno para se limpar, arrumar do jeito que dava o quarto e retornaram à cabine de comando para retornar ao local onde a lancha estava antes estacionada. O casal engoliu em seco ao avistar o dono daquele espetacular transporte com os braços cruzados e o semblante furioso. Namjoon estava ao lado com um sorriso forçado e seus fios estavam úmidos pela chuva.
— Eu pago com as consequências. Você não já foi jovem não, Max? Poupe-me de sua velhice. — Bufou e revirou os olhos, cutucando o velho amigo
Nam espirrou em seguida.
— Parece que também não tem noção. Como pôde me deixar dar um mergulho naquela piscina com a água gelada do cão em pleno clima de chuva?
Finalmente os pombinhos estão começando a ter noção do que aconteceu na festa.
Namjoon pode ser doido, mas é um doido que todo mundo iria querer como amigo, né!
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Beeeeeeeijo ♡
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