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2 • Say hello to my Hope World☀️


Por mclarah

Era ele. Tinha que ser ele. Era o que Namjoon pensava enquanto corria entre as pessoas, desviando de guarda-chuvas, atravessando perigosamente vias movimentadas. As pessoas eram indiferentes a ele, não deixando sua rotina individualista se alterar nem em um centímetro, mesmo que já tivesse esbarrado em algumas delas na sua busca pelo garoto dos seus sonhos.

Não era possível que só ele conseguia enxergar aquele ponto luminoso na imensidão o cinza de Black&White. Na sua opinião, aquela pessoa deveria se tornar um evento e todos deveriam parar só para apreciar aquilo que ele mal conseguia formular em palavras, mas aquilo era tão intenso que não teve escolha senão correr, literalmente, atrás do garoto.

Sua respiração estava pesada e seu casaco já estava ensopado pela chuva incessante, mas agora ele também era incansável, ignorando os pingos de chuva sob o corpo e o cansaço que abatia as pernas, pois ele precisava encontrar aquele garoto que tinha que explica-lo o que era tudo aquilo que só os seus olhos, aparentemente, conseguiam ver.

O que era aquela aurea que envolvia o garoto e que, mesmo a metros de distância, um feixe de luz o acompanhava, fazendo-o ser visto?

O garoto brilhoso atravessou uma, duas, três ruas, cruzou algumas esquinas até que Namjoon perdeu-o de vista. O sinal se abriu para os carros, fechando seu caminho, antes de separá-lo do feixe de luz, da sua esperança em entender o que  ele sentia sobre as tais cores, mesmo que não que fizesse ideia do que elas realmente eram. O que ele sabia é que as cores eram um sentimento que, ao mesmo tempo que o incomodava, paradoxalmente, deixava-o feliz.

Parou com as mãos sobre os joelhos, esgotado, vendo a excitação se tornar cansaço, passando a questionar a própria sanidade. Azul, cores, sentimentos, eu devo estar ficando maluco, pensava Namjoon enquanto voltava todo o longo percurso que havia corrido atrás do que poderia ser só uma reprodução da sua mente. Mas se assim fosse, porque parecia tão real? E por que aquela imagem despontando da população de Black&White fez com que ele sentisse algo além da monotonia que cercava esse mundo sem graça?

Ao passo que sua respiração se normalizou, sua expressão tensa de antes foi substituída por um sorriso quase permanente ao lembrar, no caminho de volta à cafeteria, do clarão digno de sonho. Quando passou pela porta e ouviu o tintilar do sino, avistou o amigo sentado na mesma cadeira e sentiu como se tivesse tido um deja vú.

— O que aconteceu? Enlouqueceu, só pode... Saiu daqui desesperado e agora volta todo sorridente, até parece que viu um passarinho verde... — Yoongi perguntou quando Namjoon tornou a ocupar a cadeira onde estava sentado há alguns minutos só para ter outro insight. Seus olhos se arregalaram, mas o sorriso só se tornou ainda mais largo.

— O que é isso? — o Min resumiu-se a arquear as sobrancelhas pela milésima vez diante dos questionamentos curiosos do mais novo.

— O pássaro ou a expressão? o mais velho perguntou debochado, soltou uma risada anasalada e balançou a cabeça diante da confusão que transbordava em cada expressão do Kim. — É uma coisa bem antiga, ver passarinho verde quer dizer que a pessoa está feliz sem nenhum motivo aparente...

Verde... Eu já ouvi isso... — Namjoon tentou resgatar em algum lugar da sua memória.

— Talvez seja um tipo de pássaro? Pela expressão faria sentido, mas é tão antigo que não me lembro a origem...

— Talvez verde seja como azul...

— Um sentimento?

— Isso...— Namjoon continuava prospectando por suas memórias de onde conhecia a palavra verde e por que parecia tão familiar. — Mas não é como o azul, é diferente.... Quando eu penso em verde eu sinto que alguma coisa boa está por acontecer, não é como o azul que está ligado a um sentimento que também pode ser bom, mas é saudoso, um pouco nostálgico, me remete ao passado... O verde é uma previsão boa para o futuro...

— Você quer dizer esperança? — Namjoon sorriu satisfeito, não só por ter se lembrado exatamente da onde conhecia o verde e o azul, como também por ter uma amigo que, ainda que não pudesse ver o raio de luz andando entre as pessoas, era alguém com que ele poderia compartilhar esses sentimentos.

Naquela noite, o habitante de Black&White custou para fechar os olhos, sua mente demorou para esquecer do brilho que havia visto mais cedo.

Agora, sozinho no seu quarto, deixou sua cabeça descansar no travesseiro, depois de ter desistido de tentar traduzir em palavras a razão pela qual qual o garoto de mais cedo tinha um brilho diferente daquele que vinha do lado de fora da janela, dos outros prédios, dos postes de rua, do semáforo, dos outdoors, da luminária na cabeceira.

Será que ele era mesmo o garoto dos sonhos? Será que ele era sequer real?

Após abandonar a caneta e o papel, foi recorrer à música, procurando saber se alguém tinha conseguido, quem sabe, traduzir em acordes aquela sensação, mas acabou, finalmente, pegando no sono no meio de uma playlist de R&B. Instantes antes de entrar em estado de inconsciência, contudo, achou ter se sentido azul. A voz da cantora era bonita, grave e um pouco rouca, e, tanto os acordes, quanto aquele timbre de voz singular davam uma sensação de paz com um fundo de melancolia: era azul. Namjoon conseguiu adormecer com Something in the way nos fones de ouvido.

Os seus passos corriam apressados pelo local que, pela chuva, poderia ser Black&White, ele tinha certeza, era Black&White. Ainda que o céu fosse muito branco e o chão se resumisse a um piso preto liso, sem ranhuras ou buracos, as pessoas continuavam perambulando de um lado para o outro, sempre ocupadas com a própria vida.

Só podia ser Black&White.

Namjoon ajeitou o boné na cabeça, a única coisa que impedia que as gotas de chuva molhassem os seus cabelos, já que a gola do casaco não protegia sequer sua nuca dos pingos fortes.

Como sairá sem cachecol? Tateou o pescoço. Sem um casaco decente iria acabar ficando doente.

Namjoon seguiu seu caminho e pensou ter avistado seu amigo dentre as pessoas que andavam. Gritou seu nome algumas vezes, as pessoas não iriam se incomodar, sequer notariam, mas Yoongi não fez menção de se virar.

De repente, o mundo ficou silencioso e só se ouvia o eco da voz de Namjoon e, em seguida, o branco era tudo que conseguia ver. Onde estavam as pessoas atrasadas? Tudo se tornara muito vazio para ser Black&White, mesmo assim a chuva continuava a cair.

Seguiu o caminho pelo piso escuro e quando pensou que já não veria mais ninguém, avistou uma luz forte vindo de longe e seus pés seguiram a urgência que seu coração sentiu quando viu a imagem no horizonte branco.

Seus olhos arregalaram-se e um sorriso quase que automático preencheu seu rosto. Chegou a tirar o boné para ver com mais clareza o que estava diante de si. Ele já tinha visto essa árvore, tinha quase certeza.

"Qual é mesmo o nome?", pensou consigo mesmo enquanto encarava as folhas delicadas balançando, em contraste com o céu branco.

Sakura, Joonie. Você não se lembra? a voz enérgica foi seguida de uma gargalhada. Por um instante tirou os olhos da bela folhagem para encontrar ao seu lado, ele.

Só a minha omma me chama assim... Quem é você? o sorriso brilhoso do garoto dobrou e ele coçou o pescoço antes de responder.

Poxa vida, que memória terrível você tem... I'm your hope, your angel... I'm j-hope.

O garoto brilhoso se apresentou de uma forma engraçada, gesticulando rápido, simulando com as mãos uma asa, afinal, ele era uma espécie de "anjo". Namjoon se resumiu a arquear as sobrancelhas, ainda sem reconhecer quem era a "sua esperança".

Aos poucos a face do garoto tornou-se nítida e conseguia ver todos os infinitos detalhes que antes eram encobertos pela luz. Não existia ninguém que ele conhecia que era daquele jeito,  que cada pequena curva no rosto era visível; dono de olhos fundos tão expressivos e de um sorriso tão brilhante... A não ser...

Ah, é você! Eu te vi hoje na rua! — j-hope arqueou arqueou as sobrancelhas com a fala do Kim. — Não se faça de desentendido, você estava na cafeteria Black coffee.

— Eu nunca estive nesse lugar, posso lhe assegurar... — o garoto mais baixo colocou as mãos sobre a cintura e direcionou o olhar para a grande árvore. — Tenho certeza.

— Mas nós estamos em Black&White, não estamos? — Namjoon disse incerto, oscilando os olhos entre a árvore e o garoto, ambos tão cheios de detalhes, tão brilhosos, tão vivos, só para ouvir uma gargalhada estridente de j-hope.

— Black&White? Nope....

Namjoon achava que seu olhar era capaz de acompanhar cada detalhe daquele lugar até que subitamente ele e o garoto colorido, incluindo todo o seu universo, foram separados por uma linha escura. Do lado que ele pisava ainda era monocromático e a chuva continuava molhando sua roupa, já do outro lado o sol brilhava, o céu tinha outras proporções e as flores da árvore ainda faziam com que ele quisesse sorrir abobado sem entender o que era aquilo e por qual razão contrastava tanto com o "seu lado" .

Say hello to my Hope World! — j-hope abriu os braços exibindo atrás de si o seu mundo e Namjoon, por um instante, achou que fosse ser cegado por tantos detalhes e, ao mesmo tempo, seus olhos não conseguiam recusar e deixarem de ser atraídos pelo Hope World.

— Jinja? Existe outro mundo, então? Só de pensar que perdemos todo esse tempo tentando encontrar vida em outros planetas, quando isso estava bem aqui... — Namjoon disse ainda abobado por todas as sensações, sua mandíbula estava começando a ficar dolorida de tanto sorrir e suas covinhas nunca ficaram tão fundas em suas bochechas.

— Tecnicamente, é um mundo só... - Hope se sentou na grama e fez um sinal convidando o garoto preto&branco para se aproximar, mas o Kim só o olhou desconfiado.

— Como assim? É como o mundo invertido?

— Waa, que isso Joonie, claro que não! não estamos em um episódio de Stranger Things. É bem mais simples que isso... O meu mundo está dentro do seu, mas nem todo mundo consegue ver as cores...

— Com cores você quer dizer os sentimentos? Azul e verde? — j-hope segurou o riso até não conseguir mais, deixando Namjoon constrangido sem saber o que que tinha dito que de tão engraçado.

— Você é um sujeito bem divertido, Joonie. Com cores eu quero dizer cores, oras. Azul. — j-hope apontou para a imensidão límpida que era o céu do Hope World. — Verde. — passou as mãos na grama macia onde estava sentado. — Rosa. — por fim, capturou uma pequena folha da árvore caída ao seu lado.

— Azul... Verde... Rosa... — Namjoon coçou a cabeça. — Então o Hope World é uma forma de ver o mundo? Tipo uma religião? — e disse ainda mais confuso do que antes.

— Hm, tipo isso... Você não acredita em mim, não é mesmo? — j-hope disse notando que o outro garoto havia recusado solenemente o convite para sentar-se ao seu lado.

— Não é que eu não acredite, eu estou vendo... Mas não consigo entender a razão disso tudo... Porque as outras pessoas não conseguem ver?

— Bem, como eu transformo uma história bem longa em uma história curtinha? Deixa eu ver... Black&White é o Hope World e o Hope World é Black&White, tudo é uma questão de ver. — Namjoon já estava prester a fazer mais uma perguntar quando j-hope sinalizou com a mão, pedindo que ele esperasse. — Há muito tempo atrás esse mundo que você conhece era assim. — hope apontou para trás, para o seu lado. — Mas as pessoas foram ficando cada vez mais individualistas, ocupadas com sua vida corrida, trabalho, estudos, compromissos, e, gradativamente, pararam de olhar para os lados e apreciar as pequenas coisas como o balançar lento daquelas nuvens, a folhagem desse cerejeira, a grama verdinha... Até que a cor passou a ser insignificante para as pessoas. — j-hope suspirou fundo encarando a pequena flor de Sakura.

— Então quer dizer que isso... O que você chama de cores ainda existe, nós só não conseguimos ver? — j-hope assentiu com a cabeça. Namjoon tirou o boné, sentindo, agora, cada gota de chuva cair sobre seu rosto e, de repente, foi tomado por uma angústia. Ele queria que todas as pessoas pudessem ver esse brilho e todos os sentimentos que vêm junto com as cores do Hope World.

— Você não se cansa dessa chuva nunca? Podia dar um pulinho aqui do lado ou, se não quiser, te empresto um guarda-chuva... Não faz bem ficar na chuva, pode pegar um resfriado... — j-hope se levantou em um salto e atravessou com facilidade para o lado monocromático, abrindo um guarda-chuva tão colorido quando suas roupas que havia acabado de tirar do bolso em um passe de mágica.

— O que é você? — Namjoon olhou para o garoto sorridente que já o cobria com o seu guarda-chuva.

— Eu sou só parte do seu sonho, uma reprodução do seu inconsciente, Joonie. Wake up...

Seu olhos se abriram rapidamente e seu coração estava acelerado, mas sua mente estava em branco, sequer se lembrava de ter sonhado. O despertador tocava insistentemente na mesa de cabeceira e Namjoon se levantou em um salto da cama vendo que aquele já era o último despertador programado pelo seu celular.

Estava mais do que atrasado para ir à editora, tanto que a primeira roupa que encontrou no seu armário, vestiu. Saiu derrubando várias coisas na escrivaninha, tendo como intuito recolher as folhas que apresentaria para o seu editor e colocou-as em uma pasta antes de jogar na mochila que já estava nos ombros.

Antes de passar pela porta, calçou os sapatos, mas, assim que pisou fora do prédio, notou que havia esquecido o guarda-chuva mais uma vez. Bufou irritado e cobriu a cabeça com o capuz do casaco sabendo que teria ainda um longo caminho até a estação do metrô e que chegaria ensopado à reunião. Porém, mesmo que tivesse que estar apresentável, não tinha tempo de voltar para casa.

Namjoon corria entre as pessoas tentando reduzir o tempo até o seu compromisso e, depois de esbarrar em algumas pessoas e cruzar duas esquinas, foi parado por uma via aberta para os carros.

— Helloooo, guarda-chuvas na promoção! Namjoon tirou os fones, ouvindo a uma voz estridente sobressair à música do seu fone de ouvido e ao barulho dos carros. Virou-se e lá estava um homem coberto por uma capa escura atrás de uma banca com os tais guarda-chuvas promocionais.

Bom dia, senhor. Eu vou querer levar um. Namjoon disse sem olhar para o vendedor enquanto buscava o dinheiro dentro de sua mochila.

O senhor vai querer de qual cor? — o vendedor disse fazendo com que os olhos do garoto se arregalassem, sentindo que seu coração parou entre um batimento e outro. Era isso mesmo que acabara de ouvir?

Você tem algum colorido? — Namjoon ousou dizer temendo que o vendedor o achasse maluco, mas, pelo contrário, com sua fala, foi possível ver o sorriso brilhante por trás do capuz do homem à sua frente. Namjoon trocou o dinheiro pelo guarda-chuva, se curvou e agradeceu antes de ir. Ele teve que conter sua curiosidade sobre como seria esse "guarda-chuva colorido" e deixar para abrí-lo do outro lado da rua para que não perdesse o sinal agora aberto para os pedestres.

Segurou o ar nos pulmões antes de abrir o guarda-chuva sobre a cabeça. Ao olhar para cima,porém, viu os mesmo tons cinzentos, claro-escuro-claro-escuro. Ele bufou, mas dessa vez não se angustiou. Apertou a alça da mochila no ombro enquanto caminhava rapidamente, agora protegido da chuva, recapitulando ideia por ideia para o seu novo livro que seria apresentada ao seu editor na reunião. Olhou para o céu cinzento e respirou fundo, determinado a mostrar, mesmo que fosse através de suas palavras, como era sentir as cores.

E, mesmo sem notar, a cada passo dado, Namjoon coloria o mundo atrás de si, trazendo o Hope World para todos os habitantes de Black&White.

☀️

~ Notas

Hello!
Espero que estejam gostado dessa história toda cheia de metáforas gostosinhas haha
eu confesso que nunca escrevi nada do gênero, mas me diverti muito muito com a PeareCoffee ! 💞
Sei que o aniversário do queridíssimo já passou, mas todo dia é dia de exaltar esse sol e a mixtape maravillosa que é a Hope World!

Beijos da mclarah ❤️

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