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1 • Daydream 🌦



Por PeareCoffee

A curiosidade é um grande motivo para as grandes descobertas do mundo ao menos é o se tem notícia. Cientistas, muitas vezes, só se aprofundaram em suas descobertas por pura fascinação e curiosidade. Até nós mesmos, não cientistas, descobrimos coisas novas todos os dias. Algumas pessoas na escola, na faculdade, outras no trabalho, algumas que aprendem através do ensinamento de outras pessoas e ainda temos os seres peculiares que aprendem consigo mesmos e suas atitudes, guiados pela curiosidade.

Kim Namjoon não é muito diferente dessas pessoas. Porém, sua secreta curiosidade vinha do que acontecia enquanto ele dormia. O rapaz se perguntava o motivo pelo qual ele, quase todas as vezes que fechava os olhos, acabava sonhando com aquela coisa tão ímpar, tão inusitada e única, que simplesmente não sabia abrir a boca para explicar o que era. Por mais que já tivesse tentado até mesmo pegar um caderninho e escrever alguma coisa que lhe pudesse servir de explicação, não conseguia rabiscar uma única palavra.

E, naquele momento, assim que abriu os olhos, chegou a cogitar a ideia de que talvez pudesse voar. Mas a gravidade puxava seu corpo de encontro aos lençóis bagunçados da cama. Foi então que ele percebeu a insistência de seu coração, que queria partir para fora do peito em uma velocidade acompanhada das bufadas fortes de ar que saiam de seus lábios. Não sabia ao certo como se descrever. Animado? Talvez. Confuso? Muito. Desconfortável? Com toda certeza. Confuso? Sim, muito confuso. Curioso? Mais do que nunca.

Não era a primeira vez que acordava tão desnorteado. Na verdade, chegava a ser intrigante o fato de que à cada noite se tornava mais comum sonhar com aquilo. E levando uma mão para trás da nuca e piscando os olhos ao se sentar, ele recebia as lembranças de mais um daqueles sonhos que andava tendo recentemente. E de tanto sonhar e estranhar, estava ficando quase normal. E, se pudesse ser sincero consigo mesmo, não sabia se esse "normal" era muito bom.

Com o tempo, essa sensação de estranheza se passava, e o rapaz acabava ficando mais curioso a cada despertar. Curioso não só pelo garoto sorridente com quem sonhava, mas curioso sobre aquele lugar. Não sabia descrever o que aquele lugar era de fato, mas sabia que era bem diferente de tudo que já havia visto com os olhos abertos, de qualquer outra coisa que estava ao seu alcance em seu mundo, ou de qualquer coisa que havia escutado de algum amigo seu. Nada se comparava ao pequeno mundinho intrigante e desconhecido que aparecia em seus sonhos.

Estreitou o olhar, encarando fixamente o canto da parede de seu quarto, esperando o vazio em sua cabeça ser preenchido lentamente pelas memórias daquele mais novo sonho que tivera. E então, as palavras começaram a aparecer em sua mente como pisca-piscas, iluminando e clareando o seu ser, que com um sorriso animado no rosto, pegou seu celular embaixo do travesseiro e abriu o bloco de notas.

A luz forte do celular ardia em seus olhos, mas naquele momento ele se preocupou apenas em digitar rápido as poucas sílabas que ainda lembrava de ter escutado. Algo como "Seoul", talvez. Mas não, não era aquilo. Bagunçou os cabelos, mordendo a própria bochecha. Os minutos seguintes se resumiram no rapaz andando pra lá e pra cá no quarto, com pensamento inquietos e festejantes, dançando entre palavras, porém não a correta. Sul, Jejum, atum...

Azul.

A palavra lhe cutucou no cérebro e ele teve certeza de que era sobre isso que estavam falando no sonho. Escreveu a palavra minúscula no celular e correu para sua janela. Observou o céu de Black&White e não havia nada de novo. Apenas gotas e mais gotas de chuva caíam – naquela manhã pelo menos, mais fracas. A cada segundo que passava olhando para aquele lugar se sentia mais estranho. Era como se aquele céu e aquela chuva o trouxessem de volta para casa. E, pela primeira vez em tanto tempo, não desejou estar mais em casa, pelo simples fato de que ali não se sentia mais tão confortável.

Dentro do sonho ele tinha a sensação de estar olhando para o desconhecido. No céu do garoto sorridente não chovia o tempo todo. O céu de lá fazia Namjoon se sentir mais sereno, mais tranquilo. E foi isso que lhe disse o rapaz quando apontou para cima: É azul. O céu do garoto era Azul. Uma palavra diferente, mas Namjoon podia sentir que era profundamente real. Pelo menos para o tal menino sorridente era sim, muito real.

Ainda curiando pela janela, não se cansou de perceber as inúmeras diferenças do mundo no qual sonhava e no seu. No seu mundo, as pessoas sequer levantavam a cabeça para conversarem umas com as outras. No mundo qual sonhava, poderia jurar que até mesmo que as próprias flores sorriam para você passar. E com um suspiro triste, o Kim se afastou da janela.

Uma pena que era só um sonho. Com o despertador, toda a realidade cinza de Black&White voltara e o céu "Azul" agora era só um nome estranho e desconhecido.

Descendo as escadas de dois em dois degraus, não parava de pensar nos novos sentimentos que descobrira naquela noite. Não sabia ao certo se "sentimentos" era um nome adequado, mas resumiu tudo o que estava sonhando nisso. Aliás, pelo que aprendeu enquanto dormia, azul é um sentimento, assim como quando você está em uma roda de amigos e se sente em harmonia com eles. Harmonia, ah sim. Azul era harmonia.

Seus pés absorviam o frio do chão enquanto ele andava até a cozinha, pegando uma maçã e a colocando em cima da bancada. Ficou de frente para a fruta e franziu o cenho. Era bonita, mas não transmitia sentimento nenhum. Como poderia algo, ao mesmo tempo, bonito, ser sem tão graça? O Kim franziu o cenho. E então, de repente, foi como se um cubo de gelo gigante quebrasse em sua cabeça e 'Voilà! Tudo era apenas o que era. A maçã era apenas uma maçã, nada mais. Suas janelas eram apenas suas janelas, nada mais. Seu céu era apenas seu céu e também; nada mais.

Riu de desgosto, colocando a maçã de volta na fruteira. Gostaria, do fundo do peito, que todas as coisas belas também tivessem sentimentos – ou, pelo menos, os transmitissem, assim como em seu sonho, onde até mesmo uma pedrinha no chão parecia ser mais feliz do que qualquer coisa em seu mundo real.

Desistindo de encarar tudo à sua volta, puxou seu celular de dentro do bolso novamente, voltando em seu bloco de notas e abrindo naquela última palavrinha escrita. Depois de onde havia parado, tentou se esforçar para escrever algo que o fizesse se lembrar para sempre sobre como foi sentir o "azul". Algo como "calmaria, paz e transparência" se passavam em sua cabeça, e foi exatamente isso o que ele escreveu. Era algo parecido com a sensação de quando o vento bate forte no rosto, gelando a pele e levando com ele os vestígios de dores passadas. Calmaria. Namjoon definiu azul como sua calmaria.

Se lembrou então de quando foi à praia uma certa vez. Tudo era mágico quando sentido de olhos fechados. A sensação dos pés na areia quente, o ar leve que as árvores mais próximas proporcionavam, o ardor nas bochechas pela luz do sol claro e, no fundo, o gostoso barulho das ondas no mar se quebrando. Enquanto sentia isso com os olhos fechados, tinha certeza de que essa talvez fosse a melhor sensação do mundo. Como quando você faz as pazes com um amigo e vocês acabam percebendo que nem motivos para brigar tiveram. Era essa mesma sensação.

Mas o mundo nunca é o mesmo de olhos abertos.

Tudo aquilo que você sente de olhos fechados, aquilo que quase te faz voar, é completamente quebrado e virado ao lado oposto num estalar de dedos, somente com o abrir de um olhar, pois a sensação estava lá naquele sonho, mas ao mesmo tempo, o sentimento ainda transbordava no peito de Namjoon.

Era em momentos assim que ele percebia o quanto o sentir é importante. O quanto ter ideia do que te faz bem é importante. E ele sabia disso, pois toda vez que sonhava com algo, ele não só via as coisas belas, mas sentia tudo ao seu redor intensamente, como estar em um grande parque de diversões em pleno funcionamento. Era assim que se sentia de olhos fechados: pela primeira vez belo, cercado de luzes e com muita vida, finalmente. O que se tornava engraçado, pois era enquanto dormia que se sentia assim: vivo.

Antes de sonhar com tais coisas que faziam-no pensar assim, o Kim podia garantir que não se importava com a chuva lá fora. Aliás, era sempre uma boa desculpa para não olhar dentro dos olhos das outras pessoas e perceber que estava tão morto quanto elas, mas sim fugir disso, tapando sua face usando uma máscara e um grande guarda-chuva.

Ele tinha a mania de fugir das pessoas. Na verdade, fugia de tudo o que lhe tirasse da sua zona de conforto. Por isso, quando teve seus primeiros sonhos com o "mundo misterioso", estranhou tudo por lá. Mas hoje, tinha feito uma troca. Era como se lá fosse seu mundo de verdade e Blach&White não passasse de um sonho, uma reprodução feita de sua mente, apenas. Pobre ilusão do jovem Kim.

Olhando em seu relógio – que apesar da grande marca, agora parecia não ter graça nenhuma para o garoto –, teve que tirar a coragem dos bolsos da calça para subir ao quarto novamente e se ajeitar, pois havia marcado de encontrar um amigo em meia hora. Ao menos a cafeteria não era tão distante de sua casa, o que lhe dava certo crédito para se atrasar.

A pior parte de sair de casa não era nem ter que enfrentar o frio lá fora, mas sim encarar o céu morto quando abrisse a porta. A chuva fraca não cessava, por isso, após apertar mais o casaco no corpo, Namjoon abriu seu guarda-chuva e seguiu viagem. Andava encarando os calcanhares, vendo sua sombra perseguindo-o por onde ia. Ouvia o barulho dos passos das pessoas para lá e para cá nas pocinhas de água e vários carros indo e voltando também. Era como se o barulho da cidade grande falasse por todos, que não tinham sequer interesse em ninguém mais do que em si mesmos.

E era por isso que Namjoon agradeceu por chegar logo no estabelecimento. Pelo menos ali as pessoas fingiam se importar umas com as outras, se forçando a conversar enquanto tomavam um café ou algo assim. Avistou Yoongi sentado em uma das mesas do canto, perto da janela de vidro. Suspirou, deixando o guarda-chuva embrulhado junto a outros e seguiu em frente.

Viu o rapaz sorrir, vestido como sempre: empacotado e com uma máscara esticada até seu queixo. Uma xícara de café já estava posta à sua frente, indicando que o rapaz estava lá já há um certo tempo.

—Me atrasei? — Perguntou o Kim, enquanto se sentava na superfície gelada da cadeira.

—Não. Apenas quis ser mais pontual que você desta vez. — Falou por fim, relaxando a postura perante a mesa e encarando Namjoon fixamente. — E então, como vão as papeladas?

—Vão bem. Na verdade, tenho juntado umas ideias no bloco de notas. Umas palavras... diferentes.

—Diferentes? — O mais velho sorriu. — Como que... Palavras antigas, você quer dizer?

—Não. É algo como... uma mistura de sentimentos.

—Vai escrever algum romance dessa vez? — Levantou a sobrancelha.

—Não. — Namjoon respondeu, sorrindo.

—Ação?

—Não, Min. Com toda certeza não será ação.

—Então o que diabos quer dizer com sentimentos? — Exclamou o rapaz, confuso.

—O que são sentimentos para você, hyung?

O rapaz parou com a pergunta de Namjoon. Yoongi sabia o que era sentir algo, mas não sabia definir. Mordeu os lábios e pensou bem. Ficou alguns minutos estático, encarando a face de seu amigo curioso. A garçonete chegava com outro café para Namjoon e ele ainda não havia respondido. Até que coçou a cabeleira lisa, suspirando forte.

—É o que nos faz vivos. — Disse por fim. — Vivemos porque sentimos, afinal. — Deu de ombros. — Não é?

—Se para você é isso, então é isso. Cada um de nós sente de um jeito diferente de sentir. Quero dizer, algumas pessoas bem mais diferentes que as outras, mas sentem. É uma forma de nos fazer únicos, na realidade.

—Então me diga uma dessas suas palavras diferentes, Namjoon. — Sorriu, bebericando o café amargo. — Qual forma de "sentir" você dará aos seus personagens dessa vez?

O mais novo piscou duas vezes, encarando a xícara na sua frente. Franziu o cenho, percebendo que apenas sabia que havia bebida ali dentro pelo fato de que o café era diferente da xícara. Obviamente o café é um líquido e a xícara um sólido, mas quando se coloca leite junto do café, é como se dois mundos se juntassem de uma só vez. A textura da bebida ficou parecida com a camiseta de Yoongi, e então Namjoon parou para entender algo que não tinha pensado antes.

Era como se tudo à sua volta também pudesse virar algum tipo de "sentimento", mas se tornava tão repetitivo que fazia com que as pessoas sempre sentissem o mesmo. Então era isso o que tirava a graça das coisas, no fim das contas? O fato de que tudo poderia ser belíssimo, mas assim como uma mera maçã, tão sem graça? As pessoas, portanto, também seriam tão sem graças pelo simples fato de não sentirem nada?

—E então? — Yoongi chamou-o novamente. — Quais são as palavras?

—Azul é uma delas. — Disse por fim.

—Nunca ouvi isso antes. — Franziu o cenho. — É uma forma de se abreviar algum sentimento? Falavam isso nos tempos medievais, por acaso? — Riu, em contraste com a feição serena e pensativa do Kim. — Que tipo de sentimento seria azul, então?

—Não sei descrevê-lo muito bem ainda. Algo como tranquilidade, acho. Quero dizer, azul não é algo que se pode encontrar em algum dicionário, não existe em nenhum.

—Inventou essa palavra, então?

—Não, não é isso. — Sorriu. — É complicado... Mas é como café. — Disse, encarando a xícara novamente.

—Café? — Franziu o cenho — O que café em haver com isso, Nam?

—Café é bom e é saudável em sua medida certa. Mas se é consumido em excesso, causa problemas. De sono, ansiedades, pode chegar a dar pânico em certas pessoas. Vejo o azul assim.

—Como algo bom, mas ao mesmo tempo, ruim? — Encarou o mais novo. — Isso é confuso.

—Também acho. — Riu tristemente. — Mas é mais fácil quando se vê.

—Está dizendo que sentimentos são algo que conseguimos ver?

—Podemos vê-los. Eu os vejo, eu acho. Se não estiver enlouquecendo, posso garantir que os vejo. E é isso que vou escrever neste livro dessa vez.

—Vai ensinar aos seus leitores como eles podem enxergar sentimentos?

—Vou. Ou tentar, pelo menos. — Deu de ombros. — Yoon, já ouviu falar em cores?

—Cores? — Riu. — A primeira vez que ouvi faz muito tempo. "Cores são coisas que ajudam os loucos a definir sua loucura", foi o que disseram. E o que você sabe sobre cores?

—Nada. — Falou, e era verdade.

Em um mundo como o de Namjoon, você só consegue descobrir coisas diferentes vendo-as. E, embora ele soubesse em parte de como era ver os chamados sentimentos, ainda não conseguia definir tudo dentro da tela branca que Black&White era. Ele precisava pintar aquela cidade, mas para isso precisava saber o que era pintar algo primeiro. Foi por isso que mesmo triste, mas convicto, continuou, dizendo: — Porém vou descobrir.

—Espero. — Yoongi sorriu, mordendo finalmente um dos bolinhos à sua frente

—Eu também. — Namjoon suspirou baixinho, voltando toda sua atenção ao seu café da manhã.

Perguntas uma hora ou outra rodavam sua cabeça. Ouviu a palavra "cor" bem de longe, em um dos sonhos seus, mas não chegou a ouvir o significado. Cor não era um sentimento, pois não viu e nem sentiu nada com, especificamente, cor. Não sabia deveras o que era o colorido, mas estava prestes a descobrir.

Namjoon estranhou quando um vento gelado bateu em seu rosto, mesmo dentro da cafeteria e olhando em direção a porta, pôde ver alguém saindo. Aquele alguém... E então, Namjoon se levantou da cadeira tão rápido quanto os passos do outro rapaz que acabara de sair da cafeteria. E, naquele momento, foi como se todo o resto daquela cidade ficasse escuro e Namjoon só pôde enxergar os feixes fortes de luz que brotavam daquele outro ser.

E foi aí que pôs-se a correr. Foi o mais rápido que conseguia, ignorando as perguntas de Yoongi que não entendeu nada do que estava acontecendo, seguindo aquele raio forte.

E então pôde finalmente sentir.

O rapaz que brilhava como o sol estava correndo bem à sua frente e tudo o que Namjoon via e sabia era que estava prestes a alcançar não só o azul, mas todos os outros milhares sentimentos que aquele garoto tinha.

🌦

~Notas:

olá! como vão?

e então minha gente, o que estão achando até aqui? acham que o Nam vai conseguir descobrir o que são cores?

pra aproveitar a palinha, qual a cor favorita de vocês? o que ela faz vocês sentirem?

eu tô muuuito feliz escrevendo sobre esse universo, porque Hope World é algo que devemos apreciar todos os dias, né minha gente?

vejo vocês no próximo capítulo. dêem muito amor ao nosso sol, ele merece!

um grande abraço,

~Peare
PeareCoffee

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