Outro lado
Resmungo baixinho por sentir desconforto mas acabo acordando, me sento no sofá massageando meu ombro
-Doloroso, não? - ouço a voz de Jongup e olho para ele que está sentado no canto da sala, de óculos e mexendo no notebook na mesa. Ele fica bem atraente assim
-Hm... Uhum...
-Teve um bom cochilo? - lembro da nossa conversa de madrugada
-Você não disse que ficaria de olho no meu filho? - ele me olha por sobre o óculos. Céus, ele é realmente bonito
-E fiquei, até a hora em que sua mãe chegou e expulsou ele do quarto - rio baixo, vejo que sorri pelo meu ato -Divorciada? - suspiro com a pergunta - Não precisa responder se não quiser
-Não chegamos a ter algo serio, ele me largou grávida.
-Sei como é, muitas mães jovens aparecem aqui sem tem uma figura paterna como acompanhante.
-Mas estou melhor sem ele. - sorrio e ele ri
-Creio que sim
Hm, e quanto ao doador? Já está tudo certo?
-Doador chega no prazo, e o cirurgião do seu filho sou eu
-Já imaginava isso...
-Mais respeito com minha capacidade viu, ela é sensível - rimos
-Porque a mudança repentina?
-Gostei de você. - dá de ombros - É firme, decidida e vai atrás do que quer. O mundo precisa de mais mulheres assim
-E mais homens educados. Claro, super concordo. - ele ri
-O que exatamente quer dizer com isso?
-Um bom dia é aceitável, doutor. Jongup
-Mas são cinco da tarde - arregalo os olhos
-Porque me deixou dormir por tanto tempo? - quase vôo do sofá, calço meus saltos e vou em direção à porta até ser segurada e impedida de sair
-Por favor, calma. - pede atrás de mim me cercando na porta com a mão na mesma
-O que há Jongup? - me viro, é perto demais para eu processar, me afasto encostando na parede sem conseguir muita distância. Jongup é um homem lindo, como nunca notei sua beleza antes? Acho que a raiva me deixou cega demais para notar algo que não fosse o comportamento estúpido dele de agir. Suspiro
-Estou calma.
-Seu filho teve outra parada cardíaca mais intensa...
-O QUE?! E PORQUE DIABOS VOCÊ NÃO ME ACORDOU?! ME DEIXA SAIR! - me debato em seus braços
-Amy Lee se controla, por favor!
-Se acontecer...
-Se. Se. Se. Acha mesmo que eu deixaria uma criança morrer?! Faça-me o favor! Seu filho está estável agora, e de nada adiantaria te acordar, você não poderia fazer nada além de se desesparar.
-Jongup...
-Ele está bem! - me solta. Eu sei que sou histérica quando se trata de Hoseok, mas poxa ele é meu filho, que tipo de mãe seria eu se não ficasse preocupada a cada parada cardíaca?
-Obrigada.
-Precisa confiar mais em mim, Amy Lee. Jamais deixaria seu filho mal podendo ajudar, ou a qualquer outra criança
-Depois do que você disse sobre a assistente social...
-Foram ameaças vazias, e estúpidas. Foi um momento de raiva. Me desculpa. Vamos lá ver seu filho. - concordo com a cabeça e saio da sala.
Caminhamos em silêncio pelo corredor vazio até o quarto de Hoseok, e só me tranquilizo de verdade quando o vejo dormindo serenamente na caminha
-Seu filho é muito forte. - murmura
-Eu sei. - sorrio
-E puxou a beleza da mãe - rio baixo
-Que cantada ridícula. - é a vez dele rir baixo
-O que eu poderia dizer?
-Seja criativo. - ajeito o cobertor de Hoseok, e passo a mão em seus cabelos escuros
-Estive batendo um papo com Hoseok essa madrugada...
-Hmmm - olho para ele
-Ele disse que talvez você fosse gostar de jantar fora quando ele estiver apto para sair novamente.
-Acho que está um pouco rápido demais. Ontem eu estava te atacando no correndo e hoje você está me convidando para sair
-É um jantar amigável, Amy Lee, eu não gosto da fruta. - meu queixo cai com a surpresa
-Você é gay?! - sussurro e ele ri se divertindo com meu espanto
-Se eu fosse, estaria dando encima do seu marido e não de você. Não acha? - sorri de lado. Para de seduzir, Jongup!
-Pode ir então, fique a vontade. E ele não é meu marido, é apenas o pai de Hoseok, e nem pai é direito.
-Então, aceita?
-Devagar?
-Sim.
-Sim. - sorrimos.
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