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Capítulo 7. Letargia

   Minha vida era como uma equação matemática. Nada precisa, diversos caminhos possíveis mas com apenas um resultado final. Por isso minha obsessão havia se tornado números, as vezes pares, as vezes um único denominador.

Uma brisa fria entrou pela varanda fazendo alguns papéis caírem da minha escrivaninha, me virei e notei que já era tarde. Me levantei e me espreguicei, juntei os papéis e os coloquei na mesa. Senti minha garganta seca, fui até a porta e notei a luz do corredor se acendendo por baixo da fresta.

— Ogi! Não faz isso! Não é culpa dela!

Segurei a porta, meu pai a abriu com toda força me jogando no chão, me levantei.

— Que bom que está acordada.

— A-aconteceu alguma coisa? — Perguntei, olhei para minha mãe atrás de nós, ela negou.

— O seu avô descobriu a sua brincadeira com Satoru Gojo, sabia disso? — Ele disse, engoli em seco, não neguei. — Você sabe?!

— Ogi! — Minha mãe tentou intervir, ele se aproximou e me puxou pela camisola, fiquei na ponta dos pés.

— Se continuar envergonhando nossa família, eu vou acabar com o seu namoradinho nem que me mate tentando. — Ele me empurrou para longe, solucei com meus olhos marejados e meu rosto quente. Quando meu pai deu as costas, uma folha voou ao seus pés, ele parou e a pegou.

— I-isso é.

— Está fazendo contas outra vez?! — Ele foi até a mesa e abriu minha apostila, seus olhos expressaram uma reação enojada. Meu pai rasgou algumas folhas e jogou em mim, minha mãe me segurou pelos ombros.

N-não. — Ela sussurrou enquanto assistíamos ele levar os livros até a janela, e arremessar todos no quintal lamacento. — Seu avô o humilhou na frente dos irmãos, não é sua culpa.

— Se você encostar em livros como este novamente, eu juro que vou disciplinar você! — Gritou, estremeci no lugar, ele passou por nós levando a porta com ele.

Assim que a porta se fechou, me vi em um ambiente escuro e azulado, sem cor alguma. Senti meus ombros tão pesados que mal me aguentei em pé, me joguei na cama e afundei o rosto no travesseiro.

Meu pai nunca havia explodido daquele jeito antes, eu estava realmente o afetando diretamente, e aquilo havia me deixado pior do que o que eu esperava. Em uma situação normal, esperava que meu pai desistisse de me colocar em uma posição na qual não estava apta a atuar.

Mas ele era adulto, tinha responsabilidades a seguir... e eu... eu havia o desrespeitado. Havia o envergonhado como nunca ninguém o fez antes. Ninguém além do seu pai... o meu avô.

*

— Zenin. — Shoko chamou minha atenção, me virei para ela. — Que bicho te mordeu hoje?

— Eu fico com a missão. — Levantei a mão do fundo da sala, o professor afirmou verificou os dados sobre a missão.

— Era uma missão para Gojo, tem certeza?

— Eu posso fazer isso. — Afirmei, ele concordou, me levantei e saí da sala. Shoko pegou o telefone e mandou mensagem, depois levantou-se e saiu.

Senti uma brisa fria pelos corredores da escola, mesmo sentindo o dia estranho e o clima pior ainda. Eu estava decidida a cumprir com aquela missão, talvez para garantir uma chance de meus pais repensarem minhas irresponsabilidades recentes. Talvez não estivesse pensando direito, mas, queria ter a chance de me provar ser tão forte quanto Gojo, ou Geto.

Não havia informação alguma além da localidade da maldição. Tudo que eu fui alertada, era de que a maldição estava presente em uma pequena vila pouco movimentada. Haviam poucas pessoas, idosos e crianças em sua maioria, indo e vindo durante o caminho até o fundo da vila.

Parei para alongar as costas e olhei em volta, nada, não havia nada nem ninguém. Nenhum sinal de energia amaldiçoada. De repente uma bola me atingiu na cabeça, me virei resmungando. Uma criança correu até mim e a pegou, ficou parada na minha frente analisando de forma pensativa.

— Eu nunca te vi por aqui. — Ela disse, estiquei os lábios e me abaixei.

— É porque eu nunca vim aqui antes. — Respondi, ela ficou me encarando sem resposta. — Você está aqui sozinha?

— Sim. E você? — A pergunta me pegou desprevenida, afirmei. — Mas eu não posso brincar aqui.

— Por que não?

— Acontecem coisas esquisitas, não é seguro... — Ela dizia, olhei em volta procurando por algo. Quando me virei, a garota não estava mais no meu ponto de visão.

Depois de não avistar mais nada, me virei e continuei andando. Não senti medo, ou hesito, estava pronta para enfrentar qualquer criatura. Quando dei mais um passo à frente, senti um calafrio na espinha e uma barreira se fechou em minhas costas. Estava tudo avermelhado, o céu parecia sangue. Olhei em volta, até mesmo o Sol estava vermelho. De repente uma gota caiu em minha bochecha, assim como pensava... era sangue fresco.

Senti um tremor no chão, era uma centopeia gigante vindo na minha direção. Uma maldição com pedaços humanos no lugar das patas, e cabeças o suficiente para usar seus gritos dolorosos como arma. Senti meu ouvido sangrar, franzi o cenho com dificuldade. Juntei as mãos e mentalizei meu poder.

— Inversão amaldiçoada. — De repente olhos se abriram em meus braços, senti meu corpo vibrar de dentro para fora, transformando-se em uma versão meio-monstro meio-humano.

Os gritos não serviram de nada, a centopeia amaldiçoada não tinha ouvidos, mas as cabeças começaram a sucumbir em sangue. Usei minha agilidade para pular por cima e socar a cabeça do monstro, sangue espirrou em meu rosto. Enfiei a mão dentro da cabeça do monstro e arranquei parte do seu cérebro, um líquido corrosivo escureceu minha mão. Gritei sentindo uma dor latejante, usei minha inversão para derreter parte do monstro.

Caí de cara no chão, senti meu corpo perder os sentidos combinado com o gosto metálico na boca descendo por minha garganta. Foi quando uma luz iluminou o céu vermelho-sangue quebrando todo o contraste mórbido. O monstro se desfez em um monte de nada bem na minha frente, deixei meu corpo descansar.

— Kaori! Kaori Zenin?! O que você fez?! — A voz ofegante de Satoru arrepiou minha espinha, senti o sangue escorrer pela minha bochecha. Ele me segurou firme em seus braços e correu, tudo não se passou de flashes até finalmente acordar em uma cama em um quarto de enfermaria. Estava de volta na escola Jujutsu com os braços enfaixados e o corpo dolorido.

— O senhor não pensa?! Mandar ela para uma missão dessas, minha missão. — Gojo dizia perdendo a cabeça. — O que está tentando provar?

— Não sou eu quem está tentando se provar aqui. Ela pediu por isso.

— Acha que ela pensa em alguma coisa?

— Isso está fora do meu alcance Satoru. — O professor disse uma última vez o fazendo entender, Satoru franziu o cenho e recuou.

Me levantei e me vesti, Satoru voltou ao quarto com os olhos arregalados e o corpo tenso.

— Você acordou. Como está se sentindo?

— Bem. — Fui direta, estava me sentindo ainda pior por não ter vencido aquele monstro, por ser incapaz de fazer alguma coisa.

— Por que fez aquilo? Você claramente não era capaz de lidar com uma maldição daquele tipo. 

— É. Eu percebi. Não sou capaz de enfrentar uma maldição nível Satoru Gojo.

— O que quer dizer? — Ele recuou, estranhando a entonação na minha voz.

— Que você sempre será Gojo, e eu sempre serei... Zenin.

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