Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

TRÊS

Março

Era uma manhã amena, de clima agradável. André entrou na cozinha ainda sonolento, indo em direção à geladeira, sem perceber a presença do gêmeo ruivo, que estava sentado à mesa, concentrado em seu notebook.

— Fiz bolo, está no forno. — Pedro disse, sem tirar os olhos da tela do computador.

— Obrigado. — Respondeu André, com a voz rouca denunciando seu estado de recém acordado. Depois de tomar água, André foi buscar o bolo e o café.

— Meu Deus, esse café está horrível. — Disse cuspindo o café na pia, provocando o riso do ruivo.

— Pelo menos o bolo está bom. — Respondeu Pedro, sem se importar com a reação do loiro,

Depois de fazer outro café, e se sentar à mesa, perto do irmão, ele começou a checar as mensagens no celular, ainda parecendo alheio a tudo, até que viu o status de Alessandra, e sorriu ao vê-la sorridente ao lado das irmãs, e com a legenda "Domingo de risos com elas".

— O status da Alessandra, né? — Pedro constatou, fazendo André deixar o celular cair sobre a mesa pela surpresa.

— Como sabe que é dela? — André perguntou desconfiado. Será que ela havia dito algo às irmãs? Ele pensava que ela não faria isso, mas não sabia como Pedro seria capaz de adivinhar que ele gostava da mais velha das Ribeiro.

— Não sabia, acabou de confirmar. — Pedro disse desinteressado. — Mas pelo seu riso bobo, era de se esperar que fosse. Você já a conhece há muito tempo, não é?

— Conheço, mas não tem nada a ver. — Queria desviar o assunto, não sabia se queria dividir com Pedro o que sentia, não eram tão próximos a ponto de lhe confessar sentimentos e planos.

— Ela que era a contadora da empresa que você nunca me deixou conhecer? — Agora tudo fazia sentido para o ruivo.

Quando André ainda o ajudava na empresa, ele insistiu em trabalhar com uma contadora misteriosa que segundo ele seria mais responsável com as contas da Morato Contratos. Sabia que se tratava de uma paixão, mas não viu problemas em aceitar a proposta de André, visto que realmente precisava de um novo contador. Mas André jamais o deixou trabalhar pessoalmente com tal contadora, ele intermediava os negócios, e para Pedro era bom ver seu irmão o ajudando, visto que ele nunca gostara do trabalho de escritório. Só que essa ajuda não durou mais de sete meses, visto que um dia André simplesmente disse que a contadora não poderia mais trabalhar com eles, e passou o trabalho para um contador da mesma empresa. Logo em seguida saiu do país para trabalhar como fotógrafo, e Pedro nunca soube o que realmente havia acontecido.

— Era. — André disse tomando o café quase de uma vez, tentando não se concentrar no fato de que Pedro acabara de descobrir grande parte do que havia acontecido anos antes.

— Como eu nunca liguei os pontos? O nome da contadora era Alessandra Costa Ribeiro, e eu nunca associei ao nome de Alice! — Pedro parecia realmente surpreso com a descoberta, e André tentava aparentar indiferença, terminando de comer o quarto pedaço do bolo. — Por isso você parece tão próximo dela, Alice vai pirar quando descobrir. — Pedro amava contar novidades para Alice, porque ela se empolgava a cada descoberta, como se trabalhasse em algum tipo de serviço secreto.

— Não, Pedro, não conta para a Alice! — André disse quase se engasgando com o bolo, e Pedro riu. De aparente indiferença a puro pânico, era assim que o loiro se mostrava. — Acho que ela não falou nada para as irmãs, e se ela souber que eu te contei, pode ficar chateada. Não foi nada sério, afinal.

— Se não foi nada sério, por que você parece um bobo toda vez que está perto dela? Todo apaixonado. — Pedro disse rindo, empolgado por ver o irmão aparentemente sem amarras, totalmente transformado.

— Não pareço um bobo apaixonado. — Refutou André, em sua cabeça, ele se portava com total indiferença e ninguém notaria seu interesse na irmã mais velha de Alice. — Não sou igual você, todo arriado pela Alice. — Tentou devolver o que deveria soar como insulto.

— Parece sim, pelo amor de Deus. Só não falei nada antes porque você raramente fica aqui. Vive correndo atrás dela, já Alessandra é um poço de gelo, não consigo ver nada nela. — André conseguia, não diria ao irmão, não entregaria ainda mais sua vida amorosa. Só precisava sair dali para não discutir ainda mais com o ruivo, que estava se tornando impertinente.

— Olha só, já deu dessa conversa. Vou para o quarto terminar de editar algumas fotos que fiquei de enviar. — André se levantou levemente irritado, e Pedro percebeu que era hora de parar.

— Vai poder ficar aqui até quando? — Perguntou antes do loiro se ausentar.

— Até eles me chamarem de novo. Por enquanto estou trabalhando editando as fotos que tirei nos últimos meses, posso fazer isso em qualquer lugar.

— Um dia vai me contar o que aconteceu entre vocês para que o contador da empresa mudasse de uma hora para outra? — Pedro perguntou, sem resistir.

— Um dia te conto.

— Vai para o boliche com a gente hoje à noite? — Perguntou o ruivo.

— Vou sim. — Alessandra estará lá, completou em pensamento.

A noite estava fresca, e o céu coberto por estrelas. Haviam combinado de se encontrarem na frente do shopping onde se localizava a pista de boliche. André foi de moto, na frente, e enquanto esperava os outros, observava o céu, que parecia uma pintura, em suas nuances escuras. Amava as noites estreladas. Lamentou-se por não ter levado a câmera para capturar aquela cena que parecia tão bonita. Logo ouviu o barulho do carro de seu irmão, e viu que Alice e Alexia estavam com ele. Ficou um pouco confuso ao não ver Alessandra com eles.

— Vamos? — Pedro apontando para o interior do prédio, passando pelo irmão, levando Alice consigo, de mãos dadas.

— Ela vem, André, só foi buscar duas amigas. — Sussurrou Alexia ao passar por André e ver que ele continuava parado como se esperasse alguém.

— Alessandra ficou de nos encontrar na praça de alimentação. — Disse Alice, encarando André, como era evidente, a do meio das Ribeiro não era boa com sutilezas.

No caminho para o boliche, Alessandra só conseguia pensar que encontraria André outra vez, e que a cada aproximação aparentemente acidental e desinteressada da parte dele, ela sentia-se cada vez mais apaixonada. Sim, já havia confessado a si mesma esse sentimento, mas não queria, não poderia dar esperanças novamente. Teria que lidar com isso sozinha, sabia que ele logo partiria novamente, não era sensato deixar que ele descobrisse que já estava encantada e totalmente entregue a algo que sabia não ter futuro.

Ficava grata de estar com Bárbara, Daiana e Caio, o marido de Daiana, porque assim podia se distrair de seus pensamentos confusos e torturantes. Bárbara era ruiva, o cabelo encaracolado, baixinha como Alice, e muito falante. Ela tinha cursado a faculdade com Alessandra. Daiana era negra, pele retinta, alta, cabelo crespo, mais velha que as outras, tinha pouco mais que trinta anos, era atenciosa e brincalhona, e era casada com Caio, um moreno bem alto, com cara de segurança, aparentemente sério, mas com um coração enorme. Alessandra havia conhecido o casal em uma feira cultural da cidade, e desde então eram amigos.

— Finalmente chegaram! — Disse Alexia, feliz por encontrar Bárbara, que também era sua amiga, e por finalmente poder parar de tentar encontrar assunto com o loiro a sua frente, que parecia impaciente pela chegada de sua irmã mais velha. — Já pedimos os lanches, pedimos para vocês também. — Concluiu.

Poucos minutos depois, já devidamente apresentados e satisfeitos, foram para a pista de boliche.

— Como vamos dividir as duplas? — Perguntou Alessandra, ao entrarem na pista.

— Eu vou com a Bárbara. — Disse Alexia, porque sabia que assim a mais velha não teria escapatória.

— Vou com Pedro, e Daiana vai com Caio, certo? — Perguntou Alice, sem dar outra opção. Alessandra sabia que as irmãs se sentiam na obrigação de ajudarem, mas elas não sabiam que ela não precisava de ajuda para gostar de André, precisava de ajuda para se afastar, o que não estava sendo fácil.

— Ok, então eu e André. — Ela respondeu e André vibrou no íntimo. Aquela garota ainda seria sua companheira de vida, pensou. Ele sabia que estava avançando e que em alguns momentos podia sentir a emoção nos olhos de Alessandra, mas não queria se equivocar novamente, nem sofrer sozinho.

Começaram a partida, e logo Alexia se arrependeu de querer ser cupido. A irmã mais velha e o gêmeo de Pedro eram simplesmente ótimos no jogo, e ela, que era extremamente competitiva, já estava cansada de ouvir tanto "strike" a cada vez que um dos dois jogava.

— Última rodada. — Pedro anunciou cansado, ele não se dava bem com esportes, e boliche estava incluído entre eles. Na realidade, nem ele, nem Alice estavam se esforçando, preferindo se beijarem do que se concentrarem no jogo.

Tinha uma ínfima chance de Daiana e Caio ganharem, mas essa não foi aproveitada.

— Strike! — Alessandra gritou, empolgada, ao concluir a rodada e perceber que haviam ganhado. Sem se dar conta de seus atos, ela correu até André e o abraçou, fazendo com que todo o seu ser se estremecesse com o contato.

André não queria se libertar daquele abraço. Podia ser fruto da emoção de terem ganhado a partida, mas ao sentir o perfume floral de Alessandra, ele soube que não queria estar em nenhum outro lugar naquele momento. Por que ela tinha que se mostrar tão arisca na maior parte do tempo, dificultando sua aproximação? Era tão mais fácil quando ela simplesmente não pensava demais.

— Nós ganhamos, ganhamos! — Ela sussurrou, e ele não quis estragar o momento por dizer algo a mais.

— Ei, vocês são dois exibidos, estão proibidos de jogarem juntos da próxima vez. — Disse Alexia emburrada, quebrando aquela aura romântica em que os dois estavam envolvidos.

Depois de se afastarem, eles ainda passaram alguns segundos se encarando, e Alessandra quis se esconder até que aquele sentimento passasse. Queria tanto que fosse simples e apenas pudesse viver aquilo que tanto desejava. Mas não era simples, e teria que lidar com aquilo como conseguisse. Sabia que sua determinação de parecer distante estava se minguando a cada dia que passava.

Era questão de tempo, André soube depois daquela noite, era apenas questão de tempo até tocar totalmente o coração da morena que tanto desejava.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro