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Vinte e Seis

Capítulo fresquinho e emocionante para vocês! <3 <3 Já deixem as estrelinhas que alegram a autora aqui, please!

— Mano Miguel! — Foi a primeira coisa ouvida pelo moçambicano ao passar pela recepção do aeroporto internacional de Maputo. Ele, que estava levando o carrinho com as bagagens, ao lado de Alexia e Lirhandzo, sentiu seu coração palpitar ao ouvir aquela voz.

Sem perceber, a emoção começava a dominá-lo. Olhou para a frente, à procura da dona daquela voz, e encontrou-a ali, sorridente, com uma placa improvisada que dizia "Miguel Alfredo Mahene, seja bem-vindo!". Deixando as malas para trás, ele correu até aquela pessoa tão importante para si.

— Menina Vitória! — Ele abraçou a jovem e a ergueu, causando o riso da mais nova, que deixou a placa cair. — Como está bonita e crescida!

Vitória era a irmã caçula de Miguel. Embora não fosse realmente uma menina, já tinha vinte e um anos, para ele, sempre seria a pequena Vitória. Quando saíra de seu país de origem, a mais nova tinha apenas treze anos e fora a que mais sentira falta do irmão. Sempre que ligava, perguntava se ele não voltaria para a ver e se não podia ir visitá-lo. E ele estava certo, ela havia crescido e se tornado uma bonita mulher. Sua altura era mediana, algo além de um metro e sessenta e cinco, sua pele era retinta, e possuía grandes olhos vibrantes, castanhos, e lábios grossos. Seu cabelo estava com várias tranças que se mesclavam em duas cores, preto e vermelho. Usava uma regata branca e calças pretas, casaco azul-claro que combinava com os tênis de mesma cor.

Alexia observava a cena com um misto de curiosidade e emoção. Tinha medo de dar um passo à frente e interromper aquele terno momento. Viu que Lira se remexia ansiosa e soltou a mão da garotinha, deixando-a correr até o pai e tia. A morena sabia quem era aquela jovem, já havia visto fotos, e tinha certeza da importância daquele reencontro para o namorado. Sequer conseguia imaginar passar tanto tempo longe de sua família, e mesmo que Alessandra sempre viajasse, nunca se acostumava a estar distante das irmãs.

— Tia Vitória! — Lirhandzo gritou para se fazer presente, e algumas pessoas que esperavam os parentes saírem do desembarque, olharam para a cena com curiosidade. A moça soltou-se do irmão para abraçar sua sobrinha, os olhos marejados e um sorriso contente.

— Lirhandzo! — Miguel aproveitou que a irmã estava focada em sua filha e virou-se para a namorada, que continuava afastada, com as mãos sobre o carrinho de bagagens, e um sorriso emocionado. Ele foi até ela e a puxou para si.

— Vem, Lexi! — Ela assentiu e deixou-se guiar por ele. — Vitória, esta é minha namorada, Alexia! — O moçambicano as apresentou e a mais jovem levantou os olhos para encontrar a nova cunhada, abrindo um sincero sorriso em seguida.

— Mana Alexia! É um prazer conhece-la pessoalmente, és muito mais bonita que nas fotos. — A morena sentiu uma simpatia imediata por aquela jovem.

Sabia que tinham muito em comum apenas por ver sua empolgação e energia. E algo lhe dizia que essas coincidências iam além do fato de ambas serem as caçulas em suas famílias.

— Você também é muito mais bonita pessoalmente. — Admitiu Alexia.

— Você veio sozinha? — Miguel perguntou, olhando ao redor na recepção, procurando por alguém.

— Não, ainda não tenho carteira de motorista. — Ela riu. — Bruno está nos esperando no estacionamento.

O referido era um dos irmãos Mahene, o mais novo dos homens e talvez o que mais havia sofrido com o afastamento do irmão do meio. Ele havia se recusado a descer do veículo, preferia esperar os passageiros dentro do carro, tinha muito a pensar sobre aquela visita. Não queria mostrar seu descontentamento em ter de buscar aqueles três, mas não conseguia suprimir alguns sentimentos que lhe nublavam pensamentos mais saudáveis.

Os quatro que estavam na recepção se encaminharam até o carro, e Vitória mostrava sua energia por conversar quase que de maneira ininterrupta. Ela já havia agarrado o braço de Alexia e ia à frente do irmão e sobrinha. Era início de noite em Maputo e, embora tivesse sido um dia quente, a noite era fresca e quase fria.

Bruno esperava na frente do carro. Diferente do caloroso abraço de Vitória, ele apenas estendeu a mão para cumprimentar o irmão. Talvez tenha passado um pouco mais de tempo que o necessário analisando a cunhada, quase o suficiente para que Miguel se irritasse de seu olhar escrutinador.

— Bruno, essa é Alexia, minha namorada. — A palavra minha foi enfatizada com sua voz grave e ele pousou uma mão nas costas da morena, fazendo o mais novo balançar a cabeça como se consentisse.

— É um prazer conhece-la. — Tornou o rapaz, engolindo a saliva e tentando não se concentrar na beleza que tinha à sua frente. Voltou-se para Lirhandzo e a cumprimentou com um pouco mais de efusividade que outrora.

Alexia sabia que algo estava fora do lugar entre os dois irmãos, embora não tivesse ideia do motivo. O mais novo, que tinha vinte e quatro anos, parecia muito com Miguel, talvez um pouco mais alto e musculoso que seu namorado, e com aparência quase juvenil, mas ainda assim eram muito parecidos. Ela só não conseguia entender aquele cumprimento tão formal entre eles e o olhar que Bruno lhe dirigira. Esperava não ter nenhum problema com a família de seu namorado durante aquelas duas semanas em que passaria ali.

O carro era alto e tinha um modelo parecido com jipe, Vitória havia explicado que esse tipo de veículo era ideal para as ruas dos bairros, que não eram pavimentadas e eram areiais. À medida que passavam pela cidade, a morena e Lira observavam todas as construções com curiosidade e fascinação. Miguel passou todo o trajeto narrando os lugares pelos quais passavam para a namorada, e vez por outra conversava com a irmã caçula sobre conhecidos e perguntava sobre suas vidas. O irmão dele estava com o semblante fechado, parecendo pensativo, e pouco participava das conversas.

Assim que encostaram no portão da casa da mãe deles, o mais velho sentiu seu coração bater descompassado outra vez. Oito anos desde a última vez que estivera ali, e pelo muro, já conseguia ver as mudanças que ocorreram naquele período. Em vez de uma cerca, já havia um muro de concreto, e o portão era fechado, parecia novo, embora não estivesse pintado. A irmã pulou do carro e foi até o portão, abrindo-o totalmente para que o carro entrasse.

Ana, mãe de Miguel, ouviu o som do carro e avisou os demais. Seu menino havia chegado. Apressada, ela correu até a frente da casa, deparando-se com o filho que acabava de descer do veículo. Sem se importar com os demais, a senhora se lançou sobre ele, chorando e o abraçando de maneira enérgica.

— Meu menino chegou! Meu menino! — Ela murmurou, passando as mãos sobre o rosto dele, tentando se convencer que aquela cena era real.

Oito anos sem o ver, sem sentir seu cheiro e ter certeza que estava bem. Não eram dias, eram anos, anos esperando que ele estivesse bem, que superasse seu passado e que voltasse para casa. Sabia que seriam apenas alguns dias, mas em seu interior agradeceu por aquela oportunidade de ver o filho outra vez. Miguel não era o único a morar no estrangeiro, mas, sem sombras de dúvidas, era o que passara mais tempo longe da família.

— Mama. — Ele não aguentou segurar as lágrimas por mais tempo, e soluçou sobre os ombros da mulher responsável por sua criação e por quem era. Não tinha ideia do quanto sentira falta dos braços maternos em tantas ocasiões. — Eu senti tanta saudade, tanta.

A brasileira, que já havia saído do carro e ajudado a filha a fazer o mesmo, observava a cena com olhos marejados. Seu Miguel, seu Mugui, havia passado tanto tempo sozinho, longe de todos a quem amava, e aquele reencontro era especial demais, de muitas maneiras. Vitória também estava chorando, emocionada, ela era a que mais presenciara os dias em que a mãe chorava pela ausência do filho do meio.

— O papai está chorando, mamãe. — Lira sussurrou, assustada ao ver as lágrimas do pai.

— Ele está chorando de alegria, meu amor, não se preocupe. — A pequena não entendia aquele conceito, mas resolveu aceitar aquela explicação, esperando ser notada pela avó.

Segundos depois, após se apartar dos braços da mãe, o moçambicano voltou-se para as duas mulheres de sua vida e fez um sinal para que ambas se aproximassem. Elas o obedeceram e, com orgulho, ele as apresentou para a mulher à sua frente.

— Mama, essa é a Lirhandzo, olha como está crescida. — A senhora assentiu, os olhos inundados por lágrimas, e puxou a neta para um abraço.

Ana tinha sessenta anos, sua pele era marcada pelo tempo, mas seu rosto tinha poucas rugas. Seu corpo era largo e era mais baixa que a filha caçula, tinha pouco mais que um metro e sessenta. Usava uma capulana colorida amarrada à cintura, e um lenço cobria o cabelo.

— Minha neta está bonita e crescida. — Concordou a senhora, olhando com atenção para a pequena, que parecia encantada pelo elogio.

— Obrigada vovó Ana. — Respondeu a menina com um sorriso.

— E esta é minha namorada, a Alexia. — Apresentou Miguel pela terceira vez naquele dia, e a mãe pôde enxergar o brilho orgulhoso que o filho tinha ao pronunciar tais palavras. Ele estava feliz e bem, isso lhe bastava para tranquilizar o coração.

— Então essa é minha nova filha? — Perguntou Ana e a outra sentiu um afeto imediato por aquela senhora, abraçando-a com ternura. — É tão linda! Parece uma boneca. — A morena sentiu seu rosto esquentar ao receber o elogio. — Vamos todos para dentro, os outros nos esperam.

Entraram na casa e passaram para o quintal dos fundos, maior que o espaço usado como garagem. A casa estava em andamento, ainda não era pintada e não tinha piso de cerâmica, mas era evidente o esmero que Ana tinha com suas coisas, todas organizadas em seus devidos lugares. E tinha espaço o suficiente para suportar aquela grande família.

Quando a senhora disse que os outros os esperavam, Alexia não imaginava que eram tantos. Pela primeira vez em oito anos, aquela senhora havia conseguido reunir toda a família, os sete filhos, noras, genro e netos. E tudo graças ao casamento que culminaria na semana seguinte.

— Hoje é um dia especial, finalmente todos os meus filhos estão reunidos. — Ana disse, assim que todos se sentaram nas cadeiras dispostas no ambiente.

Naquela noite, a morena tentou memorizar cada rosto e história que ouvira, mas esse intento foi um fracasso. Pelas suas contas, haviam vinte pessoas naquele ambiente e ela mal decorara o nome de todos os irmãos do namorado. Mesmo assim, em sua opinião, essa recepção fora divertida e emocionante. Ver Miguel abraçando todos os irmãos e com os olhos lacrimejantes pela emoção, foi algo novo e que mexeu com seu interior. Lirhandzo parecia animada ao rever, ou melhor, conhecer os primos e tios. Já as mulheres, conversaram com a morena e lhe perguntaram uma infinidade de coisas, coisas que não se lembraria no dia seguinte.

Depois do jantar, eles colocaram músicas animadas para dançar e, mesmo estando cansada pela viagem, Alexia resolveu aproveitar a oportunidade para aprender novos ritmos. Era evidente que o povo moçambicano era enérgico e alegre, e isso a fez se sentir em casa logo na primeira noite.

— Está cansada? — Miguel perguntou, logo que se encerrou a música que dançavam. Era um ritmo chamado Kizomba e se dançava em dupla.

— Um pouco. — Ela não queria deixar o ambiente naquele momento, mas seus olhos delatavam seu cansaço. Logo, para corroborar com seu olhar, sua boca se abriu em um bocejo involuntário.

— Acho que não é só um pouco, Lexi. — Ele a abraçou, mesmo que a próxima música fosse mais agitada e usualmente feita para danças solo. — A viagem foi muito cansativa e eles ainda resolveram vir todos para nos recepcionar. — Sussurrou, agarrado a ela, alheio às reações dos familiares que lhes observavam com curiosidade.

— Eu gostei da recepção, de verdade. — Murmurou ela em resposta. — E você está feliz, eu gosto de te ver feliz. — Confessou, a dança deles em nada se adequava ao ritmo da música, mas nenhum dos dois se importava. — Estou cansada, mas feliz de estar aqui.

— E eu estou mais feliz por estar com você e minha família. Eu não me lembrava do quão bom era estar com todos reunidos. Aposto que você não conseguiu memorizar o nome de todos. — Provocou e ela riu, acenando em concordância.

— Lembro o nome de quatro, eu acho. — Brincou. — Amanhã você me explica qual a relação de cada um? Corre o risco de eu confundir todos os vínculos. — Completou, encostando sua cabeça sobre o ombro dele.

— Amanhã eu desenho tudo para você. — Miguel acariciou o cabelo dela e viu, de relance, o irmão mais novo a observá-los com o cenho franzido. Resolveu guardar essa informação para si, não queria encher a cabeça da namorada com suposições infundadas.

— Ok. Vou cobrar. E vai ter que ser meu tradutor, algumas coisas que eles me disseram, não entendi. — Riu ao se lembrar de seu cenho franzido ao ouvir algumas palavras que não lhe eram conhecidas.

— Sabe que pode se despedir e ir para o quarto quando quiser, não sabe?

— Amanhã vou acordar meio-dia, não preciso dormir cedo hoje. Quero aproveitar cada segundo contigo, sei que esses dias serão corridos e não teremos tanto tempo a sós. — Ele a afastou minimamente, buscando seus brilhantes olhos verdes, gravando em sua mente cada detalhe daquele rosto que tanto amava.

— Eu te amo tanto, Lexi. — Ele voltou a embalá-la em um ritmo totalmente deles. A música mudou para outra mais lenta e os outros três casais aproveitaram para a dançarem.

Minutos depois, as crianças já mostravam exaustão e os adultos que moravam em outras casas se despediram. Logo, só restavam os moradores da casa e os três visitantes. Miguel dormiria no quarto de Bruno, onde Arlindo, o segundo irmão mais velho, também estava dormindo. Alexia e Lira ficariam no quarto de Imani, a irmã que se casaria na semana seguinte, e Vitória. A morena viu que as duas levavam colchões para o último quarto, o quarto da mãe, e perguntou o motivo de fazerem isso. Elas explicaram que ela era a visitante e deveria ter privacidade e comodidade. Mesmo com sua tentativa de mostrar que isso não era necessário, elas pareciam determinadas em sua decisão e não voltaram atrás.

Na manhã seguinte, assim que acordou, às dez da manhã, andou pela casa à procura do namorado, encontrando-o no quintal onde haviam estado durante a noite. Ele e Arlindo conversavam animadamente, e ela parou na porta por alguns instantes, apenas os observando antes de se fazer presente.

— Mano, acredito que sua namorada quer falar consigo. — O mais velho constou, assim que percebeu a presença de Alexia no ambiente. Ele pegou seu prato e caneca, que jaziam na cadeira ao lado, e se levantou.

Miguel se virou para Alexia e sorriu, um sorriso que mexeu com as estruturas da morena. Logo, apontou para o lugar ao seu lado, onde outrora estivera Arlindo, para que ela fosse até ele.

— Já mata-bichaste, cunhada? — O mais velho perguntou ao passar por ela, e a brasileira negou, confusa ao não entender a expressão. O namorado começou a rir de sua reação e Arlindo os encarou sem entender.

— Ela não sabe o que é mata-bichar, mano Arlindo. — Explicou o mais novo e logo se voltou para a morena que havia acabado de se sentar. — Ele perguntou se já tomou café-da-manhã.

— Ah! — Ela riu depois de perceber que não fazia ideia do que significava aquela expressão. — Não, não... — Pensou em qual seria a conjugação daquele verbo diferente. — Mata-bichei? — O cunhado riu e assentiu.

— Então vou buscar teu mata-bicho. — Ela se espantou ao ver o cuidado que todos tinham consigo. Era quase surreal pensar em como a consideravam, mesmo sem a conhecerem direito.

Assim que o mais velho saiu da vista deles, Miguel aproveitou para aninhar a namorada a si e beijou seus lábios com delicadeza.

— Pensei que iria dormir até meio-dia. — Provocou e ela o respondeu com um beliscão. — Ai!

— Bem-feito, acabei de acordar e já me provoca. — Resmungou ela, embora não estivesse realmente chateada. — Aproveitei que a casa não estava muito movimentada para que me explicasse quem é quem. — Completou e ele riu.

— Tudo bem, vou te ajudar. — Ele estava empolgado demais em compartilhar mais do seu mundo com a morena. — Aquele que saiu é o Arlindo, ele é o segundo mais velho. Já foi casado e tem dois filhos, o Raul e o Isaque, mas eles estão com a mãe na África do Sul. — Alexia assentiu, tentando guardar essa informação.

— Ele e o Bruno são os que mais parecem com você. — Constatou.

— Então se lembra do Bruno? — Miguel perguntou, uma pontada de ciúmes em sua voz.

— Está com ciúmes, Mugui? — Ele negou rapidamente e ela riu, buscando uma mão dele e depositando um beijo em sua palma. — Eu lembro do Bruno e da Vitória porque foram eles que nos buscaram. É fácil gravar.

— Tudo bem. — Rendeu-se o moçambicano. — A Imani, minha outra irmã, é a que usa cabelo cacheado castanho. Ela vai se casar com o Anibal, aquele que usa óculos e estava com túnica ontem. — Ela forçou a memória e acenou assim que se recordou do homem referido.

Ele continuaria com as explicações, mas logo Arlindo voltou com o "mata-bicho", ou café-da-manhã de Alexia e pôs-se a conversar com ela, deixando o irmão de escanteio. Em minutos, Vitória e Imani também se aproximavam e começavam a traçar os planos para a primeira semana deles em Moçambique.

— Amanhã vais comigo para o centro, precisamos comprar algumas coisas para o casamento. — A morena concordou, já sabendo que seria difícil negar algo à cunhada. Sua situação acabava de se inverter. Já não era a caçula da família, Vitória havia ocupado tal posto.

Ana foi verificar onde estavam os filhos e no encosto da porta que dava para o quintal, vendo como os cinco presentes pareciam entrosados e conversavam de forma animada. Sentiu seu coração se aquecer ao presenciar tal cena. Era evidente que aquela brasileira fazia bem ao seu menino, o que mais sofrera pela imprevisibilidade da vida. Olhou para dentro e viu que Bruno passava com a cabeça baixa e uma expressão indecifrável.

— Não vais juntar-se aos teus irmãos? — Ela perguntou e o filho mais novo negou, quase sem a encarar.

— Tenho coisas a fazer hoje. — Respondeu e saiu apressado.

Ela sabia que ele não estava bem com a volta de Miguel, embora não conseguisse identificar os motivos dele com precisão. Algo estava errado, mas tinha fé que logo se solucionaria.

O rapaz olhou para o celular mais uma vez e pensou que seria melhor sair para espairecer e entender seus sentimentos. Assim que chegou à parte da frente da casa, ouviu batidas insistentes no portão e correu para atender, só não esperava encontrar aquela pessoa do outro lado.

— Olá, mano Bruno. Mano Miguel está? — Ele ficou parado no portão alguns instantes, refletindo sobre a decisão que deveria tomar.

Eita! Um irmão do Miguel não tá muito feliz com a visita dele, ein? O que será que aconteceu? E quem é essa pessoa que apareceu no final? 

Gostaram da interação do Mugui com a Lexi? E pelo visto Lexi perdeu seu posto de caçula preferida da família, ein?

Sobre os diálogos: tentei colocar as expressões utilizadas em Moçambique e a forma deles falarem, mas está sujeita a alterações pois ainda vou passar para uma amiga moçambicana avaliar se as falas estão corretas. Eles usam títulos de parentesco como forma de respeito, por isso "mano" e "mana" em algumas falas. Mais para frente, explicarei melhor essa faceta, principalmente nos próximos capítulos. 

Espero que tenham gostado do capítulo, a viagem está só começando e tem muita coisa para acontecer. 

Espero voltar aqui até quarta-feira, então... 

Até lá e fiquem bem!

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