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Dezessete

Eu só digo uma coisa: Deixem minhas estrelinhas, porque acho que esse capítulo vale a pena...hehe

— Então, depois do almoço, parque? — Perguntou Alessandra, encarando a irmã que tinha um olhar ansioso.

— Sim, eu os chamei para virem, e depois vamos para o parque, levar as crianças. — Ao perceber a expressão de Alessandra, algo entre dúvida e diversão, Alexia apressou-se em concluir. — Claro, você tem que ir, porque o Akili não vai aceitar ir sem você ou o André.

— Você está me chamando para ser vela? Eu e meu filho vamos ser velas? — Brincou a mais velha, e Alexia abriu a boca, como desacreditada ao ouvir as perguntas sugestivas da mais velha.

— Ei, não é um encontro. — Suas faces avermelhadas delatavam seu estado, fazendo com que Alessandra risse de modo amplo. — San, não é um encontro. — Tornou a dizer, dessa vez com mais convicção.

As duas estavam na cozinha, no sábado pela manhã, e a caçula havia chegado cedo para ajudar a preparar o almoço. Sim, estava ansiosa, principalmente depois daquela quinta-feira, ao ouvir as palavras do moçambicano e perceber como estava envolvida, sem nem mesmo se esforçar.

— Ok, Ale, continue se enganando e eu continuo fingindo que acredito. — Disse a mais velha, com um olhar astuto, e foi até a geladeira para tirar o frango que fariam para o almoço.

— Eu não estou me enganando. — Murmurou Alexia, com o olhar perdido.

— Não? Então você admite que gosta dele? — Surpreendeu-se a outra, abrindo o pacote do frango sobre a pia, e logo se voltando para a irmã.

— Eu gosto. — Ao ver o olhar abismado de Alessandra, a caçula começou a rir e foi até ela, para a ajudar. — O que? Eu disse que não é um encontro, não disse que não gosto dele.

— Ok. — A morena de olhos azuis encarou a íris verde da irmã por alguns segundos, antes de continuar. — Pensei que não fosse admitir.

— Eu sei que pensou. Gosto de quebrar expectativas. Pode me passar o frango, eu corto. — A outra assentiu e empurrou a tábua com a carne para a irmã. — Nenhuma de nós somos boas em esconder sentimentos, nem você, a mais retraída. Não adianta eu tentar fingir que não sinto nada, vocês não vão parar de me provocar.

— Somos péssimas nisso. E eu pensava que estava escondendo bem meu interesse no André. — Confessou a outra, fazendo a caçula gargalhar ao lembrar do jeito que a irmã ficara, anos antes, quando esteve longe de André por alguns meses.

— San, você escondeu bem no início, mas foi só o André viajar e você parecia viver em outro mundo. Depois que ele voltou então, nem uma criança se enganava. — Provocou, e logo teve que desviar do pano de prato que ameaçava chicoteá-la.

— Lice também foi horrível nisso. Ela começou a sair tão cedo de casa para o trabalho que era até engraçado vê-la se arrumar enquanto saia de casa apressada. — As duas riram ao se lembrar da irmã do meio e seu relacionamento com Pedro. — E você também não está disfarçando nada. Para quem disse que ia manter distância e manter o coração seguro, acho que você não está cumprindo sua promessa. — Alexia franziu o cenho, pensando por alguns instantes em sua situação.

— Eu quase não o vi no último mês, San. Mantive minha palavra de me afastar, principalmente depois do último beijo. — A palavra último soou de maneira estridente nos ouvidos da mais velha, que olhou com evidente incredulidade para a irmã.

— Último? Teve mais de um, Alexia Costa Ribeiro? — Era um costume entre as Ribeiro usar o nome completo quando queriam chamar a atenção.

— Eu te disse isso, não disse? Eu não te contei?

— Não, você não contou. Não acredito que não me contou. — Reclamou Alessandra.

— Ai, San, logo você está dizendo isso? A que só foi contar a história com o André quando já estavam noivos? — Ela havia terminado de cortar o frango em cubos, e devolveu para a irmã. — Não coloca creme de leite no estrogonofe, a Lira tem intolerância. Coloca creme de cebola, fica incrível do mesmo jeito, e não tem leite. Acho que tem no armário, comprei antes de ir para a casa da Lice.

— Ok, chef. — Brincou a outra. — Vai me contar?

— Tudo bem. — Suspirou. — Aquele dia que fui ao hospital com a Lira, uma mulher supôs que eu era esposa dele, e eu não a corrigi.

— Típico seu, né?

— Ai San, eu sempre quis fingir isso. E foi legal. Só que à noite, o Miguel me contou algumas coisas sobre seu passado, e meio que terminamos nos beijando de novo.

— Meio?

— Ok. Totalmente. E foi mais intenso que da primeira vez. — O rubor cobria suas bochechas, fazendo a mais velha se divertir com a situação da caçula. — Eu brinquei dizendo que no outro dia ia pedir o divórcio, e estabeleci regras para nos afastarmos.

— Regras que foram quebradas, pelo visto? — Perguntou Alessandra, curiosa.

— Por ele sim, por mim não. Eu quase não fui à padaria nesse último mês, e com tudo que estava acontecendo, e com a vinda de Akili, meu cérebro estava ocupado demais para ficar pensando nessa situação. — Confessou.

— Mas? — Insistiu a morena de olhos azuis.

— Mas na quinta, quando fui lá, parecia que não tinha mudado nada entre a gente. Continuamos nos provocando, e eu continuo caindo no jogo dele. É tão fácil estar lá, conversar e desabafar com o Mugui, que eu esqueço de todos os pontos negativos de um relacionamento nesse momento.

— Mugui? — Perguntou a mais velha, confusa ao ouvir o novo nome.

— É o nome nativo do Miguel. Usado pela família e amigos. Longa história, depois te conto. Só que na quinta, ele me disse que gosta de tudo em mim, e mesmo fingindo não estar afetada com suas palavras, eu fiquei toda boba. E eu não quero ser assim de novo. — Confidenciou, sentindo o peso de suas próprias palavras. — Eu ignorei o que ele disse, e voltamos a cuidar dos relatórios. A propósito, obrigada pela ajuda, está indo muito bem as finanças, e em mais alguns meses ela paga toda a dívida e consegue o dinheiro necessário para reformar o local e contratar mais funcionários.

— E?

— E o que, San? — Perguntou, confusa sobre a intenção da irmã com aquela pergunta.

— E o que você vai fazer, Ale? E não quero saber das finanças agora. Só quero saber o que você vai fazer sobre o que sente. — Disse, enquanto colocava os cubos de frango na panela e ia até o fogão. — Pega o tempero no armário, por favor?

Assim que entregou o frasco, a mais nova confessou.

— Não sei. Eu realmente estou perdida quanto ao que fazer. Não quero bagunçar minha vida nem a dele. E, principalmente, não quero bagunçar a vida da Lira. Ela já nos olha em expectativa, e isso me deixa apreensiva. Parece que quanto mais tento me afastar, mais próxima me sinto, e é algo muito estranho.

— Se ele implorar, você aceita? — Brincou a outra, lembrando-se do dito por ela meses antes.

— Não sei se ele precisa implorar mais. — Pouco depois, bufou. — É horrível essa sensação de estar à deriva.

— Não precisa complicar. Você gosta dele, ele gosta de você. Por que sempre dificultamos tudo? — Disse a mais velha, referindo-se a si mesma e o quanto complicou seu próprio relacionamento.

— Não sei. Somos humanos, complicar é da nossa natureza. E é hilário pensar que eu, a que mais amava a sensação de estar apaixonada, estou com pavor de me envolver em algo incerto. — Confindeciou a caçula, com uma careta de desgosto, como se temesse o fim de algo que nem havia começado.

— Evoluímos e nos tornamos mais precavidas com o tempo. Só não deixa que seus medos te impeçam de ser feliz, Ale. Você não é igual a mim, não comece agora. — Aconselhou Alessandra, e Alexia assentiu.

— Cada história é única, e não, não vou seguir seus passos, San. Não vou jogar meu chip fora e fingir que não conheço o Miguel. A Lira é minha prioridade, e não posso me afastar dela, nem que queira. — A mais velha se virou para a irmã, orgulhosa ao ver a evolução da caçula. Era evidente o quanto havia mudado, e que entendia o significado de se tornar responsável pelo que cativava.

— Mamãe? — Ouviram Akili, que estava na entrada da cozinha, com expressão de sono e confusão. Era evidente que havia acabado de acordar, e se apressado em buscar refugio na mãe. André havia saído bem cedo para resolver algumas questões, o que incluía buscar um lugar para montar um estúdio de fotografia.

— Oi, meu amor. — Alessandra entregou a concha para a irmã, e sussurrou, antes de ir até o filho. — O almoço é seu. — A caçula acenou em concordância e mandou um beijo para o sobrinho, que sorriu timidamente em resposta, embora sem responder com palavras.

Assim que encostou a moto na frente da casa de Alexia, ou melhor, da irmã dela, Miguel sentiu o coração acelerar em expectativa. Não tinha mais nenhuma dúvida sobre seus sentimentos e intenções. E estava disposto a provar para a morena que eles dariam certo, mesmo em meio a tantas mudanças.

— Papai, você tá namorando a Lexi? — A pequena Lirhandzo perguntou, antes que alcançassem a porta, e o moçambicano estagnou ao ouvi-la.

— Eu... eu não estou namorando a Lexi. — Disse, constrangido, coçando a nuca, sua marca de nervosismo ou desconcerto.

— Ah! — Respondeu a garotinha, com um suspiro desanimado. Ele refletiu que talvez seria bom aproveitar a ocasião para saber o que ela pensava sobre o assunto, afinal, Lirhandzo era, e sempre seria, sua prioridade.

— Você queria que namorássemos? — Indagou ele, fitando os olhos castanhos da pequena, curioso e ansioso para saber a resposta.

— Ia ser legal. — Em sua mente infantil, passaria mais tempo com a morena se ela fosse namorada de seu pai, e poderia a chamar de mãe. Sim, para a menina, Alexia havia se tornado a figura materna que tanto sentira falta nos últimos anos. — Você vai pedir? — Tornou, os olhos a brilharem de expectativa.

— Talvez. — Ele respondeu, com a sombra de um sorriso a escapar-lhe. Tinha a aprovação que precisava, só precisava saber o momento certo de fazer isso.

Ao ouvir a batida na porta, Alexia percebeu o quanto estava ansiosa para rever os dois.

— Ale, eles chegaram. — Gritou André, que havia chegado poucos minutos antes, e estava na sala assistindo TV com o filho. — Vai correr para atender ou eu posso fazer isso?

— Eu não vou correr. — Respondeu, aparecendo detrás do sofá, fazendo o cunhado se sobressaltar e deixar o controle cair sobre o piso. Ela gargalhou ao ver a reação dele. — Você se assusta muito fácil, André. — Ela brincou. — Eu vou andar calmamente até a porta, como uma pessoa civilizada e tranquila. — Concluiu, andando com fingida calma até a porta, embora as mãos estivessem suadas em sinal de sua ansiedade.

— Super tranquila. — Provocou André, olhando para a esposa, que estava no outro sofá com um sorriso perspicaz no rosto.

— Ela está fazendo isso porque quando você chegou de viagem antes de namorarmos, eu saí correndo para te atender. Alexia disse que gosta de quebrar expectativas. — Concluiu, e o loiro riu. Akili olhou para o pai, curioso, ao ouvi-lo falar português, sem entender uma palavra do que era falado entre os dois adultos.

Assim que abriu a porta, Alexia viu o furacão Lirhandzo pular sobre si, quase a fazendo cair.

— Lexi! — Ela sustentou a garotinha por alguns segundos em um abraço caloroso, entendendo o quanto precisava daquela sensação, de estar com alguém tão importante para si.

— Mini adulta! — Alexia abaixou-se para beijar o rosto da pequena. — Está pronta para conhecer meu sobrinho? — A menina assentiu, curiosa. — Ele está na sala, e pode ser que ele fique um pouco assustado. Você tem que ter paciência, tudo bem? — Outra vez Lira mostrou que compreendia, e esgueirou-se para tentar enxergar o menino que conheceria. A morena beijou o nariz dela e abriu passagem, levantando-se para encontrar os olhos castanhos de Miguel a lhe encararem, indecifráveis. — Pode entrar, vocês dois. — Mostrou que poderiam seguir, e fechou a porta atrás deles, não antes de sentir a fragrância amadeirada do moçambicano.

— Perfume novo? — Sussurrou, ao passar por ele, lentamente.

— Então você também percebe? — Ele murmurou, atrás dela, cuidando para não chamar tanta atenção.

Ela o ignorou e seguiu até o ambiente em que estavam os três moradores da casa.

— San, André, Akili. — Os três a encararam, e ela prosseguiu. — Essa é a Lirhandzo, e o pai dela, Miguel. — O garotinho ergueu os olhos e encontrou Lira, que estava parada, também o observando, curiosa. Ao ver o sorriso no rosto dela, o albino se sentiu tranquilo, e sorriu de volta.

— É um prazer conhecer vocês. — Miguel disse, cumprimentando a irmã e cunhado de Alexia. Logo, dirigiu-se a Akili em inglês. — Um prazer te conhecer, Akili. — O garotinho o olhou com desconfiança, e cenho franzido, e a morena de olhos verdes mostrou-se surpresa.

— Desde quando você sabe inglês? — Perguntou, surpresa, pondo-se ao lado dele, ainda de pé.

— Desde que trabalhei nas minas da África do Sul quando tinha dezesseis anos. — Sussurrou ele, e o outro casal presente se entreolhou, observando a interação entre os dois.

— Lira sabe? — Tornou a perguntar Alexia.

— Sim. Lira, cumprimente o Akili. — Pediu Miguel, e a menina, sem sinal de vergonha, aproximou-se do garotinho, que continuava sentado no sofá, e disse, ainda sorrindo. — É um prazer te conhecer. Sou Lirhanzo, mas pode me chamar de Lira. — A caçula das Ribeiro ficou estupefata ao ouvir o perfeito inglês de Lira, e mais ainda ficou ao ver que Akili correspondia ao sorriso e falava.

— Sou Akili. — Ele respondeu, tímido, mas foi surpreendido ao ser abraçado pela peculiar menina. Não correspondeu imediatamente, perdido, mas não a rejeitou.

Alessandra observava a cena com um sorriso emocionado. Seu menino teria uma amiga, e mesmo que sua irmã caçula não tivesse nenhuma ligação sanguínea com a garotinha, era evidente que a pequena tinha traços da personalidade impulsiva de Alexia. O loiro, ao lado do filho, temeu a reação de Akili diante daquela súbita demonstração de afeto, surpreso ao ver o sorriso que o pequeno dispensava a Lira. Ele estava confortável, e isso era algo novo.

Alguns minutos depois, os seis estavam sentados à mesa, e o clima parecia ameno e tranquilo entre todos. Lirhandzo estava à esquerda de Akili, e Alessandra à sua direita, para o ajudar com a comida. André estava do outro lado da mesa, ao lado de Alexia, e Miguel estava na outra ponta.

— Não acredito que sou a única nessa mesa a não saber inglês. — Murmurou a morena de olhos verdes para Miguel. — Você tem que me ensinar, Mugui. — O moçambicano sorriu, satisfeito ao ver que ela não tentava afastá-lo naquele momento.

— Se parar de fugir de mim, eu ensino. — Sussurrou de volta, contemplando o rubor a aparecer nas bochechas da morena.

— Eu não estou fugindo de você. — Respondeu, ignorando o olhar da irmã e do cunhado, que seguravam o riso ao ver quão envolvida a caçula estava.

As duas crianças pareciam imersas em seu próprio mundo, e Lirhandzo praticamente dominava a conversa, deixando pouco ou nenhum espaço para que o outro contestasse. Mas Akili parecia muito concentrado em cada palavra que a menina lhe dizia, sem demonstrar enfado ou medo.

— A Lexi é legal, Akili. Não precisa ter medo dela. Ela brinca comigo, faz tranças, me leva para o shopping. Eu gosto muito dela. Você também vai gostar. — Ao ver o sobrinho a encará-la, a caçula soube que era o alvo da conversa infantil. O sorriso amigável do menino denotava que Lira estava falando bem dela. Tinha que agradecer sua mini adulta depois, refletiu, o coração a se encher de orgulho.

André recebeu uma ligação e se ausentou por alguns minutos, voltando depois, com uma expressão preocupada. Assim que se sentou, sentiu a mão da esposa sobre seu ombro, e logo foi questionado:

— Está tudo bem, vida? — A morena de olhos azuis perguntou.

— Está sim, mais ou menos. Era meu pai. Ele disse que vai se mudar para cá. A voz dele está fraca, acho que não está bem. — Alexia se virou para o loiro, igualmente preocupada.

— Quando eles vêm?

— Daqui duas semanas. Vão morar na antiga casa da família. Estou preocupado com a saúde dele, e com a Clarinha. Mas pelo menos estando aqui, conseguiremos cuidar deles.

— Sim, vamos ajudá-los. E a Clarinha vai ter amigos aqui. — Comentou a mais nova, dirigindo o olhar para as crianças, que continuavam imersas em seu próprio mundo.

Uma hora depois, eles se preparavam para ir ao único parque natural da cidade. Alessandra, vingando-se de situações anteriores em que a mais nova interferira em sua vida amorosa, sugeriu:

— Miguel, a Lira pode ir com a gente no carro, e Alexia vai com você, o que acha? — A caçula fuzilou a irmã com o olhar, recebendo um sorriso de fingida inocência em resposta.

— Eu posso ir com vocês. — Disse a outra, com os dentes cerrados, envergonhada pela sugestão da mais velha, sabendo que fazia parte de uma vingança sem sentido para deixá-la desconcertada.

— Ela está certa, Lexi, você pode ir comigo, eu não lembro direito o caminho até o parque. — Respondeu Miguel, e André quase engasgou tentando segurar a risada. A mais nova bufou, incrédula de como todos conspiravam contra si, e se vendo sem o direito de opinar. Entendeu como as irmãs se sentiram quando ela usava suas artimanhas para juntar os casais. Ela, que quase nunca se envergonhava, sentiu vontade de se enterrar ao ver como todos pareciam dispostos a provoca-la.

— Ok. — Respondeu, com cenho franzido, e abriu a porta, ignorando os outros três adultos, enquanto pensava em como se colocava em situações embaraçosas, mesmo sem querer.

Antes de entrarem no carro, André olhou para a esposa com um sorriso perspicaz, e ela sorriu de volta.

— Agora está satisfeita? — A mulher assentiu, sorridente.

— Finalmente me vinguei. E o Miguel quase me abraçou quando fiz aquela sugestão.

— Igual a mim, anos atrás. — Riu o loiro, entrando no veículo em seguida.

O casal estava verdadeiramente admirado com a interação entre Lirhandzo e Akili, mesmo que o último quase não pronunciasse uma palavra. Em nenhum momento o garoto segurou a mão da mãe, ou se escondeu. Parecia confiante ao estar do lado da pequena. E isso mostrava que a caçula das Ribeiro havia acertado em sua sugestão.

— Vai ficar me encarando com raiva até quando, Lexi? — Perguntou Miguel, divertido, ao ver como os olhos da morena faiscavam em sua direção. Ele lhe estendeu o capacete, e ela aceitou, de mal gosto.

— Você sabe qual era a intenção deles e ainda apoia, Miguel? — Bufou ela, embora seu sentimento fosse movido mais por constrangimento do que por descontentamento.

— Miguel? Já não sou Mugui? — Provocou, virando-a para si, estando ele encostado na moto. — E sim, eu sei a intenção deles, e apoio, porque é a minha também. — Os olhos faiscantes mudaram de cor, mostrando que ela havia compreendido sua insinuação, e estava abalada.

— Não estou com raiva de você, Mugui, só estou constrangida. Eu fiz exatamente a mesma coisa com a San e o André, anos atrás, e sei que ela só fez isso para me ver sem graça. — Confessou, já mais branda.

— Por que sempre que falo sobre meus sentimentos, você finge que não me escuta, e muda de assunto? — Ele indagou, de braços cruzados e cenho franzido.

— O que você quer que eu responda? Você não está me perguntando nada, só está falando. Quer o quê? Que eu fale que também gosto de tudo em você, que tenho a mesma intenção? — Novamente, as faíscas que pareciam lhe queimar a pele, a voz revolta, e expressões irritadiças. — Eu já disse que esse jogo é perigoso demais para nós dois, mas você insiste em jogar, e eu só estou tentando não brincar com os sentimentos de ninguém, o que me inclui. — Ao ver que ele a encarava, calado, intrigado, ela se afastou, surpresa por sua reação irritada, sem saber o que realmente queria. — Vamos?

— Se eu perguntar, você me responde? — Ele devolveu, segurando-a pelo braço, antes que lhe escapasse. — Lexi, eu não quero brincar, eu quero você. — Ela assustou-se ao ouvir as palavras ditas com tamanha clareza. — Se eu perguntar, você me responde? — Tornou a perguntar, e a morena não soube o que responder.

— Hoje... hoje não. A Lira, o Akili, eles estão nos esperando. — Estava perplexa, não conseguia reagir, e isso lhe assustava. Queria, sim, não podia negar que também o queria, mas só conseguia pensar em como seria uma péssima ideia responder a qualquer pergunta naquele momento.

— Eles podem esperar alguns minutos. — Ela abriu os olhos, expectante, e no instante seguinte, sentiu os braços masculinos a lhe envolverem, e os lábios serem tomados com paixão. Não teve tempo de pensar no que fazer, em como isso era uma má ideia, apenas deixou-se levar por alguns segundos, até que o ar lhes faltou e se afastaram, ambos surpresos.

— Isso... não foi uma boa ideia. Só... vamos. — Ao ver o sorriso presunçoso de Miguel, ela bateu-lhe no braço. — Para com isso, Mugui, hoje está proibido de falar sobre isso. — Reclamou, e ele alargou ainda mais seu sorriso.

— Então quando? O que quer que eu faça? Que implore? — Alexia arregalou os olhos ao ouvir as palavras que havia dito a ele no ano anterior.

— Eu quero que suba nessa moto e finja que o que aconteceu aqui não passou de um surto coletivo. Só por hoje. — Baixou o tom de sua voz. — Semana que vem, marcamos um dia para conversarmos sobre o que está acontecendo. — Completou.

— Sábado que vem? — Sugeriu ele, sendo o dia menos movimentado para que pudesse deixar a padaria por algumas horas. Ela assentiu, incrédula por estar baixando a guarda e dando uma muda permissão para continuarem o que quer que estivessem começando. — Então você me responde?

— Mugui, as crianças estão nos esperando. — Ela o empurrou para que subisse na moto, e subiu depois dele, sentindo que estavam tomando um novo rumo em suas vidas.

Eu não sei o que dizer sobre esse final, estou completamente boba com esses dois. Eles nunca respeitam a minha vontade sobre o que devem fazer, então eles que me digam o que fazer...haha

O que acharam do capítulo? Então o pai dos gêmeos vai voltar para a cidade? Garanto que tem muita coisa vindo por aí. E a amizade da Lira com o Akili? Ela é quase a mini Lexi, viram? Abraçou sem nem pedir...kkk... Algumas frases da San e do André fazem referência ao relacionamento deles, e se você não conhece, vai lá no livro Homens que Sonham para saber como foi o namoro deles. 

Como será esse encontro planejado por eles? O que vai acontecer? Só digo uma coisa, vai ter muita emoção no próximo capítulo, e talvez alguma reviravolta. 

Espero vocês no próximo capítulo, e se gostam do que estão lendo, deixem aquele comentário maroto para alegrar essa pobre escritora. 

Daqui a pouco volto com o C.A.L. 

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