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Cinco

— Pensei que o pai da Lirhandzo já tinha a buscado. — Falou Alice ao encontrar Alexia, naquele mesmo dia, no corredor da escola, logo após vê-la entrar com Lira no prédio.

— Ele buscou, mas vou continuar a trazê-la para a escola por alguns dias. — Respondeu a mais nova, e pararam em frente à secretária. Faltava apenas alguns minutos para que o sinal tocasse. — Com o braço quebrado, ele não pode pilotar a moto, e me dispus a trazê-la. — Disse com um sorriso misterioso, e Alice compreendeu que a irmã estava louca para contar algo.

— Pode parar com essa cara, Ale, desembucha, o que é? — Perguntou uma Alice levemente impaciente para saber o que a irmã queria dizer.

— Sabe quem é o pai da Lira? — Alice arqueou uma das sobrancelhas, desconfiada.

— Miguel? — Perguntou, sem entender onde a irmã queria chegar.

— Sim, mas sabe quem é o Miguel? — Instigou novamente, e Alice percebeu que não estava muito disposta a continuar o jogo da caçula.

— Vai, diz logo, pelo amor do Pai, Alexia. Você já está me irritando com tanto mistério. — Disse a mais velha, e a mais nova a encarou sem entender sua irritação.

— Meu Deus, hoje você está super impaciente, eu, ein? O que aconteceu, brigou com o dramático do seu marido?

— Alexia Costa Ribeiro, conta logo o que você quer, e não, eu não briguei com o Pedro, porque ele não quis. — Deu de ombros, ainda irritada, e a caçula riu.

— Tá bom, nervosinha. O Miguel é o padeiro que te contei ano passado. — Falou, dando uma pausa dramática para que a irmã assimilasse suas últimas palavras.

— Espera, o que te ajudou depois que aquele cretino terminou com você? — Alice disse, arrumando a alça da mochila que parecia pesar em suas costas.

— Exatamente, Lice! Eu quase me enterro ao ver ele! Fiquei morrendo de vergonha! — Confessou a menor.

— Até parece que você sente vergonha. — Disse Alice com ironia.

— Nem vem Alice, eu tenho consciência dos meus vexames. O engraçado é que eu nunca o vi aqui na escola, nem antes, nem depois daquela noite. — Refletiu a caçula.

— Isso porque você praticamente mora dentro da secretaria e sai depois que todo mundo, Alexia. Quantos pais você conhece aqui? — Perguntou Alice, com picardia, trocando o peso da perna, e sentindo um cansaço incomum.

— Ok, é verdade. Lice, eu preciso te contar as coisas que descobri hoje. Mais tarde você vai lá para casa? — Perguntou Alexia, evidentemente ansiosa.

— Posso ir, mas não vai me dizer que se apaixonou pelo pai da Lira não, né?

— Claro que não, Alice, está louca? Eu só o vi duas vezes, nem o conheço. — Respondeu, algo ofendida com o comentário da irmã. Não tinha sentido pensar que ela havia se apaixonado tão rápido por alguém que mal conhecia, mesmo que isso fosse frequente no passado, ela havia evoluído, já não era tão ingênua.

— Isso não a impediu das últimas vezes de encontrar seu presente de Deus no primeiro contato. — Disse a mais velha falhando miseravelmente em tentar segurar o riso.

— Você está chata demais hoje. Mais do que normalmente. — Resmungou a mais alta. — Vai tocar o sinal, Alice, vaza. — Reclamou e Alice se aproximou para a abraçar antes de ir até sua sala.

Assim que se aproximou, sentiu o perfume adocicado da irmã, e pela primeira vez, aquele cheiro fez seu estômago embrulhar.

— Alice? — Alexia preocupou-se ao ver a careta nada graciosa de Alice e suas mãos irem à boca.

— Seu perfume. — A outra retrucou antes de jogar a mochila aos pés de Alexia e correr até o banheiro mais próximo.

A caçula ficou em estado de letargia por alguns segundos até finalmente entender o que havia acontecido. Pegou a mochila que jazia no chão frio do corredor, enquanto ouvia o sinal tocar. Olhou para os lados e viu que a coordenadora, Joelma, uma mulher de meia-idade pouco simpática, aproximava-se com um semblante nada agradável. Ela era pouco mais baixa que a caçula das Ribeiro, e seu cabelo outrora castanho já era tomado por grandes mechas grisalhas.

— Alexia, onde está sua irmã? As crianças da sala dela estão impossíveis e ela ainda não apareceu. — Falou como se a mais nova fosse responsável pela irmã. O problema de trabalharem no mesmo ambiente era justamente que alguns, incluindo a coordenadora, não conseguiam separar que cada uma era uma pessoa diferente, com funções diferentes dentro da escola.

— Não faz nem dois minutos que o sinal tocou, coordenadora. — Respondeu a morena, tentando se controlar para não ser mal-educada. Ela e a irmã do meio tinham sérios problemas para manterem a calma quando confrontadas. — Ela passou mal, está no banheiro, e se a senhora não viesse agora, eu iria ver como ela estava. — Concluiu, vendo a expressão de desgosto da mais velha, como se não concordasse com o fato de as irmãs trabalharem no mesmo horário.

— Olha, já faltou muita gente hoje, dois professores e a inspetora. Não tenho condições de monitorar mais uma sala. Você vai para a sala de sua irmã enquanto ela não volta, e diga para Alice me procurar assim que terminar seja lá o que esteja fazendo. — Alexia fuzilou a outra com o olhar, segurando as mãos em punho.

— Não é minha obrigação, se me desculpa dizer, e já tenho trabalho suficiente na secretaria. — Ela dividia seus confusos pensamentos entre se preocupar com a irmã, que provavelmente não estava nada bem, e em querer dar uma resposta à altura da coordenadora, que parecia desprovida de empatia.

— Você precisa ir, Alexia, afinal é a turma de sua irmã, se ela... — Antes que pudesse concluir, Alice apareceu no campo de visão das duas, visivelmente indisposta.

— Alice! — As duas falaram em uníssono, e se entreolharam, desconfiadas, antes de se voltarem para a morena que se aproximava, um tanto atordoada.

— Joelma. Eu já vou. — Contestou ela, ao ver as expressões nada felizes da coordenadora e da irmã. E pegou a mochila que estava nas mãos da irmã.

— Alice, deixa eu te falar, sabe que não toleramos atrasos, e o fato de você deixar sua turma sem nenhuma supervisão pode acarretar consequências para a escola. — Começou a mais velha, impedindo a passagem da mais baixa para começar um sermão.

Alice levantou os olhos para encarar a senhora, e, de um ponto em diante, parou de prestar atenção ao que ela dizia, apenas sentindo novamente o estômago embrulhar, sentindo, mais uma vez, um cheiro que a irritava e a enjoava. E dessa vez não vinha de Alexia, e sim de Joelma.

— Olha, me desculpa, mas preciso ir. — Disse tentando se esquivar, para não ser grosseira ou pior, vomitar ali mesmo.

— Alice, você é uma ótima professora, mas tem que ser mais responsável. Imagina se os pais aparecem aqui e veem seus filhos sem supervisão na sala. — Desatenta ao que parecia acontecer com a professora à sua frente, a coordenadora continuava com seu discurso, cada vez mais pesado e desagradável.

Foi nesse momento que o inesperado aconteceu. Alexia, percebendo o desconforto da irmã, tirou a mochila de suas mãos, em um passe rápido, antes que a do meio expressasse, com uma careta nada graciosa, que estava prestes a jogar fora tudo que havia em seu estômago. Dois segundos depois, Alice se contorcia, jorrando sobre o chão todo conteúdo, que já não era muito, de seu estômago, no chão frio do corredor, respingando algumas gotas sobre o vestido preto bem-passado de Joelma, que se afastou horrorizada.

A mais nova, em um misto de preocupação pela irmã, e contentamento pelo que aconteceu com a mais velha, tentava se manter à margem, apenas apoiando a mochila da irmã.

— Lice? — Perguntou com empatia, com uma distância segura do líquido fétido que sujava o piso.

— Eu não estou bem, mas vou ficar. Tudo me enjoa. — Falou, olhando para a irmã. — Por favor, pode me substituir hoje? — Perguntou de uma maneira que não poderia ser rechaçada. Virando-se para a coordenadora, que tinha uma expressão de nojo e susto no rosto, apenas disse: — Preciso ir, e guarde seu sermão sobre responsabilidade para outro dia. — Sua frieza ao proferir as últimas palavras assustaram a senhora, que ainda pensava como se limparia.

Joelma assentiu, sem conseguir expressar uma reação, e assim que Alice saiu do local, praticamente correndo, as duas que ficaram se encararam, em um embate silencioso.

— Bem, como você disse, as crianças não podem ficar sozinhas, imagina se um pai chega e não tem um adulto na sala? — Alexia disse com ironia, e desviando da poça no meio do caminho, deu um meio sorriso, lembrando-se de parabenizar a irmã pela cena.

— Alexia, você tem que limpar essa bagunça! — Gritou Joelma, mas a mais nova estava longe demais para sequer dar atenção ao que ela dizia.

Aquela tarde foi realmente torturante para a morena, que descobriu não ter realmente talento para controlar uma turma de vinte e cinco crianças com idades que variavam entre sete e nove anos. Além de ter que lidar com Lira, que queria monopolizar sua atenção. Ela sabia que não podia deixar seus sentimentos influenciarem seu comportamento, mas ainda assim era difícil ter de cortar a pequena em alguns momentos para estar atenta às demais crianças. Na hora do intervalo ligou para a irmã, que garantiu que estava melhor, mas irritada demais para voltar à escola aquele dia. Prometeu que iria à casa dela depois da aula, e começou a pensar em algo que provavelmente passara despercebido pela do meio.

No final do expediente, estava esgotada. Orava para que a irmã estivesse realmente bem, porque era certo que surtaria se fosse obrigada a continuar responsável por aquela, ou qualquer outra, classe. No carro, levava uma falante Lira, que estava empolgada demais com a "professora" substituta.

— Lexi, amanhã você vai dar aula pra gente de novo, né? — Falou a menina, no caminho para casa, e Alexia quis rir.

— Não mini adulta, tenho fé que amanhã sua professora já estará bem para dar aula.

— Ah! Ela é legal também. — Disse desanimada. A pequena não sabia dividir bem as situações, e saber que sua nova amiga era sua professora por um dia, fez com que se sentisse mais segura, e ela fez questão de deixar isso claro para os colegas, o que não era realmente bom. Alexia refletiu que se fosse preciso substituir a irmã em outro momento, precisaria conversar com a garotinha sobre esse assunto. Mas naquele momento estava tão esgotada que só queria chegar em casa e se deitar, embora soubesse que ainda precisava conversar com a irmã.

Depois de deixar a menina em sua casa, e conversar brevemente com Miguel, foi até uma farmácia, e comprou alguns, muitos até, produtos que deixaram o vendedor desconfiado.

Assim que chegou à casa da irmã, foi recebida por Pedro, que estava com um semblante preocupado e cansado.

— Oi cunhado. Alice está bem? — Ao olhar para as feridas no rosto dele, lembrou-se que deveria perguntar por sua saúde também. — Você está bem?

— Eu estou bem, Lice está estranha. — Respondeu em um sussurro, com medo de ser ouvido pela esposa, que poderia aparecer a qualquer momento, e abriu espaço para que a cunhada entrasse.

— Ela continua a passar mal? — Perguntou, indo à cozinha, e deixando algumas coisas sobre a bancada.

— Não, quer dizer, ela me fez jogar meu perfume novo no lixo, disse que fede. Mas foi ela que comprou. — Completou, sentando-se na cadeira, e aproveitando o momento para desabafar e tentar entender o que acontecia com sua mulher.

— Espera! Ela começou a ficar estranha hoje? — Alexia questionou, enquanto colocava o café na cafeteira, como se estivesse em sua própria casa. A verdade é que, sendo a única irmã solteira, ela tinha livre acesso às duas casas, e sendo tão próxima da irmã do meio, não era incomum passar algum tempo ali e agir como se fosse seu próprio lar.

— Tem uns dias que ela se irrita até com o vento, mas depois que tive catapora, ela parecia mais tranquila. Ontem à noite, começou novamente. Tive que sair da cama porque ela disse que eu estava tomando seu espaço, e estava fedendo, hoje ela acordou passando mal, quase não comeu nada, e depois do almoço me ligou chorando, disse que tinha vomitado na coordenadora. — Alexia riu do relato do ruivo, congratulando-se por ser esperta a ponto de perceber algo que nem mesmo a irmã e o cunhado haviam se dado conta. — Ale, por que você está rindo? É desesperador. Eu nem estou totalmente curado e minha esposa está com alguma doença muito estranha. — Pedro disse e olhou na direção do quarto, entendendo que Alice não havia ouvido o barulho da irmã, provavelmente estava dormindo.

A mais nova encarou o cunhado pensando em como faria para surpreender aos dois. Ele era muito lento para perceber suas intenções, então seria fácil enganá-lo, mas tinha que dar um jeito de Alice não desconfiar de suas intenções.

— Você é muito dramático, Pedro. Alice vai ficar bem. — Concluiu, se suas suspeitas estivessem certas, teriam que aguentar o mal humor dela por nove meses, mas sobreviveriam, pelo menos era isso que esperava a caçula. — Vou dormir aqui hoje. Ela está dormindo?

— Acredito que ainda está. Eu vim para a sala resolver algumas coisas do trabalho depois que ela tranquilizou, e logo você chegou. Mas acho que está dormindo sim.

Alexia colocou café para si e perguntou se o ruivo também queria, recebendo uma resposta negativa.

— Ok, vou tomar banho antes que ela acorde e me expulse por causa do meu perfume. — Pedro a encarou desconfiado, sua cunhada claramente escondia algo, mas não conseguia identificar o que era.

Pegando sua bolsa, onde estava um par de roupa extra e o que comprara na farmácia, Alexia foi até o banheiro do quarto que antes pertencera a André, e pensou que aquele lugar precisaria de uma reforma em breve.

Assim que saiu do banheiro, viu a irmã que estava na porta do quarto, com uma aparência péssima na visão da mais nova.

— Que cara é essa, Lice?

— Eu não estou me entendendo, Ale, não sou de chorar, mas depois daquela hora que praticamente vomitei na Joelma, comecei a chorar e Pedro teve que ficar do meu lado, depois de eu ter sido super grossa com ele de manhã. Eu não sou assim normalmente. Minha TPM tá mais forte esse mês, acho que é porque meu período está desregulado. — Falou a mais velha, sem dar tempo de Alexia sequer cortá-la. A caçula a encarou, com um misto de ansiedade e curiosidade para saber se estava realmente certa em sua suposição. Era tão evidente, que custava acreditar no fato de a irmã não conseguir pensar em tal possibilidade. Assim que descobrisse, teria que ligar para Alessandra e contar tudo, com certeza a mais velha riria da situação, e claro, ficaria surpresa.

— Tá tudo bem, Lice, eu te entendo, tem vezes que isso acontece mesmo, mas coitado do seu marido. — Brincou Alexia, deixando a toalha no gancho do quarto, recolhendo a roupa suja e colocando em uma sacola.

Sempre deixava roupas extras em sua bolsa, além de andar com tantos itens considerados por ela "de primeira necessidade", que era provável encontrar uma frigideira no que deveria ser apenas um acessório. Depois de seguir Alice para fora do quarto, pensou nos seus próximos passos.

— Lice, você está cansada, vomitou muito hoje, e, aliás, obrigada por fazer aquilo com a Joelma, ela estava insuportável hoje. — Disse com um sorriso de canto, e continuou. — Vamos ficar no seu quarto, assistir um filme, qualquer coisa, para você não precisar andar.

— Eu não estou inválida, Ale. E, além disso tenho que parar de expulsar o Pedro do quarto, estou me sentindo muito mal de estar tão irritada com ele ultimamente.

— Ele vai entender, Lice. Aliás, ele está na sala, olha. — Apontou, feliz de não ter que insistir como uma louca para irem ao quarto da irmã. A ideia era simples, esperar a irmã ir ao banheiro, fingir estar apertada sem dar chance para que ela desse descarga, e então executar o plano. Não era seu sonho de vida fazer aquilo, mas pelo prazer de ser a portadora de boas notícias, valia o sacrifício. — E preciso te contar sobre o dia. Dia longo, aliás.

Alice cedeu e foram ao quarto do casal. Mesmo com o humor oscilante, a do meio ainda era divertida e sabia fazer piada de situações sérias. Alexia contou tudo sobre o encontro da manhã, e a mais velha começou a ter uma boa opinião sobre o pai da pequena Lirhandzo. Riram ao se lembrarem da cena na escola, e ao passar pelo quarto, Pedro ficou feliz de ver que a esposa estava melhor, e sorridente. Tinha medo de que ela se cansasse de suas diferenças e que o amor se perdesse com a rotina. Aquelas reações recentes, ora receptiva e amorosa, ora irritada e impaciente, faziam com ele estremecesse de temor com o que poderia se passar com seu casamento.

Alexia teve que praticamente monopolizar a atenção da irmã por toda a noite, mesmo estando extremamente cansada, e a cada cinco minutos a obrigava a beber água.

— Já bebi muita água hoje, Ale, me deixa. — Disse Alice irritada, ao ver novamente a garrafa de água, que estava quase em seu fim, na mão da irmã.

— Não pode ficar desidratada, Lice, você provocou muito hoje. Só mais um pouquinho. Vai, eu até estou sem perfume por sua causa, e você nem me ajuda a te ajudar. — Reclamou a caçula, que estava prestes a desistir de seu plano, e Alice a fuzilou com o olhar.

— Tá bom, só mais essa vez. Já estou apertada de tanto ser obrigada a beber água. E obrigada por tirar aquele perfume forte. — Alexia quis rebater e dizer que o perfume caro não era nada forte ou ruim, mas lembrou-se do plano e aproveitou a deixa para dizer:

-Então vai ao banheiro, oras. Está bem ali, não precisa ficar se segurando. — Ela praticamente empurrou a irmã para fora da cama, e a outra espremeu os olhos em sinal de desconfiança.

— Você está estranha demais hoje. — "Eu que estou?" Rebateu a mais nova, apenas em pensamento.

Alexia foi até a porta do banheiro e ficou atenta aos sons, e quando percebeu que Alice iria dar descarga, entrou sem permissão no banheiro, fazendo-a se assustar, e a olhar interrogante.

— Preciso usar o banheiro, também estou apertada. — Retrucou.

— Esperasse eu dar descarga pelo menos. — Resmungou a do meio, estranhando totalmente o comportamento da irmã. O que ela estaria aprontando?

— Não precisa, só lava a mão e sai daqui. — Ordenou a mais nova, ansiosa e exasperada com a perspicácia da irmã.

— Vou te levar em um terapeuta, Alexia, você está cada vez mais maluca. — Disse Alice, lavando as mãos e saindo do banheiro, ainda desconfiada.

Decidiu-se então que iria ver o marido, já que a caçula não havia desgrudado de si toda a noite. Pensava que era apenas carência, sem desconfiar do real motivo das atitudes incomuns de Alexia.

— Panda. — Falou com ternura, vendo-o concentrado, sentado no sofá, com o notebook no colo, e se sentou ao seu lado.

— Céu. — Ele respondeu, virando-se para ela, e logo acariciou seu rosto, que parecia mais leve e tranquilo que outrora.

— Consegui me livrar da Ale. Ela está muito estranha hoje. Mais do que eu. — Brincou e Pedro, sem se aguentar, aproveitou o momento para a beijar.

— Senti sua falta hoje. — Ele disse, com a testa encostada na dela.

— Eu sei. E me desculpa por estar tão impaciente ultimamente. Está cicatrizando. — Mudou de assunto, levando as mãos ao rosto do marido, contornando algumas feridas.

— Finalmente. — Ele respondeu com um sorriso, e antes que pudessem continuar envoltos naquela bolha de carinho, ouviram um grito de Alexia, um grito animado demais.

— Ela está bem? — Pedro perguntou, olhando para a direção do quarto, e ambos se levantaram, dispostos a irem ver o que acontecia com a caçula, mas antes que aproximassem do corredor, uma Alexia sorridente, segurando o que pareciam ser palitos nas mãos, que estavam cobertas por luva.

— Ale? — Alice perguntou em dúvida, e a mais nova apontou o sofá para que se sentassem.

— Sentem-se, preciso contar algo para vocês. — Pedro olhou em dúvida para a cunhada, e seguindo sua instrução, sentou-se novamente ao lado da esposa.

— Tomem. — Entregou os dois testes que havia feito com o conteúdo deixado por Alice no vaso sanitário, e seu sorriso era gigante.

A mais velha a observou com desconfiança, e ao olhar os dois traços no teste, encarou a irmã, evidentemente confusa.

— Você? — Perguntou sem conseguir completar a frase. Pedro permanecia olhando os dois traços, sem entender muito o que se tratava.

— Eu não! — Respondeu enfaticamente Alexia, e continuou esperando a ficha da irmã e do cunhado caírem.

— Espera... — Alice finalmente entendeu o que havia se passado, e arregalou os olhos, alternando o olhar da irmã para o marido, que a encarava confuso. — Eu?

— Sim! — A mais alta deu um pequeno pulo em expectativa e finalmente falou o que tanto esperara. — Vocês estão grávidos!

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