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DOIS

Se você é um novo leitor, obrigada por dar uma chance a essa história, e espero que continue a acompanhá-la até o fim, garanto que não irá se decepcionar. Aos antigos que vieram dar uma força novamente, muito obrigada também. Todos vocês são muito importantes e especiais para mim. 

— Senhorita Alice Costa Ribeiro já está à espera, senhor. — Avisou Júlia, pelo telefone que os conectava.

— Pode deixá-la entrar. — Respondeu Pedro, organizando rapidamente os papéis sobre a mesa, e deixando o currículo de Alice à vista. Mal pode perceber o leve pigarrear da moça depois de adentrar em sua sala.

— Olá senhor Morato, sou Alice Costa Ribeiro, a candidata. — Disse Alice, para chamar a atenção do homem à sua frente. Pedro, ao levantar a cabeça, sentiu-se como se tivesse levado um grande choque em potência máxima. Era ela, sua Alice.

Ele observou-a atentamente, e lembrando-se dos modos, pediu que se sentasse para que pudessem iniciar a entrevista. Alice apertou a mão do entrevistador, em evidente constrangimento pela forma intensa com que ele a olhava. Estaria tão desarrumada e feia assim? Ajeitou o cabelo que estava em coque, e se virou rapidamente, percebendo que havia deixado a porta aberta. O movimento brusco e rápido foi o suficiente para que Pedro notasse a marca que ela tinha na nuca. Era uma mancha amarronzada, pequena, no lado direito da nuca, que só era percebido quando ela prendia o cabelo, o que era raro, mas ainda sim era um sinal importante para Pedro. Ele a reconhecera imediatamente, mas aquela marca confirmara suas fortes suspeitas. A mulher que seria entrevistada era a mesma pela qual anos antes se apaixonara. Corou com o pensamento, e voltando à realidade, percebeu que Alice tinha se ausentado por alguns instantes, para fechar a porta aberta do escritório. Ele não sabia como continuaria uma conversa com ela, estava profundamente confuso.

— Bom dia, desculpe-me pelos modos, Alice. — Ele cometera o erro de chamá-la pelo primeiro nome, como se fossem antigos conhecidos.

— O senhor me conhece? — Ela perguntou, demasiado espantada pela informalidade com que aquele homem a tratara. Já ouvira dizer que Pedro Morato era um excelente chefe e muito educado, e talvez por esse motivo tenha estranhado a forma como ele a tratava.

— Bem... — Ele pigarreou, constrangido por sua falta de profissionalismo diante dela. — Eu te conheço há muito tempo, Alice. Desde que tínhamos dez anos, mais precisamente. Não se lembra de mim?

Claro que ela não se lembraria, pensou internamente. Ele estava bem diferente daquela época, já não era gago, não usava óculos, não era precisamente um nerd. Ele havia mudado significativamente. E, bem, se observasse aquela mulher atentamente, poderia dizer que ela própria já estava bem diferente do imaginado.

Continuara com a franja a cobrir as sobrancelhas, mas já não possuía aquele ar infantil de outrora. Perdera o brilho divertido do olhar, ganhara algumas marcas na pele, parecia um tanto recuada, embora determinada, se assim fosse possível. Mas ainda era bonita, a seu modo, de sua maneira. O que ele ainda não conseguia encaixar naquela situação, era o por que dela estar ali, sendo entrevistada para o cargo de secretária. Franziu o cenho, sinalizando sua confusão, entretanto procurou prestar atenção ao que ela lhe dizia.

— Perdão, Alice, pode repetir o que disse? — Alice estava muito desconfiada com toda aquela situação. Como se não bastasse estar constrangida pelos absurdos escritos em seu currículo, aquele homem ainda estava observando-a atentamente, como se ela fosse a resposta para suas perguntas, e aquilo a estava assustando.

— Eu estava dizendo que não me recordo de tê-lo visto antes, senhor Morato. — Disse respeitosamente, tentando não parecer tensa e prestes a sair correndo daquele escritório.

Não se lembrava de nenhum Pedro Morato. Já havia estudado com uma boa porção de Pedros, mas apenas dois possuíam olhos verdes, um deles não chegava aos ombros deste Pedro, de baixo que era, o outro, era moreno. Resumindo, entre os rapazes de seu círculo de convivência, nenhum se parecia fisicamente com aquele homem. Tentou puxar na memória o tempo em que era criança. Uma boa época, de fato, era cheia de amigos e colegas que gostavam de sua companhia. Alguns meninos chegaram a deixar flores em sua carteira na escola, dar-lhe pequenos presentinhos, ou tentar roubar-lhe um beijo. Porém, nenhum deles se parecia com o Pedro que estava a sua frente. Talvez fosse apenas um conhecido, pensou.

— Creio que não se recorde mesmo, Alice, e caso se sinta incomodada por eu estar usando seu primeiro nome, peço que me diga, por favor. — Ele já estava controlando novamente as batidas de seu coração, conseguindo pensar racionalmente.

— Não me importo, senhor.

— E caso não se importe, prefiro que me chame apenas de Pedro. Senhor me dá o ar de velho, e isso eu não sou, com certeza. — Ele disse, sorrindo, um sorriso simpático e amigável.

— Tudo bem, Pedro. Não me lembro de o conhecer, perdão. — Ela disse, constrangida, ao perceber a forma educada e cavalheiresca como ele a tratava.

— Tudo bem, foi há muitos anos, eu estou mesmo diferente. Bem, não vamos nos demorar. Podemos continuar com a entrevista. — O ruivo sentia-se um pouco tolo por ter se lembrado da garota por tantos anos, sendo que nada representava para a mesma. Sentiu um bolo subir pela garganta e tratou de disfarçar seu descontentamento, concentrando-se no que ela dizia. Parecia um tanto quanto nervosa e ansiosa, ele pode perceber tal comportamento.

— Aqui diz que você domina seis idiomas: português, inglês, espanhol, francês, alemão e Italiano. Uma quota bastante alta de conhecimento, não? — Ele perguntou, em dado momento da entrevista, impressionado com o amplo conhecimento linguístico de Alice.

— Peço desculpas, Pedro, mas grande parte do que está escrito nesse currículo não é verdade. Sei apenas o português, e um pouco do inglês e do espanhol. Nem sequer sei o básico dos outros idiomas. — Alice sorriu, um sorriso fraco e desprovido de alegria, morno e constrangido.

— E por que escreveu isto, se sabia que não era a verdade? — Ele perguntou, um tanto perturbado pela confissão dela.

— Foi minha irmã que fez o currículo, ela não me avisou que havia mandando uma cópia para cá, e só fui comunicada ontem à noite, e não tive outra escolha senão vir para a entrevista. — Ela disse, sinceramente, escolhendo ainda o que dizer e o que ocultar.

— Está querendo dizer que você não está verdadeiramente interessada no cargo? Veio por obrigação?

— Quase isso. — Retrucou Alice, um pouco desconcertada, mas já estava confiante o suficiente para fazer o que achava certo. E contou. Contou tudo a Pedro. Superficialmente, mas contou.

Ela disse sobre como se sentia mal por ainda estar desempregada, e pela culpa que a irmã sentia por sua atual situação. Contou sobre as duas crises de saúde que Alexia teve, e confidenciou que aquele emprego era sua última chance naquela cidade, e por esse motivo Alexia havia exagerado em suas habilidades. E, por incrível que poderia parecer, ele entendeu.

Entendeu verdadeiramente o que acontecia, compadeceu-se de uma forma bonita, não penosa. Entendeu que ela realmente precisava daquela oportunidade, embora parecesse impassível ao cargo. Para ela, não importava tornar-se uma faxineira da empresa, a moça que servia café, qualquer vaga que tivesse, deveria ser bem-vinda. E justamente por entender, em respeito à sua antiga paixão, ele a contratou.

— Bem Alice, vejo que você realmente precisa desse emprego, e caso esteja disposta a aprender, estou disposto a ceder-lhe a vaga.

Ela arregalou o par de olhos azuis que tinha e abriu a boca em um perfeito formato de "O", estupefata pela conquista. E, sem meditar nas consequências, saiu de sua cadeira imediatamente, indo em direção ao Pedro, e o abraçou verdadeiramente. Sussurrou um "obrigada" sincero, enquanto o apertava significativamente.

"Estou perdido", pensou Pedro, vendo que sua paixão apagada poderia facilmente ser reacendida.

Ao chegar em casa, ainda estupefata por ter conseguido aquela vaga de emprego, sentou-se no sofá e pôs-se a meditar no ocorrido. Mal teve tempo de organizar seus pensamentos, quando Alexia abriu a porta de casa, visto haver chegado para seu horário de almoço. Quando esta viu a irmã meditando, com o rosto inexpressível, pensou que havia acabado todas as chances de Alice, porém estava muito enganada. Assim que percebeu a presença de Alexia na sala, Alice levantou-se e abraçou a irmã.

— Obrigada por me obrigar a ir naquela entrevista. — Alexia sorriu diante da felicidade da irmã, e fez uma nota mental: "Hoje eu não pago a pizza".

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