Capítulo 2
As três moças foram trôpegas até o Impala 67. Os olhinhos de Roberta estavam esbugalhados e brilhantes de tanta emoção. Tânia e Patrícia entraram pela direita, onde Sam Winchester fez questão de abrir e fechar a porta do carro, já Roberta entrou pela esquerda, e sua admiração era tanta que ela mal ouviu os resmungos de Dean sobre ter cuidado com seu carro.
— Aê, ôh, menina. Vai entrar logo ou não? — disse o mais velho dos irmãos.
Roberta parecia ter despertado do transe momentâneamente, apressou-se para entrar no carro e sem querer bateu a porta com muita força. Dean Winchester virou-se para ela em câmera lenta.
— Faz isso de novo e eu te deixo na rua!
— Dean! — advertiu Sammy.
Ignorando o irmão, Dean voltou-se para o volante, acariciando-o.
— Calma, baby. Não vou deixar ninguém mais te tratar mal, prometo.
— Dean, é só...— Sam não conseguiu terminar a frase sem ser interrompido.
— Se disser que é só um carro vai levar um soco! — completou Dean, enquanto girava a chave na ignição.
— Tô chei ' de fome — resmungou Dean.
— Difícil é saber quando você não tem fome, Dean. — respondeu Sam sob o olhar reprovador do irmão. — Podemos parar para comer, ainda estamos longe de casa. Aposto que as garotas também estão famintas, não é?
Após muitos "não, imagina" por parte das três, um ruído alto pode ser ouvido: era o estômago de uma delas. Crises de risos eram normais em situações embaraçosas, principalmente por parte da dupla dinâmica Patty e Roberta. Tânia sempre fora a mais acomodada, e estava visivelmente envergonhada pelas gargalhadas das amigas. A situação que já era vergonhosa ficou ainda pior quando o riso delas imitou um porco. Por sorte — ou mero acaso do destino — haviam chegado a uma lanchonete de beira de estrada, onde elas puderam correr para o banheiro e se recompor.
— Eles estão a pensar que somos três parvas enlouquecidas — reclamou a super heroína da trindade.
— Errados não estão — argumentou Patty.
Ela e Roberta riram novamente, Tânia limitou-se a pôr as mãos nas têmporas. Era um esforço quase inútil tentar pôr juízo na cabeça das duas amigas.
O trio juntou-se aos rapazes em uma das mesas do fundo. Dean estava visivelmente tenso e batia com os dedos sobre a mesa constantemente. Sam folheava o livro que lhe fora entregue pelas garotas. Seu olhar era atento, mas não havia muito a ser explorado.
— Até que enfim, hein! — disse Dean ao vê-las.
— A Roberta estava tentando entrar no Ministério da Magia, foi difícil convencê-la do contrário.
Todos riram, menos o primogênito Winchester.
— Ministério da Magia? No banheiro? — perguntou confuso.
— É, Dean — respondeu Sam. — Harry Potter.
— Ah, e é claro que você sabe disso...
A garçonete chegou, interrompendo a conversa. Tânia pediu apenas um chá, Sam e Roberta optaram por uma salada de rúcula e suco de laranja, Patty e Dean responderam em uníssono que queriam hambúrguer, bacon e batata frita.
Enquanto esperavam, o silêncio entre eles imperou. Ninguém sabia ao certo o que dizer até que uma figura nada estranha materializou-se eles. As três garotas gritaram assustadas.
— Me desculpem. Eu não sabia que estavam acompanhados. — disse, enquanto olhava de soslaio para os Winchester.
— Não precisa se desculpar, não. As mocinhas aí estão muito assustadas.
— Quem são vocês? — perguntou o homem de olhos azuis.
— Eu sou Roberta.
— Eu sou a Patty.
— Eu sou a Tânia.
— Oh! Muito prazer eu sou..
— Castiel — as três disseram ao mesmo tempo.
— Vocês me conhecem? — quis saber o anjo.
Elas se entreolharam.
— Não exatamente — respondeu Patty. — Só ouvimos algumas histórias.
— Que histórias? — indagou Dean.
— Dean, você está constrangindo as garotas.
— Sammy, elas apareceram no meio da estrada, quase foram atropeladas, elas têm esse livro estranhão, sabem nossos nomes, não explicam nada e ainda estamos levando elas pra nossa casa! Eu acho que merecemos uma explicação.
— Eu concordo com o Dean. Elas não parecem ser daqui. — ponderou Cass.
— Devolvam nosso livro e sairemos daqui. Não vão mais precisar se preocupar conosco.
— Sam.
— Não, Dean. Olha, meninas, eu posso deixar o livro com vocês, mas não acho que seja uma boa ideia vocês saírem por aí sozinhas a esta hora.
Roberta levou as mãos ao rosto, sua pupila dilatou enquanto olhava para Samuel.
— Sammy, nós não sabemos o que essa coisa faz. Você viu a luz lá na estrada! Se elas ficarem terão de explicar o porquê.
— Olá, rapazes! Senhoritas. — Uma nova figura se fez presente entre eles.
— Era só o que faltava! — reclamou Dean.
— É bom te ver também, esquilo. Sentiu saudades?
— Crowley, que surpresa... desagradável — disse Sam.
— Alce, ainda guarda algum ressentimento?
— O que faz aqui, Crowley?
— Cass, quanto tempo! Eu vou direto ao ponto: meus demônios relataram uma atividade estranha nesta região e logo depois me informaram que vocês estavam aqui com estas três mocinhas.
— Demônios fofoqueiros!
— Pois bem, esquilo. Eu percebo uma energias diferente vinda disso aí — ele apontou para o livro. — Quero que me entreguem isso.
— Não! — disseram as meninas.
— Se acalmem. Crowley, nós não sabemos o que é isso, que por enquanto o lugar mais seguro pra elas e o livro é o bunker.
— Está bem, rapazes. Não vamos brigar na frente das jovens, mas eu quero saber tudo sobre este artefato. Eu vou a visitar vocês. Bye.
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