Projeto de Gollum
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Eu desço do carro ao mesmo tempo que Carlisle e Jasper já está lá para me receber, ele me encara do topo da escada com sua postura de gerenal imponente. Ainda está relutante e cismado que eu fiquei com medo dele, posso ver em seu semblante. Quero o tranquilizar, então sorrio e esbanjo a alegria que é vê-lo inteiro. Jogo as preocupações por cima do ombro e as esqueço.
Não sei o que aconteceu em seu breve encontro com os Volturi, mas não é uma preocupação que eu tenho já que Carlisle não me deu o mínimo motivo para tal.
Quando eu corro para Jasper no final deste dia, sinto que há algo novo e muito bom se formando no ar. Parece que eu estou flutuando e Jasper sorri me admirando com um lindo brilho nos olhos sob a luz da varanda. Está tudo certo agora, eu sinto isso e me aprofundo na sensação. Alcanço meu vampiro e o abraço com força. O encaixe dos nossos corpos é surreal de gostoso, Jasper fecha os braços em minha cintura e beija meu ombro enquanto a gente cambaleia para trás. Quero falar tantas coisas e ficar calada aproveitando sua companhia ao mesmo tempo. Quero ocupar minha boca na sua e esquecer o mundo. De um jeito nada novo, eu o amo e fico feliz por estar com ele depois de um longo dia. O conforto que recheia meu coração basta como gasolina para me queimar de dentro para fora.
Eu apenas recuo a cabeça para poder tomar seus lábios. Estou tão afobada pelo toque para fechar o dia com chave de ouro que me esqueço rapidamente de onde nós estamos e com que plateia.
Jasper me beija e me agarra como se fosse seu último dia na terra, mas nós dois temos certeza que esse é só o começo da nossa história. Pensei só nele e na intensidade que meu coração batia por aquele homem. Eu quero tê-lo para o resto de minha existência. Condenando minha alma para o eterno sofrimento, ele pode ser a droga que vai me distrair de todos os outros distúrbios. Jasper me segura com força e eu tenho certeza que ficarei marcada até mesmo sob a pele. Eu esqueci o que vim fazer e estava perdendo o fôlego perigosamente rápido.
— Pelo amor de Deus, arranjem um quarto!— a voz de Emmett fez com que nós nos obrigassemos a parar. Eu sentia a textura dos cabelos cacheados e sedosos de Jasper entre os dedos e só pensava em acatar com a ordem de seu irmão. Nos separamos e nos encaramos, um tanto desconcertados com a forma rápida que nos aprofundamos naquele beijo. Parece que todos os desejos que eu acumulei voltaram com tudo nesse momento, eu fitei os olhos dourados de Jasper e sorri, ofegante.
— Acho que senti sua falta— concluí confusa e divertida. Jasper me olhava como se eu fosse a única criatura no mundo.
— Eu amo você.— ele sussurrou e meu sorriso se alargou.
— Eu também o amo, Jasper— respondi sentindo que meu coração abriria caminho no meu peito a força a qualquer momento.
— Acha mesmo que eles não me ouviram?— Emmett perguntou a alguém.
— Só estão te ignorando, como eu normalmente faço— reconheci a voz de Rosalie e fiquei curiosa sobre quantas pessoas poderiam estar nos assistindo em um momento como esse. Olhei para a casa por cima do ombro do meu vampiro, mas assim que foquei, os outros já tinham partido.
— Fala de novo?— Jasper pede, atraindo meu olhar para seu rosto lindo novamente. Eu estava em êxtase, por alguma razão.
— Eu te amo, Jasper, te amo, te amo— eu repetia, Jasper segurou meu rosto e beijou minhas bochechas. Eu senti uma urgência de fugir com ele. Uma visão onde simplesmente corremos de mãos dadas para a floresta para termos um momento só nosso porque foi um dia de grandes emoções e eu estou vendo meu futuro se estendendo diante dos meus olhos e não me assusta nada ter Jasper nele.
Eu o quero nele. Nunca tive tanta certeza de algo na minha vida. Com as emoções a flor da pele, ele me beija de novo e de novo. Diga que me ama, meu amor. Quero ouvir mais uma vez.
Eu posso viver meu felizes para sempre. Tive medo por longas horas nessa noite que se passou, mas nenhum momento duvidei se Jasper não estaria lá quando eu precisasse. O alívio parece maior ainda agora, como se a ficha tivesse acabado de cair. Fechei os olhos e me aproveitei da emoção que estava nos envolvendo em um casulo. Obrigada por tudo.
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Quando despertei, sentia meu corpo formigar e minhas pálpebras estavam pesadas. Um toque frio roçou minha bochecha e eu me obriguei a abrir os olhos.
Estava morta de sono, mas senti um sorriso crescer em meu rosto quando notei que Jasper me encarava.
— Olá, estranho— sussurrei.
— Você ficou tão serena essa noite— ele comentou, ignorando minha fala.— Teve uma boa noite de sono.
— Você estava aqui, eu pude relaxar pela primeira vez em dias.— encolhi-me para seu peito e abracei sua cintura com força, escondendo o rosto na curva de seu pescoço.
— Gosto quando massageia meu ego.
— Posso fazer isso, às vezes— brinco e solto um bocejo— Se você retribuir, claro.
— Você sabe bem que eu me deito na lama para que você passe por cima, Vanellope— ele emaranhou os dedos nos meus cabelos e me fez cafuné.
— Convenhamos? É o mínimo que você deve fazer.— eu gesticulei, com seu carinho, me senti tentada a voltar a dormir.
— Garota boba— ele diz e eu sei que está sorrindo. Nós mergulhamos no silêncio por um momento longo e nada desconfortável.
— Jazz?— eu chamo.
— Hm?
— O que acontece agora?— pergunto tendo que lutar para sair dos seus braços pois preciso o encarar. Jasper me libera e eu me apoio em meu cotovelo para ver bem seu rosto. O loiro passa os dedos pelo meu rosto para tirar alguns fios de cabelo da frente.
— Como assim, querida?— ele sussurra.
— O que vai acontecer conosco agora que o perigo passou?— formulo. Poderia me perder em cada detalhe perfeito de sua face e sei que nunca me cansaria dessa vista. Jasper respira fundo um momento e hesita, pensativo.
— Pode acontecer o que você quiser.— ele sorri, bobo. Meu coração se aperta e eu juro que vou morrer de amores— A gente pode ir para a faculdade que você quiser, onde você quiser...
— Não, Jazz. Quero saber como vai ser quando eu me transformar.
— Já decidiu quando quer?— ele franziu a testa, curioso.
— Quero que seja no meu aniversário de dezenove.— ergui a mão para colocá-la em sua bochecha e logo a subi para bagunçar seus cachos.— Quero ter a mesma idade que você— zombei. Jasper soprou o riso.
— Isso é daqui um mês.
— Eu sei.— balancei a cabeça e Jasper me mediu com ternura.
— Vai ser difícil por um tempo. Teremos que sair daqui, eu e você.— Jasper me derrubou de volta na cama e trocou as posições. Um sorriso malicioso me escapou quando ele veio por cima, enfiando-se entre minhas pernas. Apertei-o com as coxas e me soltei para que ele visse que tinha acessibilidade onde bem entendesse. Jasper começou beijando meu rosto— Quando você acordar como a vampira mais gostosa que esse mundo já viu— ele usou seu tom aveludado e eu comecei a ter dificuldade para respirar— eu vou te ensinar tudo o que precisa saber, o que você poderá fazer para lidar com todas as suas habilidades intensificadas. Nós vamos ter muito tempo livre, minha princesa, e eu espero que você seja uma boa garota para aprender tudo direitinho— ele disse contra minha pele e desceu os beijos para meu pescoço, me arrancando risadinhas e arrepios— Vamos viajar, vamos ver os lugares mais lindos do mundo, vou te ensinar línguas novas. Eu vou rasgar sua roupa e a gente vai fazer amor no chão da sala.
Eu borbulhei por dentro e as mãos de Jasper subiram pela minha cintura, ameaçando tirar minha blusa. Abracei-o com força, impedindo que ele fugisse de mim — não que essa parecesse ser sua intenção.
— Pensei que na sua época sexo era só depois do casamento— provoquei. Soube o exato momento em que Jasper usou seu dom em mim para me deixar ainda mais excitada. Filho da puta.
— Você vai se casar comigo, Caterine.— ele ergueu o rosto para me encarar com perversidade.
— Não, não, querido. Acho que você está se confundindo, isso aqui é só um lance— fiz careta, mas não consegui manter o teatro. Jasper tinha total controle das minhas emoções— Eu não vou me casar com você.— das emoções, não da língua, ouso dizer.
— Você vai— ele forçou seriedade e balançou a cabeça— Eu fiz uma promessa para seu pai que me casaria com você. Já está até marcado.
— Não!— arregalei os olhos.
— Ah, sim. Pedi a benção dele e tudo.
— Não!— eu gemi e me encolhi sob o loiro que soltou uma risada baixa e gostosa. Não sei que horas são nem que dia é hoje e, honestamente, nem me importo. Só tenho certeza de uma coisa: eu estou perdida, completa e loucamente apaixonada por Jasper Whitlock. Cobri o rosto com as mãos e fingi choramingar.
— Você é minha— ele sussurrou, colando nossas testas. Esperneei, fazendo birra.
— Socorro, não!— não me aguentei e desatei a rir quando Jasper me atacou com cócegas.
Eu ri alto, certamente não deveria, mas aparentemente papai não está em casa.
— Você vai casar comigo!
— Pois eu digo que não irei!— praticamente urrei. Jasper colocou apenas uma parcela de seu peso sobre mim e eu perdi o fôlego— Gordo, gordo, gordo!— reclamei.
— Case-se comigo, Caterine.
— Não!
— Case-se comigo!— ele exigiu, eu não tinha ar para rebater e fingi que ia chorar. Ele saiu de cima de mim rapidinho. Voltei a rir.
— Eu não vou me casar com você nessa década, senhor Whitlock!— rolei para passar por cima dele, tomei um banho antes de nos deitarmos ontem a noite, mas agora eu sentia que precisava de outro para tirar esse fogo de mim.
— Você tem que casar.— Jasper me acompanhou com o olhar e com as mãos— Você me ama.
— Ora, mas quem disse isso?— eu saí da cama e penteei os cabelos com os dedos. Jasper apontou para o próprio rosto como que para dar ênfase no seu revirar de olhos.— Sem casamento, Jasper.
— Então não vou mais tocar em você.
Arfei fazendo-me de chocada, levei a mão ao peito.
— Você não ousaria.
— Experimente e verá.
Nós nos desafiamos com o olhar durante uns bons minutos e eu lhe dei um sorrisinho arrogante, colocando as mãos na cintura.
— Duvido que você vai aguentar— levanto a sobrancelha. Jasper dá de ombros e vai se deita de costas para mim.
— Você não me ama, não vai ter problemas com isso— resmungou, dramático. Revirei os olhos e balancei a cabeça.
— Gay.— decido simplesmente o ignorar e sair do quarto, mas assim que dou um passo na direção da porta, Jasper está na minha frente. Tive um mini enfarte— Não faz isso— pedi.
— Tenho um mês para lhe assustar, depois nunca mais, me deixe aproveitar.
Coloquei a mão na sua cara e o empurrei para o lado.
— Garoto ridículo.
— Que você ama.
— Nunca nessa vida.
— Querida, eu estou sentindo você agora— Jasper tira minha mão do seu rosto, sequer se moveu e colocou sua mão sobre meu peito, bem no meu coração. Certamente sentiu na palma da mão o quanto estava acelerado— Eu sei que você me ama.
Eu lutei bravamente para impedir o sorriso de vir, mas falhei de maneira miserável.
— Sai da minha frente, projeto de Drácula.
— Ou o quê, projeto de Gollum?
— VOCÊ NÃO DISSE ISSO!
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