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Mais velho que eu

CATERINE SWAN

Eu poderia dizer que não me incomodaria se ele chegasse ainda mais perto, mas me mantenho quieta, minhas mãos estão atadas. Ele não está flertando, tento me convencer. Ele não flerta.

— Você não se cansa, tem super força, super velocidade— eu começo a contar nos dedos— é indestrutível, você não dorme, você não come nada humano...

— Te falei que não preciso respirar também?— ele se faz de pensativo e eu deixo escapar uma risada, arregalando os olhos. Só vejo a sombra do seu sorriso e nada mais.

— Como seu coração bate?— levanto a sobrancelha olhando previamente para o seu peitoral, a linha de raciocínio para chegar a essa pergunta não faz muito sentido. Apenas me lembro dos beija-flores por aí, a velocidade que eles batem as asas e a velocidade que seu coraçãozinho bombeia. Vampiros são super rápidos, me perguntei se teria algo a ver com sua pulsação. Ele olha para cima e eu tenho um vislumbre breve do seu pescoço. Jasper sempre usa gola alta e eu vejo uma parte de uma cicatriz pela primeira vez. Não dá tempo de distingui-la e ele cruza os braços, debruçando-se sobre a mesa, voltando a baixar o rosto.

— Meu coração não bate.— ele responde e nota minha distração porém eu busco disfarçar. Cicatrizes carregam histórias que algumas pessoas preferem não se lembrar. Se ele esconde as suas, certamente não quer isso. Não me pergunto como tenho tanta certeza de que ele não vai me falar nada.

— Seu coração não bate?— minha mente se expande, mas para chegar perto de responder metade de minhas perguntas, teríamos que fazer um estudo longo de anatomia com cientistas vampiros e, sei lá, uma ou outra bruxa.— Bruxas existem?— eu disparo mais essa pergunta antes que ele sequer abra a boca para reafirmar a primeira. Jasper une as sobrancelhas. Acho que estou pensando rápido demais, mas meu fascínio não pode ser controlado.

— Não que eu saiba— ele me encara com curiosidade— Isso está te corroendo, não é?

— Um tanto— escondo meu sorriso com a latinha de Sprite, acabando com o que restava do refrigerante— Você não?

— Nós ficamos acomodados com o tempo— ele dá de ombros.

— Como assim?

— É simples. Nós vemos que temos a eternidade pela frente para fazermos tudo o que desejarmos e vamos deixando as coisas para depois.

— Se se tornar imortal nos torna procrastinadores de tabelinha, eu estaria fodida pra caralho no seu lugar.

Ele solta um riso nasalado e fecha os olhos balançando a cabeça. Seus lábios se repuxam de canto, mas ele resiste. Ele sempre tem que resistir?

— O que foi?

— Só estava pensando...— ele torna a abrir os olhos, queimando minha pele com aquele tom de dourado cativante— A diferença de mundos em que nós nascemos é gigantesca.

— Por que?

— A forma como você se expressa— ele se explica e parece mesmo se divertir.

— Oh— eu pisco algumas vezes— Me lembrei do quanto você é velho agora, sinto muito por parecer tão malcriada, senhor Hale, juro que meus pais não erraram comigo. Eu só gosto de falar merda— sorrio de canto, provocativa.

Deixa eu ver a droga do seu sorriso, penso. Ele parece ler meus pensamentos e baixa a cabeça impedindo-me novamente de saciar minha curiosidade.

— Tudo bem. Isso só fortalece minha teoria.

— E que teoria seria essa?— estreito os olhos.

— Eu acredito que nós ficamos presos com a maturidade que temos na idade com a qual nos transformamos.— sua voz é baixa mas eu ignoro com muita facilidade o burburinho dos outros alunos ao nosso redor. Inclino-me para ele e apoio o rosto na mão, observando sua beleza estonteante e ficando atenta a cada palavra que sai de sua boca linda— No meu caso, foi o melhor porque eu gosto de acompanhar a evolução das coisas e posso ter a mente aberta mas, se eu fosse só uns anos mais velho, certamente ficaria tentado a lhe punir pelo linguajar.

— A-ah... eu...— gaguejo constrangida imediatamente pela perversidade que meus pensamentos viram em suas palavras. Cubro o rosto e desato a rir, embaraçada.

— Bom, e pela malícia— ele acrescenta, acho que ele está rindo e quando volto a encará-lo, ele está cobrindo a boca. Sinto meu rosto aquecendo e seus olhos me medem minha face com algum fascínio que só me faz corar mais. Jasper recua e eu mordo o lábio tentando me recompor.

— Com quantos anos você se transformou?— pergunto quando tenho certeza que minha voz sairá firme. Ele reluta e parece agitado, de repente.

— Dezenove— ele cerra os olhos, fica sério. Meu rosto ainda está quente e eu mantenho as mãos nele embora saiba que é inútil tentar esconder. Respiro fundo e nós nos encaramos por uns cinco segundos sem falar absolutamente nada.

— Você é mais velho que eu de qualquer jeito— murmuro brincando com a latinha em minhas mãos para não ter que o olhar mais.

— É, é— ele engole em seco e eu noto que está deslizando cada vez para mais longe. Um silêncio constrangedor se segue.

— Você... parece um pouco diferente hoje— comento, cerrando os olhos. Ele inclina a cabeça para o lado, sutilmente. Insuportavelmente lindo.

— Diferente como?

Mais acessível, mais gentil. Bem, neste momento, excepcionalmente tenso também.

— Não sei. Só está— respondo. Paro para pensar em como continuar com minhas perguntas, mas elas simplesmente me escapam e o silêncio se estica.

— Posso te fazer um pergunta?— ele pede e eu balanço a cabeça em concordância.— Por que não está com medo de mim agora?— subo os olhos e encontro os seus, sem saber exatamente o que ele quer dizer.

— Por que estaria com medo de você?— rebato. Ele passa a língua nos dentes e batuca a mesa com o indicador da mão direita numa velocidade impressionante.

— Quer que eu te dê um motivo?— sugere, sua mudança de comportamento me deixa perdida.

— Por que eu-

— Você sabe do que eu me alimento, não sabe?— ele pergunta, me interrompendo.

— Sei— confirmo, franzindo a testa, curiosa. Animais, sangue de animais.

— Sabe o que me atrai, não sabe? A primeira coisa que eu reparo quando estou perto de um humano. Pode seguir todos os clichês e lendas que você conhece sobre minha espécie.

Assinto com a palavra presa nos lábios. Sangue. Por que ele quer falar disso?

— Hale, eu não...

— Eu quero te falar o porquê eu vou sair de perto de você agora e vou ser rápido, preciso que você entenda que não fez nada de errado— ele me interrompe mais uma vez. Balanço com a cabeça, contrariada, mas selo os lábios e aguardo— Olha, foi um erro ficarmos tão perto e espero que me desculpe por isso— ele se levanta, elétrico— mas eu vou tomar um ar porque seu coração está acelerado e eu posso ver seu sangue pulsando na sua carótida e isso vai dar muito errado se eu continuar aqui porque seu cheiro é especialmente tentador para mim, e eu... ah, com licença— ele desiste de sua fala e anda em passos largos e apressados para fora do refeitório, cobrindo o nariz e a boca. Deixando para trás uma garota completamente confusa e curiosa. Me levanto porém consigo conter o impulso de ir atrás dele. Ele precisa de ar e eu devo estar o poluindo, de alguma forma.... Não, eu não entendi.

O que foi isso?

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