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Louca

— Swan, pode esvaziar essa caixa no corredor quatro, por favor?— pediu a gerente digitando no computador disposto no balcão e empurrando uma caixa de papelão com o pé na minha direção. Cereais. Eu não iria fazer uma gracinha dizendo que já não estava fazendo nada então apenas peguei a caixa com certo esforço e fui fazer meu trabalho em silêncio.

As horas estão passando devagar, mas o clima está gostoso e eu não estou com pressa. Foi um dia bom apesar da índole da conversa que eu tive com o Drácula loiro. Coloco a caixa no chão e pego o estilete do bolso de meu avental para a abrir. Deslizo a lâmina na fita transparente e abro um pouco mais de espaço na prateleira de cima. Cantarolo baixinho com a música da rádio que a gerente finalmente sincronizou aos autofalantes. Ela finalmente me ouviu e agora eu tenho paz no coração ouvindo músicas diferentes ao longo do dia. Acho que enlouqueceria com aquelas músicas de elevador.

Em meio a calmaria, a porta se abre e com ela vem uma breve brisa fria, o sino toca e eu o ignoro como sempre. Fico perdida em pensamentos desconexos enquanto ajeito a prateleira num ritmo aceitável. Ouço os passos vindo para perto de mim e finjo que não. As pessoas geralmente me ignoram como se eu não existisse e eu não me importo de dar um "bom dia", para eles, eu faço parte das prateleiras e está tudo ótimo por mim.

— Ei, Caterine— a voz me chama e eu interrompo meus movimentos pela surpresa. Olho na direção do moreno, seus olhos verdes me fitam com algum arrependimento. Eu o ignoro e volto ao meu trabalho com mais pressa— Caterine.

— Posso ajudar?— me volto para ele controlando a agressividade, afinal, eu não posso ser rude com os clientes, nem cheguei a ganhar meu primeiro salário, não fode.

— Eu vim falar com você— Crowley admite. Respiro fundo e ajeito mais caixas, quase acabando, só mais duas e... eu penso em matar esse garoto. Ele segura meu braço um pouco acima do meu cotovelo e eu me remexo de maneira ríspida para não sentir seu toque.

— Quem te deu a permissão de me tocar?— indago, irritadiça.

— Eu vim me desculpar, está bem!?— ele olha para os lados, felizmente quer manter essa discussão tão na surdina quanto eu.

— Eu disse para você ficar longe de mim— o recordo, tomando o mesmo cuidado de controlar o volume da minha voz.

— Caterine, eu não queria ter sido babaca, tá bem?

— Pois você foi o maior babaca, meu querido!— digo como se ele fosse o maior estúpido da face da terra. Mason fica visivelmente aborrecido— E por motivo nenhum!

— Claro que teve um motivo!

— Pois eu não me importo com qual seja!

— Deixa eu te explicar, Swan.

— Eu não quero ouvir!— gesticulo, me exaltando aos poucos pela raiva elevada.— Com licença.

— Eu fiquei com ciúmes.— ele disse quando eu estava prestes a deixá-lo de lado. Voltei-me para o moreno, desacreditada.

— Crowley, pelo amor de Deus, ciúmes de quê?— pergunto com um sorriso incrédulo.

— Você e o Hale, tão juntos— revirei os olhos, eu e o loiro andamos literalmente com um metro de distância entre nós. Ouvir isso tem o mesmo efeito de uma piada fraquinha— Sei lá, eu não estava gostando.

— Olha, Crowley, não se humilhe assim, eu não vou mudar de ideia sobre você independentemente do que você disser— tento o alertar— Você acha que pode me ofender depois pedir desculpas como se eu fosse ter a mínima obrigação de aceitá-las? Não tem do quê ter ciúmes, Mason, tanto porque eu não tenho nada com Jasper Hale quanto porque eu não tenho nada com você— pego a caixa de papelão agora vazia e a abraço diante do corpo— Inventa história pra alguém que quer ouvir.

— Você pode me perdoar, eu não falei nada demais— ele fica no meio do caminho, por isso decido dar uma volta maior. Suspiro e vou pelos fundos, mas Mason me segue e insiste entrar na minha frente— Qual é, Caterine, vamos mudar isso, eu odiei ficar de mal de você.

— Eu não, com licença, Crowley— dou um passo para o lado e ele me interrompe mais uma vez— Isso é assédio, sabia? Você está me deixando sem opções, se entrar na minha frente de novo, eu vou gritar.

— O que? Não— ele franze o cenho, confuso e surpreso com a minha súbita acusação— Eu nunca te assediei.

— Uau, nossa, Mason! Você é incrível por fazer o mínimo como um ser humano!— atuo como se estivesse maravilhada por sua atitude.

— Por que você diz que eu estou te assediando, garota!?— ele me olha como se eu fosse louca.

— Você tocou no meu braço sem minha permissão, está me perseguindo e impedindo qualquer investida que eu dê para sair de perto de você.— inclino-me na sua direção— Qualquer forma de insistência em contato quando uma das partes não quer, é assédio. Não se resume apenas em passar a mão na minha bunda e me chamar de gostosa quando eu passar na rua.

Ele me observa ainda incrédulo e eu reviro os olhos. Não suporto gente burra.

— Eu sou a filha do xerife, caso você tenha se esquecido, tenho um pouco de noção— passo do lado dele e bufo entediada como se o simples fato do garoto estar perto de mim sugasse minhas energias.

Definitivamente está sugando.

— Você é louca— ele conclui, saindo de seu choque por que não imaginou que estaria me oprimindo com suas atitudes, parece até um pouco inocente de sua parte. Sabe, se eu fosse mais cruel, certamente brincaria com essa sua falta de tato e jogaria um manto vermelho sobre seu corpo esperando a tourada chegar após dizer ao meu pai que ele estava me assediando, mas não vou desperdiçar uma arma dessas assim, de graça. Ele não merece.

— Sim, eu sou. Louca pra caralho, não mexe comigo— começo a rir porque não me aguento. Francamente, as vezes eu me acho muito engraçada. Isso deve mantê-lo longe. Quando volto para o lado do caixa e o Crowley sai de mãos abanando, tenho certeza de que estou livre deste problema.

— Aconteceu alguma coisa?— a gerente me pergunta, finalmente tirando os olhos do computador. Tenho um sorriso arrogante no rosto e nem me importo de escondê-lo.

— Não faço ideia. Tem gente que não sabe lidar com um fora, sabe?

— Ah— ela levantou as sobrancelhas grossas— crianças— a morena sorri para mim e balança a cabeça voltando ao seu trabalho, ou seria aquilo um chat? Não tentei espiar apesar da minha curiosidade se remexer no meu âmago.

— Vou tomar um ar— aviso dando um tapinha no balcão e saio pela porta da frente sem ser impedida. Preciso de um cigarro, faz dias que eu estou sem fumar nada, meus pulmões estão voltando a ter uma cor viva e eu não posso permitir isso de jeito nenhum! Jasper Hale anda me distraindo demais e eu penso se não deveria me preocupar por sorrir ao lembrar dele, mas sacudo a cabeça e deixo esse sentimento curioso de lado.

Não é nada além da curiosidade o que eu sinto. Nada mesmo!

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