Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Gente estranha

Lembre-se do voto e do comentário

Quando o despertador tocou eu tive que controlar minha vontade de arremessá-lo na parede. Por algum motivo que até os dias de hoje eu não sei, eu odeio todo e cada domingo pelo qual passo. Uma implicância estranha, eu sei, mas acontece!

Acordei meio dia, mas me recusei a sair do quarto até às três da tarde, que foi quando minha família veio verificar se eu estava viva. Eu tinha a sensação irritante de não ter dormido nada, foi um piscar de olhos e eu já tinha de estar de pé... Ninguém merece. Arrastei os pés pela casa depois de minha gêmea me puxar para fora da cama mesmo após muitos protestos. Minhas pantufas de unicórnio faziam meus passos serem imperceptíveis e meu pai se assustou quando me viu de pé, mau humorada e segurando o almoço que Bella esquentou para mim.

Apesar de eu ter nascido antes, era Bella que cuidava de mim. Eu me sinto um robô mas no fundo gosto que ela se preocupe em me lembrar de comer e essas baboseiras. Eu esqueço, e sim, isso é possível.

— Amanhã vocês irão para a escola, estão prontas?— meu pai puxou assunto. A TV estava desligada e comíamos em silêncio, nada incômodo.

— Estou ansiosa, pra ser sincera— Bella falou. Dei de ombros, um tanto indiferente. Sentei-me na poltrona antiga do xerife e eles no sofá. Papai não pareceu se importar.

— Seja o que Deus quiser— sorrio mordendo a melhor batata cozida do mundo. Sério, Bella é uma cozinheira que nunca erra nos temperos! Eu sei cozinhar e tal, mas prefiro deixar essa arte para minha gêmea porque ela faz melhor.

— Amanhã terei um presente para dar para vocês duas— disse Charlie sem olhar para ninguém além do frango em seu prato com uma paixão fervorosa.

— Uh, fiquei curiosa— admiti, empolgando-me.— O que é?

— Amanhã vocês saberão— Charlie disse balançando a cabeça. Não adiantou choramingar, ele resistiu como uma pedra! Eu perdi a manha de fazer a carinha de cachorro abandonado.

Depois de mais uma tarde atoa, pedi para dormir com Bella e finalmente consegui relaxar o suficiente para dormir por uma três horas seguidas. Segunda acordei antes do sol nascer e assim fiquei, parada na cama, encarando o teto sem pensar em nada muito profundo. Só quando minha cópia deu sinal de que estava despertando, eu levantei e fui me arrumar. Coloquei uma roupinha qualquer, até porque não queria impressionar ninguém, tampouco chamar atenção. Ah, o que um pouco de preto não ajuda não é mesmo? Quando desci meu pai já estava nos esperando, segurava uma caneca fumegante de café e outra de chocolate quente, ele me passou essa última e eu fiquei toda felizinha.

— Bom dia— cumprimentei.

— Bom dia, Cat, seu presente está lá fora, quer dar uma espiada?

— Ah, com certeza!

— Bella já está vindo?

— Ela vai tomar um banho primeiro— digo agarrando seu braço e puxando para porta— Vamos lá!

Ao contrário da minha irmã, eu adoro presentes, surpresas e tudo que pode ser uma demonstração de carinho por mais besta que seja. Abro a porta animada e me deparo com um monstro laranja enorme a minha porta. Uma picape velha e meio acabada, ouço o som de chaves, olho para meu pai por cima do ombro, solto seu braço e agarro as chaves.

— Isso é pra gente?!— um sorriso largo ocupa meu rosto. Eu nunca tive um carro, aprendi a dirigir ano passado, mas não dirigi desde que peguei a carteira.

— Claro— meu pai cerra os olhos, analisando-me— Você gostou mesmo?

— Óbvio que sim— eu o abraço brevemente e lhe dou um beijo estalado na bochecha— Obrigada, pai.

— Caterine?— Bella chama saindo de casa já pronta, ajeitando a mochila no ombro e segurando a minha de mal jeito. Os olhos dela se desviam para a picape— O que é isso?

— Nosso carro, gatinha!— sorrio batendo no capô— Eu dirijo!

O dia começou muito bem.

Quando chegamos no estacionamento já em movimento, Bella faltou afundar no banco com os olhares que atraímos pelo barulho da picape. Dei uma freada busca e tive uma crise de riso.

— Acho que tenho o pé pesado— brinco com minha irmã, e nós tiramos os cintos.

— Acha?— ela repete, se fazendo de indignada— Eu dirijo na volta— ela mostrou a mão e eu bufei lhe entregando a chave.

— Só vou deixar porque... ah, foda-se, vai que é sua— não encontrei argumentos e desci da picape, lembrando-me que tenho de bater a porta com um pouco mais de força se não ela não fecha.

— Máquina maneira— elogiou um garoto, ironicamente, cercado por seus amigos e seus carros não tão fodidos. Olhei para ele sem falar nada, meramente entediada, o sorrisinho dele oscilou e eu revirei os olhos ajeitando a mochila nos ombros. Rémedio para palhaço é mostrar que ele não é tão engraçado assim. Eu e Bella olhamos ao redor e eu encontro as placas antes dela, agarrei seu pulso e a arrastei comigo em direção a secretaria seguindo as setas de indicação. Não demoramos por lá, a única coisa que a mulher fez, além de se abismar de finalmente ver as filhas de Charlie Swan, o respeitável xerife, foi nos dar mapas de horário, mesmo que Bella e eu dividíssemos todas as aulas.

— Empolgada?— Bella perguntou baixinho para mim quando saímos da secretaria.

— Uhul, minha nossa, muito!— disse sem esboçar nenhuma emoção de alegria. Nós nos entreolhamos e sorrimos uma para a outra. As vezes a gente pode se dar bem. Enlaço meu braço no dela e suspiro— Pelo menos a gente não vai se separar.

— Exceto na aula de biologia.

— Espera, o que?— me surpreendi.

— Eu estou na biologia avançada, você não, que nem na nossa antiga escola.

— Mas que merda.

— É só uma aula— Bella esfregou meu braço me consolando. Faço careta e nós vamos para a primeira aula. Ninguém merece, todos ficaram nos encarando como se estivéssemos vestindo alguma fantasia ridicula e exuberante.

Nota mental: nunca mais me mudar para uma cidade pequena. Espero que eles superem isso logo, ficar sendo encarada me irrita e muito. Não quero ter que ser grossa, mas meu pavio tem a resistência e o tamanho de um palito de dente. Na quarta aula, antes do sinal anunciar que estava na hora de nós comermos, Bella e eu fomos encurraladas por duas garotas enquanto guardávamos o material na mochila e eu, os cigarros no bolso de trás do jeans. Uma ruiva de cabelos cacheados, baixinha e com muito peito e outra loira com uma carinha de falsa. Fui bombardeada com cheiro de cerejas e chiclete.

— Olá, vocês devem ser as gêmeas Swan— disse a ruiva, uau, será que ela tem uma bola de cristal escondida? Rá!— Eu sou Jéssica Stanley, essa é Lauren Grayson.

— Eu sou Caterine— aponto para meu peito e então para minha gêmea que sorri timidamente— Ela é Isabella.

— Mas me chamem só de Bella, por favor— acrescentou ela. Eu nunca entendi essa cisma com o apelido, gosto de falar o nome de alguém usando todas as letras, mas também não quero tanto assim implicar.

— Legal, só Bella— disse a loira com um sorrisinho— Como vocês são novatas, a gente queria perguntar se vocês não iriam querer se juntar a nós na nossa mesa. Sabe, para apresentá-las.

— Claro, parece ser uma ótima ideia— Bella sorri, gentil. Hm, eu queria ter tido a chance de recusar. Não sou muito de ter amigos. Elas olharam para mim, como se esperassem minha resposta. Dei de ombros e elas se empolgaram por algum motivo. Começaram a tagarelar de como a escola não tinha nenhum novato há, tipo, uns dois anos e, tipo, isso é muito maneiro, super excitante e eu me perguntei se elas não usavam, tipo, uma droga para estarem alegrinhas assim. Nunca fiquei assim pra conhecer alguém em toda minha existência, foi estranho. Elas falam muito "tipo" e em dez minutos de conversa eu já tinha ouvido tipo umas cinquenta vezes e a gente nem tinha saído da fila para pagar nossos almoços.

Assim que nos sentamos, pedi para que Bella vigiasse meu salgadinho, eu tinha só uns dez minutos pra comer e para fumar. Viver com o xerife seria de foder.

— Já volto— avisei aos estranhos na mesa por cortesia, as pessoas não gostam de pessoas mal educadas e eu não quero mostrar que eu sou uma logo no primeiro dia. Fui em direção a saída do refeitório que já dava para o ar livre e fugi das janelas, me encostando numa parede qualquer enquanto puxava um cigarro do bolso junto do isqueiro.

Assim que comecei a puxar, um garoto passou por mim, alto e com os cabelos castanhos acobreados bagunçados. Devo admitir, tinha um belo estilo formal e polido, como um modelo que acabara de sair do desfile. Filhinho de papai que parecia não dormir há uns dias pelas olheiras escuras sob os olhos. Pálido para um caralho, superando até eu e minha gêmea, mas na nossa localidade atual, não é tão anormal assim. Bonito. Muito lindo, nossa, cheguei a me desconcentrar. Suspirei e ele olhou na minha direção, caminhando firmemente para o refeitório. A fumaça saiu por entre meus lábios e a gente se encarou até ele entrar, ele parecia confuso, curioso, mas nada fora do regular hoje. Fiquei uns longos cinco minutos tragando e soltando a poluição, estava com pressa para lanchar, o cigarro não chegou a acabar quando eu o soltei no chão e pisei nele para apagá-lo.

Entrei empurrando a porta e quase me perdi só em procurar pela minha gêmea. Avancei na direção da mesa pela qual fomos acolhidas e me sentei do lado de Isabella, agarrando meu salgadinho.

— E aí— sorrio para quem me encara e logo viro o rosto para não ter que conversar.

— Trouxe um perfume, Caterine?— Bella sussurrou para mim, bufei e abri meu lanche.

— O papai vai chegar bem depois da gente, relaxa— balanço a cabeça, Bella levanta as sobrancelhas como se tivesse se lembrado disso neste instante. Em Phoenix, já que minha mãe estava em casa a maior parte do tempo, eu tinha que me previnir, mas avoada como aquela mulher é, nem reparou. Eu fumo há dois anos e a única da família que sabe é a Bella. Vou manter assim até o dia da minha morte— Do que vocês falavam?— perguntei, minha sósia mais comportada deu de ombros.

— Jéssica estava me mostrando os outros alunos.

— Ah— foi o que respondi, não queria saber tanto assim para alongar o papo.

— Ei, me dá um pouquinho?— pediu um menino, já estendendo a mão para pegar meu salgadinho. O reconheci de mais cedo, o comediante. Continuei comendo e o ignorei encarando Bella.

— A gente vai precisar comprar umas roupas de frio em breve— alego, ela só balançou a cabeça em concordância e voltou a comer. Não falamos mais nada até o fim do intervalo, o que não foi muito tempo. Marchamos de volta para as salas, mas eu tive que ir no banheiro porque toda garota sabe quando vai dar merda. Eu senti algo descendo e tinha que verificar. Merda, sempre esqueço de marcar quando minha próxima menstruação virá. Graças a Bella, sempre trago um absorvente na mochila e hoje não teria problemas de me preocupar onde eu sentava. Jéssica me falou onde o banheiro era e infelizmente era a primeira aula que eu ficava sem a Bella, eu tô sozinha no mundo agora. Que agonia.

Não chegou a manchar muito a calcinha e assim que vesti o absorvente me senti melhor. Saí do banheiro suspirando e acabei batendo direto em algo muito rígido.

— Ah, meu Deus— eu olho para cima e me deparo com um loiro estupidamente bonito me encarando inexpressivo— Cara, do que você é feito?— levo a mão ao ombro e ele dá um meio sorriso, cachos, olhos âmbar bem claros, puta que pariu, que rosto majestoso. De onde estão saindo esses modelos?!

— Me des...— ele respira fundo e congela, seu semblante todo muda e eu fico confusa. Ele me encara com um olhar vidrado e eu recuo um passo franzindo a testa. Senti meu corpo se arrepiar e não era uma sensação excitante.

— Jazz, ei!— veio um garoto sabe-se lá da onde para cima do loiro. O cara era enorme, ENORME! De onde eles saem? Eu adoraria saber. O jeito que o loiro ficou me encarando me estava começando a me irritar— Oi, e aí? Me empresta ele, rapidinho?— me cumprimentou o moreno dando um sorriso largo, agarrou a nuca do amigo e o empurrou com força para trás, o loiro parecia bem rígido. Sacudi a cabeça e me afastei dos dois. Que porra foi essa? Gente estranha...


Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro