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Capítulo X (Parte II) - ...Termina Pior Ainda.

CAPÍTULO X (Parte II) — ...Termina Pior Ainda.


Condado de Oxford, Inglaterra.

Município de Pinewood.

05/06 - Sexta-feira.

01:30 A.M.


Jacob ainda sentia os efeitos das provocações de Jesse Evans agindo sobre seu corpo, mesmo momentos após o ocorrido. Não era justo que quando resolveu sair para se divertir, pela primeira vez em meses, tivesse sua noite arruinada por um idiota. Tentava se livrar das sensações físicas de estresse, e para isso trocou algumas palavras amigáveis com um grupo de rapazes do seu ano. Falar com eles o ajudou a descontrair, mas os colegas se afastaram, seguindo três garotas bonitas que passaram por perto. 

Mais relaxado, finalmente acreditava poder aproveitar o resto da festa em paz. O sentimento não durou muito, já que logo teve a infeliz visão de Jesse caminhando em sua direção, outra vez.


—Puta merda... — Resmungou. —Lá vem...


Estranhamente, Evans vestia roupas diferentes das que usou antes. Mantinha a camiseta do uniforme, mas sua bermuda e tênis não eram mais os mesmos. Jacob bufou, imaginando que aquilo deveria fazer parte de alguma piada estúpida. Então, se preparou psicologicamente para a aproximação dele, que vinha ao seu encontro, mas parecia um pouco alheio, olhando em volta para outras pessoas, e tomando pequenos goles de uma bebida desconhecida em seu copo. Quando estava próximo o suficiente, Jacob resolveu dizer, sem rodeios:


—O que você quer?

—Oi? — Jesse respondeu, franzindo o cenho em uma expressão confusa, mas com um sorriso curioso nos lábios.

—Você me ouviu. — Cruzou os braços, sério.

—É, eu ouvi, mas não estou te entendendo! — Deu uma risada alta, e um tanto exagerada demais.

—Você só pode estar brincando, né?! — Só tinha razões para desconfiar daquele comportamento. —Qual é o seu problema?!


Evans parou de rir aos poucos. Ainda com uma feição alegre e confiante no rosto, raciocinou por um momento. Repentinamente, voltou a gargalhar alto, dizendo:


—Saquei! — Seu comportamento chamava um pouco de atenção das pessoas envolta. —Você deve ter esbarrado no meu irmão!


Jacob franziu o cenho. Que tipo de peça idiota o imbecil tentava lhe pregar?


—Irmão?! Do que é que você está falando?! — Manteve a expressão séria, sem nenhum pingo de paciência para aquele teatrinho todo.

—Deixa eu adivinhar. — Se acalmou, dando um gole no líquido azul do seu copo. —Apareceu um garoto, com a mesma cara que a minha, e te irritou tanto, mas tanto, que você não quer ver ele nem pintado de ouro. Acertei? — Toda sua postura, desde o tom de voz até os gestos, era regada à exageros.

—Claro que acertou, babaca. — Revirou os olhos, bufando. —Porque, como você mesmo disse, foi você quem fez isso.

—Opa, eu não! — Interviu, orgulhoso de si, e se achando o ser humano mais inteligente do mundo por não ter errado no palpite anterior. —Eu disse que foi alguém com a minha cara!

—E quem mais poderia ter a sua cara?!


Nesse mesmo instante, outra pessoa se juntou a eles, apressadamente.

Era... Jesse?


—Meu deus... São dois... — Jacob murmurou inaudível, deixando o queixo cair por um momento. Quanto azar catastrófico poderia ter em um único verão?!


O "verdadeiro" Jesse se aproximou do garoto idêntico a si, dizendo:


—Onde você se enfiou, Onze?! Te procurei em todo canto, e você não atende a porra do celular! — Parecia um pouco preocupado.

—Deixei o celular no quarto. — Deu de ombros, simplório. Quando estava prestes a beber mais, o outro arrancou o copo de sua mão. —Ei! Isso é meu! — Protestou.

—Você sabe que álcool corta o efeito dos seus remédios, e pelo jeito já está cortando. — Repreendeu-o. Em seguida, virou todo o líquido de uma vez na garganta, garantindo assim que o irmão não voltasse a bebe-lo.


Jacob observava a cena, calado, ainda incrédulo. Claramente eram gêmeos, com as exatas as mesmas características físicas: um pouco mais baixos que ele, os cabelos castanhos caindo até a nuca, olhos azuis levemente separados, pele clara, rosto quadrado... A possibilidade de precisar lidar com duas pestes ao mesmo tempo (fora Kenai, que já era um problema à parte) o aterrorizou. Só restava torcer para que o segundo Evans não fosse tão terrível quanto o primeiro. Jesse notou-o, dizendo:


—Pelo visto já conheceu o excelentíssimo presidente do Grêmio... Oi, de novo. — Arqueou uma sobrancelha, travesso. —Enfim... — Se voltou para o gêmeo. —Você está com meu isqueiro. Devolve.

—Não pode pedir pra alguém te emprestar? — A fala soou manhosa, como se tentar convencer o irmão daquela maneira fosse algo recorrente.

—Não, eu quero o meu, e você não vai ratear ele de novo. Me dá. — Estendeu a mão para frente, firme.


O outro apenas revirou os olhos, rindo, ao passo que pegava o isqueiro quadrado e prateado no bolso, e o colocava sobre a palma de Jesse.


—Herói, caralho, você some! — Adele apareceu. Lançou um olhar de desprezo para Jacob, reconhecendo-o pelo discurso dado no campus, e então voltou sua atenção aos gêmeos. —Qual dos dois é você? — Assim como muitos, encontrava dificuldades em diferenciá-los. Jesse levantou o copo vazio tirado anteriormente do irmão, se identificando, e ela o puxou pelo braço, enquanto dizia: —Vem, preciso falar contigo.


Enquanto era "arrastado" pela garota, Jesse deu uma olhadinha para a dupla que ficou para trás, acenando de leve, com uma cara de quem aprontaria algo.


—Herói... — Começou o outro Evans. —Odeio esse apelido tosco. E eu tenho o direito de odiar! Toda hora me confundem com ele, e acabam me chamando disso, e...

—Qual é a desse apelido? — Jacob não percebeu que o interrompeu, ainda com o olhar fixo em Jesse e Adele, preocupado com o que fariam.

—Meu irmão é... Criativo, pro mal. — Riu, também aparentemente sem notar que foi interrompido. —Ele "salva as pessoas do tédio", por isso, Herói. — Fez aspas com as mãos, em um tom de voz debochado. —Basicamente, não aguenta ficar meio segundo sem inventar alguma besteira pra fazer. E na escola, é o cara que mais arranja encrenca com, tipo, todos os professores. Até com a diretora, coordenadores... 


Jacob não se surpreendeu com a informação. Mesmo que ela significasse a confirmação dos seus medos, dando-lhe a certeza de que Jesse era sinônimo de problemas, já imaginava que o garoto certamente tinha um histórico daqueles.


—Se ele é assim, como não foi expulso ainda? — Perguntou, genuinamente curioso, agora virando-se totalmente para o irmão dele.

—Ele nunca foi pego. — Deu de ombros. —Quer dizer, todo mundo sabe que foi ele quem fez o que quer que seja, mas meu irmão é muito cauteloso. Nunca conseguiram achar uma prova contra ele. — Contou, com certo orgulho.


Dessa vez, a fala do garoto teve impacto sobre Jacob, que arqueou as sobrancelhas. Sem saber o que dizer, e um pouco mais perdido nas próprias preocupações, acabou questionando:


—E foi ele quem inventou esse apelido?

—O que?! Lógico que não! — A simples dúvida fez com que se exaltasse muito mais do que o esperado. —Quem inventa o próprio apelido?! Não, não! Isso deveria ser proibido! Tipo, por lei!!!


A reação desproporcional do mais novo causou um estranhamento em Jacob, que mirou-o com o cenho franzido, tentando entendê-lo. A fala de Jesse momentos antes, sobre "o álcool cortar o efeito dos seus remédios", o fez se questionar se havia algum distúrbio mental envolvido naquele comportamento.


—Apelidos só devem ser escolhidos por amigos seus! Bem, ou pessoas próximas. — Evans continuou. —O meu, foi meu irmão quem me deu! Me chamam de "Onze". Quando ele ganhou o dele, inventou esse, pra eu ter também! Ele diz que não preciso ser um dez perfeito pras pessoas gostarem de mim, e por isso o número Onze!


Jacob não pôde deixar de sorrir um pouco. Por mais que fosse uma peste, Jesse aparentemente cuidava bem do irmão gêmeo. O que era respeitável, principalmente aos olhos de quem entendia muito bem as responsabilidades de tomar conta de outras pessoas. De qualquer forma, isso não afetou nem um pouco o quanto o considerava insuportável. Aquele com quem conversava no momento, por outro lado, embora se comportasse de forma um tanto excêntrica, parecia ser um alguém mais fácil de se lidar.


—E qual é o seu nome? — Perguntou.

—Castiel! — Respondeu, sorridente. —Igual o anjo. E o seu?

—Jacob White. — Sorriu de volta, simpático, estendendo a mão.


Castiel, em um primeiro momento, não soube o que fazer com a mão do rapaz, sem estar acostumado com aquele gesto. Mas não demorou para entender que era um cumprimento, e aceitou-o, sem tirar o sorriso do rosto.


[...]


Mackenzie sentou-se às margens do lago, sozinha, visto que Vanessa desapareceu com o namorado. Pensativa, a loira revivia o momento em que foi basicamente "linchada" pelos alunos do colégio rival. A memória tirava sua paz, intrigando-a por não compreender o motivo pelo qual todos pareceram tão irritados não só consigo, mas com o Instituto em geral. Perguntar a eles o que estaria acontecendo soava implausível, já que não haviam quaisquer indícios de estarem abertos para algum tipo de diálogo.

Enquanto refletia, a adolescente bebia uma mistura alcóolica forte, com pouquíssimo refrigerante. Então, sentiu uma aproximação atrás de si. Virou-se, se deparando com o irmão mais velho.


—Olha só quem resolveu aparecer! — Falou, satisfeita e sorridente, se levantando.

—É, eu acho que meu buraco já está tão fundo, que não tem como isso aqui... — Fez um círculo com o dedo indicador apontado para cima. —...Piorar alguma coisa. — Deu de ombros, sorrindo.

—Como você é exagerado! — Ela riu, se aproximando e o abraçando. Jacob acompanhou a risada, mesmo que não concordasse que suas preocupações eram exageros. —Estou muuuito feliz em te ver! — Se afastou, genuinamente contente, até mesmo esquecendo um pouco das próprias reflexões anteriores. —Mas ficaria mais feliz se você estivesse bebendo. — Arqueou uma sobrancelha. —Cadê o seu copo?

—Eu... — Recordou do fato de que o esmagou quando foi tirado do sério por Jesse. —Acabei perdendo. Onde posso pegar outro?


Mackenzie estranhou, pois ele não era do tipo que "perdia" coisas, mas decidiu não perguntar. Apenas guiou-o até um cooler, de onde não só tirou um novo copo de papel, como também uma garrafa de vodka. Em seguida, preencheu todo o recipiente com o líquido, e entregou ao irmão


—Pura?! — Questionou, um tanto indignado.

—Pura. — Confirmou. —Você aguenta, e ainda está muito sóbrio. — Ela mesma já não se encontrava em seu melhor juízo, começando a sentir os sintomas da embriaguez com mais intensidade. —Essa festa não vai durar muito mais horas, e eu quero te ver doidinho.


Jacob revirou os olhos, e tomou um pequeno gole. O fato de estar extremamente gelado tornou o gosto mais suportável, mas mesmo assim sua garganta queimou, fazendo o rosto contorcer-se em uma careta discreta, que não passou despercebida pela irmã.


—Você já foi mais forte... — Brincou ela, com um risinho.

—Sai pra lá! — Riu. —Você é doida se gosta disso!


Outra voz feminina preencheu o ambiente. Tratava-se da melhor amiga de Jacob, Allyanne, dizendo:


—Já está embebedando ele, sem mim?! — Fingiu indignação.


Os cachos de Allyanne estavam presos em um rabo de cavalo alto, e a jovem trazia consigo uma garrafa de cerveja, já pela metade.


—Desculpa, Annie, ela foi mais rápida. — Jacob se defendeu, ainda em tom de brincadeira, fazendo um gesto com as mãos para cima em rendição.


Enquanto cumprimentavam Mwangi, Alevi e Thomas também se aproximaram do grupo. Todos ficavam cada vez mais animados com a companhia uns dos outros. 


—Levi, Levi... — Mackenzie dizia, abraçando o caçula. —Nunca imaginei que te veria aqui, no meio dessa selvageria... — Se afastou, com as mãos ainda em seus ombros, encarando-o com um misto de felicidade e preocupação estampado no olhar.


De fato, as coisas ao redor se intensificaram. Com adolescentes cada vez mais alterados, os comportamentos de bom senso ausente se tornavam frequentes, e gritantes. As vozes de todos já estavam mais altas e, pelo menos da maioria, também arrastadas, devido à ingestão do álcool e uso de outros entorpecentes. Viam-se alguns casais se agarrando aqui e ali, grupinhos fugindo para o meio da floresta, gente dançando, peças de roupa jogadas no chão e pessoas quase despidas... Até mesmo os alunos do PHS pareciam se divertir.


—Estou feliz por ter vindo! — Alevi sorriu para a loira, olhando por um momento para Thomas, que estava atrás dela e conversava com Jacob.


A memória da tarde anterior, na qual quase foi pego por Kenai devido à sua própria imprudência, infernizava-o. Não teve coragem de contar aos irmãos e ao melhor amigo sobre o ocorrido, temendo reacender neles a chama de preocupação excessiva que, aparentemente, estava se apagando. Odiava mentir, mas concluiu não ter escolha. Ainda sim, se sentindo muito culpado, via no ato de passar um tempo com todos na festa uma forma de compensá-los pelo seu erro.

Não demorou para o grupo se servir das bebidas ainda disponíveis no cooler mais próximo. Com exceção de Alevi (que, para o alívio dos irmãos, resolveu não beber), todos se embriagavam, riam, conversavam, e sentiam a tensão dos últimos dias se esvair dos seus corpos a cada gole.

Com isso, abaixavam as guardas para a presença (ou não) dos estudantes do PHS.

E, muito em breve, se arrependeriam disso.


[...]


Já passava das duas e meia da manhã quando Alevi e Thomas se separaram do grupo. Alevi, desperto, admirava a floresta. Visava guardar cada recorte do belo cenário em sua memória, para pintá-lo posteriormente. Por isso, perguntou ao melhor amigo se poderiam dar uma volta, e Green, que naturalmente não conseguia lhe negar nada, aceitou. A dupla andou para longe, por um caminho de terra batida, sem prestar muita atenção no quanto se afastavam do núcleo onde a festa ocorria.

Thomas estava imerso na própria embriaguez. Seus sentidos ficaram aguçados, enquanto os pensamentos aconteciam lentos, e um pouco turvos, assim como a visão. Alevi, por outro lado, sentia-se mais atento do que nunca. Parte pela presença das águas fundas do lago, das quais fazia questão de manter pelo menos dois metros de distância, e parte pela rica beleza do cenário noturno à sua volta. Observava o suave balanço das árvores, as cores das flores iluminadas pelo luar, os pequenos vagalumes perambulando por entre os troncos... Ali, pela ausência das lanternas, a claridade estava mais baixa. Mas, ainda sim, era possível distinguir todas as coisas com alguma nitidez.

Alevi não era fã do escuro, muito pelo contrário: se não fosse pela presença de Thomas, por mais que bonita, a floresta, naquelas condições, lhe seria assustadora. Mas, acompanhado, tentava não pensar no que tinha a temer, concentrando-se nas coisas boas que podia apreciar. Repentinamente, avistou uma movimentação por entre a vegetação rasteira próxima a si.


—Olha, Tom, é uma lebre! — Exclamou, vendo o animal correr e desaparecer ao longe. Fascinado, continuou observando o caminho que este percorreu, mas estranhou quando, passados alguns instantes, não obteve nenhuma resposta do melhor amigo.


Quando se virou para ele, deparou-se com este olhando para cima, distraído, e completamente alheio ao que lhe foi dito anteriormente. Totalmente imerso na sua falta de sobriedade, Thomas demorou para notar o olhar do outro sobre si. Quando percebeu, disse, em um pequeno sobressalto:


—Você... Falou alguma coisa? — Sua voz soou um pouco arrastada.


"Caramba, Tom, quanto você bebeu?" — Alevi se questionou mentalmente, rindo.


—Não era nada demais. — Continuava com o riso no rosto. —Você está bem?

—Estou... — Sorriu de volta, piscando algumas vezes. —Podemos sentar um pouco? É... — Procurou algo com o olhar. —Aquela pedra ali serve. — Apontou.


Alevi assentiu, percebendo que os passos dele se davam de forma um tanto desordenada, o que significava que seu equilíbrio também foi comprometido pela bebedeira. A dupla se direcionou até a rocha, que era larga, não muito alta, e chata na parte de cima, formando um assento perfeito. Quando se aproximaram dela o suficiente, Thomas se sentou de imediato. Então, antes que Alevi tivesse a chance de fazer o mesmo, o mais velho puxou-o pela cintura, posicionando-o de frente para ele, parado em pé entre suas pernas.


—Ei! — Protestou ao ser puxado, brincando.

—"Ei" nada. — Todos os sinais indicavam ter chegado ao ápice da embriaguez. —Já estava na hora de eu te ter pra mim um pouco.


A fala fez com que o mais novo sorrisse, e Green o trouxe para mais perto.


—Você é incrível, sabia? — Disse baixo, com os rostos próximos.

—Você está tão bêbado... — Alevi constatou, desviando o olhar e corando um pouco.

—E daí? — Virou o rosto dele de volta para si com o indicador, rindo. —Isso não muda nada. Posso estar bêbado... — Deu um beijo em um canto de sua boca. —...Sóbrio... — Beijou o outro canto. —...Tanto faz. Vou te achar incrível de qualquer jeito.


Dessa vez, foi o mais novo quem quis beijá-lo, timidamente roçando em seus lábios antes de tocá-los com maior intensidade. Thomas desejou aprofundar o contato, pedindo passagem com a língua, o que não costumava fazer. Alevi cedeu, mesmo que fosse algo diferente do habitual, e sentiu o gosto dele, amargo pela bebida, lhe invadir.

De início, o beijo se manteve suave, e tão calmo quanto sempre era. Mas a calmaria não durou muito. O pudor de Green se esvaía progressivamente, tanto pelo álcool, quanto pela presença do melhor amigo em seus braços. Guiado pelos próprios instintos, movimentou a língua de maneira mais lasciva, e forçou uma proximidade entre eles que só seria possível se o outro se sentasse em seu colo. Alevi obedeceu, inocentemente, separando as bocas por um momento e apoiando as mãos em seus ombros para subir sobre ele. Quando em cima, manteve o próprio peso sobre os joelhos, sem soltá-lo.

Recomeçaram o beijo e, guiadas ainda pela inconsequência da embriaguez, as mãos de Thomas percorreram todo o tronco e costas do garoto. Sem aviso, puxou-o para baixo pela cintura, chocando seus corpos, e fazendo com que este ficasse de fato sentado sobre si, pressionando-o de leve por cima da calça. Essa pressão, liberou uma eletricidade morna em Green. A sensação quente percorreu cada um dos seus membros como um choque, e o trouxe de volta para a realidade.

Quando se deu conta do que fazia, Thomas subitamente interrompeu o contato, abrindo os olhos, e fazendo uma expressão de surpresa, como se não soubesse como tinha ido parar ali. Alevi, em seu colo, observou-o sem entender, deixando a cabeça pender um pouco para a direita.

Green, gentilmente, mas com certa urgência, tirou o melhor amigo de cima de si, se levantando em seguida. Sentia-se desnorteado, realmente tonto, e arrependido. O que diabos estava fazendo?! Sabia que era perigoso tocar Alevi naquele estado, dado o fato de que sua atração por ele triplicava quando estava bêbado, e ainda sim o fez. Idiota. Precisava se hidratar, e recuperar o juízo. Ao seu ver, a inocência do melhor amigo era algo muito delicado, que sempre tratou com o máximo de responsabilidade. Simplesmente não poderia se deixar levar pelo álcool, e acabar fazendo alguma besteira irreversível.


—Eu... — Disse, notavelmente perdido. —...Vou pegar uma água e já volto, tá bom? Não saia daqui. — A fala foi embolada, e a perturbação em sua mente era tanta que sequer se deu conta de que deixaria o amigo num lugar isolado, no escuro da floresta, até que voltasse.


Alevi não teve tempo de responder, pois o outro logo virou as costas e cambaleou em direção ao núcleo da agitada festa. Estava tão confuso, que não conseguiu ir atrás dele, mesmo que não desejasse ficar desacompanhado. Teria feito algo errado, para o outro mudar de postura de maneira tão abrupta? Geralmente, Thomas era fácil de se ler. Mas, naquele momento, lhe parecia impossível decifrar o que houve.

Sozinho, o lugar em que se encontrava se tornou ainda mais escuro, e assustador. Os sons da floresta, antes encantadores, passaram a ser sombrios. A água do lago, mesmo distante, encarava-o sorrateira, densa e perigosa. Os movimentos na vegetação, que normalmente despertariam sua curiosidade, o deixaram em um desagradável estado de alerta. Até mesmo o ar a sua volta pareceu ficar mais frio, fazendo com que abraçasse o próprio corpo em busca de conforto.

Avoado nos próprios medos e aflições, só caiu em si para que algo estava errado quando seus ouvidos foram preenchidos por gritos altos e estridentes. Olhando para a festa ao longe, notou que os adolescentes corriam para todos os lados, se espalhando de maneira desesperada. Assustado, procurou Thomas em meio a confusão, mas não o encontrou, tendo muita dificuldade em distinguir qualquer rosto conhecido àquela distância.

Logo percebeu que, entre os jovens, haviam homens e mulheres adultos, uniformizados, com lanternas em mãos.

Nesse instante, entendeu tudo: Eram os seguranças do Instituto. A festa foi descoberta, e os estudantes estavam sendo "caçados" para serem denunciados, e punidos pela direção da escola.

Punições essas, que poderiam incluir a expulsão.

Em pânico, Alevi olhou em volta desesperado, buscando algum tipo de esconderijo. Conseguiu localizar uma entrada de trilha, que aparentemente levava mais para dentro da floresta, e teve poucos segundos para decidir se fugiria por ela, ou não. Observando os seguranças se aproximando cada vez mais de onde se encontrava, percebeu que não tinha escolha. Transbordando adrenalina, saiu correndo, adentrando o caminho desconhecido e desaparecendo por entre as árvores. 


NOTAS FINAIS


*PHS = Pinewood High School.

Desculpem por qualquer erro de ortografia, repetição, ou mal entendimento! Aguardo ansiosamente pelos comentários de vocês. Beijos!

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