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Capítulo IV - Simasia.

CAPÍTULO IV — Simasia. 

                                                                    Simasia, palavra em grego para importância.

"I'd climb every mountain / Eu escalaria cada montanha

And swim every ocean / E nadaria cada oceano

Just to be with you / Apenas para estar com você."

                                                                 — Calum Scott


Condado de Oxford, Inglaterra. 

Município de Pinewood.

02/06 - Terça-feira.

05:45 P.M.

O Instituto Ólympus possuía um centro desportivo* imenso, com ambientes para a prática dos mais diversos esportes, fossem aquáticos, atléticos ou em equipe.

As quadras de vôlei se localizavam em um ginásio coberto, cercadas por arquibancadas vastas, com capacidade para abrigar duas centenas de telespectadores. No momento, aconteciam simultaneamente os testes de entrada para os times masculino e feminino daquela modalidade nos Jogos M.C.K.. Por tratar-se de uma atividade muito popular nos momentos de lazer dos educandos, vários deles apareceram para assistir ao acontecimento, e uma quantidade ainda maior, de ambos os gêneros, se mostrou interessada em ingressar nas equipes.

A peneira* dos rapazes foi acirrada, e Thomas Green chegou ao estágio final do tryout*, tendo um desempenho excepcional. Respeitando o esforço que fez para se sair bem no teste, concentrou-se em deixar de lado o caos envolvendo Kenai Bullet, focando apenas na própria performance durante as partidas. Assim como os demais atletas, vestia o traje obrigatório solicitado pelos treinadores, que consistia em uma bermuda azul-marinho, regata branca e tênis esportivos. O visual deixava a mostra seus braços trabalhados, atraindo olhares de pessoas que não se lembravam dele como um alguém musculoso. Os cachos castanhos, úmidos de suor, grudavam na face, acrescentando-lhe um certo charme atlético. Sua aparência como um todo, aliada à alta quantidade de pontos que marcava consecutivamente para o seu time, chamavam a atenção da plateia.

Ninguém na arquibancada o observava mais do que um certo par de grandes olhos azuis. Alevi, sentado com a mochila do melhor amigo no colo, apertava forte o tecido desta, mordendo o lábio inferior, ansioso. Adorava ver Thomas sair-se tão bem na peneira. Ouvia estudantes próximos a si comentando sobre ele, e cada elogio ao cacheado enchia-o de alegria. Quase não continha o próprio orgulho, com dificuldade em não reagir exageradamente aos movimentos de sucesso do mais velho que, cada vez que realizava uma boa jogada, o procurava entre os telespectadores com o olhar, presenteando-lhe com um sorriso galanteador.

Infelizmente, a memória de Alevi não o permitia aproveitar o momento por completo. A conversa extremamente desconfortável com os irmãos lhe vinha à cabeça de tempos em tempos. Recordava seus olhares preocupados, o tom de voz altivo de discussão que imperou durante todo o diálogo, e a sombria expressão no olhar de Jacob quando este anunciou que resolveria a situação por conta própria. Alevi insistiu, mas o mais velho não lhe revelou quais eram seus planos. O que quer que fosse, escolheu manter em segredo, para a inquietação do caçula, que odiava ficar no escuro. Curioso, imaginava todo tipo de possibilidade, embora todas elas nunca envolvessem seu irmão fazendo algo verdadeiramente cruel, violento ou maldoso.

Um som estridente preencheu o ginásio. O juiz que coordenava o jogo ergueu o braço direito, anunciando que caso o time de Thomas marcasse mais um ponto, eles venceriam.

Uma leve tensão se estabeleceu no ar. As conversas paralelas vindas da arquibancada cessaram. Todos os telespectadores observavam atentamente o que acontecia em quadra, ansiando por descobrir qual seria o desfecho da partida.

White segurou na mochila de Thomas com mais afinco, prendendo a respiração por um momento, sem perceber.

O time adversário estava com a vez. Um rapaz loiro fez o saque.

A equipe de Green receptou a bola, todos muito concentrados. Dominando-a com precisão, a devolveram para a outra metade da quadra. Rápido, um garoto negro tomou-a em mãos, levantando-a, sendo acompanhado por outro adolescente, que desferiu um golpe violento nesta em seguida. Como uma bala, ela voou de novo para o campo de Thomas.

Ele estava na rede.

Sua altura tinha lhe ajudado até ali, mas agora a bola vinha alta demais.

A cena se passou em segundos, mas a plateia via tudo acontecer em câmera lenta.

Green saltou, se elevando o suficiente, conseguindo alcançar o alvo. Um bloqueio feito com força, e precisão.

A bola foi arremessada para o território adversário, tocando o chão.

O último ponto necessário: o time dele venceu a partida.

Os torcedores ergueram-se dos seus assentos, histéricos. Alguns protestavam contra o resultado. Outros, celebravam a vitória. Entre eles, Alevi, que não conseguiu conter sua emoção e, sem querer, se viu de pé, aplaudindo e comemorando o sucesso do melhor amigo.

[...]

Thomas e Alevi andanvam sobre os caminhos de cimento queimado, pintados de azul escuro, que existiam pelo extenso gramado da área externa do Instituto. Dirigiam-se para o refeitório.

Green, caminhando com as mãos nos bolsos, olhava para o céu estrelado, ouvindo o melhor amigo dizer:

—Sabia que você ia conseguir! — Alevi sorria largo, orgulhoso. —E o jeito como se saiu... Nossa! Eu nunca tinha te visto jogar assim!

—Pois é... — Deu uma risadinha fraca. —Digamos que hoje tive motivação pra um desempenho um pouco mais... Agressivo. — Confessou, referindo-se ao fato de que se esforçou para transformar sua vontade de matar Kenai em algo produtivo. —Pelo menos todo esse tempo que pratiquei deu algum resultado.

Mesmo conquistando um objetivo que trabalhou durante bastante tempo para atingir, não conseguia melhorar seu humor. Preocupado, instintivamente se perguntava qual seria o grande plano que Jacob colocaria em prática para deter Kenai.

O mais velho dos White fez questão de não lhe contar sua ideia, provavelmente visando escondê-la de Alevi. Isso fazia com que Green tivesse uma ligeira noção de que, qualquer que fosse a estratégia elaborada pelo rapaz, provavelmente seu melhor amigo não aprovaria tais métodos. De certa forma, sentia que gostava disso: se Alevi não ficaria feliz com o plano, provavelmente tendia a ser algo cruel, ou violento. E a hipótese de alguma coisa nesses termos acontecer com Bullet lhe era extremamente satisfatória. Mas só ficaria em paz de fato diante de um desfecho real para aquela história.

—Com certeza vão te chamar pra participar do time oficial do Instituto! — Comentou Alevi, ainda muito contente.

—Pode até ser... — Respondeu, dando de ombros. —Mas já estou bem satisfeito por ter me saído bem hoje. Quer dizer, se eu não tivesse, teria perdido a oportunidade de te ver torcendo por mim na arquibancada. — Encarou o outro com um meio sorriso. —Essa foi a melhor parte.

Alevi corou, sem graça ao relembrar de que celebrou a vitória do amigo ao final da partida.

Em silêncio por um momento, aos poucos livrando-se da timidez, notou que, assim que este voltou a encarar o caminho à sua frente, Green parecia tenso. Confuso, se perguntou o que estaria incomodando-o, já que supostamente deveria sentir-se feliz por ter conseguido sua tão desejada vaga na equipe de vôlei. Não demorou para a resposta surgir em sua mente: Thomas ainda era perturbado pelo caso envolvendo Kenai, naturalmente.

—Me desculpa. — Alevi falou, chateado.

—O que? — Mirou-o sem entender, ainda caminhando.

—Era para você estar feliz agora... Comemorando... Sabe? Poxa, você se esforçou tanto para conseguir se sair bem no teste... E conseguiu, mas não pode aproveitar sua conquista, por minha causa. — Respirou fundo. —Por estar preocupado com um problema que eu criei. Sinto muito mesmo, Tom.

Green parou de se mover. Não haviam pessoas por perto, portanto, não obstruíram a passagem de ninguém enquanto conversavam. Fitou o amigo, escolhendo quais palavras usar. Respirou fundo, dizendo:

—Não importa quantas vezes eu tenha que repetir isso, vou sempre te lembrar de que: tudo o que está acontecendo, toda essa situação, não é sua culpa. Kenai Bullet é um psicopata, e essa é a única razão pela qual ele te ameaçou. Não tem nada a ver com algo que você tenha feito, ou deixado de fazer. — Fez uma pausa.

Alevi não pareceu muito convencido, apertando os lábios.

Thomas suspirou, coçando a nuca. Odiava vê-lo daquela forma. Sentiu uma necessidade forte de, novamente, confortá-lo. Só que com mais do que apenas frases de consolo.

Logo percebeu que a única forma de convencer Alevi de que todo o inferno gerado por Kenai não arruinaria aquele dia por completo, seria não deixando que tal coisa acontecesse de fato.

—Quer saber? Você tem razão. — Alevi levantou o olhar, escutando-o. —Não vou deixar aquele babaca estragar esse dia, mais do que ele já fez. Vem comigo. — Dito isso, olhou em volta rapidamente, para garantir que não estavam sendo observados, e pegou o outro pela mão, guiando-o para a direção contrária de onde estavam indo anteriormente.

—Ei! — Alevi falou, entre sorrisos. —E o jantar?!

—Pode ficar para mais tarde! — Thomas sorriu de volta. —Agora, vamos celebrar minha vitória.

[...]

Após um trecho caminhando apressadamente, com Thomas guiando Alevi pela mão, diminuíram o passo, chegando a uma área arborizada do Instituto, próxima aos muros do colégio. O pomar abrigava árvores de diversas espécies e tamanhos diferentes, frutíferas ou não, com pequenas flores germinando em suas bases. Como uma pequena floresta particular dentro do campus, uma energia diferente, quase mágica, pairava ali. 

—Estava praticando vôlei com alguns garotos do meu ano, perto daqui... — Thomas começou. —...Um deles fez um saque muito forte, e a bola acabou vindo parar nesse lugar, presa, exatamente... — Olhou em volta, parando de andar. —...Naquela árvore. — Apontou para frente, indicando um carvalho alto e bastante retorcido.

Green acariciou o polegar do amigo, fazendo com que este notasse que ainda estavam de mãos dadas. Alevi enrubesceu, gostando do toque, e sorrindo de leve. Sentir seus dedos entrelaçados lhe trazia uma sensação de conforto e segurança muito agradável.

—Vim buscar a bola, e tive que escalar aquele tronco para chegar até ela. — Sorriu. —E você precisa ver isso. Vem comigo.

Assim, soltou sua mão. Alevi permaneceu estático, observando-o. Thomas se aproximou do carvalho, jogou a própria mochila no chão, e começou a escalá-lo, apoiando-se em galhos firmes e pisando em algumas depressões na madeira.

—Tom... — Chamou timidamente, ainda parado. —Eu não acho que consigo fazer isso.

Green olhou para trás. Parou o que fazia, retornando para o chão, dizendo:

—Consegue sim, Levi! — Foi até ele. —Vem, eu te ajudo! — Ofereceu a mão para o amigo.

—Não sei... Eu realmente gostaria, m-mas...

Sem deixar que Alevi finalizasse a frase, Thomas tomou seu rosto em mãos, e o beijou. O contato não foi profundo, sem passar de um toque de lábios. Tais carícias inocentes faziam parte daquela amizade há bastante tempo. Era inegável que os sentimentos de ambos um pelo outro iam um pouco além do que de apenas "grandes amigos", mas não pensavam em oficializar a relação como algo a mais do que isso, confortáveis com a dinâmica atual dela.

Sem aprofundar o gesto, Green separou as bocas devagar, mantendo-se próximo, e roçando seus narizes carinhosamente.

—Você consegue. Confia em mim. — Falou baixinho, encostando suas testas. —Vai valer a pena, você vai amar.

Alevi assentiu com a cabeça, um pouco inseguro, mas sorrindo de leve, e arrancando um sorriso maior ainda do melhor amigo.

Thomas delicadamente entrelaçou suas mãos de novo, puxando-o para perto da árvore com gentileza. Alevi começou a escalar, encontrando dificuldades no começo, e sentindo o corpo trêmulo à medida que se afastava do solo. Green vinha atrás de si, guiando-o, e lhe dando segurança de que não cairia. Conforme subiam, o trajeto ficava mais fácil, desde que não olhasse para baixo. Finalmente, alcançaram o topo.

Suas cabeças sobressaiam-se acima das folhas do carvalho, de forma que conseguissem vislumbrar todo o ambiente em seus entornos. Green ajudou Alevi a se sentar em uma parte mais firme do tronco, e em seguida posicionou-se a sua frente, mantendo uma mão na cintura dele, lhe dando estabilidade.

Alevi, então, deixando-se libertar do medo, apreciou a vista proporcionada pelo local em que se encontravam.

Dali, a uma altura maior que a dos muros, podiam observar uma extensa parte da floresta que os cercava. As copas das árvores eram iluminadas por raios lunares prateados, formando sombras bonitas. O vento gelado de verão soprava as folhas, balançando-as suavemente. Alguns poucos pássaros passavam voando de um lado para o outro, dando um bonito ar de mistério ao ambiente. Ouviam-se grilos, corujas, e outros tantos sons curiosos da natureza. Alevi virou seu rosto para cima, apreciando o céu estrelado e sem nuvens que os amparava. A lua, quase cheia, parecia sorrir para a dupla. Não conteve um suspiro em admiração.

—É lindo, não é? — Comentou Thomas, também olhando em volta. —Você foi a primeira coisa que me veio à cabeça quando tive essa visão. Poucas coisas são tão bonitas assim, a ponto de me fazerem lembrar de você. — Pegou uma das mãos do outro com ternura, depositando ali um beijo. —Na verdade, pensei em você o tempo todo enquanto estava aqui em cima... Não sei porque demorei tanto para te trazer nesse lugar.

—Eu amei. — Foi a única coisa capaz proferir, completamente extasiado.

Por mais bela que fosse a paisagem em seu entorno, não desviaram seus olhares, fissurados cor-de-mel no azul.

Naquele momento, seus problemas eram irrelevantes.

Só existiam Alevi,

Thomas

e um suave toque de lábios, num beijo carinhoso que dividiram sob o luar. 


NOTAS FINAIS 

*Centro desportivo = Trata-se do conjunto de quadras, ginásios e afins, voltados para esporte, de uma instituição.

*Cheerleading = Líderes de torcida.

*Tryouts = Testes, provas para ser aprovado em algum esporte.

*Peneira = Processo comumente utilizado no meio esportivo para selecionar os melhores jogadores de determinada modalidade.

E aí, o que vocês acharam? Estou um pouco bloqueada, tenho tido dificuldade em escrever os capítulos, portanto me avisem mesmo se eles estiverem meio estranhos. Desculpem por qualquer erro de ortografia, repetição, ou mal entendimento. Enfim, aguardem por novidades no próximo capítulo! Beijossss! 

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