No outro dia, sou acordada logo cedo por Rosé, havia muita carne de caça e não tinha aonde enfiar, meus avós haviam saído e além de mim não tinha mais ninguém para ajudá-la a distribuir na vizinhança.

— Por que temos que fazer isso logo cedo ?

— Por que não quero jogar toda essa carne fora.

— Por que não salga elas ?

— Por que demora muito, e eu também quero fofocar. Vamos vai, eu não dou conta sozinha. — E em cada casa que ela passava era uma demora. Até pararmos na casa dos Queen de onde nós entramos por trás, no dia em que Achis invadiu aqui eu não tinha notado que tinha um jardim tão bonito, parecia que todas as flores do mundo estavam lá, vejo uma pequena fonte com peixinhos e ao lado dela uma mulher com uma roupa toda branca com outra em uma cadeira de rodas. A curiosidade me atinge me fazendo olhar mais para a mulher de cadeira de rodas apreciando seus cabelos pretos longos, ela não era velha aparentava ter a idade da minha mãe, tinha o nariz pouco rebitado e delicado, seus lábios eram vermelhos e seus olhos castanhos escuros que pareciam perdidos e sem vida, ela era muito bonita e me lembrava alguém. Enquanto a outra de cabelos castanhos, sardas e olhos pretos parecia cuidar dela com muito carinho.

— Olá, atrapalhamos ? — Rose diz entrando aos poucos.

— Olá ,óbvio que não — A moça de branco diz

— Senhora Barbara quanto tempo! Está mais linda do que nunca. —Observando Rose percebo que  a moça da cadeira de roda olhava para mim.

— Você e bonita — A elogio, seu olhar e vazio porém se ilumina depois de me ouvir — Tudo bem ?

— Ah querida, ela está bem sim, infelizmente ela não pode te responder, por estar em estado catatônico.— A mulher que está com ela diz.

— Entendi— Olho ao redor daquele jardim imenso e colorido vendo um cravo no meio de todo aquele festival de comer, vou até ele e o pego. — Essa e especialmente para você! — Olho nos olhos dela entendendo. — Eu sei que você está aí, e saiba vai ficar tudo bem tá bom !— Digo olhando no seus olhos.

— Bom Emily está aí ?— Rose pergunta, a mulher pergunta que sim, vamos por trás da imensa casa dos Queen entrando por uma porta de trás vendo que a cozinha estava cheia de funcionários, me perguntava para que esse tanto, eles precisavam de alguém igual a Rose só pode. Ela da conta daquela casa inteira, sozinha.

— Ah olha só quem está aqui!— Uma senhora parecendo ter a idade de Rose aparece com uma roupa toda preta e um coque naquele alto cabelo castanho.

— Vim trazer algumas carnes que a menina caçou Emily.

— Ela que caçou?—  A senhora do nome Emily pergunta.— Poxa que talento...ela que e...

— Sim.

— Nossa quanta carne.

— Oque você fala para seus chefes ?

— Nada, eles nem sabem que estão comendo carnes que os Mansons sempre caçam.

— Imagine se eles descobrirem...— Enquanto Rose conversa com a aquela senhora da cozinha, me distraio olhando para os detalhes da casa que parece ter sido reformada a pouco tempo, naquele dia estava de noite e escuro por causa da festa então não tinha como reparar. Vejo os quadros de fotos de família que mais pareciam fotos fúnebres, em um estão todos eles um homem com os olhos dos gêmeos e cabelos castanhos escuros sério junto com os gêmeos e uma mulher com um sorriso de orelha a orelha desfalcando totalmente a seriedade dos outros. Ela era bonita, cabelos loiros olhos verdes. Mas tudo muda quando vejo Bianca e Bruce mais novos com a mulher de cadeira de roda, associo as semelhanças e de fato essa e a mãe deles.

Inesperadamente, me encontro no piso superior da residência, confrontada com dois corredores distintos. Um, mais curto, conduz ao ofurô, conforme Megan havia mencionado. O outro, mais longo, leva a uma série de portas misteriosas. A curiosidade me consome ao vislumbrar as portas. Caminho lentamente e abro uma delas, revelando um quarto em total desordem, revirado e desabitado. Meus olhos se fixam em um terrário vazio com o nome "Xena" gravado no vidro. A desordem me parece familiar, pois eu dividia o quarto com a Dona dessa bagunça na escola . Esse era o quarto de Bianca.  Dentro do quarto, descubro outra porta que, suponho, leva ao banheiro. Estou certa. O banheiro está arrumado, mas surpreendentemente, há outra porta do outro lado. Que tipo de casa é essa? Eles gostam mesmo de portas.

Ainda movida pela curiosidade, atravesso a porta e me deparo com um quarto completamente diferente do outro lado. Este está meticulosamente organizado. A cor das paredes é a mesma do outro quarto, preta, mas algumas coisas são diferentes, como o guarda-roupa, que tem duas portas intactas, ao contrário do outro quarto onde as portas estavam quebradas. Observo uma tela com desenhos em um canto e alguns quadros encostados perto da janela. O cheiro do quarto me é familiar. Olho para o criado-mudo ao lado da cama, a única coisa desarrumada com uma pilha de cobertores espalhados sobre ela, e em cima do criado-mudo, está o meu boné. Então, este é o quarto de Bruce. Concluo que, dos gêmeos, eles só compartilham a aparência e o banheiro. Meu boné vai comigo para casa. Ao estender a mão, sinto um forte impacto sobre ela, uma mão tatuada e quente surge, apertando a minha e me assustando.

— Deixe isso aí! — A voz rouca e sonolenta de Bruce me atinge, me assustando. Debaixo daquela montanha de cobertores, ele surge, sentando-se sem camisa. A primeira coisa que vejo são suas tatuagens, é impossível não notá-las, espalhando-se pelo seu abdômen, pelo qual eu deveria parabenizá-lo. Ele se levanta, coçando os olhos e jogando alguns fios de cabelo bagunçados para trás, como se estivessem incomodando. Digo a ele que sei cortar cabelos? — Só vou perguntar uma vez, o que está fazendo aqui? — Ele diz, direcionando seus olhos para mim.

— Temos muita carne, então vim entregar algumas com a Rose. — Ele me olha confuso. — Eu sei cortar cabelo.

— O quê? — Pego alguns dos seus fios de cabelo, entrelaçando-os nos meus dedos.

— Eu sei cortar! — Repito, ele retira a minha mão e balança a cabeça, parecendo abanar a confusão.

— Estou falando aqui no meu quarto, pegando o meu boné!

— Seu boné uma ova. O Sr, Manson que me deu.

— É mas você deixou cair. — Fico olhando para ele.

— Eu tenho que ter cuidado com você... — Digo alto pensando no que falaram para mim. Bruce me olha por algum tempo e fazendo ver escurecer seus olhos traquinosos, e logo abre um sorriso  mordendo a ponta da lingua.

— Você acha é? — Pergunta se ajeitando na cama fazendo os cobertor escorregar pelo seu abdomen mostrando suas entradas em V que desce do abdomem  ate a pelvis, porem o cobertor para bem na metade delas.  Abro a boca para responder, mas ouvimos um barulho la embaixo, uma voz masculina de um homem chamando por Bruce e parecia cada vez mais perto. Olho para a porta esperando a quem for que seje abrir, mas sou puxada para a cama de um jeito tão rapido me fazendo sentar. — Vem cá, rapido, rapido. — Protesto tentando me desvenciliar do mesmo. Ele segura meu maxilar me fazendo o olhar. —Se você não entrar aqui, acredite, verá a terceira guerra mundial, entre o meu pai e o Sr. Manson. — Afundo minha cabeça o fazendo cobrir com a coberta, Bruce me puxa para perto dele, , meu rosto vai na curva do seu pescoço  e seu outro braço vai por fora da coberta fazendo um outro mon Sentia seu peime cobrindo com metade do seu corpo por cima de mim, meu rosto vai na curva do seu pescoço , sinto a metade do seu peitoral contra, ele era quente, eu não sabia se era por estar coberto ou por ser sua temperatura mesmo, ainda estava com perfume e o cheiro de canabis. Segundos depois ouço a porta se abrir bruscamente, a voz do senhor parecia brava e grosseira. 

— O xerife Jones me ligou de novo por causa daquela porra de racha que você participou seu merda. 

— Bom dia pai para você também!

— Bom dia? Você vai ver o bom dia quando eu tirar sua mesada de vez, eu não vou mais admitir que isso seu deliquente, toda vez isso. —Enquanto o pai dele brigava com ele, me sinto sufocar daquele jeito, procuro alguma saida de ar mas não acho, acabo me deparando com algo peculiar olhando para baixo, uma pequena esfera metalica encostando na minha perna, sem me mexer muito a puxo levantando devagar, porem  ela vem acompanhada por algo  pesado de seu dono que quando o identifico oque era na mesma hora fico perplexa, solto o mesmo vendo  e mudando de forma e criar veias como se quisesse algo. Quero desesperadamente afasta-lo mais o pai dele ainda estava brigando com ele,  dou uma pequena belizcada no seu abdomem, Bruce abre um pequeno espaço junto ao seu rosto e posso sentir o vento entrar e eu respirar para não surtar com isso. Me deparo com seu maxilar marcado e ele era realmente bonito, e agora via que ele por inteiro fisicamente  era incrivel. — Vou te falar mais uma coisa, não tem mais seguro você que se vire se seu carro e sua moto capotarem e outra coisa se eu receber mais uma queixa da policia sobre você pode saber que eu vou falar para te prenderem, e se resistir vou falar para atirarem bem nas suas pernas. TA ME OUVINDO? Moleque. — E a ultima coisa que eu ouço logo depois da porta se fechando bruscamente.

—Ele e sempre assim? — Pergunto baixo junto a ele.

— Eu não consegui entender, pois estou me concentrando depois de você mexer no que não devia! — Ele me olha com um sorriso malicioso.  Puxo a coberta dando um pulo e saindo da cama.

— Quem e que tem uma coisa dessa em um lugar como esse ? Outra quem dorme sem roupa?

— Vai descobrir se dormir comigo!— Fico olhando para ele incrédula.

— Você e terrível garoto.

— Te achei!— A porta do banheiro compartilhado se abre e Emily a mulher que estava  com Rose mais cedo aparece falando baixo.— Oque estavam fazendo? — Nos dois nos entre olhamos.

— Oque acha?/ Nada — Falamos juntos

— Tá, vem, vem! — Diz baixo abanando a mão no ar — O senhor Queen não pode te ver aqui! 

— Bruce!— Ouvimos a voz dele novamente, Bruce se levanta de uma vez me empurrando na direção da mulher delicadamente.

— Meu deus Bruce! — Emily fala surpresa, ela me puxa para dentro do banheiro me tirando pelo outro lado quando ouve a voz do senhor adentrando o quarto do filho, em minutos estávamos saindo pela porta dos fundos e passando pelo portão onde Rose me esperava apreensiva.

— Aonde você estava? Por que entrou na casa desse jeito? Você ficou maluca?

— Não eu só...estava curiosa. Só isso! — Durante todo o trajeto para casa Rosé ia me repreendendo e se perguntando oque tinha acontecido se o pai de Bruce tivesse me pegado na casa dele.
Isso só fez atiçar ainda mais minha curiosidade sobre o por que o senhor Manson não gostava dos Queens.

********

— Senhor Manson ? — Pergunto durante o jantar naquele dia. Ele apareceu do nada assim como as outras vezes. — Posso fazer uma pergunta?

— Já está fazendo não e ?— Diz cortando sua carne. — Pode.

— Por que não gosta dos Queens?— O silêncio deles de repente me fez cogitar que fiz uma pergunta perigosa. Senhor Manson limpa sua boca com o guardanapo sem me olhar.

— Por que quer saber?

— Ah...— Não posso contar oque aconteceu hoje — E só curiosidade pelo oque aconteceu ontem com Bruce. — Ele parece passar a língua pelos dentes e beber um pouco de suco continuando sem me olhar.

— Os Queens e os Mansons já não se davam bem antes nos negócios querida— Rose começa — Aí a Agatha apareceu  e...

— Minha mãe ?— Rose se cala ao perceber oque falou, percebo os outros olhando para ele principalmente o senhor Manson a olhando seriamente.

— Com licença eu vou lá pra dentro.

— E bem melhor!— Ele diz rude.

— O-oque minha mãe tem haver?

— Chega Rebecca, está na hora do jantar e não de conversar sobre coisas insignificantes como os Queens. — Ele diz rigidamente. Abaixo a cabeça olhando para o meu prato.

— Claro. É...com licença eu já terminei. — Digo me levantando.

— Querida e a sobremesa.

— Estou sem vontade vovó! Boa noite! — Me levanto ao fundo ouço o suspiro de senhor Manson.

Continua...

Pessoal perdão pela demora e que como fui contratada e tem faculdade fica um pouco difícil de ir postando, mas não vou desistir, espero que gostem. De verdade.