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⟬7⟭

Avisos :

✷✷✷✷ = Quebra de tempo e mudança de POV; Quando não tiver nenhum nome depois desses simbolos quer dizer que aquela parte não tem POV

Esta obra contem gatilhos, você esta avisado.

Rebecca 

Voltar para casa dos meus avós foi a melhor sensação que já senti na vida, o abraço quente deles me cativava ainda mais, meu próprio quarto, a comida de Rose. Vovó e vovô haviam perguntado dos machucados, mas eu só dei uma desculpa por cima. Descendo as escadas ja dava para ouvir meus avós logo cedo na copa da casa conversando. Na sala percebo algumas coisas que pareciam ser para caça, principalmente um rifle. Ando ate a cozinha os encontrando sentados, vovô na ponta com uma roupa bem diferente e vovó ao seu lado. Ao me verem os dois abrem um sorriso afetuoso e calouroso. Vou ate eles os abraçando.

— Que abraço de bom dia mais gostoso. —Vovó diz 

 — Dormiu bem querida?— Balanço a cabeça que sim. 

 — Mais do que tudo! Eu senti falta de vocês, muita! 

 — Não seja tão dramatica, foi só uma semana! — Rosé entra pela porta da cozinha falando, ela estava com uma bandeija farta de panquecas e é uma delicia. 

 — Não e drama e serio, essa semana que passou foi a mais longa da minha vida. — Dou um suspiro. — E um pouco assustadora! — Eles se entre olham, vovô segura na minha mão. 

 — Por que ? Aconteceu algo? 

 — Não e que...eu acho que só...não me acostumei ainda. — Eu realmente não queria deixa-los preocupados, dizia para mim mesma. Calma Rebecca ainda esta no começo, você consegue. 

 — Querida se não estiver gostando tudo bem, pode nós falar que falamos para o seu pai te tirar de lá. — Falar com o senhor Manson? Só de imaginar minha cabeça ja gira, não quero vê-lo bravo por conta disso ou pertuba-lo com isso. 

 — N-não vovó não precisa, como eu disse e só o começo ainda! Por que tem um rifle na sala ? — Pergunto mundando de assunto

— Ah aquilo? Seu vô vai caçar e pescar. — Olho para ele maravilhada. 

— O senhor sabe? — Ele da um sorriso para mim.

— Ele diz que sabe — Vovó o provoca dando uma leve risadinha, ele ri junto com ela.

— Ela diz isso, mas gosta quando trago algo da caça ou da pesca.

— Sim, não vou negar meu aventureiro! — Ela lhe da um beijo no rosto.

— Eu amo caçar e pescar vovô deixa eu ir com você por favor! — Eles se entreolham novamente.

— Você sabe? 

— La na vila quando você faz 8 anos se quiser você pode começar a aprender a caçar, era assim que eu trazia carne ou pesca para casa. O Sr.Holf me ensinou antes mesmo de fazer 8 anos, a caçar e pescar. Me deixa ir com você vovô? 

— Oque acha Elie?— Pergunta para vovó que estava com uma expressão de preocupação.

— Vovó por favor, por favor! Eu estou com tanta saudade da mata dos lagos. — A vejo dando um suspiro.

— Ok, mas tome cuidado, por favor querida!— A emoção me invande me fazendo pular da cadeira e ir ate eles a abraçando. 

— Obrigado, obrigado! — Eles me retribuem com carinho — Com o senhor tenho certeza que vai ser melhor ainda, eu serei sua auxiliar de caça e pesca. — Os dois riem e se entreolham.

— Ja ouvimos isso antes! — Vovó se levanta indo ate o outro comodo quando volta, esta com um livro na mão o abrindo logo e vejo que na verdade e um album, ela arrasta para o meio deles dois que era aonde eu estava no momento. Vovó me mostra uma foto de um menino de cabelos castanhos com um grande sorriso na boca e em sua mão um grande peixe.

— Eu me lembro desse dia. — Vovô diz

— Esse era o papai? — Sinto os olhos de minha vó sobre mim com essa simples frase foi dita pela emoção de ver o Sr. Manson com traços iguais aos meus.

— Sim. Ele amava pescar e caçar, igual a você, como disse! — Vovô fala. Virando a página via que tinha mais fotos deles em momentos que nem eu acreditei que seria ele mesmo, todas as vezes que eu o via ele estava sério, ou mal-humorado.

 — Veja como o nariz dele se parece com o seu? O formato dos olhos também! — Vovó fala colocando uma mexa dos meus cabelos para trás com um sorriso terno.

— Sim, papai e bem parecido comigo! — Meus olhos se inundam com aquelas imagens deixando meu peito quente, sabe essa sensação quentinha e acolhedora? Era essa que eu estava sentindo.

— Você é minha filha, claro que herdou os traços dos Mansons ! - Sua voz grossa me faz gelar. Olhamos para ele na mesma hora.

— Keiram filho! 

 — Sr. Manson! — Sua expressão de incomodado surge após me ouvir o chamando assim. Vejo em suas mãos um envelope de papel.Seus olhos que me olhavam com seriedade me sufocavam.

— Estávamos falando de você!— Vovô diz

— Eu ouvi! — Afirma, então ele ouviu quando eu o chamei de papai? Meu Deus. Abaixo minha cabeça em vergonha.

— O que veio fazer aqui? Não costuma vir aqui a noite!

— Vim trazer algumas coisas, principalmente para Rebecca! — O envelope de papel vai para a estante de panelas ao lado dele.

— P-para mim?— Aponto para mim mesma

— Sim, a sua mãe mandou uma carta para você! — Ele as vira de um lado e de outro e vejo que estava aberta já — E a tecnologia esta mesmo atrasada naquele lugar — Uma onda de felicidade me invade me mexo levantando para ir ver — Nem pense em se levantar agora para ver — Isso me faz parar na hora — Não é tão importante assim para você correr para lê-las, sua alimentação e a prioridade.— Penso em tentar falar algo, mas pela sua expressão acabo deixando de lado. Junto minhas mãos em cima das minhas pernas encolhendo meus ombros.

— Querido por que não se junta a nós? — Vovó pergunta 

— Ele concerteza  vai comer na sua casa com...— Antes do meu avô terminar de falar a cadeira ao meu lado e preenchida por ele e logo pega um pão.

— Ainda não comi nada, passei aqui primeiro. Rebecca me passa o molho  por favor! — Eu e vovô nos entreolhamos e assim eu fiz. Antes dele pegar a travessa, segura em meu braço. — O que foi isso? - Me pergunta num tranquilo tom serio.

— E-eu cai de uma arvore na escola! — Sr. Manson pega o pote de molho da minha mão.

— Por que fica subindo em arvores?

— E para pegar folhas para fazer medicamentos, pomadas, oleos essensciais, cremes muitas outras coisas.

— Você gosta de fazer essas coisas? — meu vô pergunta. Balanço a cabeça que sim com um sorriso sem mostrar os dentes com os olhos fixos na estante aonde estava os papeis.

— Olha só, acho que area da saude vem da familia mesmo. — Vovó fala — Nossa familia tem uma clinia medica aqui em Fallon Hill passada de geração a geração, e o Manson Medical Clinical Center, uma de muitas clinicas medicas de fallon hill mais importantes e a maior, so que a nossa e um poquinho mais antiga. E quem cuida dela atualmente e seu pai. — Olho para ele que continuava comendo.

— E bom que goste da area da saude, um dia vai ser passada para você!

— A não obrigada! — Escapa rapidamente da minha boca sem nem eu perceber pois minha atenção estava nos papeis em cima do balcão. Sr. Manson olha para mim na mesma hora. E vovô emite um pequeno som de riso.

— Não pensa em ser medica, ou farmaceutica? — Vovó pergunta. Balanço a cabeça negativamente que não acanhada.

— Eu nunca pensei nisso antes, medicamentos e essas outras coisas eu fazia muito na vila! — Explico

— Só podia ser! — Sr. Manson diz rolando os olhos.

— Keeiran — Vovó o repreende.

— Tudo bem querida!Ainda tem muito tempo! — Vovô diz. Sr. Manson da um suspiro.

— Vai ler a carta da sua mãe, está a tanto tempo olhando que nem percebeu que está passando o garfo no mesmo local várias vezes do prato sem pegar nada. — Sem nem pensar, me afasto rapidamente indo ao encontro da carta a abrindo. Dou um sorriso a cada linha em que leio, era a letra dela, da minha mãe.

— Então o que ela disse que esta sorrindo desse jeito?— Vovó pergunta com um sorriso — Pode nós contar? 

— Não e nada de mais mãe e só umas fotos dos amiguinhos dela da vila e ela dizendo que esta com saudade! — Ele leu a carta. Fico olhando para o papel.

— Se me derem licença eu vou subir para o meu quarto!

— Claro querida, qualquer coisa e só chamar! - Subo as escadas rapidamente ao sair da sala de jantar indo para o meu quarto, fecho a porta a trancando cuidadosamente, vou ate uma gaveta perto da escrivaninha pegando uma vela e acendendo e eu estava certa, mamãe havia escrito mais palavras com tinta invisível.

"Minha querida filha, a cada dia que passa, fico contando as horas e os minutos para poder te ver novamente. A saudade que sinto é tão grande que mal cabe no meu peito. A preocupação está sempre presente, questionando-me: como você está? Estão te tratando bem? Você está se alimentando corretamente? Está usando sua fita? Por favor, não se esqueça de usá-la agora, especialmente quando estou longe. Quero te informar que ele se foi, eu o pedi para ir embora. Sei que foi um pouco tarde, mas depois que te perdi, tudo perdeu o sentido para mim. Estou tomando meus remédios corretamente e indo para a clinica  mais proxima em Vermont para me tratar. Espero estar com você em breve, minha pequena! Seus amigos da vila, Milo, Aris e os outros, estão com saudades de você e pediram para enviar essas fotos.

PS: Eu te amo mais do que tudo, meu pequeno vagalume."

Seguro firmemente a carta e as fotos contra meu peito, tentando aliviar a saudade que sentia de todos eles. Limpo as lágrimas que caíram enquanto lia e me lembrava deles. Pego um papel e, de dentro de uma maleta, um pouco da tinta invisível que trouxe da vila. Respondo à carta da minha mãe e mando lembranças aos meus amigos. Com a tinta normal, escrevo palavras rápidas e simples. Vou tentar pedir para o Sr. Manson enviar para a vila.

— Não e perigoso para ela ir? —O ouço.

— Não era perigoso para você e olhe que você uma vez caiu em um logo com jacares! — Vovô diz rindo.

— Sr. Manson, poderia por favor enviar essa carta para mim? E para minha mãe!— Ele me olha seriamente eu já prévia um não — E muito importante por favor só para tranquilizar a mamãe! — Com um suspiro ele pega a carta.

— Ok! — Lhe devolvo um sorriso e um abraço de agradescimento que nem ele esperava enquanto ele estava sentado. Me afasto quando percebo oque eu fiz.

— Desculpe. 

— Tudo bem! Você vai caçar com o seu avô? — Abro um sorriso e balanço a cabeça.

— Sim, e pelo oque eu vejo aqui na região tem alguns lobos, vamos ver lobos vovô?

— Talvez na hora de voltar.  Mas vai ter muito jacare, algumas cobras e ornitorrincos.

— Quando estava na vila sempre topavamos com lobos era bem radical, eu costumava me esconder para tocar nos seus pelos, os jacares, sempre pulavamos nas lagoas para ver os seus ovos eclodindo, era sempre uma aventura, um cara la foi mostrar para nós e acabou perdendo uma mão, mas e uma experiencia incrivel. Mas as cobras, sempre são o melhor desafio da mata, teve um dia que fui picada por uma por eu ter colocado a mão nela, queria pegar um pouco do venono para a aula de curanderismo a sorte foi que o curandeiro conseguiu me curar. Vai ser muito legal vovô...

— Não e para você nem chegar perto dos lobos, nem dos jacares e cobras nem pensar.— Sr. Manson ordena  com um rosto preocupado.

— E os ornitorrincos? — Ele me olha mais preocupado ainda e pega o seu celular.

— Alo Marie cancele tudo hoje, não poderei ir. Vou caçar!

✷✷✷✷ 

Bang.  Senti o leve tranco leve da arma ao atirar em um ganso.

— Sim, ela é boa! — ouço o vovô dizer. Olho para ele e para o senhor Manson, que estava atrás de mim. — Este já é o terceiro? Vamos ter que dividir com os vizinhos.

— Como conseguiu ver esse ganso se nem eu nem seu avô conseguíamos?

— Eu só o ouvi — Respondo, caminhando pela mata para pegar o ganso. — Ele está com a asa machucada; voava de forma estranha. Não sobreviveria na natureza.

— Curioso, pois os outros dois também estavam feridos! — comenta o vovô. Ajusto meu boné, observando as árvores.

— Algo deve estar ferindo-os, algo ou alguém! — Afirmo enquanto caminhamos pela floresta. — Senhor Manson?

— Hmm?

— Gostava de caçar também?

— Era algo que eu apreciava quando mais jovem.

— Por que parou?

— Porque na vida, às vezes temos que deixar de fazer coisas para ser alguém. Como assumir o negócio da família.

— Não dá para fazer os dois?

— Não é tão simples.

— Na verdade, foi seu pai que sempre complicou tudo! — vovô diz, caminhando à frente.

— Eu que compliquei, pai? Tem certeza?

— Sempre essa competição consigo mesmo! — senhor Manson suspira, como se tivesse muitas palavras guardadas. — Principalmente depois da Agatha. — Paro de repente ao ouvir o nome da minha mãe.

— Pai, por favor.

— Tudo bem, parei — diz ele, abaixando-se. — Venham aqui, vocês dois. — Aproximamo-nos e nos abaixamos também, quando noto pegadas médias dentro de um buraco.

— Pegadas de cervos, devemos estar perto deles — disse o Senhor Manson. Levantei-me para inspecionar melhor e, de fato, era uma pegada sobreposta a outra. Ele estava correto; era uma pegada de cervo, mas esta estava contida dentro de outra pegada, uma que eu reconhecia bem. Ao redor, era redonda, mas se estreitava mais acima. Eles não notaram, como poderiam? Não tinham como saber que era a pegada de um Ankus, e este não era como o que havia aparecido na escola. Existem apenas dois tipos de Ankus que caçam animais, e o da escola não era um deles. Vasculhei minhas roupas em busca da pedra de jade, mas a havia esquecido em casa. Meu entusiasmo me fez esquecê-la, quebrando a regra mais importante de um vilanião: nunca sair sem sua jade. Não sabia qual era a índole daquele Ankus; meu pai e meu avô poderiam estar em perigo. Muitos os chamam de espíritos, mas na vila, acredita-se que são entidades com suas próprias índoles, que muitas vezes são malignas. Explicar agora seria complicado. Eu precisava tirá-los dali, conduzi-los para outro lugar. Fingindo buscar mais pegadas, criei algumas falsas do outro lado por onde procurava.

— Tem mais por aqui vovó! E eu acho que foi por ali! — Digo entrando de uma vez pela mata. 

— E-e-espera Rebecca — Senhor Manson vem atras me chamando , ja um pouco longe do local aonde estavamos paro um pouco para descansar vendo que na verdade acabei me afastando deles, olho ao redor e realmente algo estava errado na floresta, pode não parecer mas ela pode falar, e so você se concentrar. Tudo fica em silencio. Ouço um barulho vendo pelo norte, engatilho arma de caça.

 Posso sentir o cheiro do que comeu hoje no café da manhã! — a voz se arrasta, misturando-se às notas do vento, como se quisesse se ocultar. Minhas mãos tremem e o silêncio dos pássaros se instala, restando apenas o canto do urutau, confirmando que definitivamente não se tratava de um Anku groll. Uma arma não seria suficiente para feri-lo, mas poderia me dar uma vantagem. Meu coração batia tão forte que parecia querer escapar pela boca, especialmente quando senti uma mão em meu ombro. Virei-me instintivamente com a arma em punho, mas o Senhor Manson a segurou, direcionando-a para baixo.

— Rebecca! — O meu peito se alivia ao ve-lo e tudo que eu penso sai pela minha boca sem eu perceber como um alivio.

— Pai — Vejo a surpresa em seus olhos ao me ouvir dizer isso. Abaixo a cabeça expremendo meus olhos, com um medo do reepreendimento do mesmo — Senhor Manson, e você!

— Oque estava  pensando de entrar na floresta desse jeito? Sozinha. — Sua carranca se forma e sua voz bruta aparece.

— Mas eu sei oque eu estava...

— Sem mas nem menos, ficou maluca? — Ele coloca as mãos sobre os olhos parecendo estar preocupado 

— Eu sei andar pela floresta.

— Eu me esqueço desse detalhe, mas isso não e motivo para fazer isso. Não pensa no seu avô ele ficou para trás, ele e velho de mais para te acompanhar Rebecca pense nas suas atitudes. 


— Desculpe, é que... — Começo, encarando o olhar severo do senhor Manson. Como explicar a existência de um anku para alguém como ele? — Eu me empolguei.

— Você precisa controlar suas emoções, não ser dominada por elas. Poderia ter se perdido ou pior, se machucado. Não pensa nas consequências? — A voz firme e repreensiva do senhor Manson me atinge. — Você não está mais na vila, Rebecca. Agora há pessoas que se preocupam com você. Temos que nos preocupar com cobras, lobos e jacarés...

— E os ornitorrincos? — Interrompo.

— Isso também. Você desaparece na floresta... O que estava pensando? Esqueceu que agora vive conosco?

— Eu...

— Chega de desculpas. — Abaixo a cabeça, envergonhada.

— Me desculpe, senhor Manson, de verdade! — Ele suspira e coloca a mão em minha cabeça.

— Não quero que se afaste de mim, Rebecca! — Enquanto ele acaricia minha cabeça, entendo o motivo de sua preocupação. — De verdade! Agora, vamos voltar para o seu avô. — Caminhamos lado a lado, e entendo o medo dele de eu me machucar, provavelmente por causa do que eu havia dito mais cedo. Fico em silêncio até que ele quebra o gelo.

— Rebecca, — ele sussurra, parando. — Venha aqui! — Ele me puxa para perto de um arbusto e abre uma pequena passagem com as mãos. — Olhe ali. — Ele me mostra um cervo albino com uma ferida na barriga.

— Será que foi o vovô? — Sussurro.

— Não sei, mas veja os chifres dele! — Observo os chifres do cervo, adornados com flores transparentes e coloridas, formando um espetáculo único e belo, embora ele pareça estar perdendo a vida. O cervo abre um terceiro olho entre os outros dois. Era um Erdo.

— É triste vê-lo assim. Lembro de ter visto um com sua mãe. Estávamos em um piquenique, e quando eu a cutuquei, ela disse que era um Erdo, um protetor valente e bonito. Ela mencionou que havia muitos de onde ela vinha. Acho que este pode ser o mesmo. — Ele sussurra.

— Pode ser. Eles vivem muito mais que os cervos normais. São um dos primeiros parentes dos cervos, que muitos acreditavam extintos. A floresta sabe proteger o que é valioso.

— Infelizmente, ele não vai sobreviver. — Após dizer isso, o Erdo nos olha, abrindo seu terceiro olho, e sentimos sua súplica para acabar com sua dor. E é isso que faço.

Quando o senhor Manson começa a arrastar o corpo para levarmos para casa, toda a penugem e as flores caem, deixando apenas um cervo comum. A floresta tem dessas coisas; era como se dissesse: "Vocês não vão levar um Erdo, e sim um cervo comum." Isso acontecer quando um Erdo morre é normal.

Continuamos o caminho de volta ao local onde meu avô estava pescando tranquilamente.

— Querida, você está bem? — Assinto com a cabeça, e meu avô crava a vara de pescar no chão e vem me abraçar. — Que bom, eu estava preocupado. — Ele diz, olhando para o senhor Manson.

— Desculpe, não farei mais isso.

— Eu sei, não se preocupe com o que seu pai disse, ele está mais velho e ranzinza do que eu.

— Obrigado, pai, por me ridicularizar depois de eu ter dado um sermão nela.

— Ah, Keeiran, ela sabe se cuidar.

— Mas o que ela fez não foi certo. — Enquanto eles discutiam, ouvi um barulho vindo da mata atrás de nós.

— Dê um tempo para ela, ela só se empolgou.

— Ela se afastou demais! — O barulho parecia se aproximar cada vez mais.

— O que há, você também se afastava, deixava eu e sua mãe muito preocupados.

— Eu não quero que... — Senhor Manson parou de falar quando me ouviu atirar precisamente no meio dos arbustos, e ele também pegou o outro rifle, mirando.

— Opa, opa, calma aí, caçadora...

— Bruce?— Digo surpresa o vê-lo sair do arbusto. — Oque está fazendo no meio do arbusto ? No meio da floresta?

— De verdade? — Ele diz se aproximando —  Nem eu sei, só lembro que em um minuto eu estava bebendo e no outro quase sendo atingido por você!— Fala virando o cano do rifle com um dedo.

— Você está bem longe de casa em Bruce Queen — Vovô diz com um sorriso.

— Olá vovô Manson. — Fala acenando com os dois dedos. Sou puxada delicadamente pela gola da minha blusa para trás bem ao lado do Sr.Manso.

— Bem que eu desconfiei pelo olhar rebelde. Só podia ser o filho do Patrick Queen.

— Bom te ver senhor Manson. Não te vejo desde de que...— Ele para colocando as mãos no bolso  pensando — Brigou com o meu pai naquela festa beneficente. Como o senhor está ?

— Melhor se não fosse por vocês, os Queens existindo.

— Imagino. — Bruce direciona seu olhar para mim — Você atira bem, quase me acertou. — Fala mostrando sua blusa onde a bala pegou de raspão — Você atira bem! Quem sabe não me ensine a atirar. — Dou dois passos a frente quando sou puxada novamente para trás.

— Ela não e instrutora de tiro, e que eu saiba você foi parar no reformatório por algo assim não foi? — Senhor Manson menciona, vejo Bruce olhar com cara de ódio para ele e logo depois sorrir.

— Também foi. O senhor e bem informado não e?

— De onde vocês se conhecem mesmo ?— Ele pergunta. Bruce coça a testa com um dedo polegar e da outro sorriso.

— Bom...— Todo aquele dia passa na minha cabeça, e eu tenho certeza que o senhor Manson não vai gostar nada disso. Mesmo sendo sem querer ou algo do tipo, posso até já ver sua carranca.

— Da escola. — Interrompo Bruce falando, vou para sua frente. — Foi da escola mesmo. O tio dele e o dono né?!

— Infelizmente, eles estão até lá. — Sr Manson diz se virando para vovô

— Foi na escola ?— Ele sussurra no meu ouvido disfarçadamente

— Foi.—  Respondo rápido.

— Já perdemos tempo de mais Queen com você, sera que já poderia ir?

— Na verdade...eu iria pedir uma carona, eu não sei aonde eu tô nem pra onde ir.

— Nos te damos uma carona garoto só vai ter que esperar. — Olho para o senhor Manson vendo que olhava para o garoto com a maior desaprovação. 

Na volta para casa, acabei indo acompanhada na parte de trás da caminhonete do vovô, não só pelas carcaças dos animais mas sim por Bruce. O crepúsculo se aproximava, e o sol, em seu espetáculo derradeiro, parecia ser devorado pela floresta, cedendo seu palco às estrelas que timidamente surgiam. Eu brincava com o vento, estendendo minha mão para fora, em um gesto de gratidão à natureza por aquele dia memorável. A nostalgia ainda pesava em meu coração, uma ferida que o tempo insiste em curar lentamente. Mas as horas vividas hoje foram um bálsamo, ainda que momentâneo. Enquanto me despedia do sol, senti-me como presa sob o olhar atento de um leão, um predador avaliando seu alvo. Virei-me para Bruce, buscando a fonte dessa sensação, mas os últimos raios solares me cegavam, impedindo-me de enxergar claramente. No entanto, entre as sombras, pude discernir olhos e lábios ameaçadores, esboçando um sorriso malicioso em minha direção, murmurando palavras que se perdiam no vento. E quando a noite finalmente se estabeleceu, senti a necessidade de questionar.

 — O que você disse? — Indaguei, enquanto Bruce olhava la para fora, como se o que eu tivesse visto fosse apenas uma ilusão provocada pelo reflexo do sol. Ele me encarou, confuso.

— Eu não falei nada, querida! — Respondeu ele, com sua voz rouca e um sorriso que escondia os dentes junto com todos os seus segredos. Concordei com um aceno, voltando minha atenção para o céu, agora sendo lentamente preenchido pelas estrelas, até que a poluição luminosa começou a ofuscar a beleza da noite.

Vovô entra pelo portão de trás da casa estacionando quase na entrada aonde vovó  nos esperavamos junto com Rose. 

— Oh pequeno Bruce, vai me dizer que foi caçado também! — Vovó brinca apertando suas bochechas e o mesmo nem se importa.

— Bom, Becca quase fez isso! — Diz mostrando a blusa onde tinha o rasgo de um tiro.

— Becca?— Senhor Manson repete com desgosto. Seu celular toca e o vejo ir atender.

— Oque eu posso fazer se você estava no meio dos arbustos? Vocês da cidade tiram cochilos assim? — Pergunto.

— Não — Ele se aproxima de mim com a mão nos bolsos — Na verdade eu estava em uma festa, acabei ficando muito bebado quando fui para uma racha e depois eu só lembro de você atirando.

— Oque e racha? — Ele da um sorriso de canto de boca

— Não sabe oque é racha? — Balanço a cabeça que não, vejo sua mão ir na aba no meu bone o levantando me fazendo o olhar diretamente nos olhos —  Se quiser eu posso te mostrar...— Sou puxada rapidamente para trás sentindo aspontas dos dedos fechados do senhor Manson nos meus ombros e o meu bone cair.

— Não ela não quer e não vai, acho que ja deu mais do que sua hora Queen. — Bruce se abaixa, pegando o meu bone que caiu e o limpando—  Tenha todos uma boa noite e muito obrigado pela carona! — Diz colocando meu bone e saindo.

— Espera meu boné...

— Eu compro outro, quantos você quiser mas nunca mais toque nesse boné! — O senhor Manson realmente não gostava dos Queens.

Continua...

Deem muito amor por favoooor.

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