⟬3⟭
Avisos :
✷✷✷✷ = Quebra de tempo e mudança de PV;
Esta obra contem gatilhos, você esta avisado.
Recordo-me do lugar escuro onde eu despertava quando o namorado da minha mãe, Peetan, estava presente. Com o passar do tempo e o meu crescimento, o que antes era um baú de roupas se transformou em um guarda-roupa e, mais tarde, em um porão. Sempre que voltava da escola ou das brincadeiras na Villa, a rotina era a mesma. Se ele estivesse lá, eu precisava retornar antes do pôr do sol. Por quê? Era o horário em que ele chegava do trabalho na loja de ferreiro. Sempre que eu precisava tomar banho, ele quebrava o trinco da porta do banheiro e se sentava ali, tomando seu café, olhando para a porta do banheiro. Minha mãe pedia para ele mudar de lugar, mas ele insistia que aquele era o seu lugar preferido, pois o vento da janela do banheiro passava por ali e o refrescava. Eu sempre quis dizer a ela que a janela estava emperrada e que não havia razão para ele se sentar ali. Por isso, sempre voltava para casa antes do pôr do sol, para poder tomar banho.
Minha cama aqui não era feito de feno, não acordava com brotoejas nos braços e pernas, os insetos não entravam com facilidade, minha coberta era grossa e pesada oque deixava tudo ainda mais confortável, porém mesmo depois de alguns dias ainda me assusto quando durmo demais, sempre penso que alguém vai me repreender por ter dormido demais e não ter ido cedo com as crianças colher milho para o café da manhã antes da escola mesmo que eu não precise. Ninguém nunca brigava, eu sempre me esquecia que minha realidade era outra. Isso me deixava triste e feliz. Havia momentos bons na vila também. Quando minha mãe estava em seus dias bons, ela me enchia de beijos e abraços, me permitia comer doces e brincar com mais frequência pela vila. Esses momentos sempre duravam um bom tempo... deve ser por isso que eu a amo.
— Bom dia! – Digo ao vê—los sentados no sofá, vovó como agora eu a chamava estava tricotando enquanto vovô estava olhando o jornal.
— Bom dia, querida, o café está na mesa!
— Desculpe pela demora. — Digo apreensiva.
— Está tudo bem, você dormiu bem?— Vovô pergunta. Dou um sorriso.
— Muito, sem pesadelos essa noite! – Já estava lá há alguns dias, alguns pesadelos vinham me atormentar e em muitas noites os dois ficavam do meu lado até eu conseguir me acalmar, coisa que nunca aconteceu comigo, vovô segurava na minha mão com certa força e o colo nas pernas da vovó eram sempre quentinhos, com suas mãos que passavam na minha cabeça. Passo para o que eles chamam de copa e um lugar aonde fica a mesa onde fazemos nossas refeições e ela estava cheia de comida, acho que nunca vou me acostumar com isso.
Os dias eram tranquilos e eu adorava ajudar na pequena horta que ficava atrás da casa. Junto dela, havia um chiqueiro para os porcos e um terreno cercado onde as galinhas frequentemente passeavam livremente pela propriedade. Foi nesse cenário que conheci Megan, uma pessoa bastante reservada. Ela se autointitulava nerd, e não era difícil perceber por quê. Não era apenas pelos óculos que escondiam seus olhos castanhos em formato de amêndoa, nem pelo cabelo sempre preso e o livro que ela carregava consigo. Mas por Megan ser habilidosa em quase todos os assuntos.
De ascendência judaica, Megan era filha de um pai viúvo. Sua mãe havia falecido após uma batalha contra o câncer quando ela tinha apenas 4 anos. Desde então, seu pai nunca mais se casou. O senhor Horowitz costumava dizer que a mãe de Megan fora o único amor de sua vida, e ele não via necessidade de que Megan tivesse outra mãe.
✷✷✷✷
O silêncio na casa era opressivo, sem risadas, gritos ou passos ecoando pelos cômodos. Durante todo o dia, a residência parecia desabitada, refletindo o estado emocional de sua proprietária, Becky. Ela despejava o restante do vinho da terceira garrafa, encarando o teste de gravidez negativo sobre a mesa de centro. Ao lado, os gastos curiosos do cartão de crédito do marido, que há dias se comportava de maneira estranha desde...desde o último aborto, ocorrido há uma semana, o cheiro do sangue ainda persistia em sua memória, escorrendo de suas pernas na banheira.
A verdade que Becky considerava incontestável era a traição de seu marido. Foram seis tentativas anteriores, todas interrompidas antes do quarto mês de gestação. Ela recordava com angústia o nascimento forte e saudável de sua pequena Ava, seguido por uma morte súbita inexplicável. Os demais bebês sequer chegavam ao quarto mês, alimentando sua paranoia e impaciência. Dez anos de casamento e ainda nenhum sucesso, enquanto as compras no cartão do marido continuavam a acumular.
Determinada a descobrir a verdade, Becky não hesitou em contratar um detetive particular. Foi ele quem trouxe a extensa lista de despesas do cartão do marido. O som da porta do carro anunciava que era hora de encenar. O jantar estava pronto, a casa arrumada. Becky esperava, desejando pelo menos obter alguma resposta por conta própria. No entanto, toda vez que se entregava aos braços de seu grande amor, esquecia tudo e se odiava depois.
— Keeiran, meu amor? — Ele murmura algo enquanto escova os dentes no lavabo. — Você gostou da janta?
— Estava uma delícia, mas eu não pude saborear muito, estou exausto, o trabalho foi muito pesado hoje! E o seu dia, como foi?
— O de sempre, quieto e sem graça! — Ela diz fitando o vazio.
— Pois é, eu notei as garrafas de vinho... — Ele diz apagando a luz do lavabo.
— Ah, não enche, vai — Becky se chega perto dele na cama e o abraça por trás — Eu precisava me divertir um pouco.
— Becky, você sabe que não pode misturar bebida com remédio, isso é perigoso, eu me preocupo com você. — Ela solta um "Ah" numa gargalhada irônica, Keeiran a encara sério — Eu também vi o teste — Ela o olha assustada. — Não gosto de te ver sofrendo assim.
— Sofrendo como? — Ele se afasta indo para o seu canto na cama — Querendo ter um bebê com você?
— Becky...
— É só isso que eu quero, Keeiran, um bebê do homem que eu amo! — Ele a puxa para um abraço.
— Nós vamos conseguir!
— Será? Eu já não tenho tanta certeza — Becky se desvencilha, ele se aproxima beijando seu pescoço.
— Só precisamos ter paciência! Só isso. — Era o que Keeiran dizia, mas será que era o que ele pensava?
Sempre que sua mulher sofria um aborto, a voz da velha senhora ecoava em sua mente. Seria a maldição lançada pela velha Baba Yaga? Em toda aquela vila, uma das anciãs que sempre sabiam o que a floresta e seus habitantes desejavam, Keeiram havia feito isso com a mãe de Becca, e isso foi considerado uma maldição.
✷✷✷✷
Becca
Morar em no meio de uma floresta tem suas vantagens, uma delas e não sentir tanto calor como eu estava sentindo ultimamente, era inacreditável olhar para as aquelas pessoas e elas estarem seguindo sua vida normal enquanto eu estava nadando no meu próprio suor. Mas tudo foi resolvido quando minha vó disse que havia um córrego perto de casa. Agora eu e Megan estamos voltando, um pouco tarde da noite, pois acabamos conversando e brincando de mais lá, acompanhada de Achis que também foi se refrescar no córrego junto a nós. Com Achis amarrado ao quidão da minha bicicleta, pedalávamos de um lado para o outro enquanto riamos e brincávamos vendo aos poucos o sol deixar o céu e as estrelas aparecerem, a nossa sorte era a luz que havia nas bicicletas mesmo fracas elas eram eficientes, mas não precisávamos nos preocupar muito, pois as primeiras casas da estrada de chão já estavam aparecendo.
—Ah! — Megan para pouco antes de nos aproximasse-mos das casas. Olho para ela que esta olhando para o céu ainda em cima de sua bicicleta.
— Oque foi ? — Olho para o céu aonde todas as estrelas apareciam majestosamente se misturando com as constelações
— Podemos só dar um tempo antes de voltar para toda aquela luminosidade? Olha esse céu! — Olhando mais a frente percebia-se a diferença, aonde estavamos o breu tomava de conta total a luz das nossas lanternas eram tão fracas que se tornavam imperceptíveis no meio daquela escuridão, enquanto mais a frente a luz predominava fortemente roubando todo o brilho das estrelas embora. — Então era isso que você via na sua vila? E como se eu estivesse em outra realidade.
— Sim! — A acompanho a olhando — E bem diferente não é? E o mais bizarro e pensar que para mim também e estranho e encantador!
— Como assim? — Questiona
— Sabe aquela frase? Você só da valor quando perde? E isso, la na vila era tão normal ver o ceu assim, que nem dava atenção a isso sabe, aos pequenos detalhes, agora... quando sinto saudade só me resta a floresta e o céu para me sentir em casa!
— Você sente falta de lá ne?
— Muita!
— Mesmo depois disso ai no seu rosto? Você sente? — Fico calada por um instante passando a mão no pelo de Achis.
— Sim, pode parecer doideira mas....quer saber deixa para lá. — A sinto colocar a mão no meu ombro.
— Um dia, eu percebi que as pessoas que sofreram traumas profundos se reconhecem entre si... eu quero que você entenda que... v-você... você pode se abrir comigo quando não estiver bem! - Ela fala, me deixando surpresa - Eu me senti sem nada quando minha mãe morreu, eu a amava mais do que tudo, ela era uma pessoa maravilhosa, mas quando ela partiu, eu só queria chorar, queria desabafar com alguém sobre o que eu estava sentindo, porque foi algo muito traumático, eu a amava mais do que tudo, mas a única pessoa que eu tinha era o meu pai que... estava sofrendo, todos os nossos parentes eu não tinha intimidade ou afinidade para me abrir e acho que...— Com a pouca luminosidade que havia ali, vejo ela olhar para o céu — Acho que isso de alguma forma... me tornou assim, fechada para muitas coisas e pessoas, a ponto de me acharem grossa, acho que as únicas pessoas que me veem sorrir são meu pai e seus avós que me acolheram muito bem desde que eu fui morar com eles, e agora você, com quem eu estou me abrindo — Ela se vira para mim, segurando a minha mão que estava sobre o guidão— Becca... eu não sei o que aconteceu, mas vejo que foi algo que você nunca vai esquecer, porque eu reconheço esse olhar, eu me vejo nele, o que eu sei é que você foi arrancada da sua casa, e agora está em um lugar estranho, cheio de pessoas estranhas e...— Eu baixo a cabeça, me perguntando se um sorriso seria suficiente para esconder as lágrimas que chegavam aos meus olhos - Isso é... traumatizante e doloroso e...— Eu noto que Megan para de falar quando me vê chorar baixinho - Oh Becca! — Ela diz, me puxando com delicadeza e me abraçando, e eu precisava disso, eu não aguentava mais - Pode chorar, eu não vou contar para os seus avós ou seu pai — As mãos dela iam e vinham nas minhas costas, me fazendo sentir um conforto. Eu nunca vou esquecer de Megan Horowitz, que ouviu toda a minha história trágica com atenção. – O que você acha de deixarmos um pouco de lado todas essas tragédias e aproveitarmos o momento nesse lugar? — Eu seco as minhas lágrimas, olhando para o céu. — Sabe um dia você vai me mostrar, lá na sua vila! — Balanço a cabeça que sim.
Ao longe escutamos um barulho de carros acelerando e gritos quando percebo que Achis se agitando e soltando de sua coleira indo em direção ao barulho.
— Achis! — Grito mas ele não para eu e Megan vamos atrás dele com as bicicletas, mas parece que quato mais corriamos atrás dele mais ele corria com uma cara totalmente achando legal, vemos quando ele dobra em uma casa. Quando paramos em frente a ela posso ouvir um som de desgosto de Megan. A casa estava totalmente lotada de pessoas em todos os lugares possíveis, dançando, se jogando do telhado para a piscina, dançando, o som estava alto e a toda hora chegava carro com gente gritando, me perguntava oque era isso.
— Merda! — Ela diz — Ele tinha que entrar logo na casa do Queen ? Logo quando esta tendo festa?
— Ah isso que é uma festa?
— Sim, e da pior pessoa que existe! — Nossa, quando eu lia sobre festas eu realmente não imaginava desse jeito.
— Mas temos que entrar, o Achis está lá! — A vejo dar um suspiro.
— Ok mais fica perto de mim! — Deixando as bicicletas em um canto adentramos na casa e la dentro estava mais cheio do que la fora, havia luzes piscando, pessoas fumando, bebendo e... esbugalho meus olhos quando vejo oque eles estavam fazendo.
— Vocês da cidade são bem... modernos!
— Vocês vírgula!
— Megan? — Ouvimos
— A não, não, não! — Ela segura na minha mão forte tentando sair daquele local, mas com o tanto de gente e impossível — Opa, opa, opa! — Um menino asiatico de cabelos pretos com pontas pintadas de loiro sem camisa entra na nossa frente, percebo sua cueca escrito Kalvin Clain e me pergunto se ele não tem cinto pois sua calça esta um pouco abaixada. — Calma ai para que a pressa nerd? Haha, você por aqui ! Os meninos vão adorar saber disso! Ou Lincon, olha quem ta aqui, chama la la o Bruce e... — Antes mesmo dele terminar Megan lhe da um chute nos seus paises baixos, abro a boca em surpresa pela ação dela, enquanto a mesma me puxa tirando daquele primeiro cômodo.
— Ai meu Deus! — Dou uma risada — Quem era aquele?
— Só um dos amigos insuportáveis do Bruce, igual a ele!
— Você não gosta mesmo desse Bruce né?
— Acredite nem você vai gostar dele! Vem eu sei quem pode nos ajudar.
— Mas ... — Sou interrompida quando adentramos a uma mare de pessoas dançando, estávamos no meio de um empurra, empurra sem fim e uma música muito alta, nossas mãos acabam se soltando e eu sendo levada para o outro lado do cômodo, me distancio um pouco e vejo que estava perto de uma escada e ao lado dela um corredor escuro, ando por esse corredor e dou de cara com a cozinha que digamos também havai muitas pessoas, e eu não imagina que pessoas da cidade fizessem tantas coisas assim, como beber, usar substancias ilicitas, fazer coisas inapropriadas principalmente no balcão da cozinha. A medida que vou entrando na cozinha percebo que algumas pessoas vão me olham surpresas, risonhas ou com um pouco de nojo olhando para minhas ataduras, coloco a mão sobre elas abaixando a cabeça pedindo para aquilo acabar logo e achar Achis.
— Olha a bola! — Ouço alguns meninos falarem, olho e uma bola de baisebol vinha na minha direção, desvio rapidamente mas acabo esbarrando em alguém no qual caio no chão.
— Achis cade você? — Pergunto no chão ainda de olhos fechados so querendo que tudo isso acabasse logo
— Bom quem quer que seja, não sou eu, pois meu nome e Dilan! — Abro os olhos ouvindo essa voz risonha e calma para ver que vinha de uma cabeleira ruiva na minha frente cujo dono eu estava em cima. Me levanto de uma vez envergonhada.
— M-me desculpe eu... — Vejo ele se levantar rindo, olho para sua camisa que está molhada. — Sua camisa? Fui eu? — Nem espero ele responder Me desculpe de verdade mesmo, eu estou realmente perdida eu estou procurando o meu cachorro e...
— Esta tudo bem de verdade e... pera.... — Ele para por alguns segundos — Aquele cachorro da festa e seu? — Sua voz sai com uma risada, vejo que seus olhos verdes combinam muito com ele, ele em si e realmente bonito.
— Você e bem bonito ne? — Sai sem eu pensar. Tampo minha boca — Meu Deus!
— Uau! Direta você! — Eu não sabia a onde enfiar minha cara — Que tal começarmos com prazer meu nome e Dilan e o seu ? — Ele estica a mão para pegar na minha, pego meia envergonhada, sua mão e fria, eu não sei se por conta da bebida que ele segurava ou por eu estar quente de mais, porem sua mão e fria e com alguns calos aqui e ali.
— Meu nome e Rebecca, mas me chama de Becca.
— Bom Becca você e peculiar. — Abaixo a cabeça envergonhada ainda segurando sua mão. — De um jeito muito bom!
— Você...ta me zuando ne? — Digo descrente do que ele falou, rapidamente sua expressão muda.
— Ah, n-não eu não estou de verdade.
— B-bom obrigada! E mais uma vez desculpa, pela bebida e pela camisa.
— Que isso! — Diz dando de ombros com um sorriso brincalhão — Agora você me deve uma bebida.
— Oque ? — Ele se inclina na minha direção ainda segurando na minha mão.
— E uma deixa para nos vermos de novo! — Diz sussurrando com uma voz brincalhona. — Se quiser e claro.!? — E agora oque eu respondo? Na portinha para animais embaixo da porta se abre agressivamente e vejo Achis passar correndo com uma cara adorando a situação, indo pelo corredor de onde eu vim.
— Meu cachorro ! — Falo soltando a mão dele e correndo atras de Achis, volto para perto da escada de onde eu vim e não o vejo, ouço um barulho la em cima e subo rapidamente pelas escadas. Esse cachorro esta passando dos limites. Subo pelas escadas dando de cara com outro corredor onde haviam poucas pessoas, esse corredor dava para varias portas, vejo outro corredor a esquerda curto e de lá ouvia duas vozes, uma era feminina e outra masculina antes deu me aproximar uma garota sai por uma porta de vidro correndo, tão apressada que nem me ver no caminho, me aproximo devagar vejo que as portas dão para uma pequena laje, sentado em uma daquelas cadeiras de pegar sol vejo a silhueta de um garoto de cabelos pretos, em suas costas nuas havia várias tatuagens. Tento fazer o mínimo de barulho possível, quando uma rajada de vento forte empurra a porta com tudo a fazendo bater me assustando, olho para ele sem entender de onde veio esse vento todo do nada, quando olho novamente para frente vejo o garoto moreno me encarando com seus olhos âmbar mel seriamente mas aos poucos sua expressão parece mudar, seu rosto estava todo machucado, principalmente em volta do seu pircing no lábio, percebo pelo pouco que se virou que pelo seu peitoral nu também está machucado. Oque há com esse lugar que todos os meninos são bonitos? As tatugens no seu corpo atlético me chama atenção. Volto meus olhos para ele e ele continua me olhando de um jeito diferente, ele não me olhava com surpresa ou com nojo ou qualquer outro tipo de olhar, era um olhar diferente, um olhar que me fazia me sentir bem comigo mesma, ele não falava nada só me olhava daquele jeito. Olho para o chão e perto dele vejo algumas gotas de sangue que escorria do seu braço que estava com um corte. Quando dou por mim estou sentada ao lado dele pressionando seu braço para parar o sangramento.
— Oi e...você sabe me dizer quantos dedos tem aqui ? — Mostro para ele que parecia estar fraco, o mesmo se encosta no encosto da cadeira.
— Você realmente vai me fazer contar agora ? — Sim ele estava mal, vejo uma pequena toalha de rosto perto a pego pressionando contra o corta
— Por isso estava me olhando daquele jeito! — Digo baixo.
— Seus olhos! — Olho para ele — Eu estava te olhando porque você e seus olhos são bonitos. — Ele me dá um sorriso de canto de boca que me faz arrepiar. — Tem cor do céu ao amanhecer. Eu sei por que eu amo essa cor.— Desvio o rosto procurando por algo que posso esterilizar e vejo uma garrafa de bebida alcoólica e jogo ele segura minha mão com uma expressão de dor.
— Olha, o que foi que aconteceu? O seu corte e bem profundo.
— Bem não e da sua conta — Fala grosseiramente com uma expressão de dor, puxo minha fita de cabelo — Quem e você mesmo?
— Não e da sua conta! — Amarro de uma vez no braço dele e sua expressão de dor volta.
— Touché. — O vejo falar apertando as mãos de dor. — Olha e normal sentir sono? — Ele se deita na cadeira de pegar sol, fechando os olhos um pouco.
— Ei, ei , ei você não pode dormir não. — Afasto suas pernas e vou para o meio delas pegando no seu rosto, um desespero tomou conta de mim pois ele estava realmente perdendo o sangue, o corte foi na parte interna do braço pode ter pegado em uma arteria. — Você não pode não. Você tem que ficar acordado garoto. — Inconcientemente dou um tapa no seu rosto fazendo estralar.
— Você acabou de me dar um tapa ? — Diz me olhando confuso.
— Ele ta aqui e... — Duas meninas entram na mesma hora parando de falar, uma na qual tinha os olhos redondos e pretos igual a uma perola, uma pele branca com sardas no rosto e cabelos pretos longos lisos, a outra era a versão femina do garoto a minha frente, totalmente.
— Para ver ele pegando outra garota. — A menina que se parece com ele diz enquanto a outra me olhava com uma expressão nada legal.
— Oque? Quem e você?
— Ainda bem que alguém chegou, ele precisa ir ao médico rápido. — Falo me levantando. — Ele pode ter pedido muito sangue e... — O sinto se levantar e passar por mim como se nada tivesse acontecido.
— Oque aocnteceu? — A garota igual a ele pergunta.
— Uma briga de nada, metade desse sangue aqui no braço não e meu, eu fiz aquilo que me pediu. — Fico olhando eles conversando como se nada tivesse acontecido.
— Mas e esse corte aí?
— Faca, mas igual aos outros. Sabia que tem um cachorro aqui ?
— E eu vi e...
— Pera aí— Os dois me olham confusos — Você não tava perdendo sangue ? O corte não foi profundo?— Pergunto interrompendo os dois que se olham .
— Não muito e o corte, bom já aconteceu piores comigo. — Fico olhando para ele incrédula e confusa.
— Oque ? Por que ? Por que não me disse? Me deixou fazer aquilo tudo... — Ele se aproxima de mim e levanta meu queixo com um dedo para olha-lo.
— Ah, eu queria olhar para os seus olhos — O mesmo se aproxima mais do meu rosto — Já falei que a cor deles e a minha favorita.— Um arrepio me percorre com sua a proximidade, os traços dele são bonitos do nariz até o queixo, mas isso não o deixa escapar do que fez. Um barulho nos faz olhar para porta e Achis entra em disparada correndo até nós, Megan entra logo atrás correndo atrás dele.
— Achis— Digo, ele parece traçar um rumo confiante e desbravado e esse rumo parece ser eu, sua animação poderia ser até contagiante se não fosse a situação toda que esse cachorro nos colocou, e oque eu pensei ser eu o alvo na verdade mudou para o garoto a minha frente, ele o empurra com tudo na pequena piscina quente que ali havia, porem o dono do ato não o acompanha e sim abana o rabo o olhando da borda.
— Aí meu Deus.— Megan fala enquanto a menina que se parece exatamente igual a ele ri sem parar.
— De quem e esse cachorro? — A outra pergunta. Levanto a mão e a mesma me olha mortalmente.
— E melhor e a gente ir! — Megan fala, a cabeça do garoto sobe para superfície.
— De quem e esse cachorro ?— A pergunta se repete vindo dele , quando vou levantar a mão Megan abaixa.
— Acho melhor a gente ir agora. — Megan fala me puxando junto a coleira de Achis que ainda acha ser brincadeira.
Continua...
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro