Koo aprende sobre o amor
Os meses passam rápido, não é? Às vezes até demais.
E o tempo é algo que considero tão complexo, tão confuso e em minha cabeça soa como um grande paradoxo que nunca serei capaz de entender. Mas de qualquer forma, sou grato ao senhor do tempo, porque por sua causa pude passar bons momentos com meu menino.
Descobrir cada mínimo detalhe de Jungkook me ligava ainda mais a ele, a quem ele era de verdade: manhoso, brincalhão, sorridente, dengoso, fofo, muito amoroso e atencioso, além de ter um coração maior que o próprio universo.
Conhecem aquela famosa frase "você merece o mundo, mas o mundo não merece você"? Era exatamente assim que eu me sentia em relação ao Kook.
E não acredito que se surpreenderiam se dissesse que cada vez mais eu me encantava pelo menino dos cabelos de algodão doce, cada vez ficávamos mais próximos, mais íntimos, mais carinhosos. Tanto que o tópico "beijos" havia sido incluído em nosso dia a dia.
O primeiro que ganhei foi um dia que estava saindo de casa para ir trabalhar, Jungkook estava demasiadamente manhoso naquela manhã, não queria levantar da cama de jeito nenhum, resmungava e resmungava, cobria-se até os últimos fios de cabelo reclamando que eu acordava cedo demais.
"O Koo precisa mimir muito 'pra crescer, porque o Teco hyung disse que ele é baixinho nanico" ele me dizia com um bico imenso nos lábios vermelhos.
E bem, realmente não tinha porque fazer Jungkook levantar aquele horário, só me preocupava que ele tomasse seu café da manhã direitinho, então apenas acariciei seus cabelos e deixei um beijinho em sua testa, logo saindo do quarto.
Despreocupadamente, peguei minha bolsa e as chaves do consultório, e estava colocando o pé para fora de casa quando ouvi passinhos ligeiros, até virar-me para trás e ver Kook descalço correndo em minha direção. Ele ficou na pontinha dos pés agarrando meu pescoço e plantando um beijo demorado em minha bochecha, sorrindo abertamente em seguida.
Juro por tudo que é mais sagrado que pensei em voltar para dentro e faltar ao trabalho para ficar o dia inteirinho abraçadinho com meu pequeno e acariciando seus cabelinhos naturalmente cor de rosa.
Faziam apenas duas semanas que Jeon havia se transformado quando aquele beijinho ingênuo aconteceu. E depois deste, vieram centenas mais.
Beijos haviam se tornado essenciais quase vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana.
A noite, quando deitávamos para dormir abraçadinhos – sim, Jungkook não abria mão, de jeito nenhum, de dormir em outro lugar que não fosse em meu abraço, então nunca sequer reclamei ou contestei; quando eu saía para trabalhar de manhã; quando chegava do trabalho; e durante todo o tempo que se sucedia depois disso.
Além do mais, estava me surpreendendo com meu menino, ele aprendeu as coisas muito rápido.
Com um bom esforço e uma ajudinha dos meus amigos, juntamos dinheiro para dar um celular de presente para Jungkook. Em uma semana ele já havia aprendido a escrever as palavras direitinho e fofocava aos montes com Taehyung.
Sim, eles se tornaram best friends forever. Fico feliz por isso, mas me preocupo que Tae seja uma má influência para o pequeno Koo, sabem ele é desbocado, às vezes fala coisas um pouco inconvenientes e por aí vai.
Além disso, depois do encontro que tive com minha irmã na loja, quando ela descobriu o segredo de Jungkook, Naerin demorou quase duas semanas para me procurar e dizer que acreditava em mim e me apoiaria com o que fosse preciso. Somos irmãos, afinal.
Depois disso, tudo correu perfeitamente bem e agora estamos aqui, na casa de Hoseok e Yoongi, junto de Tae e Seokjin organizando uma grande cesta com comidas e suco para sairmos em um piquenique no parque.
A ideia foi de Hoseok, mandou-me mensagem pela manhã dizendo que poderíamos sair para nos refrescar visto que o dia seria um tanto quanto quente. Como já imaginava Jungkook miando para mim, dizendo que derreteria e viraria nada — porque céus, outra coisinha que descobri era que Koo sentia muito calor em qualquer circunstância e tinha sua temperatura corporal mais alta do que o comum —, eu não pensei duas vezes antes de aceitar.
E bem, como fiz essa descoberta? Digamos que aquele garoto passou a repudiar a ideia de usar roupas, porque, ao seu ver, "deixava o coelhinho agoniado". Me digam, como eu posso com um troço desses?
Por vezes quando cheguei do trabalho o peguei apenas de cuequinha no sofá olhando desenho ou qualquer besteira para passar o tempo. Então lhe expliquei que isso não poderia acontecer sempre, porque algum dia alguém poderia chegar inesperadamente e vê-lo só com sua roupa íntima.
Isso fez com que Jungkook optasse por usar camisetas e moletons gigantescos que iam até suas coxas, dentro de casa, mas ainda não colocava calças de maneira alguma (ao menos nenhuma vez ele ficou completamente nu, o que é um gigantesco alívio).
Como eu poderia obrigá-lo a usar roupas se Koo dizia que o incomodava? Realmente fora de cogitação, então não tinha muito o que fazer a não ser aceitar.
— Gente, por que não vamos à praia, ao invés do parque? — Taehyung cortou minha linha de raciocínio, debruçando-se na bancada da cozinha. — Aposto que Jungkook nunca viu o mar.
'Pra quê?
— O Koo nunca viu! Ele nunca viu! — Jungkook deu pulinhos ao meu lado, abrindo bem os olhos, parecendo maravilhado com a ideia. — Vamos à praia, por favorzinho, Chimin... — ficou na pontinha dos pés deixando vários beijinhos em minha bochecha.
— Obrigado, Taehyung. — disse com uma meia carranca, olhando para meu amigo. — Príncipe, — me voltei a Kook, agarrando suas bochechas cheinhas. — As praias não são muito legais. Tem areia que gruda e é muito quente também.
— Mas tem o mar 'pra refrescar, Chimin... — às vezes acreditava que Jun era a reencarnação do gato de botas, porque quando ele queria alguma coisa, me encarava fixamente com aqueles olhos escuros e brilhantes, tão penetrantes quanto agulhas, como se pudesse desvendar meu segredo mais obscuro. — Por favor...
Em um momento de incerteza, olhei para o restante de meus amigos na cozinha, e eles retribuíam os olhares como se dissessem em silêncio "Jimin, não seja um palhaço, diga à ele que vamos para a praia".
Nunca neguei, sou completamente derretido por Jungkook, então dizer "não" para ele agora seria como se eu estivesse traindo minhas próprias convicções.
— Tudo bem, então nós vamos à praia...
Se eu estava tornando Kook em uma pessoinha mimada? Talvez... Mas é difícil, sabe?
E claro, eu também não sou totalmente sem noção e o deixo fazer tudo o que quer, e não que Jungkook seja uma criança, ele definitivamente não é; mas acontece que até pouco tempo Kook era um coelho, e quando se transformou não tinha muita base do que era "ser um humano".
Por isso ele está sempre aprendendo novas coisas, o que deveríamos ou não fazer, coisas boas e ruins... Bem, tento explicar tudinho com seriedade e maturidade, mas confesso que às vezes tenho minhas overdoses de fofura e o esmago com meus abraços.
Acontece, ninguém resiste ao coelhinho.
💗🐰💗
Calor, calor, calor e mais calor. Era tudo o que vinha em minha cabeça quando chegamos.
Faziam boas horas que estávamos debaixo da sombra de um guarda-sol, agora, vendo Jungkook enterrar meus pés na areia fofa, enquanto bebia um suco de laranja.
Seu rostinho delicado estava cheio de protetor solar – que eu tratei de passar bastante, porque esse menino é muito branquelo –, seus fios cor de rosa presos em dois "coquinhos" – já bagunçados – que Taehyung fez e usava a viseira que Hoseok havia emprestado à ele para que ficasse longe de queimaduras.
Além disso, Kook ficou encantado com toda aquela grandiosidade que era o oceano, pulou e arrastou Tae e Yoongi para a água de cara, assim que chegamos.
E para a minha surpresa, a tarde passou mais rápido do que pensei; e isso realmente me surpreendeu porque não sou muito fã de praias. Acho que um fator que contribuiu para isso foi porque eu estava com as pessoas que amo, estava com minha família do coração.
Durante o resto do tempo nos reunimos em uma rodinha para jogar vôlei, badminton e ajudar Jungkook a fazer castelos de areia enquanto o ensinamos a dizer a palavra "raquete" corretamente, e não "rasquete" como ele estava falando o tempo todo.
Era engraçadinho, mas ele ficava bravo porque pronunciava a palavra de forma equivocada toda vez.
"Vamos jogar o jogo com a rasquete, hyung? rasquete... rasque- ras... que... te- argh"
Assim foi por um bom tempo.
— Sobrou alguma coisa 'pra comer? — Yoongi perguntou enquanto revirava a caixa térmica.
— Não, nada, comemos os últimos sanduíches. — respondi, vendo Jungkook bater as mãos para tirar a areia, enquanto se sentava comigo na toalha estendida no chão, entre minhas pernas.
— Você está com fome de novo, amor? — Hoseok acariciou os cabelos esverdeados do namorado.
— Olha o tamanho dele, está em fase de crescimento.
— Quer dizer que o Koo tem que comer muito também, Jin hyung, 'pra crescer?
Oh céus.
— Princípe, você não vai crescer mais que isso. — expliquei, plantando um beijinho em sua bochecha.
— Mas o Teco disse que-
— O Taehyung não sabe de nada, meu anjo. — Seokjin deu um tapinha no braço do marido, fazendo o outro rir e dar a língua.
— Voltando ao assunto da comida... Eu 'tô com fome!
— Tem um restaurante aqui perto, podemos pegar alguma coisa para comer antes de irmos para casa. — Hoseok levantou-se, já tirando a carteira da bolsa.
— Isso, vamos até lá. — Tae puxou a mão de Seokjin fazendo com que ele ficasse de pé também.
— Você quer ir, Koo? — perguntei, acariciando seus cabelos.
— Não, o coelhinho 'tá cansadinho de caminhar. — fez um biquinho fofo.
— Então vou ficar aqui com o Jungkook, podem ir vocês! Eu pago nossa parte depois. — disse sorrindo, não demorando a abraçar Kook e apoiar meu queixo em seu ombro.
— Certo!
Não demorou para que os quatro saíssem em direção ao restaurante, rindo de alguma besteira que Taehyung disse. Enquanto isso, eu estava admirando o horizonte abençoando o sol que começava a se pôr.
Jungkook estava quietinho, com a respiração aparentemente controlada, fazendo pequenos desenhos na areia com um palitinho de picolé.
Já não haviam muitas pessoas ali, acredito que o relógio marcava próximo às cinco e meia da tarde. Ainda estava quente, mas a brisa vinda do mar deixava uma boa temperatura na costa.
Tudo estava perfeitamente bem, mas algo me deixou encucado.
Jungkook não costuma ficar em silêncio por tanto tempo, apenas quando está muito concentrado em algo, fora isso, há sempre dúvidas ecoando em sua cabecinha, questionamentos, coisas que descobre e vem me contar animado.
Entretanto agora... Agora ele estava calado demais.
— Doce, está tudo bem? — perguntei preocupado, deitando minha bochecha em seu ombro para ver sua feição.
— Tá... — foi o que ele me disse.
— Não minta para mim, Jungkook, você está calado há um bom tempo.
Alguns instantes se passaram até que Kook resolveu sentar-se de frente para mim, entrelaçando suas pernas em minha cintura, mirando os próprios dedos que brincavam com um fiozinho solto de sua blusa molhada.
Havia um bico em seus lábios e suas bochechas – cada dia mais cheinhas – ficavam mais e mais coradas.
— Chimin...
— Sim, príncipe.
— O Koo falou uma coisa com o Teco... — contou-me baixinho.
— O que vocês falaram, eu posso saber ou é segredo?
— É que... É que o Kook queria saber uma coisa. — ele respirou fundo, tomando coragem para olhar em meus olhos. — O Kook queria saber porque o coraçãozinho dele bate tão, tão rápido quando está com o Chimin.
— O que? — fui pego de surpresa, então demorei a assimilar o que estava acontecendo, sobre o que Jungkook estava falando.
Confesso que fiquei um pouco em choque.
— Aí ele fez um monte de perguntas, um montão... Aí no final ele disse uma coisa que deixou o Jungoo confuso...
— O que foi que o Taehyung disse, Jungkook?
A feição de Kook estava mergulhada em uma mistura de medo e receio, talvez até ansiedade. Além disso, ele tinha o lábio inferior preso entre os dentes, mordendo-o fortemente, mas de forma alguma quebrou nossa troca de olhares.
— Doce, se você não quiser me contar, não precisa, tá bom? — acariciei seus fios desgrenhados e úmidos pelo banho de mar.
— Não! O Koo vai falar... É só que... É só que eu tenho vergonha... — instantaneamente vi suas bochechas coraram ainda mais, assim como seus olhinhos brilhantes se encherem d'água, como se estivesse prestes a chorar.
— Ai meu Deus, Jungkook, não chora! Não chora!
— 'Tá tudo bem, Chiminho! — ele sorriu pequeno. — É só que... É só que o Koo... O Koo gosta do Chimin. O Koo gosta do Chimin, mas... Não como amigo do Chim só.
— Como o quê então, Kook-ah? — eu sabia o que ele ia dizer, realmente sabia, mas há diferença entre saber de algo e querer uma confirmação. Eu precisava dela.
E enquanto Jungkook permanecia calado, meu coração parecia que entraria em combustão a qualquer segundo, porque ele queimava em ansiedade e expectativa, esperança e qualquer validação dos meus pensamentos e sentimentos.
Era fato, eu já não podia mais esconder que estava apaixonado por Jungkook, apaixonado por seu jeitinho tão doce e único, que me fazia acordar todos os dias com um sorriso enorme no rosto.
Aos poucos, aprendi a adorar cada pequeno traço de sua personalidade encantadora, cada pequeno traço de seu sorriso de coelhinho, de suas manias bobas e manhas rotineiras para ganhar minha atenção.
Sinceramente? Nunca acreditei no fato de que algum dia encontraria minha outra metade da laranja, a pessoa que tem a outra ponta do fio vermelho consigo... Mas no fim, acho que encontrei o pedacinho que faltava do meu coração.
— O K-koo gosta do Chim como namorado... — contou-me em um fio de voz, ainda muito apreensivo com minhas possíveis reações. E eu? Eu me calei por alguns longos instantes, apenas mirando seus olhos tão escuros e profundos, tentando assimilar que aquilo realmente estava acontecendo. — Chim, não fica bravo com o Koo... Não fica...
— Por que eu ficaria bravo com você, Jungkook? — perguntei, sorrindo abertamente, segurando seu rostinho corado entre minhas mãos, trazendo-o ainda mais para perto, colando nossas testas, como Kook sempre fazia quando estava tristinho.
— O Teco disse que o Chimin... Que o Chimin ama o coelhinho... Mas hyung, o Koo não sabe o que é amor...
— Bem, como eu posso explicar isso, Koo? Hm... O amor é algo que cresce em nossos corações sem sequer percebermos. Sabe, quando você percebe que quer proteger aquela pessoa, quer dar carinho e fazê-la feliz a todo momento... — disse calmamente, ainda fixado em seus olhinhos brilhantes, enquanto acariciava suavemente suas bochechas cheinhas. — Eu não sei se sei explicar o que é o amor, não sei se é algo que tenha uma explicação, porque cada um ama da sua maneira, mas de uma coisa eu tenho certeza.
— E o que é? — sussurrou em expectativa, esbarrando seus narizinho no meu, em um beijinho de esquimó.
— Quando eu olho 'pra você, Jungkook, quando estamos juntos, quando nos abraçamos ou quando você deita ao meu lado para dormir a noite; quando fazemos bolo, quando eu te levo ao parque, quando vamos na casa dos nossos amigos ou quando simplesmente sentamos no quintal para tomar suco e comer morangos... Em todos esses momentos sinto meu coração completamente acelerado, batendo forte como se pudesse sair pela boca a qualquer instante.
— Tipo agora? Como o do Koo? — Jungkook segurou minha palma, levando-a até seu peito.
— Exatamente assim. É porque não consigo mais negar, guardar ou esconder o sentimento que mora no meu coração, Jungkook... É uma explosão de sensações que, em meus vinte e quatro anos, não havia sentido de verdade.
— É... O amor?
— É o amor, Kook-ah. O amor de sua forma mais pura e singela, o amor que me acalma, que cuida de mim, que tem cabelos cor de rosa e lindas bochechas coradas. O meu amor é você, Jungkook. — confessei, extremamente feliz por compartilhar aquelas palavras com Kook.
Seus olhinhos estavam marejados, vermelhinhos e um sorriso enorme transbordava sua feição. Era a imagem mais linda que um dia eu poderia desejar ver, tão doce, meu pequeno doce.
O silêncio tomou aquela praia por alguns instantes, e em minha percepção, só eu e Jungkook estávamos ali, em nossa bolha de amor e carinho. Ambos apenas apreciando a sensação nova que nos invadia o peito.
Quando que um dia eu poderia imaginar que aquele pequeno coelhinho com manchinhas cor de rosa, de nove meses atrás, se tornaria um garoto encantador e que viveríamos uma incrível história de amor.
Se não me engano, isso parece até uma daquelas estórias que meu querido amigo Tae me mostrou uma vez. Fanfic acredito que seja o nome.
— Jiminnie... — Kook chamou-me baixinho.
— O que foi, pequeno príncipe?
— Será que... Será que o Koo pode... Será que ele pode beijar o Jimin aqui... — tocou meus lábios com o indicador. — Na boca...?
— Oh! Não acredito que seja tão ousado, Jeon Jungkook... Os beijos na bochecha não são suficientes? — perguntei em um falso espanto.
— N-não. N-não é isso, J-jiminnie... É-é só que... — embolou-se nas palavras, nervoso. Tanto que chegou a cobrir o rostinho com as mãos, fazendo-me rir de seu jeitinho adorável.
— Ei, olha 'pra mim, Koo... Olha 'pro Chimin. — chamei, segurando seus pulsos para poder encaixar minhas palmas em suas bochechas. — Você tem certeza sobre isso? Tem certeza que quer me beijar?
— Eu tenho.
— Então eu vou fazer isso agora, tá bom? — perguntei, voltando a encostar nossas testas.
— Tá bom... — assentiu com a cabeça.
Lentamente e com todo o carinho do mundo, plantei um beijinho demorado em sua bochecha, fazendo-o sorrir e fechar os olhinhos, suspirando em seguida. Suas mãozinhas seguravam com força a barra de minha camiseta, talvez para conter o nervosismo.
Segui com uma pequena trilha de beijos até o cantinho de sua boca, onde deixei um selar casto antes de finalmente findar aquele contato tão desejado.
Seus lábios estavam quentes, eram doces, com gostinho de protetor labial de morango. Naquele momento, me senti um garotinho de treze anos dando seu primeiro beijinho na escola, me senti completamente inexperiente.
Aos poucos, meus selares foram ficando mais longos, mais proveitosos, onde podíamos sentir a textura de nossos lábios. Um arrepio corria minha espinha sempre que Jungkook suspirava ou resmungava coisinhas que eu não era capaz de compreender.
Por um momento separei nosso contato ouvindo reclamações por parte do menor, e um chorinho manhoso, buscando por mais.
— Não foi bom, é isso? O Koo não sabe, não é? Ele é péssimo!
— Jungkook, deixa de ser dramático... — repreendi, beijando-o mais uma vez, rapidamente. — Eu ia dizer para abrir um pouquinho os lábios. — sorri, vendo sua feição se tranquilizar.
— É aquele beijo que o Teco disse?
— O que o Taehyung te disse??
— Disse que é um beijo onde tem línguas e é muito gostoso. É isso?
No mesmo momento senti meu rosto esquentar, porque Taehyung sempre tem que se intrometer onde não é chamado.
— É-é... É isso, príncipe. — confirmei, contendo minha pontinha de vergonha.
— Mas o Koo não sabe.
— Você vai aprender, Jungkook, eu vou te ensinar. E bem, não existe um jeito certo 'pra isso, nós vamos encontrar um jeitinho só nosso de beijar, sim?
— O beijo do Koo e do Chimin! — sorriu, aliviado.
— Isso, babe... — novamente, voltei a tomar seus lábios entre os meus, sentindo as mãozinhas de Jungkook subirem até meus ombros, circulando seus braços alí. — Abre, Jungkook-ah. — sussurrei.
E assim ele o fez, dando espaço para que minha língua serpentasse para dentro de sua boca, causando um arrepio indescritível em meu corpo inteiro.
No primeiro instante, como esperado, Koo não soube direito o que fazer, ele parecia perdido, até que, enfim, pegasse o jeitinho da coisa. E então, encontramos nosso ritmo.
Era lento, calmo e apaixonado. Nossas línguas se tocavam com cuidado, sem pressa ou desespero, como se tivéssemos todo o tempo do mundo para nos deliciarmos em todo aquele sentimento.
E céus, o beijo de Jungkook era o melhor que eu já havia provado, tão doce e sutil que meu interior se enchia com a alegria de beijá-lo. Seus suspiros me faziam querer dar à ele todas as sensações boas que a vida poderia nos proporcionar, porque Kook merecia.
Ele merecia o mundo inteiro.
Não sei por quanto tempo ficamos ali, apenas aproveitando o calor de nossos corpos e sentindo o friozinho na barriga de estarmos juntos, tão juntos, só sei que fomos interrompidos por um Taehyung atirado que não sabe controlar a língua.
— Até que enfim!! Não aguentava mais essa lenga lenga de vocês, pelo amor de deus...
— Taehyung, cala a boca, seu animal! — Hoseok acertou um tapa em seu braço. — Podem continuar aí, a gente finge que não tá junto.
— Ah, é claro que eles vão continuar se pegando com a gente aqui, até parece, Hoseok! — Tae retribuiu o tapa, porém na nuca de nosso amigo.
— Já chega! Vocês dois parecem dois moleques de doze anos. — Seokjin tentou apartar a briguinha de ambos.
E enquanto os quatro entravam em uma discussão chata, senti Jungkook me abraçar com força, enfiando seu rostinho em meu pescoço, inalando meu cheirinho (provavelmente de protetor solar).
Sem pensar duas vezes, retribuí o ato, trazendo-o ainda mais para perto, como se fossemos nós fundir em um só.
— Você está bem, príncipe? — perguntei, afagando seus cabelinhos rosa.
— Uhm... — ele resmungou.
— Tem certeza?
— O Koo tá feliz, muito feliz! Agora ele é namorado do Jimin! — voltou a encarar-me.
— Sim, agora nós somos namorados, Kooko! — repeti, deixando diversos beijos por todo seu rostinho, bochechas, nariz, testa, pálpebras, queixo, na boquinha; ato que o fez gargalhar.
— Teco! Teco, agora o Koo é namorado! — Jungkook se levantou rapidamente para atirar-se nos braços do amigo, dando pulinhos de alegria.
— Eu falei que ia dar certo, não falei? O Teco é um sábio... — gabou-se, inflando o peito.
— Até parece, sábio tarado só se for. — Seokjin riu de seu próprio comentário, o que fez Taehyung revirar os olhos.
— Viu, Jimin, e você nem queria vir à praia. — Yoongi piscou, deixando dois tapinhas em minhas costas.
— Ele é lindo, não é? — sorri, todo abobado, vendo Jungkook comemorar com Hoseok e Taehyung.
— Ele foi feito 'pra você, acho que não poderia ser melhor. — Jin sentou-se conosco. — Parabéns, Jiminnie, agora não vai mais ficar 'pra titio.
— Obrigado, obrigado! — ri, lembrando da conversa que tivemos no meu aniversário. — Eu realmente o amo, o amo e não quero perdê-lo nunca.
..💗..
OIOIOI!! Dizem que quem é vivo sempre aparece, não é?? Pois bem, eis-me aqui.
Peço perdão pela demora, mas quem me acompanha no twt sabe que foi uma grande batalha com o meu bloqueio, mas eu consegui e é isso que importa.
E bem, hb ta chegando no fim, minha gente... Choremos. Tem mais um capítulo e um extra e então acaba :( a ideia era continuar mesmo depois do fim, mas cheguei a conclusão que não vou conseguir fazer isso, até porque tenho uma outra fic que será postado dia 19 agora e outra que postarei mais pra frente, então vai ficar apertado para mim.
Para aqueles que gostam da minha escrita, fiquem atentos a "L'amour Par Hasard" e "Who", eu estou me empenhando muito nelas e espero que gostem!!
Mas enfim, esse são os recadinhos de hoje. Me digam o que acharam do capítulo, pleaseee!!
Eu não sou boa com cenas de beijo, ou cenas mais calientes, então peço perdão se ficou meio sem sal kkkk *emoji de palhaço*
Então amores, por hora é isso. Espero que tenham gostado e boiolado com a att de hoje! Fiquem bem, se cuidem e se hidratem! Cuidado com aglomerações e usem máscara sempre que saírem de casa!!
Beijos, amo vocês.
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