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• TENTE MAIS UMA VEZ • [capítulo 7]

Tente mais uma vez, por ela.

Os olhos de Giovanni estão em mim, vigiando-me, como se eu fosse louco o suficiente de puxar minha arma e matá-lo, aqui e agora. Não posso negar que estou tentado, mas não vou. Passei os últimos três dias me convencendo a vir a essa merda de festa e agora que estou aqui não vou colocar tudo a perder. Mantenho meu controle sob o efeito de um puro Macallan 26 anos. Essa é única forma de permanecer são entre todos eles. As mesmas pessoas que juraram proteger e cuidar do meu pai, agora estão me olhando como se eu fosse um puto, um bastardo. A sombra daquele que não deveria ser anunciado, Dante De Santis. O nome que assombra tantos é o mesmo que vibra na língua daqueles que me querem de volta. Giovanni estava certo sobre isso, eu precisava ser notado para que eles vejam que ainda há poder em minhas mãos. E que talvez, no futuro, também haja o sangue deles nelas.

Provo o uísque mais uma vez. Bom. Estar na casa de meu tio duas vezes em menos de cinco dias era um recorde que não quero repetir tão cedo. A Casa de Madeira era um lugar peculiar para mim, ao mesmo tempo em que criei minhas melhores lembranças aqui, também foi o lugar onde enterrei as minhas piores. Trazer-me para cá era a forma de meu tio de passar uma mensagem. Até mesmo pelo o uísque que bebo agora, pode-se pensar que sua generosidade estava sendo estendida ao seu único sobrinho, mas todos sabem a verdade. Sua benevolência estava sendo testada diante de todos com o herdeiro, seu pior inimigo vivo. O único que poderia tirar sua coroa sem ser renegado pelos seus súditos. O xeque mate que ele tentava evitar a qualquer custo em seu próprio jogo de xadrez. E falando em jogos e rainhas... A casa continua a mesma, ainda requintada com suas tábuas, assoalhos e pés direito altos, uma residência clássica de alto nível. E mesmo com tanto espaço entre nós, ainda posso senti-la, seja onde for que esteja. Posso vê-la do outro lado do vidro. Com seu vestido me dando a visão completa de suas costas, ela é realmente minha única tentação. A vontade de matá-lo não chega aos pés do meu impulso de tocá-la. Só a visão de sua pele macia por de trás da ceda fina já me queima...

— Olhos no prêmio, Enzo – a suave observação de Giovanni me puxa de volta a realidade.

Leonel De Santis está vindo em minha direção. Não sozinho, claro. Ettore Benedetti está o seguindo, às suas costas. Desde nossa última reuniãozinha na terça, Carmelo vem respirando em meu pescoço como um cachorro louco que quer seu pedaço de merda mastigado e destruído. Não hoje, figlio di puttana. Entre provar sua infidelidade com a Famiglia e vir para mais uma festa, optei pela opção menos óbvia. O convite claramente foi feito de última hora pelo meu querido tio, mas essa era mais uma de suas armadilhas. Mostrar aos Capos que minhas desconfianças estavam sendo levadas a sério, mesmo que no fundo não estavam. Por outro lado, ele disse que hoje eu veria a verdadeira face de toda essa merda que estava acontecendo. Espero que Benedetti não tente me enrolar de novo na frente dele.

De qualquer forma, não foi nem uma dessas merdas que me fizeram vir. As palavras de Gianne ainda martelam em minha cabeça. Tente mais uma vez, por ela.

— Se não é o meu sobrinho favorito de volta a cidade, en? – Ettore é quase da minha altura, então não é tão estranho quando ele joga seus braços e me puxa para dar dois beijos em minha bochecha – Enzo, figlio mio, sii benvenuto.

Forço um sorriso e refresco sua memória: — Pela Famíglia, Ettore.

O sorriso no rosto de Ettore puxa um pouco azedo num aviso mudo. Não agora. Eu apenas continuo:

— Leonel, é bom vê-lo de novo.

— Vincenzo, benvenuto. – Leonel não é tão cordial quanto Benedetti. Diferente de Ettore, Leonel é um homem alto e magro, sua pele está mais enrugada do que acostumava ser, mas o terno esconde qualquer nuance de seu corpo esquelético. Quando me sorri, não há nada de agradável ali – Gostou de seu uísque, figlio? Eu o peguei da minha safra especialmente para você. Hum?

Seus dantes rangem juntos em cada palavra, escárnio escorrendo delas.

— Forte e concentrado como qualquer bom Macallan deve ser – avalio o copo em minhas mãos, um minuto antes de jogar com ele – Mas engraçado, eu não me lembro de ver um puro Macallan 26 anos na sua adega antes, Leonel. O único conservado em perfeito estado como esse pertencia à adega de Dante. – me esforço nas próximas palavras, tudo para não tirar minha arma e atirar na sua cara fodida – Mas vejo que você ainda continua com esse hábito, si?

Há um momento de silêncio, a verdade pesando entre nós dois. Seus dentes amarelados aparecem nesse sorriso torcido que eu me acostumei a ver com o passar dos anos.

— Figlio, tudo que é de tuo padre é mio. – se possível, seu sorriso cresce mais – É o que é. E não vamos fazer disso um hábito, noi? Lembrar todas às vezes onde é o meu lugar e onde é o seu lugar.

Figlio di puttana...

— Não estamos aqui pra falar de uísques, estamos, senhores? – Giovanni intervém, seu braço sobre o meu ombro, me contendo.

Seus olhos voam de Leonel para mim, sua mão apertando meu ombro esquerdo. A risada de Benedetti me tira desse transe psicótico entre mim e Leonel.

— Vamos para dentro, si? Nós não queremos que nossos convidados pensem que há uma guerra entre a Famíglia, queremos? – Benedetti ri um riso forçado e sussurra – Não mais do que eles imaginam...

Leonel desfila em nossa frente como a porra de um rei, todos os seus convidados em ternos e vestidos de galã abrindo caminho. Benedetti anda ao seu lado com os passos lentos, como se tivesse certeza de que eu atiraria pelas costas. Um riso baixo escapa de mim. Eu não sou o cordado aqui, tio.

— Cuidado, Enzo. – Giovanni me olha enquanto seguimos meu tio e seu pai para sala, sabendo bem o que eu estou pensando – Não é hora de mostrar suas garras em frente de todos, si? Lembre-se do que Pietro disse.

Pietro fodido! Se houvesse outra pessoa que merecia sua vingança tanto quanto eu, esse cara é Pietro. Ele sempre conseguiu ser mais discreto e menos impulsivo do que eu. Bem, uma pena ele não estar aqui em meu lugar, não é mesmo? Tomo mais uma dose do meu uísque, uma nova ideia tilintando em minha cabeça assim que sua presença fica mais evidente em minha visão periférica. A figlia de meu inimigo, a rainha da porra toda.

Benedetti nos para de frente desse aparato chique cheio de petiscos e supplìs, já com seu discurso engatilhado:

— Então, Carmelo Vitali? – acenei sem a mínima vontade de repetir tudo o que disse para eles, na terça – Após nossa reunião, Giovanni me falou mais sobre suas suspeitas depois do que aconteceu no armazém – há uma pausa encenada, como se o que ele fosse me dizer fosse mais importante do que realmente é – Bem, resumindo, eu trouxe Domenico para o caso e ele pesquisou mais a fundo sobre toda essa bagunça. Giovanni também ajudou, sabe, com aquela merda de internet? Conseguiu algumas informações que comprovavam que Carmelo esteve se encontrando com a milícia do Rio.

Giovanni se levanta sobre Ettore e continua, como se pai e filho tivessem ensaiado essa porra:

— Então eu fiz a minha mágica e descobri o que o nosso amigo Carmelo estava fazendo em nossas costas. Jean Carlos, o cara com quem ele esteve em contato? Está diretamente ligado a milícia. – ele toma um gole de seu próprio uísque e se prepara para o gran finale – Vendendo informações para os putos pegarem nosso território.

Começando pelo meu, é claro. Não há nada que Giovanni fale que eu não saiba. Ettore continua o discurso ensaiado:

— E o quão surpreso Guido não ficou depois que viu o caderno e tudo isso, si? – com certeza não. O filho da puta estava submerso nisso tanto quanto seu subordinado, mas me calo sabendo que hoje só conseguirei Carmelo – Não eu, com certeza. Eu sempre disse ao Guido que não confiava nesse filho da puta.

Benedetti quase sussurra com medo que alguém nos ouvisse. Leonel se obste de qualquer comentário. Não há um traço de surpresa em seu rosto, nem mesmo raiva.

— E então? – eu digo, com outro gole em meu Macallan.

Outro momento de silêncio se segue, já que essa é a deixa de Leonel falar. Ele é o único que pode tomar essa decisão. Quando ele começa seus olhos estão treinados em mim, dessa vez sem sinal de um sorriso.

— Você me conhece bem, não conhece, Vincenzo? Como eu trato aqueles que me traem, certo? – sua mão sobe para meu ombro, me lembrando bem o que ele fez quando eu o traí – Eu nunca deixaria esse rato fugir com meu queijo bem embaixo da minha bota, figlio. Você sabe disso, Giovanni e Ettore sabem disso, toda a porra da Famíglia sabe disso. – sua voz baixa um tom mais baixo – Então porque você trouxe isso a Pietro e não a mim? Um bastardo nero tomando decisões por mim? Você sabe o que eu quero dizer? Depois de todas as coisas que eu fiz por você, figlio, deveria saber melhor...

Essa era sua verdadeira intenção, eu vejo. Repreender-me em frente Giovanni e Ettore, jogar na minha cara o que ele nunca foi. Tudo para não pegar minha arma e atirar...

— Eu fiz pela Famíglia. E isso é tudo que importa, não é, tio? – Eu peso cada palavra, jogando de volta o que um dia ele me disse.

— Eu reconheço isso, figlio. E esse é o único motivo que não vou tirar a distribuidora de você e passar para Giovanni. Lembre-se disso da próxima vez, entendido?

Giovanni deve ler algo em meu rosto, já que ele é o único que responde em meu lugar: — Entendido, não é, Enzo?

Não respondo: — E Carmelo?

Leonel já não está prestando atenção em mim quando responde:

— Você terá sua resposta no fim da noite, figlio. – ele espia a nossa direita e seu sorriso ganha força quando finalmente ele vê o que estava procurando, como se elas não tivessem à nossas costas o tempo todo – Acho que ainda não tive o prazer de falar com sua filha, Ettore. Vincenzo?

Ele muda de assunto, mesmo depois de jogar uma ameaça velada pra mim. Eu deixo passar, como todas às vezes, tendo um plano maior que tudo isso engatilhado. Olhos no prêmio.

— Vamos...

Deixamos Giovanni e Ettore para trás, já que Leonel não os chamou. Sei bem o jogo que Leonel está fazendo aqui. Ao lado de Gianne está a única pessoa na Famíglia que ele me proibiu de ver. Em qualquer outro situação, ele me impediria de respirar em sua direção. Agora? Ele só quer esfregar em minha cara o que eu nunca teria na minha maldita vida.

Luna De Santis está sentada em uma das cadeiras altas do salão, de costas para mim, ao lado de nossa "prima" Gianne.

Ela é meu pecado pessoal, meu próprio inferno em carne e osso. Como seu pai, não há um dia que não pense nela. Seus olhos negros, sua pele branca e macia, sua boca inocente e tão provocadora. Todo o seu cabelo cacheado preto está solto, não o suficiente para cobrir o decote em U em suas costas. Seu corpo, desenhado pela ceda verde do vestido e marcado pelo decote e a fenda em sua perna, me provoca mais do que normalmente o faz. Como seria fácil prová-la, se eu quisesse. Eu começaria puxando a ceda fina pelos seus braços ou rasgando o vestido caro pelas suas pernas? Assim que ela se vira de lado, reconhecendo a presença do pai, eu tenho minha resposta. Definitivamente pela fenda.

Leonel abraça Gianne primeiro, ignorando sua filha completamente, mas não eu. Eu estou a devorando, pedaço por pedaço. Deus sabe quando poderei vê-la de novo, assim tão de perto. A última vez, ela sorriu para mim um sorriso atrevido que me deixou duro por dias. Vê-la correr com Mavi foi o ponto mais alto de todo meu ano. Agora, ela avidamente me evita. Não hoje, Luna, não hoje. Ao fundo, ouço Ettore chamando Leonel e agradeço aos céus esse pequeno presente. Vá, seu filho da puta, e me deixa cuidar dela. Gianne deve ser a garantia que Leonel tem para me deixar sozinho com sua querida filha, mas pelo olhar da própria sei que é bem ao contrário.

Gianne é um ano mais nova que eu e três anos mais velha que Luna, o único elo que ainda nos mantem. E mesmo sendo amigas por anos, elas são diferentes. Gianne prefere manter seu público cativo e constantemente enganado com suas roupas de grife e suas opiniões rasas. Enquanto Luna é inocente demais para notar que sua forma de portar é pura e desregrada para alguém como ela. Até mesmo fisicamente. Gianne tem esse porte clássico, pernas longas e corpo definido, cabelos loiros curtos e olhos de raposa azuis, que qualquer homem da máfia queria ter. Luna é mais baixa, uma curva em cada ângulo certo, peitos, quadril e coxas, cabelos negros selvagens e olhos grandes, feita sob medida para me tentar. Eu nunca realmente pensei em ter um "tipo", já que a única que quis foi feita sob medida para mim. E mesmo elas sendo totalmente opostos, elas se importam uma com a outra.

Tente mais uma vez, por ela.

— Luna — eu aceno.

Desvio minha atenção dela, de volta para Gianne, não deixando evidente meu interesse. Cumprimento normalmente Gianne, como faria com qualquer pessoa da família. Mas não a Luna, tudo para evitar qualquer fofoca de merda que possa correr por aí e chegar até Leonel. Então, eu a ignoro, como sempre faço, mas Gianne muda os planos quando se aproxima de Luna.

— Você viu como Luna está bonita hoje?

Discretamente, Gianne puxa minha atenção para o leve decote em V do vestido e de volta para o colar que Luna carrega. Não sei o que me deixa mais desconcertado, o decote que revela a curva dos seus seios ou o colar.

— Ouvi dizer que este colar foi um presente seu. É verdade?

Gianne se refere ao colar delicado decorado com pequenos jasmins. Ele se pendura por uma fina corrente, entre os seios de Luna, como uma lembrança. Uma amarga lembrança de que Leonel tomou tudo de mim, até mesmo o colar que um dia pertencerá a minha mãe. Onde esse puto o conseguiu?

­— Sim.

Respondo, não sabendo o que falar, mas sabendo que não poderia deixar Leonel levar o crédito. Vejo nos olhos de Luna que isso a deixa ainda mais confusa. Mas, foda-se! Eu não deixaria esse fodido tirar isso de mim, nunca.

— Você não se importaria que eu o pegasse emprestado, não é verdade?

Assim que termina a frase, Gianne escova a mão sobre o cabelo de Luna, o afastando do pescoço. Para todos ao nosso redor, Gianne está apenas mostrando o colar, mas nesse momento sei bem o que ela está fazendo. O que ela realmente está mostrando é a marca roxa que está na nuca de Luna. Não consigo tirar meus olhos da marca. É pequena, quase apagada, mas ainda está ali.

Ele bate nela, assim como batia em mim. Ele bate nela, mesmo depois de me prometer que cuidaria dela. Ele.bate.nela. Tente mais uma vez, por ela. E Gianne sabe disso, senão não teria me dito essas mesmas palavras hoje mais cedo. Por quanto tempo ela sabe? Ele bate nela desde que saí? E porque eu não sei disso? Alguém mais sabe? Deus! Pelo olhar constrangido de Luna, acho que não.

— Se Luna também estiver de acordo.

Forço uma resposta para fora e minha raiva para dentro. Não posso surtar agora. Só... Não posso! Eu deveria saber. Eu deveria... Merda! Porra! Merda! Merda! Eu vou matar esse filho da puta! Eu deveria saber, deveria saber que depois de tudo o que ele fez para mim e a seu próprio irmão, que ele seria capaz de fazer o mesmo com a sua filha. Não consigo olhar para Luna. Não consigo olhar para seus olhos inocentes e admitir minha derrota. Não posso tirá-la daqui, agora, nem matar seu pai de merda. Nem... Jesus!

— Se vocês me derem licença. – sua voz sai embargada.

Luna foge para longe, sem me olhar nenhuma vez.

— Que merda você pensa que está fazendo?

Gianne segura meu braço e tenta me impedir de segui-la. Não hoje!

— Cuide das merdas aqui. Se ele desconfiar, peça ajuda. Se eu o vê-lo agora, eu juro que eu o mato... – jogo meu copo na mesa e saio.

"Merda!" ouço Gianne xingar atrás de mim enquanto persigo Luna, discretamente. Eu só preciso tocá-la, uma última vez antes que tudo caia. Sei para onde ela está indo, então vou pela outra escada evitando o olhar de qualquer um. Ela não me vê no corredor vazio, nem quando a persigo até o banheiro adjacente. Acelero meus passos e a alcanço antes que ela feche a porta na minha cara.

— Enzo!?

Meu nome sai como um suspiro mal dado de sua boca. Puxo a porta fechada e a tranco com medo que alguém mais possa nos ouvir. Com medo do que eu poderia fazer. Preciso me acalmar e só ela o faz quando estou nesse estado.

— Luna...

Minhas mãos agem antes que eu possa pensar muito. Escovo seu cabelo grosso do seu pescoço e a seguro pela nuca. Sem pressão ou força, a puxo para mim. Luna vem de bom grado, mesmo com olhos arregalados e a respiração irregular, ela vem como sempre faz. Preciso tocá-la, senti-la, cheirar... Assim que meu nariz pousa na curva de seu pescoço, todo seu corpo se arrepia, posso sentir com minha outra mão pelo decote em suas costas. Forço-me a apenas escovar meus dedos em sua coluna, acalmá-la aos poucos. Quando me afasto para poder olhar em seus olhos, nada é dito entre nós. Não sei o quê ela lê da minha expressão, mas não consigo falar. Nada que eu diga pode apagar o que ela sofreu e perguntar sobre o que ela passou só jogaria mais gasolina ao fogo. A pequena marca em seu pescoço é a única coisa que posso lidar agora.

Passo minha mão em seu cabelo de novo, agora com a intenção clara de ver o machucado de perto. Ela tenta me afastar, mas eu a seguro no lugar, minha outra mão escorrendo pela ceda macia em sua cintura.

— Por favor... – eu imploro.

Anos se passaram até eu ouvir essas mesmas palavras, mas aqui estou eu as falando para ela. Luna deve ver o desespero em minha voz, porque ela cede e puxa seu cabelo para o lado, me dando uma boa visão de tudo. Com minha mão direita eu borro a base fora do lugar e vejo a marca da mão de Leonel ali, roxa e amarelada nas bordas. Isso, essa marca, não foi um engano ou acidente. Isso foi feito de propósito e pelo tremor que apodera todo o corpo de Luna posso dizer que não foi a primeira vez. Todos os pensamentos de antes voltam e correm soltos em minha mente, mas não é nada que posso dizer a ela. Puxo-a para que posso encaixar meu corpo ao dela e em um abraço apertado, transpasso seu decote com as minhas mãos, precisando sentir sua pele contra minha. Ela me abraça de volta, seus braços trêmulos envolta de mim. Baixo minha boca até sua orelha e faço mais uma promessa:

— Por tudo o que ele fez a você, eu vou matá-lo. Lentamente, como ele merece, querida. Mesmo que você me odeie... Eu não me importo, eu vou matá-lo. Isso eu prometo a você.

Ela suspira mais alto dessa vez, chorando ou orando, eu não sei. Mas ela sabe, que assim como todas as outras promessas, eu vou cumprir essa.

Toc. Toc.

— Eu não quero interrompê-los – a voz de Gianne soa por de trás da porta – Mas Leonel já começou a perguntar por você, Luna. Então, se vocês não se importarem, eu queria levar minha prima de volta, antes que ele os encontre aqui...

Luna me empurra, mas eu ainda não a deixo ir, a segurando pela nuca. Olho para sua boca vermelha, a trilha de sardas sobre seu nariz, os olhos negros. Registro cada pedaço seu antes de deixá-la ir.

— Vá com ela, mas não se esqueça do que eu disse, si?

Ela acena e me dá um sorriso fraco, escasso. Abro a porto e a deixo sair com Gianne, batendo a porta antes que a loira enlouquecida me dê outro sermão. Fico dentro do banheiro por um tempo, esperando que elas socializem e ninguém me veja por perto. Porém, antes de sair, meu celular apita com uma mensagem de Pietro:

Leonel nos deixou um presente.

Na foto, há uma mala antiga aberta no chão sujo do armazém, escorrendo sangue nas bordas. Dentro, há o um saco preto cheio, embrulhado por fita isolante. Não preciso abrir para saber o que tem: um corpo cortado em pedaços, tronco, pernas, pés, braços e mãos. A única coisa que me faz reconhecer de quem é o corpo é a cabeça no topo, fora do saco. Carmelo Vitali.

Tente mais um vez, por ela.

Sim, Gianne, é exatamente isso que vou fazer. E dessa vez, não vai ser uma tentativa. 



Capítulo 7 postado! Eu estava TÃO ansiosa pra postar esse capítulo! Finalmente um com o ponto de vista do Vincenzo De Santis pra foder com a porra toda. AMO. E pode se preparar, que devemos ter mais capítulos assim como esse. E aí, gostaram de ver como o Vincenzo reagiu depois de descobrir todo o abuso da Luna?  Me contem, quero muito saber!!

Enão se esqueçam: deixe sua estrelinha, adicione Hereditário na sua biblioteca eme segue no wattpad! Até a próxima, mafiosxs! 

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