Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

• NUNCA QUEBRE SUAS PROMESSAS • [capítulo 9]

Eu ainda posso sentir sua mão em minha nuca, seus dedos passeando pelas minhas costas. Ainda ouço sua respiração sobre a minha, roubando cada pecado meu. Lembro-me de seus olhos sobre mim, mastigando minha dor, consolando minha alma. Eu ainda me sinto sobre essa nuvem dormente de sensações, perdida em meus pensamentos, quase em um sonho, tentando desesperadamente alcança-lo, nunca conseguindo. Passaram-se exatamente 13 dias desde que eu o vi na festa. Nenhum sinal, nenhum recado. Por tudo o que ele fez a você, eu vou matá-lo. Também posso ouvir essas mesmas palavras se repetirem em minha mente, uma e outra vez.

— Luna, querida... – a voz de Gianne soa à minha frente – Um cappuccino italiano?

Aceno a cabeça olhando a atendente que anota nossos pedidos. Não é a primeira vez que eu e Gianne vamos a essa cafeteria. Depois da sua viagem ao sul e a festa em minha casa, essa foi a primeira oportunidade que tive de vê-la.

Assim que a assistente volta com nossos pedidos, nos deixando sozinhas, não consigo me controlar e pergunto:

— Ele falou com você?

Os dedos de Gianne apertam os meus por de baixo da mesa, sua cabeça nega em uma resposta direta. Não. Ela está vestida como sempre, em um de seus ternos femininos e calça alfaiataria beges, tomando seu café em pequenas doses, seus olhos em mim.

— Beba um pouco – ela acena em direção ao meu copo – Você parece cansada, Luna.

E estou. Bebo um pouco do meu café em resposta. Gianne empurra seu cabelo chanel por detrás da orelha, seus olhos correm por um lado, depois outro, sempre atenta ao nosso redor. O único soldado por perto é Domenico, mas ele está longe, no carro.

— Quando começou?

Não preciso que ela especifique sua pergunta. Controlo minhas emoções e tento dar uma resposta concisa.

— Depois que Enzo saiu de casa, poucas semanas depois.

— Sempre assim? – ela olha para pequena cicatriz que tenho na mão.

— Não, não no começo. Um pouco pior nos últimos meses.

— Alguém já o viu fazendo isso?

— Algumas pessoas da Mansão, ninguém fora dela... – tomo um gole do meu café, raciocinando tudo – Giovanni o viu aquele dia, não foi?

Ela acena, seus olhos seguram os meus antes de soltar — São quatro anos, Luna... Porque você nunca me disse antes?

Sei que ela não quer parecer ferida, mas soa exatamente assim.

— Eu tentei, algumas vezes. Eu só... Não há nada que vocês possam fazer, Gi. Nada que você ou Giovanni possa fazer. Nada que eu fale pode mudar isso. – não consigo olhá-la enquanto confesso – E não era assim tão ruim, no início. Eu pensei que ele fosse parar. Se eu fizesse tudo certo, e ele parou, por um tempo... Eu pensei que ele fosse parar.

— Mas ele nunca parou – ela sussurra de volta.

Um silêncio surdo se estende quando seguro minha respiração por um segundo, meus olhos ainda longe de Gianne. Não posso chorar aqui.

— Eu sei que isso não vai fazer nenhum sentido agora, mas... Quando Enzo tinha onze anos, depois da minha festa de aniversário, quando bati em Giovanni, lembra?

Gianne abre um pequeno sorriso – Como poderia esquecer?

— Então, depois daquilo, eu o vi no quarto de Enzo, de madrugada, batendo nele... Foi a primeira vez de muitas. Enzo nunca chorou, nunca reclamou pra mim sobre isso. Depois de um tempo, eu comecei a pensar "deve ser assim que eles tratam os garotos, ensinam eles".

Olho Gianne me tentar com o mesmo olhar da festa, nenhum julgamento ou pena. Então falo o que antes nunca consegui admitir para mim mesma.

— Eu não posso julgá-lo por fugir, não depois de tudo o que ele fez por mim. Eu não posso culpá-lo por tudo o que aconteceu comigo depois que ele saiu de casa. Eu nunca fiz nada por ele, eu nunca disse nada para Papa antes. Nenhuma palavra. E mesmo assim, eu não consigo tirar da minha cabeça que ele um dia vai me tirar dali. Mesmo sabendo que ele não pode, eu só consigo pensar nisso... – eu me paro e falo o que realmente anda me consumindo – O que você está tentando fazer aqui, Gianne? Foi por isso que você mostrou pra ele?

Gianne me consola, sua mão quente sobre a minha fria – Eu não te julgo por pensar assim. Nada que acontece naquela casa é sua culpa, Luna. Nunca será.

Seus dedos apertam os meus mais uma vez, antes de se afastar. Ela se endireita um pouco por debaixo de seu terno branco e lambe os lábios, um pouco fora de ritmo.

— Eu queria poder falar tudo o que aconteceu na noite do acidente, Luna, o porquê de tudo. Mas essa não é minha história pra contar – por trás de suas palavras, sei que ela está falando de Matheus – E independente do que tenha acontecido com Enzo depois, ele fez a coisa certa. Ele não podia deixar você nas mãos daquele cara. Ele fez o certo.

Gianne para um pouco, tão tensa como antes. Ela toma outro gole do café e segue sem que eu consiga respirar direito.

— Eu não sei o que Enzo te disse naquele banheiro, eu posso imaginar... Você não precisa esperar mais por ele, Luna, eu mesma farei isso. Mesmo que seja a última coisa que eu faça, eu vou te tirar de lá, tudo bem? Eu só preciso que você seja um pouco paciente. Tente ficar longe dele, o máximo possível. Eu sei que é muito te pedir isso... Eu só preciso de tempo, ok?

Minhas mãos tremem sob a mesa. Tão cansada de ter esperanças.

— Eu não posso fazer isso, não posso te comprometer também, Gianne, não posso te perder...

— Você não vai – ela me interrompe – Só confie em mim, tudo bem?

Eu aceno, sabendo que nada que eu diga irá dissuadi-la. Minhas mãos ainda tremem quando penso em tudo o que está por vir, tudo o que pode acontecer comigo, com eles.

Elas ainda estão tremendo quando me despeço de Gianne.



— Você pode parar o carro naquela esquina, por favor.

— Senhorita Luna, eu...

— Pare o carro, Domenico.

Estou testando minha sorte aqui. Ele pode me obedecer ou me ignorar totalmente, sob as ordens de meu pai. Fico um segundo surpresa quando ele para o carro, antes de descer e andar em direção ao bar. Testando a sorte ou não, não vou desperdiçar a minha chance. Domenico está bem atrás de mim assim que entro. É um desses bares pequenos e boêmios que encontramos nas ruas de São Paulo. Nada muito chique ou cheio, com mesas de madeira e pastilhas coloridas espalhadas pelas paredes. São 4h da tarde e ainda consigo ver uma pessoa ou outra por aqui, mas nada que comprometa minha segurança ou discrição. Eu só quero poder sentar e esvaziar tudo o que está em minha mente.

Sei que posso ser delatada por Domenico, mas também sei que se ele quisesse poderia me arrastar daqui a qualquer momento. Assim que sento em uma das mesas afastadas, eu aponto para a cadeira a meu lado.

— Você não quer me ver beber sozinha, quer?

Se possível sua carranca aumenta, mas ele senta ao meu lado, de frente para entrada, sempre vigiando.

Depois que saí da cafeteria, a única coisa que consegui pensar era que não queria estar em casa, não depois de tudo que Gianne me disse. Ela também me fez uma promessa, não tão sanguinária quanto de Vincenzo, mas uma promessa. Quantas pessoas posso puxar comigo antes que tudo isso acabe?

Peço um gim e dois copos. Não é a primeira vez que bebo, assim como o cigarro, gim se tornou uma liberdade que tomo de vez em quando. Se Domenico se assusta com meu pedido, ele não demonstra. Ele veste um terno azul marinho um pouco mais largo, sem seus óculos escuros para disfarçar seu descontentamento.

Aqui está uma coisa que preciso confessar para mim mesma: mexer com Domenico se tornou meu passatempo predileto ultimamente. Ele nunca me repreende, mas cada carranca ou cara feia me fazem querer irritá-lo ainda mais. E hoje, tudo que preciso fazer é esquecer.

— Você pode tirar o terno se quiser, não vou contar pro meu pai.

Cinismo é outra liberdade que tomo quando estou com Domenico. Derramo uma dose para mim e outra para ele quando o garçom deixa a garrafa. Meus olhos registram quando meu motorista tira seu terno e fica apenas de camisa e gravata. Em seguida, ele toma sua própria dose e me olha, sem pestanejar.

— Gim parece ser sua bebida também, pelo que vejo.

— Prefiro vodca.

O.kay. Torno a encher o copo dele. Nós bebemos em silêncio, uma, duas, três doses. Na quarta, ele me para.

— Não.

Ele acena para o garçom e pede uma água. Quando a água chega, ele a coloca na minha frente e aponta.

— Eu estou bem...

— Mas vai tomar se não quiser ir para casa.

Um pequeno sorriso se esforça para sair de meus lábios. Idiota.

Tomo meu copo, sem reclamar. Seguida de outra dose. Seus olhos indicam que estou abusando da sorte.

— Eu não tinha reparado em sua cicatriz antes.

Pela primeira vez, Domenico parece um pouco surpreso. Ele não me diz nada, mas também não tenta esconder. Por trás do seu colarinho branco, há uma cicatriz. Parece ser de um corte, não sei dizer. Talvez faca? Nem seu tamanho posso definir, há apenas uma parte amostra.

As doses me deixam mais corajosas quando o pergunto:

— Você e Nicola foram à escola de mafiosos juntos?

Sorrio quando ele força ainda mais sua carranca. Alguém não gostou da minha piada... Quando ele não me responde, de novo, tento mudar de assunto.

— Como é puxar o gatilho?

Seu rosto se torna uma pedra, sério, compenetrado. Se esse é um sinal de alerta, estou perto de estar bêbada para não notá-lo. Tomo a dose que ele não tomou e tomo coragem para perguntar o que realmente quero:

— Eu sempre tive essa curiosidade... Saber qual a sensação de matar alguém. – sussurro dessa vez.

Seus olhos azuis agora estão fixos nos meus, nenhuma dúvida de que ele não esperava essa pergunta. Ou mais grave, que eu não deveria tê-la feita. Ele puxa um pouco do nó de sua gravata, como se a conversa o deixasse inquieto.

— Essa cicatriz... – ele roça o dedo por seu pescoço – foi feita pela primeira pessoa que tentei matar. E como ela, a sensação – ele caçoa da minha escolha de palavras – ainda está em mim. Eu sugiro que você não tome o mesmo caminho com aquele que fez a sua.

Ele ainda me olha, sem desviar por um minuto. Se sua intenção foi me assustar, ele conseguiu exatamente o contrário. Estou ainda mais curiosa pelo que ele é, o que ele se tornou. E ainda com mais raiva por achar que me conhece ou que sabe o que eu pretendo fazer.

— Sabe, eu tenho essa sensação – jogo de volta para ele, me inclinando em seu espaço pessoal – que eu te conheço de alguém lugar... Talvez de outra vida?

Ele ainda está tão sério como antes, nenhum indício que minha conversa o afetou. Ao contrário dele, sua resposta de antes ainda me afeta. Ele realmente acha que conhece minha vida?

— Essa não é minha primeira cicatriz, soldado. Há outras de onde essa veio... E você ainda não respondeu minha pergunta.

— Não tenho intenção de fazer – ele é categórico agora.

Sei que estamos a um passo de irmos embora e não quero perder a oportunidade de jogar com ele. Se ele for delatar alguma coisa, que seja isso.

Tento pegar a garrafa de gim, mais uma vez, mas ele me impede como imaginei que faria. Sua mão está sobre a minha quando insisto em segurar a garrafa, ele puxa meu pulso um pouco mais forte dessa vez, sem paciência. Eu cedo só para me ver ainda mais perto dele, entrando ainda mais em sua zona de conforto.

— Se não é sobre a morte que você quer falar... Então o que te faz sentir vivo? – sussurro.

Domenico é ainda mais sólido de perto. Ele parece duro e tenso por debaixo de toda essa seriedade dele, como se ele só pudesse viver assim... Matando, trabalhando ou fodendo.

Seus olhos são do azul mais vivo quando me aproximo sem aviso. Sua barba por fazer roça minha boca quando roubo um beijo. É estranho, duro e sem jeito. Não é o que espero, nem de perto. Sua mão aperta meu pulso ainda o segurando, dessa vez sei que o surpreendi de verdade. Sigo meu instinto, abro minha boca e suspiro sobre sua, preparada para mais, só um pouco mais...

Ele se afasta de uma vez.

Domenico me encara como se quisesse desvendar um quebra-cabeça e não conseguisse. Isso dura apenas um segundo, seus olhos nos meus, intensos:

— Nunca mais repita isso.

Ele se levanta e coloca de volta seu terno. Ele ajusta sua gravata no lugar e seu coldre por baixo do cinto, um que não tinha visto antes, e fica ao meu lado.

— Vamos – ele ordena.

E eu o sigo até o carro.

As casas e prédios passam pela janela enquanto vamos para a Mansão. Qualquer plano de antes evaporando da minha mente enquanto o desejo ainda persiste. Seja o que meu estado bêbado me permitiu fazer, não era assim que eu pretendia me sentir.

Ainda mais perdida, confusa... Tão viva. 



Olá, minhas mafiosxs! Capítulo 9 postado! Duas interações diferentes que serão muito importantes para o futura de Luna, pro bem ou pro mal. Luna ainda está bem confusa com tudo que anda acontecendo, mas vamos ter esperanças que tudo vai melhorar (olho o tombo! Hahaha). E aí, gostaram da cena entre Luna e Gianne? E Domenico? Me contem, quero muito saber!!

Enão se esqueçam: deixe sua estrelinha, adicione Hereditário na sua biblioteca eme segue no wattpad! Até a próxima! 

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro