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• NÃO ESQUEÇA • [cap. 13]

Pode me ouvir, Luna?

A febre aumentou...

— Faça alguma coisa, porra!


Luna, por favor, Luna... Acorde!

Deixe-a respirar.


Isso, vamos, beba um pouco de água. Um pouco mais, isso...


Eu vou cuidar de você, Luna.

Papa vai cuidar de você



Acordo desorientada. O lençol prega em minha pele suada. Sinto a boca seca e meu corpo dormente. Onde...? Minha garganta doe quando tusso sobre a cama.

— Hey, hey... Aqui.

Quando consigo focar, vejo Gianne a minha frente. Seus olhos claros inspecionam-me, com cuidado. Ela parece diferente sem maquiagem, até mesmo preocupada. Gianne me entrega um copo de água que está em uma de suas mãos. Tomo um gole ou três. Sinto-me fraca, mas não deixo de encarar Gianne. Ela está aqui, finalmente aqui.

Corro os olhos pelo quarto branco. Me encontro em uma cama estreita, com Gianne sentada ao meu lado. Não estou mais na Mansão. Por que? Gianne deve ler algo em meu rosto:

— Você se lembra de algo, Luna?

Lembrar?

A única coisa que me lembro são dos dias sombrios em que estive trancada em casa. Quando olho meus braços, as marcas e arranhões ainda estão ali contando toda minha história.

— Você sabe?

— O que? – sua voz é baixa, quase com medo.

— Sobre a estufa?

Gianne olha para os mesmos arranhados que olhei antes. Ela hesita, um pouco só, não sabendo o que falar.

— O que aconteceu?

Então, ela não sabe. Ou sabe e quer checar os pontos. Não sei o que é pior ou mais humilhante.

Traga a porra da garrafa! Se você bebe como um soldado...

Olho Gianne mais uma vez, sem conseguir contar tudo a ela. Não sei o que dizer ou mesmo como começar.

— Não precisa me responder agora... Só preciso que você coma um pouco, tudo bem?

— Eu não... – minha garganta arranha quando tento falar de novo – Não tenho fome.

— Mas vai comer, mesmo assim. Você está fraca, Luna, precisa comer.

Ela deixa o copo sobre o criado-mudo perto da cama. É pequeno e velho. Onde estou?

— Vou pegar a sopa e já volto.

Balanço a cabeça ainda fraca, sem entender o que está acontecendo. A última vez que vi Gianne foi no restaurante, quando... Quando o quê?

Olho para o que estou vestindo, tentando me lembrar. A última vez usava um vestido preto de grife e não essa camisola de algodão, que não é minha. E o quarto é pequeno e abafado, sem praticamente nenhum móvel, apenas a cama pequena, uma cadeira de madeira velha e um criado-mudo desgastado. Não sei onde estou.

Ela volta com um prato de sopa nas mãos. Assim que a coloca no criado, volta para porta e a tranca, deixando só nós duas ali. Ela puxa a cadeira para mais perto, se senta e pega o prato. Sento-me um pouco mais alerta, ela me espera quando peço e me dá, colherada após colherada, um caldo de carne e legumes, mesmo quando tento negar.

— Só mais um pouco...

— Estou cheia – consigo dizer.

Depois de colocar o prato quase vazio de volta no criado, Gianne me encara, em silêncio... Há algo por trás de seus olhos, mas não sei dizer o quê.

— Está se sentindo melhor?

— Sim – ainda soo fraca – Quantos dias estou aqui?

— Três dias.

— Onde estamos?

Encaro seus olhos claros. Ela parece apreensiva.

— Em uma das casas de Pietro.

Pietro é um dos soldados da Famiglia, no comando de uma das mais importantes distribuidoras da região. Pelo que soube, atualmente ele trabalha com Vincenzo, o ajudando na administração. O que me faz perguntar o que aconteceu para eu estar aqui.

— Por que?

Minha respiração engata. Se estou aqui, Papa não deve saber.  E se ele souber...

— Você realmente não se lembra de nada?

— Eu...

A tranca range quando alguém tenta entrar no quarto. Dois tapas fortes vêm da porta.

— Abra! – a voz soa mais forte do outro lado.

Eu reconheço essa voz... Gianne revira os olhos, um pouco dramática até para ela. Assim que ela abre, encontro Vincenzo ali, parado, seus olhos viagem sobre mim, verificando cada parte do meu corpo. É quase desconcertante receber sua atenção assim.

Ele atravessa o quarto sem pedir permissão. Vestido todo de preto, em um terno fino, ele me encara com o mesmo semblante de sempre. Seus óculos escuros marcando sua cara fechada. Tanto tempo que não o vejo, não sei como me sentir agora. Um mês se passou desde que me fez a promessa.

Um mês no inferno em que quase me afoguei em álcool e rancor.

— Você está bem? – há preocupação em sua voz.

O encaro enquanto ele se agacha ao meu lado e tira seus óculos. Seus olhos tão verdes, tão perto de mim. Sua mão cobre meu rosto, com tanto alento que é quase doloroso de olhar. Por um momento, fico tentada em me deixar ir, fechar os olhos e sentir o cheiro amadeirado de sua pele. Mas não posso, não consigo. As memórias na Mansão martelando em minha cabeça...

Domenico é um deles.

Estou bêbada demais...

Quanto tempo mais posso aguentar?

Eles me abandonaram aqui, me deixaram para morrer.

Esse vazio enorme que me consome volta só com um pensamento. Na estufa, ele me deixou aquele dia. Afasto-me do seu toque e observo sua mão cair sobre a cama. Ainda vejo quando ele aperta o punho fechado, quase como se queimasse.

— Sim, acho que sim.

Volto meus olhos pros seus, querendo encontrar qualquer vestígio da sua indiferença. Ele está tão perto, tão diferente de outros dias... Assim que baixo os olhos, vejo um pequeno curativo na palma da sua mão.

— Você? – digo.

Um pequeno sorriso escapa da sua fachada. Mesmo assim, ele ignora a pergunta.

— Do que você se lembra, Luna? – sua voz cai um quinto.

Como se quisesse que ninguém nos ouvisse. Nem Gianne, muito menos Giovanni que acabou de entrar no quarto. Ele parece cansado, olheiras marcam seus olhos claros. E assim como Vincenzo, ele também está vestindo todo de preto.

— O que você quer dizer?

Tantas coisas aconteceram, a estufa, o restaurante, o noivado... Deus, o noivado! É disso que ele está falando?

— Cássio?

Soo mais desesperada dessa vez. Isso é sobre Cássio? Preciso de respostas e todos parecem mais preocupados em saber do que me lembro. Enzo apenas fica ali me olhando, o mesmo olhar que Domenico um dia me deu. Como se eu fosse um quebra-cabeça difícil de resolver.

— Isso é sobre Cássio? – tenho que saber.

Ele suspira, quase impaciente, talvez um pouco indignado apenas de ouvir o nome de meu noivo. Se ele ainda o for.

— Giovanni, Gianne... Saiam! – Vincenzo simplesmente diz, em um grito sussurrado.

Ele nem ao menos os olham, muito focado em mim pra dar sua atenção. Mas não posso ficar sozinha com ele aqui, não posso me permitir sentir segura com ele, não depois de tudo o que aconteceu. Estou noiva de outro homem, de novo? O que Vincenzo fez dessa vez?

— Não... por favor – olho de Giovanni para Gianne.

Preciso deles aqui, preciso de Gianne aqui.

— Ela precisa... – ouço Giovanni dizer ao fundo.

— Não se atreva! – a voz de Enzo é bem mais forte dessa vez.

Tensão enche o quarto. Não preciso disso, não agora. Pego a mão de Enzo, a que está machucada, e a puxo para mim, precisando de sua atenção de volta, implorando.

— Estou noiva... Estou noiva de Cássio Mancini – murmuro entre os dentes – É por isso que estou aqui? Você... Você me tirou da Mansão?

Há tanta esperança ali que não consigo disfarçar. Ele precisa ter me tirado, me sequestrado... O que seja! Não posso me casar com Mancini, não posso!

Enzo hesita, quase demais. Meu corpo treme um pouco, ainda mais fraca. O medo se espalha dentro de mim...

— Conte a ela – é Gianne que intercede.

— Gianne... – Enzo tenta avisar.

O que ela totalmente ignora.

— Ela precisa saber, Enzo. Não há como esconder isso dela por muito tempo.

A expressão de Vincenzo é de dor, parece quase física quando seu cenho franze, mas há algo pior que isso por trás. Conformismo. Seja o que tenha acontecido, isso parece ser inevitável.

— Você se lembra do porquê usarmos preto, Luna? – sua pergunta não é condescendente.

Ele só quer que eu me lembre do pior dia de nossas vidas, quando uma igreja estava inundada pela escuridão. Homens da Máfia usam preto somente em duas situações: quando matam ou quando morrem. Eles estavam em um velório.

— Você matou Cássio? – sinto meu coração bater mais forte.

É a única explicação que encontro. Assim como Matheus, Vincenzo deve ter matado Cássio. Ele precisa ter matado Cássio!

— Eu vou, mas não foi Cássio que morreu.

O olho, ainda agachado a minha frente. Tão perigoso como sempre, ele ainda parece querer me prender com suas mãos e me encurralar com seus olhos verdes. Há dor ali, posso ver, mas há medo também. E mesmo querendo parecer tão seguro de si, Vincenzo no fundo ainda é o mesmo menino perdido da estufa. O que foi que aconteceu?

— Quem? – minha voz treme.

— Leonel.

Por um momento, apenas encaro sua boca procurando ver se realmente ouvi esse nome. O nome de meu pai. Leonel. Quando volto a olhá-lo, não encontro nenhuma dúvida ou remorso dentro deles. Deus!

O silencio enche o quarto pequeno e todos me olham em espera. Os gêmeos estão ali, em pé, olhos azuis me encarando como se eu fosse um trem descarrilhado, preste a bater.

Leonel está morto e Enzo o matou.

Por tudo o que ele fez a você, eu vou matá-lo. Isso eu prometo.

Eu deveria ter me preparado para o dia em que Leonel De Santis morreria. Foi isso que Enzo me prometeu, não foi? E ele nunca quebra uma promessa... Lembro-me dos dias depois, quando eu rezava para que ele a cumprisse. E agora estou aqui, exatamente neste momento, em que tudo o que um dia pedi foi realizado. Ele o matou, me deu uma saída desse inferno.... Então porque estou chorando?

Sinto minhas lágrimas escorrerem e um grito fino escapulir da minha garganta, transbordando toda agonia, medo e desespero que ainda moram em mim. "Você o matou. Você o matou", sussurro entre as lágrimas, sem saber bem o que sentir.

Há um suspiro no quarto. Não consigo ver de quem foi. Estou dormente de novo. Uma única palavra ressoando em minha mente.

As mãos de Vincenzo me puxam, seu corpo grande me cobrindo em um abraço apertado. Ele sussurra em minha orelha. "Estou aqui agora". Eu o ouço, o sinto, meu corpo tremendo em seus braços. Minha mente ainda canta a mesma música... Acabou. Finalmente acabou.

Enquanto meus lábios sussurram uma sinfonia mórbida que é incompreensível até para mim.

— Obrigada. Obrigada. Obrigada.



Hey, mafiosxs! Capítulo 13 postado! Luna ainda está bem confusa com tudo o que aconteceu, mas se acalmem, que grandes emoções ainda vem por aí! O capítulo ia ser um pouco maior essa semana, porém não tive tempo de terminar. Então, pra não deixar de postar, resolvi mostrar essa cena de como Luna se sente depois de tudo. Semana que vem vai ser tiro, porrada e confusão. Aguardem!

Enão se esqueçam: deixe sua estrelinha, adicione Hereditário na sua biblioteca eme segue no wattpad! Até a próxima! 

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