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Capítulo 5 - Comida de Cobra

Pov Angelique

Lee estava lidando com o jantar enquanto eu sintonizava o rádio, não estava especificado no bilhete, mas eu imaginei que seria na AM, afinal, parecia algo clandestino.

O sinal demorou a aparecer e quando consegui sintonizar, havia muito ruido estático. Uma voz fazendo estalos de língua no fundo chamou minha atenção, parecia um código espaçado dividido por uma vinheta musical onde o locutor anunciava o nome Observatório Potter de forma distinta.

Durou vinte minutos até que o sinal caísse.

Eu era boa em enigmas, mas infelizmente o tempo de raciocínio estava curto, logo Severo estaria em casa e eu teria que fazer a esposa recatada.

- Quase pronto, senhora.

- Obrigada, Lee.

Me sentei á mesa e aguardei, tamborilando os dedos na mesa no ritmo do código que ouvi, com certeza tinha um significado, não sei quanto tempo fiquei submersa nesse pensamento, quando me dei conta, Lee estava parado ao meu lado com seus olhos grandes cheios de raiva.

- A comida esfriou, você deve estar faminta.

- Não, estou bem. Que horas são?

- Quase dez.

- Ele está fazendo de propósito – bufei.

Mas antes que eu me levantasse, a porta da frente abriu com um estrondo, seus passos pesados e cheios de neve molharam todo o chão até o pequeno bar no canto.

Severo não entrou sozinho, com ele vinha uma energia pesada e sombria que encheu a casa. Não era preciso mais que isso para perceber que algo estava terrivelmente errado.

- Você está bem?

Ele encheu o copo de Whisky quase até a boca e fixou seus olhos na lareira enquanto dava um grande gole.

- Essa é a foto da minha formatura.

- Faz algum tempo – brinquei de forma sutil, me garantindo que era seguro me aproximar.

- Tem razão, tempo demais.

- É uma foto muito bonita, você parece satisfeito.

- Eu estava na fileira dos melhores do ano, essa ao meu lado é Anne Buchanan.

Olhei com atenção a garota loira á direita dele, um sorriso tão confiante quanto o do próprio Severo.

- Sua rival de estudos?

- Era uma competição saudável, ela era ótima em muita coisa.

- Ainda são amigos ou perderam o contato?

- A vi essa noite, depois de muitos anos – ele virou o copo em um só gole e o jogou contra o porta-retrato, fazendo os dois se partirem e eu recuar assustada – uma bruxa com tantos potenciais sendo reduzida a alimento de cobra.

- Não sei o que quer dizer.

- Estou sendo literal.

Uma coisa que aprendi na minha profissão, é nunca ficar perto de um homem com raiva, ainda mais se ele estiver com álcool correndo nas veias, me afastei um pouco mais.

- Sinto muito, espero que acorde melhor de manhã.

Tive tempo apenas para dar as costas quando sua voz, ainda mais cavernosa, ressoou atrás de mim.

- Sabe o que vai acontecer quando nosso objetivo estiver cumprido?

Me virei para ele, Severo me encarava, a expressão vazia, diferente do ar esnobe e sarcástico que ele sempre trazia. Meu tom ficou mais sério, eu sabia que não era uma provocação, era uma pergunta séria, então respondi com seriedade.

- Vou ser mantida saudável e sob vigilância em uma casa de campo no interior até o nascimento da criança, para então entrega-la a você e receber o divórcio.

- Sabe o que vai acontecer com o bebê?

- Não será o meu filho, Severo. É o seu filho. Só tenho que esperar que o trate bem.

- Ele será criado para ser um soldado de um exército de supremacistas de sangue. Tudo bem, por você?

- Toda guerra tem uma vitória, se vou dar à luz a uma criança, que ela fique do lado que vai vencer.

Seus olhos se estreitaram e ele deu passos vacilantes até mim, parando tão perto que eu podia sentir o hálito de bebida destilada, outra coisa que aprendi na minha profissão é que homens são como ursos, se você não consegue se manter longe da sua vista enquanto há tempo, correr é pior.

Então levantei o queixo para ele, sem medo algum.

- Não dá para saber qual lado sairá vitorioso.

- Eu tenho vinte e seis anos, Severo. E já passei por muita coisa que me fez perceber que o mal sempre vence.

Ele recuou, uma desolação suprema no olhar. Quanto mais eu o encarava, mais mergulhava naquele vazio supremo e sombrio que havia nele, me perguntando como ele conseguia se manter são com toda aquela energia ruim o rodeando.

- Eu estava errado sobre você, Angelique. Achei que tudo isso poderia quebrá-la. Tive pena de você, a considerei tola e desesperada. Mas agora percebo, que você é perfeita para esse trabalho.

Só então percebi que aquele mesmo vácuo que eu via nele, Severo via em mim. O choque foi ainda pior, fiz uma péssima tentativa de esconder, mas meus sentimentos eram explosivos demais e só percebi que eles estavam me consumindo quando minha visão se tornou fosca pelas lágrimas.

- Eu não quis... – seu tom mudou, se tornando mais leve e ele se afastou como se eu fosse um animal selvagem..

- Tudo bem, Severo. Eu entendo o que quer dizer e agora que sabe como eu sou, espero que as coisas fiquem mais fáceis.

- Certamente. Mas preciso que me prometa uma coisa.

- Se estiver ao meu alcance.

- Quando nosso filho nascer, vai entregá-lo nos meus braços e de mais ninguém.

- Tudo bem, isso eu posso fazer.

- Em troca, eu lhe dou a garantia que ninguém vai tocar em você enquanto estiver sob minha proteção.

- De nenhuma forma?

Eu soube pela confusão em seus olhos que ele estava falando de um toque diferente do que eu pensei, Severo achava que eu podia ser ferida no processo, mas eu tinha que garantir que seria cuidada em todos os sentidos.

- De nenhuma forma.

- Devo esperar por você hoje?

- Não, essa semana está muito turbulenta.

- Então boa noite.

- Boa noite.

Eu até tentei me afastar, mas um ímpeto de compaixão me fez cruzar a sala em um rompante e o abraçar apertado, ele devolvei em um toque leve com as mãos geladas em minhas costas. Afastei o rosto para olhá-lo.

- Sinto muito pela sua amiga.

Seus olhos estavam na minha boca e não consegui evitar de fazer o mesmo. Repentinamente me lembrei do beijo que ele me deu por obrigação em nosso casamento e como aquele toque me esquentou, o desejei mais uma vez, mas nunca conseguiria beijá-lo se ele não se inclinasse um pouco mais.

- Obrigado.

Severo me soltou e voltei para meu quarto, tantas coisas confusas na cabeça e uma pergunta insistente.

Se Severo era o braço direito do Lorde das Trevas, porque estava se questionando tanto?

- Senhora, posso comprar um pouco de amortentia no boticário do centro. Logo logo, você esperará um bebê.

- Não seria certo. Além disso, acho que não preciso ter tanta pressa.

Antes de dormir, assim como os dias seguintes, repassei por horas o código que escutei na rádio e a cada vez que meu cérebro repetia, mais familiar ficava. Eu tinha certeza que já tinha ouvido em algum lugar.

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Ai a Angie se apaixona tão fácil, parece eu

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