Capítulo 31 - Cartas
Oieee, comentem por favor, vcs ainda estão gostando da história? Eu não sei, eles estão muito separados, mas vai ser rápido vai ter umas quebras de tempo ok?
Ponto de Vista Severo Snape
Tinha algo muito errado com o bilhete de Angelique, não só pelas palavras breves e rasas, mas principalmente pelas digitais marcadas com sangue nele. Por mais que o Weasley tenha dito que foi uma situação atípica, um parto difícil, sinto que ela pode ter sido manipulada ou coagida.
Os garotos na minha frente se debruçam em bando sobre uma folha de jantar, no centro, Gregory Goyle ri e se vangloria. Os outros o cercam, com comentários que iam desde um simples parabéns até como os seios da mãe devem ter ficado ainda maiores cheios de leite.
Eu quero punir todos eles como fiz com o capanga no meu banheiro.
- Sabe qual é a manchete? – Draco resmunga ao meu lado, as palavras cheias de veneno – "outro bebê de Voldemort é entregue a família dos Sagrados 28".
- Daqui a alguns meses é você quem estará ali.
- Sua esposa é a Angelique Lacey?
- Como sabe disso? Achei que não estivesse indo para casa.
Ele remexeu dentro da capa e tirou uma folha de papel.
- Ela está ajudando Vinette.
Olhei para o papel em sua mão, tinha uma infinidade de palavras, bem diferente do que recebi, mas com as mesmas marcas de sangue.
- Guarde isso, quer que alguém veja.
- Ela disse que está bem e vai voltar para mim, acho que não sabem que são executadas. A Nataly também era prostituta. Acho que ela e Angelique se aproximaram, deve estar morta a essa hora já que entregaram o bebê aos Goyle na noite passada.
- Draco – me virei para ele, pronto para dizer que fique quieto, para ao menos proteger a sua criança, mas então me lembro que ele não vai ser importar com o bebê no ventre de Vinette – quer saber, eu vou te ajudar a libertar Vinette.
- Simples assim?
- Não, a minha esposa está lá também.
- Eu entendo, professor – ele muda seu tom e me encara, esperando instruções.
- Ela disse algo sobre onde estão?
Ele balança a cabeça lentamente.
- Não, mas fala do clima, é quente e montanhoso, acho que ainda estão no Reino Unido.
- É um começo. Quem te entregou a carta?
- Olívio Wood, ele chegou de vassoura durante um dos treinos de quadribol, eu nem o vi chegando.
Olívio não tinha a informação que eu queria, só quem sabia disso era Charles e ele não falaria tão fácil.
- Acho que devíamos sequestrar o bebê dos Goyle.
- Não seja ridículo.
- Se roubarmos os bebês, a guerra estoura. É certeza, Você-sabe-quem não vai permitir que seus soldados sejam levados.
- Não vamos roubar bebês. Vou pensar em algo. Me dê sua carta.
Eu abri um livro e camuflei a folha nele, havia na grande maioria, besteira sobre os olhos de Draco, mas alguns pontos interessantes.
- Estrelítzia.
- O que disse, professor?
- É a flor que ela descreve que cresce em arbustos que parecem espinhos. É uma flor da Africa do Sul, mas seu nome é em homenagem á rainha Carlota.
- Não sei aonde quer chegar.
- Não é nativa do Reino Unido, mas a rainha ordenou que fossem plantadas ao longo de um fiorde onde costumava passar boa parte do verão.
- Acha que estão lá? – Draco se agita, como se estivesse prestes a sair correndo e buscar por toda a região montanhosa.
- Vou investigar. Vinette está no sexto mês de gestação, temos algumas semanas, enquanto estiver grávida, ela está segura.
Voltei para a minha sala logo depois de enviar um bilhete á cozinha. Precisei levar Lee para Hogwarts porque ele também não suportava ficar na casa sem Angie. Marquei mais um traço no calendário.
- Oito semanas – o elfo disse ao entrar pela porta – ela deve estar enjoando e com muito sono.
- Você continua inconveniente.
- Para que me chamou, senhor? Alguma novidade?
- Os Goyle estão com um bebê novo, vamos enviar um presente. Aproveite e me traga um mapa do Parque Nacional de Snowdonia.
- Em segredo.
- Tudo o que faz para mim, até lustrar meus sapatos, deve ser em segredo – falei de forma ríspida.
- Se me permite falar, senhor. Não entendo o que a minha senhora viu em você.
Eu o olhei de canto, ele tinha razão, mas nem por isso devia sair por aí falando. Faço um gesto breve para dispensá-lo. Na noite em que Angelique partiu, o elfo pareceu tão assustado, como se fosse ele o vilão.
Me perguntando a cada minuto do trajeto até a mansão Malfoy, se Lucius iria matá-lo por ser livre. Eu fiz o melhor que pude para deixá-lo mais tranquilo.
Encarei o bilhete de Angelique por alguns minutos antes de decidir responder, com pena na mão, levei mais tempo para saber o que escrever, por fim, a imitei.
"Olá, querida esposa.
Soube que as coisas se complicaram um pouco depois que me escreveu, se serve de consolo, eu sinto muito que tenha presenciado algo tão cruel.
Mas estou trabalhando para trazê-la de volta. Sei qual é a região, mas ainda resta saber o local exato e quando eu tiver um plano, vou te buscar.
Não porque acho que você não dá conta, mas preciso de você em casa, nem que seja para medir dia após dia o quanto sua barriga cresceu."
Eu dobrei a folha e anotei "também te amo", como ela fez. A coruja partiu com a carta logo depois, para a sede da Ordem.
Ponto de Vista Angelique Lacey
Não tocamos no nome de Nataly nos dias que se seguiram, eu escrevi outra carta á Severo, mas Charles não voltou, porque Narcisa não volto. Devia estar com medo de entrar naquela casa conosco depois do que fez.
Eu culpava Amelia, entendia que ela ficou com medo depois que Greyback me acertou, mas eu não ajudaria Narcisa mesmo que isso me matasse. Sabia que Vinette pensava como eu.
Não tinha certeza sobre Lívea, ela parecia apenas querer sobreviver, se precisássemos lutar ela fugiria para se salvar, como fez ao sair do quarto.
- Angelique? – pela aspereza da voz, não era a primeira vez que Vinette chamava meu nome.
- Desculpe, ainda não estou escutando bem desse ouvido.
- Tudo bem, eu só quero saber quando seu amigo vem.
- Quando Narcisa retornar, se ela não pedir para trocar de capanga, por um maior e mais forte como Greyback – meu pensamento é levado de volta para Lívea, assim como não falamos de Nataly, também não falei sobre o que vi no banheiro.
- Eu queria tanto uma resposta.
- Desculpe, Vinette. Eu tenho que falar com Lívea, pode distrair Amelia?
- Isso significa ficar perto dela.
- Por favor, eu lavo os banheiros pelo resto da semana.
Ela sorri e balança a cabeça.
- Eu não ligo de limpar, cou fazer esse sacrifício por você.
Eu a beijei no rosto e corri para a casa, Amelia estva colocando roupa no varal, assumindo a tarefa de Nataly. Entrei e procurei pela outra, a encontrei em seu quarto, deitada de lado na cama, quando me viu, Livea se sentou bruscamente como se eu fosse uma ameaça.
- Calma, eu só vim ver como você estava.
- Estou bem – ela se encolhe como um animal ferido – porque não estaria?
- Não sei, talvez devesse começar a fingir que está passando mal.
- Nem toda gravida tem enjoos.
- Sim, mas o normal é que tenham.
Ela não respondeu, enrolando o dedo em um fio solto em sua saia, não estava distraída, mas concentrada.
- Por que fingir uma gravidez? – perguntei diretamente, olhando para ela a fim de que isso a fizesse dizer a verdade, Lívea desviou o olhar.
- Por causa de Bartô Crounch Junior, o pequeno psicopata – ela canta as palavras e termina com uma expressão vazia – eu não aguentava mais. Então paguei a uma gravida para fazer o teste pra mim.
- Você tem um plano?
- Não, eu só pensei até aqui. Mas vou tentar fugir.
- Eles disseram que o fato de nos mandarem para uma fazenda para termos os bebes fosse pelo ar puro e calma, mas eu sempre achei que só queriam nos afastar dos pais. Não, agora eu percebo, fugir de Londres é fácil, você só precisa tomar um trem e sair do país. Mas se você fugir daqui, mesmo que despiste os guardas, não chegará a nenhuma cidade habitada, a montanha te mata antes.
- Você não é muito positiva – ela resmungou.
- Eu tenho alguém em Londres. Sei que ele está me procurando, mas não estou tendo notícias e não posso ficar aqui parada.
- No que está pensando? – Livea se ajeitou, chegando mais perto para me ouvir.
- Precisamos esperar até que Amelia vá embora. Ela já provou que quando as coisas apertam, fica do lado deles.
- Eu entendo que Amelia queria apenas sobreviver, mas abrir a barriga da Nataly e arrancar o bebê, foi cruel demais.
- Não quero estar errada sobre você, Livea.
- Você sabe meu segredo, não tem possibilidade de ser perdoada pela minha mentira, você é minha única chance. Só me diz o que fazer.
- Não provoque Fenrir, nem os outros. Vamos agir como se tudo tivesse normal, Amelia tem mais algumas semanas aqui, depois nós falamos sobre isso.
Lívea assentiu, aquele assunto estava acabado entre nós.
Na sexta seguinte, Narcisa veio para pegar a lista, era uma visita rápida, mas consegui pegar as cartas e correr para ver Charles, ele parecia mais calmo que da primeira vez e me entregou as cartas que trouxe, junto a um pacote que precisei enfiar entre as pernas para esconder.
- Diga a Severo, que tenho aliados aqui.
- Tome cuidado, Angie.
Entrei na casa antes que Narcisa terminasse seu tour e me mantive fora do caminho até poder voltar para o meu quarto.
Tirei primeiro o pacote, era de Lee, um par de sapatos minúsculos, o menor sapato pelo que estava anotado na embalagem. Depois a carta, palavras suras e secas que pareciam doces vindas dele e me deram a força que eu precisava.
Outro capítulo está sendo postado junto
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