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Capítulo 29 - Gravidas

Ponto de Vista Angelique Lacey

Me sentei no banco em frente a Narcisa durante o trajeto, eu esperava que ela fizesse comentários negativos para mim, talvez alguma provocação que eu teria o prazer de revidar. Mas ao invés disso, ela se manteve quieta durante todo o tempo.

Pela janela, eu via monumentos e prédios diversos passando, também podia perceber Charles, sentado ao lado do cocheiro. Tomando de seu cantil a cada hora.

Eu estava calma, exceto por dentro. Não fazia nem cinco horas que tinha me despedido de Severo e já sentia a falta dele, se eu soubesse que estar apaixonada seria assim, teria lutado mais contra isso.

A carruagem fez uma descida brusca que causou vertigem no meu estômago, Narcisa olhou para mim pela primeira vez durante a viagem, certamente conferindo se eu ia vomitar.

Paramos na frente de um casarão antigo e colonial. Quadrada, com dois andares repletos de janelas padronizadas e uma porta de madeira simples. A construção ficava no meio da fazenda.

Charles abriu a porta para mim e desci primeiro. Não era um lugar odioso, parecia confortável e o ar puro não estava carregado com poluição.

- Vamos conversar lá dentro – Narcisa passou por mim, antes de segui-la, acenei para Charles com um leve sorriso, o deixando para trás.

Nosso plano só estava pronto até aqui, ele viria comigo e descobriria onde as esposas eram mantidas na gravidez, mas o que faria com essa informação nunca foi esclarecida.

A Ordem ainda não tinha decidido se ia interferir nesse assunto, alguns pediam ação e outros não consideravam uma questão tão urgente e até comemoravam a energia de Voldemort sendo gasta em algo que aconteceria em quase duas décadas.

Narcisa se virou para mim assim que entramos na casa, um lugar amplo, sem decorações plantas ou qualquer coisa que pudesse ser considerada supérflua, nada além dos móveis mais básicos.

- Teve sorte de vir para cá no início da primavera, os campos estão mais bonitos e o clima mais quente.

- Não sei se eu chamaria de sorte.

- Temos muitos guardas ao redor da propriedade, além da redoma de proteção, mas na casa, o trabalho é por conta de vocês.

- Eu e as outras gravidas?

- São cinco no total – ela começou a andar pela casa, passamos em frente a escada e entramos em uma sala de jantar, mobiliada por uma única mesa longa com um banco de cada lado, como uma cantina e acessamos a cozinha.

Uma mulher me olha brevemente por cima do ombro enquanto descasca uma abóbora, mas baixa a cabeça quando percebe Narcisa.

- Como pode ver, aqui é a cozinha, Amélia faz todas as refeições por enquanto, mas sugiro que aprenda alguma coisa com ela, afinal, a gravidez já está no fim.

Narcisa se aproxima da mulher e coloca a mão na barriga dela sem nem pedir licença, sorrindo, ela volta a se afastar.

Passamos por uma porta e um pequeno corredor vazio de volta a entrada, subimos a escada em leque, o corrimão de madeira acompanhava parte do andar de cima, ao longo de um corredor com portas de um lado único.

- Esse é o seu quarto – ela entra de uma vez, há outra mulher no quarto, bem mais nova do que eu esperava, ela se levanta repentinamente, derrubando um novelo de lã que estava sendo transformado em um casaquinho – mantemos duas ou três por quarto, assim se tiver problemas, mesmo no meio da noite, é só chamar sua companheira. Essa é a sua roupa – Narcisa aponta para uma pilha na cama – vista.

Ela parou na minha frente, eu olhei para a pilha cinza sem graça e depois para ela.

- Você vai ficar olhando?

Narcisa não respondeu, ela cruzou os braços e me encara.

Foda-se. Já fiquei nua na frente de um milhão de pessoas, não me importava em fazer mais uma, retirei tudo, ficando apenas de lingerie e vesti a camiseta, a calça de malha e a blusa de moletom, tudo era muito simples, liso e da mesma cor cinza. Na pilha também havia outra troca igual, duas saias longas, avental e um vestido solto.

Narcisa apanhou minhas roupas e levantou o rosto.

- Eu venho uma vez na semana, se precisar de algo, anote. Se for uma urgência, peça que Fenrir me comunique.

- Fenrir Grayback?

- Ele é chefe da guarda aqui na fazenda, se não ficar no caminho dele, nada vai acontecer.

Narcisa deu uma última olhada na minha colega de quarto, raiva queimando em seus olhos. Então sai sem dizer mais nada e levando meu vestido preferido com ela.

Eu relaxei e deixei o corpo cair na cama.

- Acho que esse não é o paraíso relaxante que nos ofereceram no recrutamento.

- Nem de perto – ela relaxa e caminha pelo quarto alcançando o novelo – sou Vinette Malfoy.

Um arrepio passou pela minha espinha, ela era ex-aluna de Severo, a garota do filme, pareceu ainda mais cruel ao olhar para Vinette, ainda uma menina. A forma como ela se denomina com o sobrenome do homem com quem casou me causa uma estranheza absurda, eu sorrio.

- Ouvi falar de você. Sou Angelique Snape.

- O professor?

- Sim.

- Parabéns pelo bebê – ela sorriu e voltou a trabalhar no casaquinho verde escuro.

- Para quando é o seu?

- Dez semanas, vai demorar um pouco. Aqui não tem muito o que fazer.

- Tem tempo para planejar o que vai fazer quando sair daqui.

Vinette levantou rápido e correu até a porta, olhando para ambos os lados antes de fechar e se virar para mim.

- Posso confiar em você?

Claro que não, pensei. Ingênua, ela se sentou ao meu lado e falou aos sussurros.

- Eu vou voltar, assim que o bebê nascer, vou pegar um trem de volta a Londres e procurar por Draco Malfoy. Eu sei que não estava nos planos, mas eu preciso dizer a verdade a ele.

- Parece um bom plano.

O incomodo daquela conversa rastejava pela minha pele como vermes, não só por saber que nada bom sairia daquele plano, mas porque parecia muito com a promessa que fiz a Severo.

- É, eu sei que Draco não vai permitir que o filho dele seja manipulado. Por mais que ele abaixe a cabeça para os pais, quando ele pegar o próprio filho nos braços, isso vai mudar.

A esperança dela era comovente e triste de alguma forma, limpei a garganta a fim de mudar de assunto e completei.

- Por que fechou a porta? Achei que só as gravidas estivessem aqui.

- Não, o lobisomem está sempre por perto, ele aparece nos cantos da casa sem avisar, é sinistro. Uma vez ele me viu no banho, então parecia com raiva, uma expressão...

- De dor?

- É, como sabe?

- E as outras mulheres? Como são?

- Normais, eu acho. Não conversam muito, sabem que ficarão pouco tempo. Somos só quatro, cinco com você, no mês passado erámos nove.

- Muitos bebês vieram.

Ela assentiu, então pegou o casaquinho outra vez.

- Quer que eu faça um para seu bebê?

- Seria ótimo, você é muito boa.

Ela sorriu, eu estava sendo sincera, a peça parecia tão delicada com os pequenos nozinhos. Eu me levanto e ando até a janela, por onde vi Narcisa entrando na carruagem, Charles sobe de novo na cocheira, ele tem outro rosto, bruto e mau, mas o olhar ainda é o mesmo, ele acena com a cabeça e eu o vejo partir.

***

Desci para o jantar quando comecei a sentir o cheiro de comida sendo preparada, a última coisa que preciso é que me achem preguiçosa. Encontro a mesma mulher na cozinha, Amelia, pelo que Narcisa disse.

- Precisa de ajuda?

Ela olha por cima do ombro antes de responder.

- Não, eu já estou quase terminando e Nataly acabou de pôr a mesa – uma loira muito bonita entrou pela porta trazendo alguns pratos. Ela me cumprimentou brevemente antes de apoiar as duas mãos nas costas.

- Quando nasce?

Nataly revirou os olhos e riu, fazendo o corpo todo chacoalhar.

- Já devia ter nascido, ele está um pouco preguiçoso.

- Eu já disse que você precisa caminhar. Vai acelerar o parto e te dar mais resistência.

Nataly revirou os olhos mais uma vez e nós duas rimos.

- Estou tirando um tempo para descansar, quando essa coisinha nascer, vou correr mundo afora – a loira deslizou e se sentou em um banquinho de madeira ao lado do fogão – eu vou abrir uma loja de grife em Paris, a moda bruxa lá está crescendo, vou dobrar meu pegamento em poucos meses.

- Ah, por favor, Nataly – Amelia bufou – é dinheiro suficiente para nunca mais trabalhar, se gastar com inteligência.

- E você, Angelique? Sabe o que vai fazer?

- Ainda estou pensando nisso.

- Uma coisa é certa, quando a guerra estourar é melhor estar bem longe do Reino Unido – uma outra mulher entrou pela porta da cozinha, não parecia mais gravida que eu – oi, eu sou Livea.

- Angelique.

- Nataly sonha demais com o futuro, não deixe que ela coloque coisas na sua cabeça.

- Você não está ansiosa? – tento fazer minha pergunta soar gentil.

- Gosto de pensar que o pior já passou – Lívea volta pela porta de onde veio e ouço-a conversar com Vinette

- Ela estava com Bartô Chrouch Junior – Nataly sussurra – o cara é um sádico.

- Todas nós sofremos – Amelia desliga o fogo – mas como Lívea disse, o pior já passou.

Havia algo naquelas mulheres que gritava "sobrevivência", eu nem podia imaginar pelo que elas haviam passado, com a seriedade de Amelia e a beleza de Nataly, seus traumas ficavam invisíveis. Diferente de Livea, quanto mais eu olhava para ela durante o jantar, mais marcas eu notava em seu corpo, algumas ainda nem cicatrizadas.

O jantar acabou antes que os pratos estivessem vazios, com Fenrir Grayback entrando sem nem pedir licença.

Ele não fez nada, apenas ficou ali andando em torno da mesa como um maldito psicopata, quando me canso, me viro para ele com ódio, a lembrança dos seus dentes na minha carne fez meu sangue ferver.

- O que você quer? Um boquete? – ele mostrou os dentes afiados – ou você não pode?

Eu o encaro, não me senti invencível, embora soubesse que ele não me faria mal estando esperando um pequeno soldado do chefe dele.

- Ah, eu mal posso esperar para colocar meus dentes em você de novo.

Ele riu, mas seu rosto foi ficando vermelho e terminou em um rosnado baixo, Fenrir deu as costas saindo tão rápido quanto entrou, a raiva e o medo também o excitava e essa era a maldição dele. 

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