Capítulo 12 - Quase Natal.
Dois dias de postagens seguidos... amém
Ás vezes eu tinha certeza que Severo se esforçava para que eu o detestasse. Como naquela manhã, quando saiu do banho de roupão sem ao menos se secar e molhou a casa toda. Eu não andava de sapato, me recusava a vestir saltos apertados dentro do meu lar provisório, mas estava frio então eu usava meia.
- Ah não, Severo.
- Precisa de ajuda, senhora?
- Lee, não tem nada mais aflitivo que molhar as meias.
- Diga isso a ele, senhor.
- Eu vou fazer melhor.
Abri a porta de seu quarto e entrei sem pedir licença, ainda era um local proibido, mas eu já tinha entrado lá um milhão de vezes quando ele estava em Hogwarts. Nenhuma novidade para mim.
Ele estava terminando de se vestir, mas ainda faltava os sapatos e o terno.
- Isso está insustentável.
- Do que está falando, Angelique?
- Nosso propósito, está se perdendo. Você não me visita em meu quarto e temos prazo – dei alguns passos mais para perto dele – não sei se já pensou na hipótese do seu exímio Lorde culpar nós dois pelo fracasso do casamento. Você até pode ser perdoado, mas eu não serei.
Ele abriu a boca por alguns segundos antes de responder.
- Sim, já pensei sobre isso.
- E?
- Não está no seu período fértil.
- Mas já se passaram dois.
- Está muito ansiosa, Angie. Temos tempo – ele me tomou pela cintura, me trazendo para mais perto dele, era perto de mais, não tinha onde colocar meus pés e eles acabaram sobre os dele – suas meias estão molhadas?
- Sim, agora as suas também.
- Ora, sua...
Ele ficou mesmo irritado, o que me fez rir e antes que ele encontrasse a palavra para terminar a frase, eu corri, a casa era pequena demais para eu ir a qualquer canto rápido o suficiente para ele não me ver, por sorte eu tinha Lee que afastou o tecido da cortina e sussurrou "aqui, senhora".
- Se esconda, Lee.
Me enfiei atrás do tecido que ficou imóvel na mesma hora em que ouvi os passos de Severo já calçado pelo piso da sala. Tampei a boca com as duas mãos para não emitir nenhum som e fechei os olhos, como se caso eu não o visse então estaria invisível.
Meu peito subia e descia, segurando muito mal o coração acelerado.
Durou uma eternidade, ainda ouvindo os passos dele chegando mais perto até ficarem bem próximos. Senti sua mão passando pelo tecido na minha frente, pela costura, o dorso se seus dedos tocaram uma mecha do meu cabelo que havia ficado solta, e descendo, encostando suavemente nas minhas mãos sobre a boca, depois peito e ventre.
Abri os olhos a tempo de o ver afastando a cortina e depois a fechando atrás dele, seus olhos estavam nos meus e logo suas mãos em minha cintura, sem dizer nenhuma palavra, eu já não ria mais, tirei as mãos do rosto e as transferi para seus ombros.
- Você é única, Angie.
- Isso é bom, imagina ter que aguentar duas de mim?
- Eu aguentaria uma dúzia de mini Angeliques
Eu sorri, para um homem que não queria se deitar comigo, ele pensava muito em crianças.
Severo beijou meu sorriso com suavidade e aprofundou quando separei mais os lábios, sua mão direita descendo pelo meu quadril apertou bem abaixo da bunda e senti a ponta do dedo no meu períneo, o lugar mais perto do estar dentro de mim que ele chegou em dias.
- Não temos que esperar, Severo – ele não respondeu, no lugar disso, me beijou com mais suavidade – ou podemos chegar bem perto.
Desci minha mão até a abertura do zíper e o desci, o encontrei tão duro, apertado contra o tecido de algodão.
Ele abriu os olhos, então se afastou rapidamente fechando o zíper novamente. Olhei para trás e vi dois garotos parados com suas bicicletas em frente a janela.
- Eu vou contar para suas mães – Severo bravejou fazendo os meninos se atrapalharem para sair.
- Por isso comprei cortinas.
- Eu vou sair.
- Não – gritei, mais rápido e alto que pretendia – a gente pode continuar no quarto.
Tentei me aproximar, mas ele se esquivou, metendo a saca de dinheiro no bolso e se afastando para pegar a capa.
- Você não entende.
- Sei que está enrolando para me engravidar, mas não é isso que estou pedindo – coloquei as mãos sobre seus ombros e ele se deteve a caminho da porta – eu posso usar as mãos e a boca, como você fez comigo.
- Era o que oferecia no seu trabalho?
Recuei, perdendo totalmente a animação.
- Está sendo injusto.
- Não me espere.
Ele saiu, sem se importar em como suas palavras podiam me devastar, me deitei no sofá, sozinha em uma casa sinistra até na folga do meu marido.
Poucas horas se arrastaram até que ele voltasse. E como se não bastasse toda aquela água que ele deixou pelo chão de manhã, ele estava entrando pela porta carregando uma árvore de dois metros e meio de altura, com uma base coberta por plástico que não segurava nada a terra.
- O que está fazendo?
- Decorando a casa – ele resmungou, mantendo a varinha firme até que a arvore alcançasse o canto da sala, entre a lareira e a outra parede.
- Seu senso de decoração é cômico.
- Não sabe o que é isso? – ele se virou para mim como se fosse a coisa mais óbvia.
- Uma árvore, só espero que não tenha ratos nela.
Ele moveu a varinha sob um saco de papel e logo um fio cheio de luzes pequeninas e amarelas se enrolou na planta.
- Ah, é Natal.
- Não é tão estúpida assim.
- E o que você faz no Natal?
- O que você faz?
- Bem, nunca gostei da data. Nenhum cliente aparecia nesse dia. Mas estou disposta a seguir a sua tradição.
- Não tenho nenhuma tradição, ele se aproximou da lareira onde começou a organizar alguns anjinhos dourados – é uma coisa nova que estou testando.
- O Natal?
- Podemos só deixar aqui e vemos como fica nos próximos dias.
Me levantei devagar, não era totalmente odioso, a árvore até que ficava bem ali e eu sempre gostei de dourado.
- O que mais tem aí? – perguntei me aproximando dele.
- Esses doces, pode provar um se quiser.
- Um? E o que vai fazer com os outros?
- Dar para as crianças que cantam na porta todos os anos.
Enfiei a mão no saco e peguei duas.
- Talvez eu tenha que comprar mais – ele resmungou.
Eu sorri, me sentando mais perto da árvore com o doce na boca, quando fomos distraídos por uma coruja batendo as asas na janela.
Esperei que li abrisse e apanhasse o bilhete, ele levou até severo e ofereci um dos doces a coruja que partiu agradecida.
- De quem é?
- Peça a Lee que prepare um jantar sofisticado, teremos companhia para o jantar.
Agora acho que vai ter mais coisas acontecendo na fic, tipo emoção e tragédia
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