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Capítulo 10 - Mordida.

Comentem pra eu ficar feliz <3

Pov Severo

- Angelique? – chamei por ela ao perceber a casa silenciosa.

A resposta veio um minuto depois pela porta da frente. Por ela passou primeiro o elfo, de cabeça baixa e rapidamente para o quarto de sua dona e logo depois Angelique, em um estado que eu não esperava.

- O que houve?

- Nada – ela levantou a cabeça e mancando com um dos saltos quebrando, passou por mim como flecha.

- Angelique? – a segui até o quarto onde ela havia se sentado na cama e estava tirando os sapatos – o que aconteceu com seu ombro.

- Nada, eu já disse.

- Sei o que você disse, mas está mentindo. Não minta.

Ela levantou os olhos desafiadores para mim.

- Então não me pergunte.

- Então eu a deixo de manhã, intacta e quando volto para casa você ainda não chegou e está nesse estado? Não aconteceu nada.

- Como eu disse.

Ela tirava as joias falsas colocando-as uma a uma sobre a mesa de cabeceira, deixando a aliança de casamento no lugar. Angelique estava sendo esquiva e me agrada que fosse obstinada, mas saber que ela se importava mesmo que minimamente com nosso casamento arranjado me tornou mais tenro.

- Me deixe ver esse ferimento.

Me aproximei sem esperar resposta, me abaixei á sua frente, era característico, dava para ver marcas de dentes pontudos que perfuraram e depois se arrastaram pela pele.

- Lobisomem?

- Grayback.

- Mas, Angie – perdi as palavras enquanto as dizia – ele a atacou?

- Achou que eu ainda trabalhava nas ruas, mas quando eu recusei – ela suspirou e percebi seus olhos cheios d'agua – eu fiquei com tanto medo.

Ela me abraçou apertado, enterrando o rosto na curva do meu pescoço, sua respiração quente contra a minha pele era deliciosa. Inclinei o rosto sobre sua cabeça, um beijo mudo em seus cabelos.

- Isso parece bem mais que nada.

- Eu sei. Não queria que me visse assim. Eu vou tomar um banho e me preparar para te receber.

- Não, você precisa descansar – me levantei olhando para o elfo em seu poleiro – sabe o prato preferido de sua dona.

- Sim, senhor.

- Faça.

Ele olhou para Angelique esperando uma ordem, ela assentiu rapidamente.

- Você não vai gostar.

- Mas você vai, tome um banho e venha até a sala, vou cuidar desse ferimento, com sorte, não terá nenhum sintoma.

Eu poderia me servir de uma dose forte de bebida, mas essa noite eu precisava estar são e completamente capaz. Me sentei na poltrona, olhando o crepitar do fogo na lareira que acendi, pensando sobre como ela se jogou em meus braços.

Angelique veio logo depois, em um suéter grande demais para ela, cobrindo até suas coxas, o cabelo escorrido ao lado do rosto, sem maquiagem. Inocente.

- Sente-se aqui – apontei o apoio para pés da poltrona e Angelique se aproximou.

Suas pernas juntas ficaram entre as minhas e me inclinei para frente com a varinha em mãos. Um pequeno feitiço de limpeza e cicatrização.

- Você falou sobre sintomas, acha que vou virar um lobisomem? – o medo em sua voz era palpável.

- Não, fora da lua cheia ele não pode te transformar, mas talvez aumente seu apetite por carne e fique um pouco agressiva na lua cheia.

- Vou ter duas TPMs então.

Isso me fez sorrir, ela era bonita naturalmente, sem os seios a mostra ou batom vermelho. Segurei seu rosto com cuidado, fingindo examinar seus olhos, na esperança que isso a fizesse pedir um beijo, Angie umedeceu os lábios e os afastou.

Eu não podia esperar que ela pedisse, eu a beijei.

- O jantar está pronto.

- Não deve interromper, elfo.

- Lee está fazendo o que lhe foi pedido.

Angelique se levantou, a pele nua de suas pernas passaram pela minha mão, um toque simples, mas que me fez deseja-la.

Antes de me sentar a mesa, já havia percebido o que Lee tinha cozinhado.

- Torradas com ovos Benedict?

- Eu disse a você – ela deu de ombros e enfiou uma grande quantidade na boca, seus olhos se fecharam e ela sorriu.

- Minha mãe sempre curava uma chateação com pratos que eu gostava.

Não sei porque disse a ela, mas quando vi as palavras já tinham saído.

- E o que ela cozinhava.

- Qualquer prato com batatas.

Angelique riu e franzi os olhos para ela.

- Desculpe, Severo. Mas achei que você mais o tipo que gosta de caça. Coelho, pato. Coisas mais rústicas e ao mesmo tempo sofisticadas.

- Por que acha isso?

- É como eu te vejo.

- Bem, eu era só um garoto e como tal, gostava de coisas que enchessem a barriga.

- Batatas.

- É, batatas.

Ela deu de ombros, me arrependi de iniciar essa conversa, mas ainda poderia deixa-la tão constrangida quanto eu.

- Qual a história dos ovos?

- A verdade?

- Achei que não mentir fazia parte do acordo, você já fez isso uma vez hoje.

- Tem razão – ela enfiou o último grande pedaço na boca – quando eu era pequena, eu e meu pai estávamos fugindo o tempo todo, o que nos levava a comer em cafés trouxas na maioria das vezes, ele sempre comia ovos pochê, dizia que só comeria ovos benedict quando ficasse rico, por que eram chiques para pessoas como nós. Depois que ele morreu eu fiquei um tempo vivendo na rua até um homem me oferecer meu primeiro trabalho. Quando pequei o dinheiro eu me senti assim, rica. A primeira coisa que fiz foi descer até o restaurando do hotel onde dormimos e pedir ovos Benedict, tive que mostrar o dinheiro antes que eles fizessem.

Angelique falou tudo aquilo como se contasse sua rotina, mas a cada palavra me deixava mais horrorizado e eu nem sabia o que fazer.

- Bem, podia ter dito que provou e gostou.

Ela abaixou os olhos para o próprio prato, nesse momento eu sabia que a havia chateado. E como sempre não sabia como resolver, levei meu pé mais para frente, tocando minha perna na dela, apenas para mostrar que estava à vontade na sua presença e ela recuou.

- Se não vai precisar de mim hoje, pode me dar licença?

- Claro, fique a vontade.

Angelique saiu da mesa como se fugisse de mim, seu elfo a acompanhou e acabei ficando com a louça, mas isso teria que esperar.

Coloquei minha capa mais grossa para encarar o frio, dei uma passava rápida na porta de Angelique e mesmo sem entrar eu a ouvi chorar.

Sei que provavelmente eu era o maior culpado disso, mas preferi alimentar meu ódio com aquilo, afinal, eu e Fenrir Greyback precisávamos ter uma conversa.

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