07 - VII
Capítulo sete, VII
[Revisado, mas se acharem erros, por favor, avisem]
Belém, Pará - BRASIL
JÁ ERA DE MADRUGADA e Alice não conseguia dormir por nada. E nem fechar os olhos sequer. Fitava a escuridão e as frestas de luz que algumas brechas da casa de madeira vazavam. Mas, ora, não dormia por medo ou por falta de sono?, devaneou imersa no nada. A verdade era que, sabia que se dormisse teria pesadelos. Sempre tinha. Um pior que o outro. Então preferia não arriscar, assim dormia só quando seu corpo desmaiava de sono, o que fazia-a não se preocupar com sonhos ruins.
Alice ficava em um quarto junto com Júnior e Ana, ambos seus únicos primos. E ela os amava bastante. Quando chegou na casa da tia, Júnior cedeu sua cama sem pensar duas vezes para que ela ficasse mais à vontade e passou a dormir em uma rede que armava toda noite no meio do quarto. Ana ficava com o andar debaixo do beliche.
Algumas vezes, enquanto Alice tentava pregar os olhos, ouvia Júnior pedir para dormir na cama junto com Ana, que sempre aceitava o pedido do irmão de bom grado. Eram eles irmãos bastante unidos, e de certo modo isso fazia Alice sentir um grande aperto no peito. Será que, se eu tivesse um irmão ou uma irmã, eu estaria menos triste agora? Ter seus primos e seus tios era ótimo, ela se sentia acolhida, porém não havia crescido com eles... Só os via nas férias e olhe lá. Crescer com outra criança deveria ter sido bom. Mas não havia sido o desejo da mãe, e Alice era filha única.
As duas eram o suficiente, disse a si mesma. Não precisavam de mais ninguém. Ter a mãe ali consigo agora era o que Alice necessitava para preencher o vão que, agora, lhe fazia solitária.
Encarou mais a escuridão. Ana roncava baixinho. Não ligava. Nada conseguia tirar seu devaneios de rota. Conversando consigo mesma em pensamentos, era um consenso para a maior parte das vezes não acreditar no que fizera aquele dia. O tempo, a chave de fenda, o homem, o sangue... Tentava esquecer... e tentava fazer o tempo parar novamente. Não conseguia, obviamente, mas mesmo assim persistia. O fracasso, no entanto, fazia-a pensar em várias hipóteses aceitáveis para o ocorrido. Teria sido uma ilusão então? Será que seu medo havia projetado aquelas barbaridades para seus olhos ou para a sua mente? Fora uma ocasião muito traumática, e sua mente podia ter se enlouquecido por uns instantes. Ou não? Também ansiava bastante em contar para alguém o que de fato acontecera naquele final de fevereiro, tim-tim por tim-tim. Decerto seria bom não guardar aquele segredo só consigo e tirar o peso que rasgava suas costas. Queria dizer toda a verdade para alguém. Desabafar sem ser julgada. Mas, e se contasse? E se contasse? A chamariam de louca? A mandariam para o hospício? Ao menos acreditariam em Alice? Ela sabia como o mundo era, e se nem ela mesmo acreditava si, quem diria os outros... Preferiu ficar com a ferida escondida, sem exibir a ninguém. No fim, contou apenas partes do que aconteceu e guardou consigo o que achava estranho e confuso, e o que nem ela tinha certeza ou não queria acreditar.
— Ei, maninha? — sussurrou seu primo baixinho.
Silêncio.
Ana não acordaria, era um fato de conhecimento geral. Quando roncava daquele jeito que estava roncando nem mesmo uma explosão a tiraria da cama. Estava em seu sétimo sono. Só acordaria lá para as onze horas do outro dia, já que era sexta e sábado não tinha aula e nem compromisso. Também ficou até tarde conversando com Alice sobre quando ainda eram crianças e Alice passou algumas semanas por'ali. Naquele tempo, o quilo do sal era cinco centavos.
— Alice?
— Oi — respondeu com o tom de voz baixo, quase inaudível. Não enxergava nada. Os dois riscos de luz nas paredes pareciam uma entrada para outro universo.
— Está acordada? — perguntou Júnior.
— Não — respondeu.
Ficaram calados um tempo. A rede rangeu.
Logo, Júnior quebrou o silêncio, negando as suspeitas de Alice de que ele tinha acreditado em seu sonâmbulismo. As vezes ela falava sozinha enquanto dormia, contavam seus primos. Teve até uma vez, segundo eles, que ela se levantou e foi até a geladeira e voltou como se nada tivesse acontecido acontecido. — Posso deitar com você? — perguntou Júnior. A pergunta a espantou.
Novamente o silêncio.
— Claro — ela respondeu, neutra. O que mais poderia dizer? A cama era dele, ora. Júnior que fizera questão que ela se apossasse, adulara tanto, até que Alice teve que aceitar e ele passou a dormir na rede. Talvez ele quisesse a cama de volta, de manhã perguntaria. Ela não ligava em passar a dormir na rede ou no sofá. Na verdade, talvez a mudança até a ajudasse a ajustar o sono.
O ouviu levantar da rede — os punhos da rede gemendo fizeram-na se arrepiar — e subir a escada do beliche. Assim que chegou, ele se arrumou ao lado de Alice, que encontrava-se quase encostada a parede. Se remexeu até encontrar uma posição confortável.
— Égua! Eu... — começou ele meio constrangido — esqueci o lençol — completou, cheio de vergonha.
Até mesmo embrulhada, os pelos da garota se erissavam. A noite estava bastante úmida, estava até serenando um pouco lá fora. Diferente de Goiás, que chovia durante uma estação específica, variando a temperatura ao longo do dia, em Belém o clima era quente e molhado o ano todo, chovendo quase que diariamente e de maneira regular. Mas ela amava aquela cidade mesmo assim. Esperou um tempo em silencio, não respondendo nada ao comentário de Júnior. Por que ele não descia para pegar seu coberta? Meio relutante, disse por fim: — Tudo bem. Se embrulhe comigo — e ofereceu um lado do pano. Eles eram primos, quase irmãos, que mal faria dividir o lençol? E assim ele embrulhou-se com ela depois de agradecer.
Ombro batia em ombro. Ele estava sem camisa, e mesmo com frio parecia não se importar com as rajadas geladas do vento nas costelas. Era questão de costume também, os homens em Belém não se importavam de ficar sem camisa em casa ou nas ruas. Júnior era um ano mais velho que Alice, tinha os ombros largos e o corpo magrelo. Quando eram mais novos sua tia falava que só que os dois namorariam, era uma brincadeira e nunca aconteceu nada, e o assunto morreu com o tempo.
Alice se esticou e virou o pescoço para o lado, só conseguia dormir com a face virada pr'ali. Ela estava tampada somente até o pescoço, tal como ele. Júnior virou seu rosto no mesmo instante que ela.
Os narizes dos dois se encontraram, de súbito. Depois, as bocas. Lábio roçou em lábio.
Alice recuou de imediato. Virou-se para o outro lado, ficando de costas para Júnior e de frente para a parede. Gritava interiormente.
Ele é meu primo!
Foi só um acidente.
Foi só um acidente!
Júnior não falou nada, nem parecia existir. Ela tentou dormir. Tentou. Até que dormiu.
Sonhou com a mãe, ela corria. Depois veio o escuro. Não enxergava nada. Até que viu o mar azul transforma-se em sangue. Em seguida, tudo ficou preto. Azul. Preto. Branco. Sentiu a morte. Viu a vida afastar-se. Ouviu Disparos. Pou! Pou! Pou! Zumbidos. Estrondosos sons. Luz. Depois, tudo transformou-se em escuridão. Houve uma explosão. Tentou gritar. Correu. Caiu em um mar de sangue. Estava se afogando. Ouviu mais explosões. Mais disparos. Sentiu pontadas pelo corpo. E tudo ficou escuro mais uma vez. Até que acendeu. Seus arredores giravam. Mas não existia nada a sua volta! Ouviu gargalhadas. Viu tudo branco. Cinza. Vermelho. Então, chaves de fenda douradas correram em sua direção. Elas dançavam no ar. E riam. Olharam para Alice e a atingiram. Tudo ficou escuro mais uma vez.
Acordou recuperando o ar, ainda sentindo o gosto do sangue que afogou-lhe no sonho. A luz do dia já estava começando a invadir o quarto pelas brechas do teto. Júnior dormia sereno ao seu lado, com o rosto virado para ela. E babava.
A garota passou as mãos no rosto para enxugar as lágrimas e desceu do beliche. Foi para sala assistir. Sentia medo de dormir.
Christian, o Anjo Mortal da facção Terrena e que estava fazendo par com um Anjo Puro em sua passagem pela Terra, permaneceu com os olhos fechados mesmo depois de ter acordado enraivado com a vida. A verdade era que a ansiedade estava causando-lhe insônia braba e noites mal dormidas. Ainda imóvel, deixou-se entreter com o barulho da água caindo do chuveiro. Kaniel estava no banho.
O loiro se revirou na cama, espreguiçando-se pesadamente e, por fim, se permitindo observar o quarto simples de hotel barato em que estavam. Ao lado, estava a cama de Kaniel, o Anjo Puro. Ambos dormiam no mesmo cubículo, ainda que vez ou outra o ruivo preferisse adormecer na sala sabe-se lá o motivo. Não importava também. Que diferença fazia? Devaneando sobre ter que ser levantar e sobre a missão que não estavam tendo sucesso algum, e com o barulho da água do chuveiro caindo, pensou no Primeiro Céu, na sua cama macia como se feita de nuvens, e depois sentiu a lembrança da pequena e delicada boca de Ayh Ito, a jovem Terrena de cabelo azul, sua namorada... Expulsou os pensamentos com um riso... Dificilmente estava com saudades da garota, cuja mesma mais parecia um cosplay de algum desenho japonês ou a versão humana de alguma boneca vitoriana. Era certo que a imagem minuciosamente pensada dela causava-lhe certo incômodo. Não a amava nem nada, isso era verdadeiro como o verde da folha, devia mesmo era estar sentindo falta de beijar e de ser tocado. Ele próprio tinha certeza de que era um cara narcisista, e como não seria? Aceitava esse ponto. Fisicamente mais parecia um ator de alguma série da Disney ou da Nickelodeon, só que com uma pitada mais madura e mais sexy. Inegavelmente, Christian era um homem muito bonito, desses com um pradrão invejável. E Ayh era linda, da mesma forma. Em resumo, eram bonitos juntos. E isso bastava. Além do mais, gostava de ser elogiado e Ayh o fazia como ninguém.
Presentemente, além de tesão (pensar em como era belo sempre o fazia ficar ereto), também sentia tédio. E, bom, queria porque queria fazer algo diferente e interessante este momento. Como o quê? A missão parada e sem pistas estava dando-lhe nos nervos que só. Queria aventura. Ação. Surpresa. Algo que nunca iria esquecer. Talvez até pintar ou cortar os cabelos fosse uma boa. Mas não era desses. Mudar de estilo não o satisfazia. E sair do apartamento não podia, tampouco queria desobedecer Kaniel... Teria que arrumar algum passa-tempo ali mesmo... O quê? O quê? Algum jogo? Caça-palavras? Gostava de jogar Uno e truco, mas onde estavam as cartas? E, como jogaria sozinho? Se arrumasse o baralho, não era como se fosse certeza que Kaniel jogaria com ele... Olhou para o teto de gesso enquanto, instintivamente, massageava suas partes. A masturbação era um jeito de gastar o tempo também, ponderou. E ponderando, recordou que tinha uma câmera. Nem sabia o motivo real, mas havia comprado uma de um cambista insistente alguns dias antes quando passou perto do terminal de Trindade.... Podia usá-la.... Por que não? Podia até tirar algumas fotos de si mesmo... Ou... Riu um riso malicioso e travesso assim que teve uma idéia finda.
Levantou-se e abriu sua mochila que estava debaixo da cama. Pegou a câmera preta com detalhes alaranjados. Depois, foi lentamente até o banheiro, na ponta dos pés, sentindo-se em um filme de suspense. Irei viver dez vezes mais que inferiores, pensou. Envelheço dez vezes mais lentamente que eles. Mas vou morrer um dia. Tudo que é vivo, morre. Porém, não posso morrer sem ver uma coisa que, eu acho, todos têm curiosidade... Abriu a porta vagarosamente para não fazer barulho — Kaniel estava no box do banheiro (o toalete era dividido em duas partes por um vidro opaco e meio verde marinho, e o anjo estava do lado de lá, atrás do vidro, onde encontrava-se o chuveiro). Christian ficou parado um pouco, observando a imagem embassada de Kaniel. Em seguida, deixou a câmera, que estava ligada, lá, filmando escondida, de um modo que Kaniel não pudesse encontrá-la. Saiu fechando a porta com a leveza de uma pena.
Agora na cama, roia a unha do indicador, coisa que nunca fez antes. Ora, não posso deixar de ver um anjo pelado. Riu. Imagine só! Tinha preferência por mulheres, mas, o tesão estava a mil e... curiosidade mata, ôh se mata! E eu não quero morrer tão cedo.
O barulho de água caindo cessou por um breve instante, para então retornar por mais algum tempo. Minutos depois, Kaniel saiu do banho. Christian estava deitado de bruços, disfarçando a curiosidade e a tensão. Seu coração gelou quando ouviu a porta se abrindo. Será que sua idéia tinha dado certo? Será que a câmera conseguira filmar o anjo despido? Por um instante, até pensou da hipótese de anjos não serem visíveis à lentes de câmeras, tal como vampiros não eram refletidos em espelhos. A adrenalina o fazia querer soltar gemidos e espasmos. Se aguentou, mordendo os lábios e enfiando a cara no travesseiro, fingindo dormir.
Seu coração estava em disparada, fervoroso como nunca, e disparou mais ainda quando sentiu algo o atingir nas costas — Ai! —; algo duro e quadrado. Era a câmera, pressagiou antes de vê-la. E de fato era.
Essa não! Essa não! Havia sido descoberto. Os olhos do loiro quase que pularam para fora da órbita de tão arregalados que ficaram. Estava pasmo e boquiaberto. Havia sido pego no pulo. Kaniel descobrira sua mamorta. Engoliu à seco e virou-se, se sentando na cama. Tentava esconder o nervosismo e já pensando em algo para engomar. Um ato em vão, não vinha nenhuma mentira aceitável agora. E como pensar quando um anjo estava em pé, só de toalha, na sua frente? Seu bíceps fortes eram enfeitados cada qual por uma frase gêmea em uma língua que Christian não conseguiu ler, e sua barriga era completamente musculosa. O peitoral quase pulava para fora de tão definido. E ele o olhava severo.
— Era isso que você queria ver, rapaz? — perguntou o Anjo Puro, seu pomo-de-adão subia e descia quando ele falava. E depois que falou, tirou a toalha e a colocou no pescoço.
Christian corou. O anjo... o anjo estava completamente pelado na sua frente. Boquiaberto, seus olhos não se continham, passeavam por Kaniel detalhadamente e sem parar. Ele não possuía pêlos em quase nenhuma parte do corpo. Só os cabelos que eram ruivos, assim como seu cavanhaque. Para além disso, ele era completamente liso. E, de maneira notável, tinha mais músculos e era mais robusto que Christian. Não estava excitado, mas era enorme do mesmo jeito. No mais, o anjo Kaniel era visualmente o tipo que toda pessoa que gosta de homens queria casar, igual um desses atores de novela russa mas que transpassava uma energia latina nos modos.
Eu também sou o sonho de toda mulher!, invejou o Anjo Mortal não parando de observar o corpo do outro. Sou loiro, forte e tenho olhos azuis... A única coisa que quebra minha beleza é a marca dos Terrenos em meu rosto. Mas, nada que uma maquiagem não oculte, se for preciso. Todavia, não era só isso. Christian sabia bem. Ao passo que o anjo tinha uma beleza adulta e máscula, dessas que transparecem respeito, a dele era jovem, amadurecendo ainda.
Com a face neutra, sem expressar qualquer sentimento, Kaniel virou-se lentamente, e, quando estava completamente de costas para Christian, passou a toalha nos cabelos molhados, enxugando-se de modo brando. O anjo tinha as costas largas, e uma enorme bunda. Uma enorme bunda angelical, brincou Christian consigo mesmo. Sentiu sede e fome.
— Nã... não precisava fazer isso — conseguiu falar o loiro involuntariamente, tentando mostrar desdém. Mas era mentira, pois não queria parar de olhar. E olharia aquela imagem por toda a noite. Ou melhor, Christian olharia por dias e dias, se fosse possível. Estava hipnotizado pela visão daquele homem pelado.
— Somente observe — melódicamente disse o anjo, sem olhar para trás.
De qualquer modo, Christian não descravaria as vistas dele. Continuaria o observando mesmo sem ser ordenado, não largaria a visão tal como um cão faminto não largava o osso. Era a paisagem mais bela que seus olhos um dia viram, a do anjo pelado e virado de costas a sua frente. E se não fosse inconveniente, ele se tocaria para aquele visão ali mesmo, sem mais nem menos. Cada centímetro dele parecia ser esculpido metodicamente. E não era? Instantaneamente a escapula alada do anjo começou a rasgar levemente. Christian iria praguejar algo, aterrorizado. Mas, ele não conseguiu falar. Estava chocado, perplexo. Das costas Kaniel estavam saindo um par de asas.
As asas de Kaniel estavam desabrochando.
O jovem podia sentir em si mesmo a dor da pele rasgando. As asas cobertas de penas saiam bem vagarosamente enquanto abriam caminho pela pele de Kaniel, pareciam querer fazê-lo sentir dor, devido a lentidão, como se fosse uma faca cortando seu couro, uma faca nada afiada; o que dava mais êxito para a dor. Mas, que dor? Kaniel nem parecia sentir. Sangue escorria. Pouco, mas escorria. Escorria das costas até seus calcanhares, desenhando um rio camersin na pele nevada com os vestígios.
Segundos depois, lá estavam as asas de Kaniel. Completamente abertas. Espalmadas. Eram asas enormes e brancas, com quase um metro e oitenta de comprimeto, manchadas de sangue. Mas era como se as penas estivessem banhadas de óleo e o sangue não penetrassem-na, não sujando sua branquidão.
Christian estava completamente deslumbrado com aquela cena: um anjo totalmente pelado e com as asas abertas e encharcadas de sangue. Um espetáculo exclusivo para si.
Kaniel virou-se de frente. Estava com um sorriso curto no rosto. Não parecia ter sentido nada. As asas se arreganharam, espreguiçando-se. Sacudiram como um pássaro molhado. Os olhos do anjo estavam mais claros, ou era impressão?
Kaniel virou-se mais uma vez e suas asas entraram em seu corpo tão rapidamente que sangue espirrou no rosto de Christian. Ao passo que, dois grandes ferimentos ficaram no local onde as asas haviam saído e entrado; os mesmos curaram-se na velocidade da luz. E o sangue que sujava sua pele foi sugado pelo seu próprio corpo. E lá estava a costa de Kaniel, lisa como antes, sem nenhuma marca ou sequela.
— Satisfeito? — o ruivo encarou-o, não estava com o semblante raivoso. — Agora deixe-me tomar meu banho, rapaz. Preciso da mente limpa enquanto a água purifica meu espírito.
Kaniel pôs a toalha novamente e dirigiu-se ao banheiro. Sem falar nada, Christian o observou entrar no toalete. A porta se fechou. Sentiu que sua bermuda estava molhada. No meio do espetáculo, sem notar, havia atingido o ápice do tesão sem se tocar. No entanto, agora, a única sensação que sentia era deslumbre. De modo que parecia transbordar. Ele estava simplesmente boquiaberto.
Fim do cap.
Quem é vivo sempre aparece!
Me desculpem o atraso, eu tava focando na revisão de outro livro. E era fim de ano! Ah, feliz ano novo!!!
Me digam o que acharam do capítulo? 😳 Fiquei um pouco assim de escrever umas cenas mais "quentes", mas tomara que tenham curtido, rs. Eu amo essa cena do Kaniel e do Christian. Uhhhh!!! Espero também que não tenham desistido de mim.
Não esqueçam de curtir.
Amo vocês.
Willians Guedes.
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