*Epílogo*
*Book Trailer acima, espero que gostem!
Liv
Minha história poderia ser diferente... sim, eu poderia ter escolhido odiar minha mãe, renegar Peter como irmão, esquecer Gabriel como pai e fingir que Dan não existe. Mas seria a pessoa mais infeliz da face da terra. Estaria negando a mim mesma, a minha existência.
Escolhi estar aqui sentada com minha mãe no meu santuário, "o pomar", para juntas abrirmos o pacote que Charles meu pai biológico e grande amor da vida da minha mãe deixou pra mim. Eu esperei paciente por este momento, eu queria ir para França por isso. Mas o que não imaginei é que seria tão perfeito como está sendo.
Desembrulho com cuidado o papel pardo que contorna o conteúdo, e involuntariamente minhas mãos tremem, de canto de olho percebo que minha mãe também está trêmula. Quando finalmente consigo ver o que estava escondido, forço-me para não chorar... uma carta, um retrato dele com minha mãe, um caneta que parece ser de ouro e um pequeno caderno de mão. Minha mãe já está aos prantos quando começo a ler a carta depois de analisar e acariciar diversas vezes a foto onde pude finalmente vê-lo.
"Querida, Olívia... minha filha...
Não te peguei no colo, não a vi crescer, não vivi momentos com você, nem tristes, nem alegres, mas só o fato de saber que você é minha filha, a filha que tive com a mulher que amo, já me faz tão feliz e triunfante que não consigo explicar.
Você estará lendo esta carta quando eu já não estiver mais aqui nesta terra. Mas não se abale, não guarde rancor, passarei meu legado para o seu irmão Peter que é tão ansioso quanto eu para te encontrar. Saiba que não há um dia sequer que não penso em você e em sua mãe... a vida não foi muito justa comigo, mas mesmo assim me deu você e Peter de presente e quanto a isso, serei grato eternamente.
Meu amor... eu não tenho herança material alguma para te deixar, o que tenho é o meu amor que jamais passará, e este pequeno diário e minha caneta que foram muitas vezes meus companheiros nesta luta entre te encontrar e tentar sobreviver. Todas as vezes que gostaria de compartilhar algo com você, escrevi neste caderno, então ele é seu...
Não importa minha filha, não tem problema de não termos nos encontrado nesta vida, porque acredito em um lugar de reencontro, um lugar muito melhor do que qualquer imaginação possa alcançar. Eu acredito, tenho que acreditar.
Espero de coração que aceite seu irmão, e me perdoe por não tentar mais... por não resistir mais... perdoe sua mãe também, ela foi só foi mais uma vitima do destino assim como eu... e se puder diga que eu a amo muito.
Adeus querida filha, por mais que eu queira jamais uma carta poderá contar tudo o que penso ao seu respeito... no entanto se souber que te amo, é tudo o que precisa saber.
Te amo princesa. Te amo.
com todo amor
Seu pai... Charles."
Minhas lágrimas caem sobre a carta e minha mãe já esconde seu rosto atrás de suas mãos, chacoalhando seu corpo com os soluços. Abraço-a, e fico ali com ela por tempo indeterminado.
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1 semana depois
— Está chateada por Ruan não poder vir? — Dan pergunta sentado ao meu lado no avião com destino a Jacksonville. No banco ao lado Bárbara e vovô almoçam a ostentação da primeira classe, ostras e vinho branco e a nossa frente Peter e Johana estão grudados como unha e carne.
— Seria mentira se dissesse que estou bem com isso, mas alguém precisa ficar na gravadora, já que você e o vovô estão ausentes. — Tento sorrir, mas só consigo comprimir os lábios numa linha rígida. Dan sorri de lado. — Mas ele prometeu ligar todos os dias. — Falo olhando para a janela e a imensidão branca de nuvens - como se isso fosse o suficiente... claro que não era.
Depois dos últimos acontecimentos, o nosso namoro ficou em segundo plano, quer dizer, namoro, namoro não era afinal ele ainda nem teve a chance de fazer um pedido descente. Mas enfim... queria esquecer isso por enquanto, estar com minha família já era muito bom... a idéia era passar uma semana na casa de praia do vovô, com Bárbara, papai, Gracy, Dan, tia Alice, tio Paul, os gêmeos, mamãe (sim ela tirou umas férias forçadas e tem idéia de abrir uma franquia do restaurante de Louis em Boston só para ficar perto de mim), Peter e Johana, depois voltaríamos para Jacksonville comemorar meu aniversário de 19 anos com meus avós dos dois lados e o restante da família, com exceção de tio Jean que teve que voltar para a Inglaterra.
Os dias na praia foram agradáveis, brinquei e ri muito com todos, me diverti como a muito tempo não fazia, estava feliz. Dan e Peter estão começando a se entender, mas as vezes parecem mais irmãos... alfinetando e brigando por pouco. Eu sorrio cada vez.
Percebi também uma certa aproximação entre Pauline e Dan (com muita discrição para tio Paul não perceber) , confesso, eles são lindos juntos e eu sou uma torcedora anônima para que se acertem. Sei que Pauline estudará um período na Inglaterra no próximo ano, e Dan vai trabalhar na filial da gravadora no mesmo período, sem contar que os dois morarão com tio Jean. Rola ou não rola?
Rola.
Voltamos para Jacksonville e no dia do meu aniversário descobri que tia Alice e Bárbara (união perigosa) alugaram um salão, pagaram decoração e a comida seria servida por um restaurante italiano, pois sabiam que eu amava comida italiana. Minha mãe me deu um vestido lindo, Dan uma corrente de ouro com um coração e dentro tinha uma foto nossa quando pequenos e outra já maiores. Chorei,claro ou com certeza? Peter me deu uma daquelas pulseiras que colocamos pingentes sobre os acontecimentos da vida... recebi mais um monte de mimos dos outros... mas sentia falta de uma pessoa... Ruan...
De repente minha mãe parou na minha frente com os olhos brilhando e disse:
— Você precisa ver quem está aqui... — a segui com o coração batendo como um tamborim... então vi de quem se tratava...
— Louis... — Tentei não parecer tão decepcionada, sorri fraco e o abracei... meu padrasto era um homem maravilhoso e sempre iria ter um espaço em meu coração. Ele me cumprimentou e depois saiu com minha mãe que o apresentou a todos... eu fiquei ali parada de costas para a porta do salão.
Senti uma brisa...
Sabia que a porta tinha sido aberta mais uma vez...
Fechei os olhos ao sentir aquele perfume...
Me virei devagar, e dessa vez meu coração parecia uma orquestra... ele estava lá... segurando um boque de rosas vermelhas.
— Você veio? — Sussurrei. Ele se aproximou e sussurrou também...
— Claro que sim... preciso fazer um pedido esta noite!
Dan
3 meses depois...
— Dan... Dan... a Dayse vai nascer— Liv entrou eufórica no meu quarto... —papai acabou de enviar uma mensagem de áudio no whatsapp escuta aqui...
" É hoje que o mais novo amor da minha vida vai nascer... é hoje que serei o homem mais completo e realizado do mundo. Mais uma princesa para o reino, vem Dayse, papai te ama muito!"
Ele declarou emocionado.
Em dizer que só a veremos no natal... não sei se aguentarei até lá.
— Você deveria ir Dan... — Liv indagou parecendo ler meus pensamentos.
— Não posso Liv, estamos na ultima fase das gravações do álbum de Rick, preciso deixar ele pronto para a sua turnê antes de ir para Inglaterra... meu tempo está curto. Se eu for, você sabe que eu não vou conseguir e nem querer voltar. — Ela assente. Sabe disso melhor que eu. De repente sua expressão se torna apreensiva.
— Você vai mesmo me deixar por 3 meses? — Pergunta com aquela carinha que só ela tem.
— Eu não vou te deixar... nunca vou te deixar pequena, vai passar rápido, eu sentirei mais sua falta do que você a minha... — Sorrio, quando ela revira os olhos.
— Uhum sei, com Pauline por lá? Acho difícil. — Diz saindo do meu quarto.
— Ciumenta!!!! — Gritei e pulei da cama para me arrumar para a faculdade... que logo iria trancar por causa da viagem a trabalho, e sei que não seria a última, terminar esta faculdade seria um desafio grande.
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Natal em Jacksonville... Ano novo na Inglaterra.
Segurar minha irmãzinha no colo... não sei descrever esta sensação, ela é tão pequena, tão frágil... mesmo assim eu já a amo tanto quanto Liv. Olho para frente e vejo Pauline com seu irmãozinho recém nascido no colo... Pietro nasceu na segunda semana de dezembro, e se é possível eu já sinto ciúmes dele... Pauline pareceu perceber, pois começou a rir da minha cara descaradamente. Eu sorri junto, porque era impossível não retribuir um sorriso seu em sã consciência.
Fiquei mais um três dias curtindo com a família, mas dia 28 embarcamos ... eu e Pauline para a Inglaterra. A pedido de tio Paul, antecipei minha viagem uma semana para poder acompanhar sua filha na viagem, ela ainda era menor e mesmo com toda a papelada preenchida permitindo sua viagem sozinha ele pediu este favor e eu não pude... nem queria negar.
Eu realmente estou apreciando cada vez mais a companhia dela... tudo nela me fascina e intriga... não sei se aguento três meses ao seu lado sem ... sem... - acordo de meu devaneio quando sou chacoalhado pela própria... chegamos a linda Londres. Não consegui sentar ao seu lado, porque as passagens não foram compradas juntas, ambos fomos de primeira classe porém um de cada lado do avião. Um cara mais velho que eu, mas não tão mais velho sentou ao seu lado, e eu não consegui disfarçar a raiva que só piorou quando um senhor de aparentes 80 anos sentou-se ao meu lado que quando não roncava, tossia.
Levantei exausto e surpreso por ter conseguido adormecer ao lado daquele senhor que ainda dormia. E em silêncio acompanhei Pauline para fora da aeronave. Tio Jean já nos esperava e meu priminho estava com ele.
Em casa tia Elisa preparava o almoço, mas a mesa estava exposta com o café da manhã... ela nos convidou a comer, e depois nos mostrou nossos quartos, eu tomei um banho e relaxei mesmo sem conseguir dormir até a hora do almoço, depois liguei para meus pais e minha irmã. Passamos o dia nos adaptando com a mudança de fuso. Jantamos e fomos informados que passaríamos o ano novo com o irmão da tia Elise... Eric e sua esposa.
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Pensei que a festa de ano novo seria particular, mas não, parecia que todos os amigos do famoso irmão esportista da Tia Elise estavam presentes em um clube fantástico de alta elite da Inglaterra, jogos de luzes, tapete vermelho, champanhe e vinho sendo servidos em bandejas, canapés e aperitivos diversos também. Eu deveria estar acostumado com isso, mas tudo o que desejava era estar com minha família. Olhei para Pauline, ela parecia estar com a mesma linha de pensamento que eu. Me olhou dando um meio sorriso, que não deixava de ser lindo.
— Você quer danç... — Minha pergunta não foi efetuada com sucesso. Porque um ser se meteu em minha frente convidando-a pra dançar, já a puxando pela mão... ela me tentou dizer algo, mas tudo que vi foram seus olhos me implorando para ajudá-la. Quando fiz menção de ir atrás dela uma garota loira se meteu na minha frente... olhei para o relógio enorme suspenso no meio da pista de dança... faltavam 5 minutos para a virada, procurei desesperado ao redor... enquanto a loira falava algo que mesmo que eu quisesse não ouviria. Pedi licença e comecei a procurá-la...
Merda... ela estava sendo beijada? ... separei o casal a minha frente possesso de raiva... não... não era ela... respirei aliviado, mas já zonzo de tanto girar no meio da pista... no relógio faltava 1 minuto e a contagem regressiva teve o seu começo...
10...
Eu continuei a procurá-la indo em direção ao norte do salão onde tinha uma enorme sacada... quem sabe ela não estaria tomando um ar...
9...
Meu desespero de não encontrá-la a tempo foi ficando visível...
8...
notável... na minha respiração intercalada e contida...
7...
Mas porque afinal encontrá-la era tão importante?
6...
Só estava sendo cavalheiro certo? Não queria deixá-la sozinha...
5...
O caminho até a sacada parecia interminável...
4...
Por onde passava olhava ao redor...
3...
Ah Pauline... o que você está fazendo comigo?
2...
Se encontrá-la terei que admitir...
1...
Antes de passar a porta alguém me puxou... me virei e ... era ela...
0...
Um grande alívio percorreu todo a extensão do meu corpo...
É... estou apaixonado!
agora é o FIM.
Ahhhhhhhhhhhhh ( gritando)
Meu Deussss, Dan apaixonado pela Pauline e com certeza... se é isso que vocês querem saber... rolou beijo sim, beijo de ano novo... eita p..., até o Eric(pra quem leu ID livro 3) "apareceu..."
Só tenho que dizer que eu fiz o melhor que pude... mesmo sabendo que poderia fazer melhor... mas por favor... peço que comentem, o que acharam dessa obra? Devo continuar a escrever? Preciso tanto de vocês, vocês não imaginam...
Dedico este epílogo as minhas leitoras maravilhosas que amo de paixão... se ainda não assistiram o book trailer... assistam não vão se arrepender.
Um feliz natal para todas, que 2017 seja o melhor ano de nossas vidas!
beijos e abraços
Gra
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