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*25*


Liv


— Minha cor preferida? — Lanço mais uma do nosso joguinho de perguntas que um respondia sobre o outro.

— Verde? — Ele coça a cabeça quando chuta.

— Não! Essa é da sua mãe! — Cerro os lábios tentando não rir.

— Humn... Lilás? — Ele sugere impaciente.

— Nem passou perto Dan... — Faço um bico, fingindo estar chateada.

— Ah... lembrei, é Branco! — Agora ele realmente pensa que está certo.

Começo a rir e ele fica olhando para um ponto fixo tentando lembrar qual é minha cor preferida.

— Deixa pra lá Dan... eu realmente não lembro de ter te falado que gosto de azul... — Dan franze o cenho — O que? Atípico demais para uma garota? — Pergunto.

—Não sei nada sobre você... — Ele diz triste sem responder. Continuo rindo. 

— Isso é só um detalhe bobo maninho...  

— Claro que não... você sabe qual é minha cor preferida. — Arco as sobrancelhas.

— Laranja! — Sorrio largo depois de responder.

— E você sabe por que? — Ele pergunta sorrindo de lado. Sorrio tímida mas fico quieta.

Olho pra cima admirando as árvores do pomar que como previ passou a ser meu santuário... faltei o curso, Dan não foi trabalhar pela manhã e desde que terminamos o café estamos aqui deitados aproveitando a sombra de uma das árvores frutíferas.

— Acho que devemos entrar, deve estar próximo do meio dia, hoje é um grande dia pra você... —  Argumento.

— Para nós... — ele corrige. — Falando nisso... preciso te contar uma coisa... 

Me viro de lado pousando minha cabeça em uma das minhas mãos, mas ainda deitada. 

— O que? — Pergunto com a curiosidade aguçada, mas tento não mostrar isso. Dan suspira alto e fala olhando para cima.

— Sábado os  funcionários da matriz chegaram em Boston, e fomos meu avô, Ruan e eu recepcioná-los no aeroporto. São 3 homens e 1 mulher e... — Ele para de falar.

— E...? — Pergunto.

— E a mulher é Nataly... — Ele bufa e depois olha pra mim procurando uma reação. —Eu não sei o que dizer sobre isso, porque realmente ainda estou chocado. Depois dessa eu acredito que ela é capaz de tudo. —Ele desabafa.

— Mas porque ela te preocupa tanto? Você não deve nada pra ela... — Afirmei a última parte.

— Não sei, não estou em paz com a presença dela. —Ele senta no gramado.

— Você é o chefe dela Dan... — Digo ironicamente. — No primeiro vacilo você pode não só mandá-la embora como demití-la. — Digo voltando a me deitar relaxadamente.

— Foi nosso pai que a escolheu. Não quero passar por cima de sua autoridade. 

— Nem que isso comprometa todo o projeto que você vem trabalhando e desempenhando com tanto afinco? Você também é dono daquela empresa meu irmão. Se precisar agir como tal, aja... Quanto a mim — ele me olha, e sei que cheguei onde ele queria — ficarei bem, sei com quem estamos lidando. — Pisco pra ele e levanto estendendo minhas mãos para que ele também levante.

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Almoçamos somente nós dois com nosso avô, Bárbara e Justina. Ruan foi cobrir Dan pela manhã e Johana e Peter não voltaram depois da faculdade. 

Depois seguimos todos para a gravadora, fui no carro de Dan, finalmente iria conhecer o grande legado do meu pai, e o meu trabalho nestes três meses de evento. O evento ocorreria somente a tarde e a noite, então eu poderia continuar me dedicando ao curso sem problema algum. 

A caminho inciei uma conversa por mensagem com Rick...

Eu 13:38 — Oi garoto... Como foi o curso? — Perguntei.

Rick 13:39 — Oi linda... não foi igual sem você! — Revirei os olhos e sorri.

Eu 13:39 Amanhã é o grande dia então? — Mudei de assunto.

Rick 13:39 — Sou o número 103, não sei se conseguirei me apresentar ainda amanhã. — Ele digita.

Eu 13:40 — Isso não importa. Você poderá conhecer seus futuros concorrentes. — Revido.

Rick 13:41 É verdade, o que importa mesmo é que você também estará lá... (carinha piscando) 

Eu 13:42 Bobo... foco no seu sonho Richard... agora vou guardar o celular, cheguei na gravadora... beijos até amanhã no curso! (carinha sorrindo)

Rick 13:42 Estou focado... pode acreditar! Beijos e bom trabalho princesa! 


— Chegamos Liv! — Meu irmão abre a porta pra mim e eu então posso ver o quão magistral é o prédio da gravadora. Primoroso!

— Uau... é explêndido! — Balbucio maravilhada. Uma torre única de 5 andares que mistura vidro, concreto e um design fluido (estreito e irregular), com um letreiro imperativo G&G Record Company. Este bom gosto todo só podia ter vindo do meu avô, já que a matriz em Jacksonville onde pude visitar várias vezes, é trivial como meu pai, não que isso seja ruim, até prefiro. Ostentação não é comigo. Só não consigo deixar de admirar.

— Que bom que gostou! — Bárbara falou me tirando dos devaneios. — Pena que ficará muito pouco aqui já que o local do evento é no Theatre District. 

— Que também tem seu luxo, não tão contemporâneo, mas de um bom gosto supremo. — Meu avô argumenta.

— Acredito que vou adorar, trabalhar ao lado do Dan, em um empreendimento tão espirituoso vovô, dar a oportunidade de outros crescerem sempre mexe comigo. — Olho com admiração para meu irmão, que parece estar sem graça e meio corado. Seguro sua mão e ele me abraça de lado em seguida.

Somos muito bem recepcionados pelas duas belas secretárias no Hall de entrada, que me olham com um misto de curiosidade e admiração. Por dentro o prédio continua tão impositivo quanto por fora. Eu sorrio com algumas obras de arte nas paredes ou em cantos propícios. Dan agarra minha mão e me mostra praticamente tudo em questão de minutos, por último depois de cumprimentar Hillary, sua sala que é simples mas não menos bela. 

— E aqui é o meu canto do sossego... — Faz um gesto de aspas em "sossego"!

— Incrível... mas o que mais gostei foi do estúdio onde se gravam os clipes musicais... — Antes dele falar algo a porta de seu escritório abre de forma abrupta e ouvimos uma voz irritante e estridente.

— Danizinho... aí está você meu amor! — Ela fala ignorando minha presença. Nataly!


Dan


— Desculpe Daniel, não consegui segurá-la do lado de fora... — Hillary diz atrás de Nataly que se vira para encará-la.

— Você é incompetente assim sempre ou é um pretexto para poder ver seu chefe? — Nataly pergunta em tom de desprezo. Antes de Hillary responder, respondo.

— Nataly! — Falo firme. — Eu sou o seu chefe também, esqueceu? Não quero atitudes como esta mais uma vez, não quero que entre na minha sala sem ser convidada ou sem anunciar antes, e sobretudo, não quero que desrespeite Hillary ou qualquer outro funcionário, não interessa de onde você veio, e quem te mandou, eu te mando pra casa no próximo deslize! 

— Oh! Desculpe Dani, é que você não sabe como ela me tratou ali fora. Ela não quis me anunciar e eu preciso falar com você urgente. — Diz numa voz manhosa, que me faz revirar o estômago. 

— Como pode ver, estou muito ocupado, peço que aguarde ali fora. — Ela olha para Liv de cima abaixo e parece se segurar para não falar algo que me fará cumprir minha promessa de mandá-la embora. Ela se vira depois de concordar com a cabeça e sai. Hillary faz uma cara de desculpas e fecha a porta.

Olho para Liv e solto um suspiro passando uma mão em meu rosto e me sentando com ar de cansado na minha cadeira.

— Não a deixe mudar seu humor Dan! — Liv fala tranquila.

— Isso é um pesadelo, só pode! Devo estar pagando alguma penitência. — Reclamo.

— Por que não fala com nosso avô? — Ela sugere.

— Porque não quero parecer um imbecil com medo do que uma ex sei lá o que, já que ela nunca foi a namorada que ela insiste em dizer que foi, possa fazer. E eu sei que ela pode fazer um estrago grande.

— Relaxa! — Ela vem até mim e começa fazer uma massagem nos meus ombros. — Se você ignorá-la ela talvez pare. — Dou uma risada fraca.

— Gostaria de poder relaxar, gostaria de poder ignorá-la e gostaria de apenas pensar que ela talvez pare. — A porta abre novamente, mas agora Ruan é quem entra. Ele e meu avô são os únicos que tem livre acesso a minha sala. 

— O que... ? — Ele aponta pra fora quando fecha a porta e sei que ele está perguntando o que a Nataly faz do lado de fora.

— Ela tem algo importante para falar com Dan. — Liv diz ainda fazendo massagem em meus ombros.

— Cara... você namorou o diabo e não me contou? — Ruan debocha.

— Ha Ha Ha... que ótimo humor... ela parece sua versão feminina. — Dan revida e Ruan faz cara de poucos amigos. Liv se põe a rir.

— Está rindo de mim é Olívia... pensei que me defenderia. — Liv para de fazer massagem ... Não pare! ... e segue até Ruan.

— Mas meu irmão falou uma grande verdade, não tenho argumentos. — Ela dá duas batidinhas em seu rosto, deixando-o desconcertado e me fazendo gargalhar.

—Nunca fui tão ofendido em toda a minha vida. —Ruan profere com a mão no peito. Embora estejamos rindo, tenho que concordar com ele... chega a ser uma ofensa ser comparado com a Nataly.

—Daniel, Summer e James estão lhe aguardando. — Hillary interfona. Droga, tinha esquecido que tinha marcado ás 14:30 com eles, uma pequena reunião.

— Tenho uma reunião agora, vai ficar bem? — Pergunto a minha irmã, que está impassível.

— Claro! Vou dar uma volta por aí... — Ela diz.

— Vou com ela, pode deixar! — Ruan pisca e eu reviro os olhos.

— Ok então! — Sento e interfono novamente para Hillary, liberando a entrada dos dois. Quando eles entram Ruan e Liv estão saindo. James cumprimenta-os e Summer meio contrariada o imita. Consigo ouvir do lado de fora a voz de Nataly... — Mas eu preciso falar com ele! Quem é essa loira aguada? — Dou o sorriso do coringa quando a porta se fecha, vou fazer ela esperar um pouquinho... Summer a ignorou.

Ofereço a James e Summer a função de apresentadores de palco no evento, nas noites de show e apresentações abertas ao público, James por ter uma aura boa, cativa as pessoas, ter uma ótima oratória e ser destemido e Summer por ser atriz, representar muito bem um papel e ser linda é claro. Eles aceitam de bom grado e mais uma etapa é cumprida. Quando saem uma 45 minutos depois, torço para que Nataly tenha desistido, mas Hillary a anuncia logo depois.

Ela entra na sala com um ar de cansada e reprime uma vontade de gritar, mas consegue ser suave. 

— Daniel... que bom que finalmente tem um tempinho pra mim. — Ela diz cruzando os braços.

— O que tem de tão importante pra me dizer? — Pergunto com os olhos em minha agenda, demonstrando puro e genuíno desinteresse.

— Não posso mais ficar naquele hotel! — Ela comenta se sentando já que não pedi para que ela o fizesse.

— E por que não? — Entrelaço os dedos das minhas mãos e os levo até o queixo onde minha cabeça repousa.

— Tenho só 18 anos, e meus companheiros são homens... não estou me sentindo bem lá. — Ela diz manhosa.

— Bem, o responsável por sua estadia é meu avô, então o procure para que possa resolver isso. Mas Nataly as condições foram expostas antes de você vir, por que concordou então? — Falo formalmente.

— Na verdade, é que ... — Ela faz um ar de que quem vai confessar algo. — James está me assediando. Ele é completamente e perdidamente apaixonado por mim. —Diz com uma cara de inocente. 

Suspiro e recosto na cadeira me forçando a relaxar. E tento lembrar o que fiz para merecer isso.





Bom dia amores... mais um capítulo fresquinhooooo... o clima tá começando a esquentar... repararam que Dan está mais relaxado no que diz respeito Ruan e Liv? Será que vai continuar assim se o negócio entre eles se definir? Humnn, tenho minhas dúvidas... 

No próximo capítulo... todos se encontrarão na reunião... aja coração porque vai ter diversos sentimentos no ambiente, excesso de ciúmes e ausência de autocontrole por exemplo... kkkk

Não vejo a hora de postar... quem sabe por um milagre o livro alcance 3K antes e eu adiante o capítulo... nada é impossível...

No mais fiquem com Deus e ótima semana.

Beijinhos da Gra.

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Divulgação do Capítulo

Nome do Livro: Como não te amar

Autora: @Carla-Fernandez

Categoria: Romance

Sinopse: Quando o destino apaga o passado e te trás um novo amor! Samantha é uma mulher insegura e se acha careta. A primeira experiencia de ter um namorado não foi uma das melhores. Dedicou muito tempo de sua vida para cuidar de sua mãe, que ainda não havia superado a morte de sua irmã. Perto de completar trinta anos, suas dúvidas sobre o futuro surgem como uma avalanche. Ela sabe que já perdeu muito tempo, pois a cinco anos espera fielmente por Thives. Quando conhece Jhoon, ela não tem ideia do quanto sua vida irá mudar, um encontro inesperado que a fará descobrir então, o verdadeiro amor. Tenta negar, mais seus olhos entregam o quanto precisa dele. Jhoon é um homem sedutor, bem sucedido e não esperava mais encontrar um grande amor. A morte estúpida de seu filho tirou dele a vontade de viver!

Nota da Leitora: Ainda estou no terceiro capítulo, mas já estou completamente intrigada com a 'história' que já tem quase 30 capítulos. A autora escreve muito bem, e faz você sentir como se fosse a protagonista. Recomendadíssimo. Livro para ter em uma de suas listas de leitura, sem sombra de dúvidas. 







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